Brasil: Longe da excelência em educação, editorial da Folha de São Paulo

segunda-feira, setembro 20, 2010

JC e-mail 4099, de 20 de Setembro de 2010.


"A explicação para o domínio americano é simples. O país investe 3,1% do seu PIB em educação superior"

Leia o editorial:

Não causa surpresa o ranking das 200 melhores universidades do mundo, elaborado pela prestigiosa Times Higher Education. As universidades americanas têm a reputação de excelência confirmada com a presença de nada menos que 72 instituições entre as 200 mais bem colocadas no mundo, incluindo 15 entre as 20 primeiras. O país que mais se aproxima dos EUA, o Reino Unido, tem 29 universidades na lista.

O ranking é baseado em consultas com a comunidade acadêmica internacional e leva em conta 13 indicadores de performance, sobretudo o ensino, a pesquisa e a transferência de conhecimento.

A explicação para o domínio americano é simples. O país investe 3,1% do seu PIB em educação superior, contra uma média de 1,5% dos demais países da OCDE (sigla que reúne os países mais desenvolvidos do mundo). Essa discrepância se torna ainda maior se considerado que o PIB americano, de US$ 14 trilhões, é pelo menos duas vezes superior ao de qualquer outro país.

O fato de a líder do ranking ser a Universidade Harvard, fundada em 1636, mostra que não é da noite para o dia que se constrói um ensino de qualidade.

Nesse sentido, o Brasil, onde o investimento federal no ensino superior não chega a 1% do PIB, não tem o que comemorar no ranking. Diferentemente de outros países emergentes, como China, África do Sul e Turquia, o país não teve nenhuma universidade incluída entre as 200 melhores.

A USP, que tem o mérito de ser a mais bem colocada entre as instituições latino-americanas, aparece na 232ª posição, 16 postos à frente da Unicamp, única outra escola brasileira na lista.

Se não sofre mazelas tão graves quanto as do ensino básico, a educação superior brasileira, tanto dentro das salas de aula quanto nos laboratórios de pesquisa, ainda está longe do nível de excelência necessário para alavancar o crescimento do país. Investimento público mais robusto e mais bem direcionado é um passo indispensável para sanar essa deficiência.

(Folha de SP, 18/9)

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NOTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:

Ué, lá nos Estados Unidos, e aqui também, a Nomenklatura científica e a Galera dos meninos de Darwin (lá também tem disso) quando choram as pitangas por causa das críticas à teoria da evolução de Darwin, afirmam que o atraso científico daquela grande nação se deve a esse obscurantismo em relação à maior ideia que toda a humanidade já teve. 

E agora o editorial da FSP é para ser lido como???

Fui, nem sei por que, sem entender mais nada: a nação mais refratária às teses transformacionistas de Darwin é a nação que manda na educação. E se esta moda pegar???

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