Escolas usam livros de Biologia avaliados e aprovados pelo MEC contendo duas fraudes e distorções científicas na abordagem da teoria da evolução
da Folha Online
Todas as escolas públicas e particulares brasileiras usam livros analisados e aprovados pelo MEC/SEMTEC/PNLEM atendendo ao preconizado pelos atuais PCNs [Arquivo em PDF] e a LDB 9496/96, informa reportagem de Antony Goes publicada neste sábado pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Porta-voz do MEC/SEMTEC/PNLEM diz que esse método poupa a totalidade do trabalho da coordenação pedagógica. Outros especialistas afirmam, porém, que os livros de Biologia do ensino médio contêm duas fraudes e várias distorções de evidências científicas na abordagem da teoria da evolução, tirando a liberdade acadêmica do professor e na adequada formação educacional dos alunos que estão sendo violentados na sua cidadania – o direito à informação científica objetiva e atualizada, não dando margem para trabalhar as sugestões de Edgar Morin à UNESCO para a educação do futuro: ensinar as zonas de incerteza nas ciências da vida.
O aspecto negativo é que, diferentemente das apostilas, os livros didáticos são avaliados e aprovados por douta comissão do Ministério da Educação.
Leia a reportagem completa na Folha deste sábado, que já está nas bancas.
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NOTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:
A paráfrase do texto da Folha de São Paulo é proposital e para chamar a atenção da sociedade brasileira: nossos filhos estão sendo engabelados na sua educação sobre a evolução. Explico a seguir.
A questão polêmica e controversa hoje, não é se as especulações transformistas de Darwin contrariam ou são compatíveis com relatos de criação de subjetividades religiosas, mas se elas são corroboradas em um contexto de justificação teórica. Não são. Desde 1859. A questão hoje é científica: Darwin explica a origem e evolução das espécies? E se não explicar satisfatoriamente? Uma mudança paradigmática em Biologia?
A Folha de São Paulo, que se diz um jornal a favor do Brasil, deveria encampar esta questão de debater publicamente o ensino das evidências a favor e contra a teoria da evolução, do por que da elaboração de uma nova teoria geral da evolução - a SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA, que não deve ser selecionista a contragosto de Darwin, e se há outras teorias que se propõem explicar o que Darwin não conseguiu.
Ah, ia me esquecendo 1: há mais de uma década este blogger levou ao conhecimento da editoria de ciência da FSP sobre as insuficiências epistêmicas do neodarwinismo e da existência de duas fraudes e distorções de evidências científicas a favor do fato, Fato, FATO da evolução em nossos melhores autores de livros didáticos de Biologia, e o que fez a FSP? Ficou em silêncio até hoje, de rabo preso com a Nomenklatura científica.
Ah, ia me esquecendo 2: A LDB e os PCNs preconizam a formação de um aluno crítico e que as teorias científicas, por serem construtos humanos, estão sujeitas à revisão e ao simples descarte. Nossos alunos do ensino médio estão sendo engabelados na questão da teoria da evolução que, convenhamos, não é assim uma Brastemp de teoria científica. Como formar alunos críticos e independentes, se Darwin, por razões estritamente seculares e científicas, não pode ser criticado em aulas de ciência?
