Agência FAPESP – O Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus da Barra Funda na capital paulista, abriu a exposição Mestre Vitalino: a terra e o imaginário, em comemoração ao centenário do artista.
A exposição, que vai até o dia 4 de maio, além de obras, terá palestras e debates sobre Vitalino Pereira dos Santos, considerado referência no artesanato figurativo-popular brasileiro.
Mestre Vitalino ganhou notoriedade e participou de exposições no Rio de Janeiro, em 1947, e no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, em 1949.
Nasceu em 10 de julho de 1909 e morreu em 20 de janeiro de 1963. Seu pai era roceiro. Apesar da fama, o artista viveu modestamente. Aos seis anos, começou a modelar pequenos animais com as sobras do barro usado por sua mãe, que, além de cuidar da casa e ajudar no roçado, produzia também utensílios domésticos.
Mudou-se para o Alto do Moura, em Caruaru, no fim de 1940. Uma das suas primeiras peças a conquistar o sucesso comercial foi o Caçador de maracajá. Também ficou famosa a sua série Profissões, com as figuras de médico, veterinário, dentista e fotógrafo.
Suas peças podem ser encontradas no Museu do Homem do Nordeste, da Fundação Joaquim Nabuco (Recife), no Museu Castro Maya (Rio de Janeiro), no Museu Théo Brandão (Maceió), no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e em coleções particulares.
Seu legado permanece vivo em sua cidade natal, Caruaru (PE), onde cerca de 300 pessoas do bairro do Alto do Moura reproduzem suas figuras em argila. As obras são vendidas no Brasil e exportadas para Estados Unidos e Europa.
Mestre Vitalino: a terra e o imaginário
Local: Galeria de Artes do IA, na R. Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271, Barra Funda, São Paulo.
Horário: de segunda a sexta, das 9h às 18h; aos sábados, das 9h às 14h.
Mais informações: (11) 3393-8531