60.000 visitantes no blog Desafiando a Nomenklatura científica

terça-feira, julho 31, 2007

O blog “Desafiando a Nomenklatura científica” atingiu a marca de 60.000 visitantes em 31/07/2007.

Vide mapa:



Relembrando a política deste blogger: a democratização da informação sobre as dificuldades fundamentais da teoria geral da evolução e a promoção da teoria do Design Inteligente. Portanto, todo o conteúdo deste blog pode ser reproduzido livremente em qualquer forma de mídia, desde que mantido no original. Links de artigos em outros sites e blogs direcionando os leitores para este blog é muito mais do que apreciada. Faça um darwinista feliz: divulgue este blog!

Muito obrigado pela audiência, afinal de contas 11 entre 10 darwinistas na Nomenklatura científica, a Grande Mídia tupiniquim, e mais a galera de meninos e meninas de Darwin lêem o blog “Desafiando a Nomenklatura científica”.

Fui, aproveitar o resto de férias no nordeste maravilha, carregando pedras, pois vou dar duas palestras em lugar muito aconchegante, depois volto ao sudeste maravilha onde darei uma palestra sobre a teoria do Design Inteligente para uma platéia seleta de darwinistas.



Exposição DARWIN – MASP: Uma “vergonhosa” distorção historiográfica – Parte 3 de 4

segunda-feira, julho 30, 2007

Quando a questão é Darwin, por que os darwinistas são sempre encontrados em descompasso com a verdade histórica e epistêmica desde 1859? Esse descompasso com a verdade histórico-epistêmica foi visto na hágio-exposição “DARWIN” no MASP, em São Paulo, e denunciado aqui neste blog.

Até agora não provocou indignação pública de ninguém do alto escalão da Nomenklatura científica, muito menos da Grande Mídia tupiniquins. Eles vão continuar em silêncio obsequioso ricuperiano: “O que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde.” É muita inocência de minha parte esperar que esta turma diga: “Nós fomos apanhados com a mão na cumbuca, epa [obrigado, Diogo Mainardi, VEJA], em falta. Pedimos a todos os nossos leitores as nossas mais sinceras desculpas pelo apoio, indução e manutenção do erro histórico vistos na exposição “DARWIN” no MASP em São Paulo.” E dar o devido destaque desses erros e distorções históricas.

Minha mãe dizia: a mentira tem perna curta. Quem apoiou educacionalmente sabia disso? Se não sabia, agora sabe por meio deste blog de um “simples professorzinho do ensino médio” [será???], “tradutor científico”, “auto-intitulado coordenador do NBDI” [“a ONG de um homem só”, será???], “o cavaleiro andante do DI”, e otras cositas mais. E por que ainda não se manifestaram? É porque é preciso muita hombridade e coragem para reconhecer o erro. Isso anda em falta entre muitos secularistas pós-modernos.

Neste blog aqui e ali eu uso a frase “os darwinistas são useiros e vezeiros em mentir em nome de Darwin”. Recentemente na Folha de São Paulo, o jurista Walter Ceneviva chamou elegantemente este comportamento aético de “descompasso permanente com a verdade”. Clóvis Rossi, mais incisivo, chamou de “o costume de mentir.” Os dois são articulistas da FSP. Ainda há esperança para o jornal que se diz a favor do Brasil, menos quando a questão é Darwin.

III. A “idéia” que revolucionou não somente o mundo vitoriano, mas também o nosso.

NADA MAIS ESCANCARADAMENTE FALSO!

As especulações transformistas expostas no livro Origem das Espécies não “revolucionou” a opinião pública vitoriana. Naquela época, já mencionei aqui, a Bíblia já não era mais uma Brastemp nos “corações e mentes” dos ingleses. Uma leitura histórica objetiva da época mostra que os leitores consideraram as idéias de Darwin muito parecidas com as de Herbert Spencer — teses hoje conhecidas como “Darwinismo Social” — a hágio-exposição tentou desvencilhar Darwin dessa ignominiosa proposição. Ao afirmar que outros [leia-se todos os regimes secularistas que mataram mais de 100 MILHÕES de pessoas — Adolf Hitler, Lenin, Stalin, Pol Pot e quejandos] fizeram mau uso da teoria científica, os que elaboraram a exposição se esqueceram de mencionar que no outro livro “Descent of Man”, o próprio Darwin descreveu a destruição da “raças inferiores” pelas “raças superiores”. Parece que alguém seguiu Darwin ao pé da letra. Você se lembra o nome desse sujeito que fez “mau uso” da “melhor idéia que a humanidade já teve”? [Êta, Dennett, você é um menino cara de pau de mentiroso]. Eu vou dizer apenas duas letras do nome dele: Adolf Hitler. Vide WEIKART, Richard. From Darwin to Hitler: Evolutionary Ethics, Eugenics, and Racism in Germany [De Darwin a Hitler: ética evolutiva, eugenia, e racismo na Alemanha] (Palgrave Macmillan, 2004).

Bem que o Schwarcz, da Companhia das Letras, poderia brindar os leitores interessados nesta controvérsia com a publicação deste livro controverso e polêmico. Mas o Schwarcz está comprometido com Darwin e o materialismo filosófico até o pescoço, e não ousa desafiar a Nomenklatura científica.

A hágio-exposição encantou os visitantes com as réplicas de fósseis e a fauna que tanto encantaram a curiosidade de Darwin. Ora, isso não foi nenhuma novidade para os ingleses que já tinham conhecimento da flora e da fauna do Novo Mundo graças, em parte, à viagem pouco conhecida do público leigo e até de muitos historiadores da ciência de Joseph Banks no HMS Endeavor (1768-1771).

Ao retornar, Banks trouxe umas 2500 novas espécies, e usou da sua influência como presidente da Royal Society para encorajar o interesse do público em história natural. Gravuras e desenhos da flora, fauna, e dos nativos, mais o envolvimento de pessoas que tinham a botânica, a zoologia, os fósseis e a geologia como passatempo [Darwin foi uma dessas pessoas] tornou esse interesse pelo exótico algo comum entre as pessoas da classe média inglesa. A expansão da mídia tornou isso possível entre os proletários. [1]

Este interesse público pelas viagens de descoberta e da história natural era um aspecto da profunda reorientação que a Europa sofreu em decorrência da descoberta do Novo Mundo e do crescimento do comércio. A expectativa de grandes e dramáticas mudanças na sociedade humana atingiu o seu ápice com a Revolução Francesa e os seus princípios de liberdade, igualdade, e fraternidade: escravos foram libertos e as mulheres emancipadas [em parte].

NOTA DE LOUVOR:

A hágio-exposição deu destaque ao fato de que o próprio Darwin revelou que o seu conceito de seleção natural foi inspirado na ilustração matemática da necessidade da luta pela existência de Thomas Malthus [há quem diga que o nosso Grande Timoneiro epistêmico não precisaria de Malthus para chegar à teoria geral da evolução pela seleção natural]. Mas antes de Darwin, Patrick Matthew e Alfred R.
Wallace reconheceram esta conexão malthusiana.

Pergunta impertinente deste blogger: a tese de Malthus se demonstrou falsa? Só pra contrariar: se foi demonstrada falsa, uma teoria científica que se baseou em Malthus, seria porventura falsa também?

Posição semelhante também foi desenvolvida uma década antes no livro Vestiges, e por Herbert Spencer no seu panfleto Social Statics (1850): individualismo radical e uma defesa contundente da igualdade das mulheres, muito antes da defesa clássica de J.S. Mill no seu The Subjection of Women (1869), e muito antes do endosso qualificado de Darwin no Descent of Man (1871).

IV. As hipóteses transformistas de Darwin foram amplamente aceitas pelos cientistas e rejeitada apenas pelos religiosos.

NADA MAIS ESCANCARADAMENTE FALSO:

Uma leitura objetiva (sem as lentes do materialismo filosófico) do Origem das Espécies e daquela época vai demonstrar que as hipóteses transformistas de Darwin não eram assim uma Brastemp heurística. Muitos naturalistas e biólogos eminentes fizeram críticas significativas e incômodas da obra de Darwin: Gregor Mendel que acreditava que as suas descobertas refutavam as premissas de Darwin da herança dos caracteres.

Como é que está o seu coração? Está de bem com a vida? Não tem inimigos intelectuais como este blogger? E a família? Você está sentado? Então agüenta firme que lá vem bomba: Thomas Huxley não acreditava nos super-poderes da seleção natural. NOTA BENE: este insignificante personagem darwinista não acreditava nos super-poderes “mágicos” criativos da seleção natural.

A hágio-exposição descarada e impunemente promoveu uma versão extrema de uma lenda de Darwin triunfalista. Os visitantes foram engabelados com a seguinte afirmação: “O Origem das Espécies causou uma sensação, não somente na Inglaterra, mas ao redor do mundo… O livro se esgotou no primeiro dia; a biblioteca de maior circulação do país escolheu o livro Origem das Espécies... e num espaço de tempo surpreendentemente pequeno, a tempestade passou [i.e., a rejeição das hipóteses transformistas de Darwin pelos religiosos] pelo menos para os cientistas. A evolução por seleção natural se tornou parte de sua linguagem, integral para o trabalho científico”.

O que salta aos olhos de um cético localizado de Darwin (este blogger, por exemplo) é que a afirmação dá a entender que havia uma aceitação ampla da seleção natural entre os cientistas, e que rapidamente o darwinismo desfrutou de um consenso social. NADA MAIS FALSO.

Razões? O livro Origem das Espécies veio 15 anos depois para causar “sensação” na sociedade inglesa e mundial: Vestiges já tinha causado isso. Quanto ao livro ter sido um best-seller, isso é uma mentira deslavada que alguns darwinistas não se cansam de contar, mesmo que apontados fazendo o papel de Pinóquios. John Murray, o editor de Darwin antecipou uma modesta demanda e imprimiu tão-somente 1200 cópias. A afirmação de que esgotou no “primeiro dia” é uma baita mentira de envergonhar o mais mentiroso dos mentirosos darwinistas [deve ser um meme “cultural” haeckeliano de adaptação resistindo ao ambiente de luz da verdade cristalina].

Corrijamos aqui esses mentirosos incorrigíveis: o livro se esgotou porque foi comprado por atacado por outros livreiros no primeiro dia de sua pré-publicação. O freqüente e desabrido descompasso com a verdade por alguns darwinistas é tão grave que eles não fazem uma comparação. Naquela ocasião o Origem das Espécies foi a menor de todas as vendas de pré-publicação de cinco livros que ele oferecia. A maior venda de pré-publicação atingiu o número de 7600 cópias; o segundo menor foi uma biografia do abolicionista Sir Fowell Buxton que vendeu 2.500 cópias (vide Peckham, 1959). Como dizia minha mãe, a mentira tem pernas curtas...

Bem, mentiras cabeludas à parte, e numa exposição no MASP [Sr. Curador do MASP, engabelaram sua confiança quanto à integridade historiográfica da exposição], vamos abordar a parte substantiva. É um fato historiograficamente estabelecido que, enquanto a hipótese de evolução era amplamente aceita já na década de 1870, a seleção natural como mecanismo evolutivo não era aceita entre os cientistas. NOTA BENE: A SELEÇÃO NATURAL NÃO ERA ACEITA PELOS CIENTISTAS! E o povão com essa distinção apurada? Nem se importava em distinguir entre as teorias de Darwin, Spencer e quejandos.

Quanto está a sua pressão? E o coração, vai bem? Os maiores apologetas [epa, obrigado Diogo Mainardi, VEJA] os maiores defensores de Darwin, inclusive o seu “buldogue” Thomas Huxley fizeram sérias críticas a alguns aspectos de sua teoria. Por exemplo, George Romanes pensava que Darwin não tinha explicado a origem das espécies [eu estou com Romanes, e não abro], mas tão-somente a origem da variação.

Curioso, Romanes propôs um mecanismo evolutivo que chamou de “seleção fisiológica” (vide Forsdyke, 2001), mas nós não vimos isso na hágio-exposição. Se, e eu penso que sim, o Origem das Espécies falhou em explicar a origem das espécies, isso deveria ter sido destacado na exposição embasada em dados históricos e que denunciou outros exemplos de afirmações que não se substanciaram no contexto de justificação teórica.

Darwin e antes dele Patrick Matthew, aceitavam a seleção artificial como um caso especial de seleção natural. Alfred Wallace negou essa conexão. Ele negou a seleção lamarckiana e a seleção sexual, apesar de um grande estudo feito por Darwin. Wallace negou também que a mente humana pudesse ter sido derivada de primatas. Ele era espírita e acreditava que somente o espiritualismo poderia explicar isso (vide Fichman, 2004).

Vamos agora ao “buldogue” de Darwin. Thomas Huxley rejeitou a seleção natural porque ela negava os eventos saltacionais (“macromutações” hoje) e era inconsistente [NOTA BENE: ERA INCONSISTENTE] com o registro fóssil de longas eras sem nenhuma mudança evolutiva (descendência comum dos semelhantes). ESTASE em alguns casos por mais de 500 MILHÕES DE ANOS. Huxley rejeitou também a proposta de Darwin de que a classificação das espécies fosse feita baseada na descendência. Para Huxley, isso somente poderia ser feito pelas características anatômico-morfológicas, bem ao estilo do Bauplan de Karl von Baer (vide Desmond, 1997).

Qual é o problema com a posição “ortodoxa” de Huxley? É que ela se aproxima muito da idéia do arquétipo de Richard Owen, um cientista que Huxley sentia o maior prazer em demonstrar o seu “ódio”. Cara equilibrado e cientificamente objetivo este Huxley. O que você pode esperar de um “buldogue”??? Existem muitos Huxleys por aí na Akademia internacional e tupiniquim. É um “meme cultural” que se propagou sem predadores no nicho intelectual.

Ernst Haeckel, o principal propagandista das hipóteses transformistas de Darwin na Alemanha e também na Inglaterra nos anos 1880s, mais conhecido pela sua hipótese de “a ontogenia recapitula a filogenia” e por ter fraudado os desenhos dos embriões de vertebrados [Alô MEC/SEMTEC/PNLEM: até hoje esta fraude conhecida pela Nomenklatura científica permanece em alguns livros didáticos de Biologia do ensino médio], acreditava que a seleção natural era APENAS um princípio conservador [NOTA BENE: SELEÇÃO NATURAL APENAS UM MECANISMO EVOLUTIVO CONSERVADOR, hoje seleção estabilizadora]. E a novidade orgânica? Pasmem, Haeckel atribuía à herança lamarckiana dos caracteres. Ele não estava sozinho, pois um bom número de naturalistas do século 19aceitava esta idéia (vide Jepson, 1949).

Coitado do Haeckel. Ele estava simplesmente tentando implementar o conceito de classificação de Darwin baseado na filogenia, através de observações da embriologia comparativa. A sua famosa “lei biogênica” — a ontogenia recapitula a filogenia. Lei essa resistida resolutamente por outros cientistas. A lei de Haeckel perdeu credibilidade por volta de 1920 (vide Gould, um darwinista honesto, 1977).

O que dizer então de outros nomes pouco conhecidos como Fleeming Jenkin [Ele era engenheiro. Engraçado, hoje há mais engenheiros aceitando o Design Inteligente do que biólogos], Francis Galton, Carl Wilhelm Naegeli, e St. George Jackson Mivart [sujeito de minha dissertação, e que mandou Darwin hibernar para sempre em revisão do Origem das Espécies] que fizeram críticas substanciais da teoria de Darwin?

Naegeli argumentou que as numerosas características e funções não tinham função adaptativa, e por isso não podiam ser explicadas pela seleção natural.

Jenkin e Galton rejeitaram a teoria da herança de Darwin porque ela reduz a variação pela metade em cada geração. Razão? Em poucas gerações as comunidades reprodutivas consistiriam de organismos quase que idênticos sem a variabilidade genética necessária para a evolução ocorrer.

Mivart argumentou que somente as macromutações poderiam explicar a evolução das estruturas ou das funções, como asas, que não tinham função até que estivessem plenamente desenvolvidas. Eu pretendo demonstrar em minha dissertação que algumas críticas de Mivart prevalecem até hoje, e sem respostas da Nomenklatura científica.

Darwin respondeu aos seus críticos na 5ª. e 6ª. edições do Origem das Espécies. Diferentemente dos seus atuais discípulos, Darwin admitiu que subestimou “a variabilidade inútil”, e tinha acreditado que as variações adaptativas “podem ser preservadas mais freqüentemente do que eu agora vejo ser possível ou provável”. Ironia do destino ou lapso da mente que teve a idéia mais brilhante da humanidade [Dennett, você está de castigo, menino loroteiro]: Darwin teve uma recaída lamarckiana nessas duas últimas edições revistas, pois atribuiu um grande valor à herança dos caracteres lamarckianos [NOTA BENE: Este historiador da ciência em formação sabe que esta idéia não é de Lamarck, mas de uma época] de “uso e desuso”.

Se você deixa uma brecha epistêmica, os críticos vêm logo em seguida. Baseado nisso, Samuel Butler, in Luck or Cunning as the Main Means of Organic Evolution (1887), argumentou que a teoria de Darwin era lamarckismo, uma opinião compartilhada pelo mentor de Darwin: Charles Lyell.

Embora pareça excêntrico, esta opinião é um dado histórico importante devido à sua proeminência na resposta dos franceses a Darwin (vide Persell 1999).

Parafraseando Marco Túlio Cícero: “Nomenklatura científica e Grande Mídia tupiniquins: Quousque tandem abutere scientia nostra?”

NOTAS:

1. JARDINE, N., SECORD, J.A., e SPARY, E. C., (Eds.) (1996). Cultures of Natural History. New York, Cambridge University Press.


BIBLIOGRAFIA

CLARK, R. W. (1984). The Survival of Charles Darwin: a Biography of a Man and an Idea. New York, Random House.
DESMOND, A. (1997). Huxley: From the Devil’s Disciple to Evolution’s High Priest.
London, Perseus Books.
FICHMAN, M. (2004). An Elusive Victorian: The Evolution of Alfred Russel Wallace.
Chicago, University of Chicago Press.
FORSDYKE, D. R. (2001). The Origin of Species Revisited: A Victorian Who Anticipated Modern Developments in Darwin’s Theory. Kingston, Ontário, Queen’s University Press.
GOULD, S. J. (1977). Ontogeny and Phylogeny. Cambridge, Harvard University Press.
JARDINE, N., SECORD, J.A., e SPARY, E. C., (Eds.) (1996). Cultures of Natural History. New York, Cambridge University Press.
JEPSON, G. (1949). Selection, ‘Orthogenesis’, and the fossil record. Proceedings of theAmerican Philosophical Society, 93, 479-500.
PECKHAM, Morse. (1959). The Origin of Species by Charles Darwin: A Variorum Text. Philadelphia, University of Pennsylvania Press.
PERSELL, Stuart M. (1999). Neo-Lamarckism and the Evolution Controversy in France, 1870-1920. Lewiston, NY, Edward Mellon Press.

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Sobre os ombros de um gigante darwinista honesto que faz parte da Nomenklatura científica, desiludido e envergonhado com esse OBA-OBA internacional e do culto secularizado à personalidade de Darwin, mas que apesar disso continua evolucionista.

COMENTÁRIO IMPERTINENTE DESTE BLOGGER:

Eu não queria estar na pele dessa turma nem por um nanosegundo: foram desnudados e encontrados em falta histórica. Desde 1998 eu aponto isso junto às editorias de ciência:

“Men han har jo ikke Noget paa!” sagde et lille Barn. “Herre Gud, hør den Uskyldiges Røst!” sagde Faderen; og den Ene hviskede til den Anden, hvad Barnet sagde. “Han har ikke Noget paa, er der et lille Barn, der siger, han har ikke Noget paa!” raabte tilsidst hele Folket.”

De uma estória infantil de Hans Christian Andersen, para que os adultos vejam:
Darwin está nu e há algo de podre na Nomenklatura científica e na Grande Mídia de Pindorama: descompasso permanente com a verdade histórica em relação a Darwin e ao contexto de justificação epistêmica de sua teoria geral da evolução.




Origem da vida: menos especulação e mais evidências

domingo, julho 29, 2007

O livro From Suns to Life: A Chronological Approach to the History of Life on Earth [Dos sóis para a vida: uma abordagem cronológica para a história da vida na Terra], editado por M. Gargaud et. al., e reimpresso no Earth, Moon, and Planets, Vol. 98/1-4, 2006, foi resenhado no European Astrobiology Magazine. O livro tenta realizar um “escrutínio detalhado” do problema [bota problema nisso, sô] “da transição das pequenas e simples moléculas para as as células grandes e complexas.”

Bem, como imaginar é válido em ciência [e bota imaginação em algumas teorias científicas], o que você imagina teria sido a reação inicial do resenhista Toby Murcott sobre os pontos fundamentais dos problemas evidentes nas pesquisas das origens da vida? Vamos lá, chute, pois há muito tempo os cientistas vêm fazendo isso sobre as origens da vida. Bem, Murcott comentou sobre a incerteza, falta de consenso [bom-senso, não?], e FALTA DE EVIDÊNCIA nesta área científica que torra dinheiro pra caramba no mundo inteiro:

“O que vem imediatamente à sua mente sobre este assunto é a grande quantidade de incerteza e os muitos possíveis e diferentes cenários. No que diz respeito à transição da química prebiótica para a vida, não existe nenhuma nítida evidência de cronologia [SIC ULTRA PLUS: Alô MEC/SEMTEC/PNLEM, que tal dar uma olhada em nossos melhores livros-texto de Biologia do ensino médio???]. Há muitos diferentes caminhos desde a sopa prebiótica aos organismos vivos, e numerosas possíveis etapas intermediárias com quaisquer números de complexas reações orgânicas e bioquímicas em rota. Também é claro que os elementos bioquímicos de hoje podem ter realizado funções muito diferentes no passado. Por exemplo, a maioria das reações químicas são mediadas hoje por enzimas de proteínas, mas algumas indicações da biologia sugerem que o RNA foi amplamente utilizado como catalisador durante a evolução química primeva.”

Você acha que este tom de incerteza foi mitigada pela evidência encontrada no artigo? Não foi. Uma leitura objetiva do texto revela: a palavra “talvez” apareceu quatro vezes, “possível” duas vezes, a expressão “impossível dizer” uma vez, “cenário” quatro vezes, “incerteza” duas vezes, “pode” várias vezes. Nós sabemos que os organismos de hoje dependem de proteínas, aminoácidos, gorduras e açúcares, “mas o que aconteceu realmente e em que ordem é uma matéria de muito debate, e provavelmente permanecerá assim por algum tempo.” Nossos alunos do ensino médio ficam embasbacados com o apêndice da evolução química, geralmente com infográficos hollywoodianos, anexado para dar suporte à evolução biológica estritamente por acaso, necessidade, e causas naturais. É por esta INCERTEZA que os darwinistas mais honestos dizem que a evolução bioquímica não é necessária para a fundamentação da evolução biológica. Não é para menos. Quem construiria sobre um fundamento heurístico baseado na INCERTEZA? Mas, está lá em nossos melhores livros-texto. Chamam isso de educação científica. Eu chamo de doutrinação no materialismo filosófico.

Bem, como em origem da vida é um vale-tudo em termos de “cenários”, qual terá sido o desempenho de cada um deles neste “smorgasbord” heurístico? Especificamente, os cientistas nos apresentam três cenários para a evolução química: co-evolução, peptídeos replicantes e o mundo RNA. E nesta “loteria” epistêmica, como é que vai a disputa. Co-evolução: “é o mais simples de todos os modelos, exigindo talvez a explicação menos detalhada, mas não é uma descrição particularmente satisfatória.” Peptídeos replicantes: “Até agora não existe uma base racional convincente para esta transição e, além disso, não há nenhuma pista de PNA em qualquer organismo moderno.” Você pensou que os resenhistas ficaram só nisso? Eles adicionaram mais esta especulação de longo alcance histórico: “Embora isso não exclua, espera-se que tanto a evolução química como a darwiniana deixem para trás traços detectáveis de sua herança.”

Bem, já se foram duas estórias da carochinha. Nós ficamos tão-somente com o mundo RNA, que não é lá uma Brastemp no contexto de justificação teórica. Mas, apesar de ser o modelo que tem recebido mais atenção, uma etapa importante não pode ficar de fora: “Contudo, um caminho prebiótico para a síntese do nucleotídeo ainda está para ser descoberto.” QED: a pesquisa sobre a origem da vida é um grande empreendimento: grande em especulação, mas muito pequeno em evidências que apóiem a teoria. Quem sabe a astrobiologia não poderia dar uma “mãozinha” aqui? Afinal de contas, uma área científica sem sujeito para ser pesquisado pode ser de grande ajuda aos cientistas amantes do empirismo quando usado contra os críticos do seu materialismo filosófico, mas não utilizam contra si mesmos. Bem, depois desse meu queixume, vou deixar o Murcott concluir sua resenha, quem sabe achando realmente algum tipo de vida exótica algum dia através da sonda espacial “Darwin” [a ser lançada em 2015] em algum lugar da imensidão do universo:

“Este livro cobre cada elemento da evolução da vida desde a emergência das moléculas orgânicas simples às teorias sobre como as primeiras células se juntaram. Como os grupos de elementos químicos e suas reações associadas se tornaram compartamentalizadas em células protótipos? Qual foi o envolvimento das matrizes inorgânicas, e a maior, como a complexidade surgiu de origens simples? Os autores estudaram esmeradamente a evidência limitada e fazem especulações inteligentes, embora precavidas, como apropriadas. Quem quer que não esteja à vontade com a bioquímica poderá, às vezes, encontrar dificuldades, mas os sumários são menos intensos, e permitirão virtualmente que todos os leitores entendam os conceitos e as incertezas. Ao descreverem o problema de como a vida surgiu, os autores também ilustram por que a astrobiologia possa fornecer uma das poucas oportunidades experimentais para testar as hipóteses.”

Astrobiologia, uma ciência sem sujeito de pesquisa é que vai nos dar esta oportunidade? Uma especulação para apoiar outra especulação? Chamam isso de ciência? Desde quando especulação é ciência? Pro bonum scientiae: menos especulação e mais evidências.

Pano rápido...

NOTA

1. From Suns to Life: A Chronological Approach to the History of Life on Earth, edited by M. Gargaud et. al. and reprinted from Earth, Moon, and Planets, Vol. 98/1-4, 2006.

A árvore dos trilobitas virou de cabeça para baixo, mas a evolução é mais inteligente do que você idiota!

A única figura do livro “Origem das Espécies” (Charles Darwin, 1859) tido por uns como sendo “o maior livro de biologia” que revolucionou toda a humanidade [Eu tenho as minhas dúvidas], e por outros como sendo “um livro confuso e que não explicou o que se propôs: a origem das espécies” [Ernst Mayr], é a árvore da vida.



Darwin predisse que a vida se tornaria mais diversificada ao longo do tempo do mesmo modo como os galhos de uma árvore. O que não faz uma imaginação fértil de um mero naturalista. Acontece que o padrão dos trilobitas no registro fóssil vai de encontro às especulações transformistas de Darwin: nós notamos mais diversidade nos depósitos mais inferiores, e menos diversidade nos depósitos superiores.



O que fazer quando as evidências não apóiam a teoria? As evidências, ora, as evidências que se danem, pois o que vale é a teoria [Theodosius Dobzhansky no Brasil]. Mas é justamente esta máxima dobzhanskyana — as evidências estão erradas e devem se ajustar e se render à teoria, é que deve ter levado a um grupo de paleontólogos evolucionistas a transformar uma evidência contrária a favor do homem que teve a maior idéia da humanidade [Dennet, você é um menino incorrigível mesmo].

Numa recente nota da Science Daily intitulada “Fossils Older Than Dinosaurs Reveal Pattern Of Early Animal Evolution On Earth” [Fósseis mais antigos do que os dinossauros revelam padrão de evolução de animais antigos na Terra]. Apesar de reconhecerem que os trilobitas surgiram “uma explosão de vida na Terra sem precedentes” nos estratos cambrianos, como era de se esperar da Grande Mídia, não deu nenhuma indicação de isso é uma baita problema no contexto de justificação da teoria geral da evolução.

Ao invés disso, a nota citou Mark Webster (Universidade de Chicago) explicando a evidência a favor do fato, Fato, FATO da evolução: “De uma perspectiva evolutiva, quanto mais variável for uma espécie, tanto mais matéria bruta a seleção natural tem de operar.” Lembre-se, se não for X, então é Y; se não for Y, então é Z, se não for Z, então é todo o ABC de “estórias da carochinha” para justificar uma teoria, mesmo que sacrificando o intelecto e jogando as evidências na lata do lixo. Dobzhansky, nunca você foi tão contemporâneo!

A idéia que estão tentando transparecer aqui é que os trilobitas começaram num estado mais plástico, i.e., mais variáveis, e mais tarde se tornaram mais “canalizados” em padrões corporais específicos. Como isso seria possível? Talvez os nichos ecológicos forçaram os trilobitas mais tarde em habitats particulares que inibiram a variação. Ou quem sabe os processos de desenvolvimento dentro dos primeiros trilobitas provocaram muito menos impedimentos para o surgimento do organismo. Ou nenhuma das duas sugestões. Webster disse, “Nós precisamos separar cuidadosamente o que está controlando este padrão de alta variação dentro das espécies. Há muito trabalho a fazer.”

Perceberam? Não importa o que as evidências estejam dizendo, especialmente se contradizem o nosso Grande Timoneiro epistêmico que teve “a maior idéia que a humanidade já teve” [Dennett, você vai ficar de castigo por contar lorotas]: a teoria em si não foi apresentada como sofrendo dificuldades fundamentais no contexto de justificação teórica. NOTA BENE: a nota sequer explicou como que os corpos complexos surgiram QUASE QUE INSTANTANEAMENTE por um mecanismo evolutivo. Antes, a macro Ctrl + Alt + evolução foi usada: eles “surgiram” rapidamente: “durante o período cambriano, criaturas mais complexas com esqueletos, olhos e membros surgiram de repente de forma surpreendente.”

Gente, o darwinês é muito mais fácil do que o inglês [obrigado Macaco Simão, FSP], especialmente quando vem revestido de certa áurea explanatória para todos nós mortais: a evolução é mais inteligente do que você, idiota. Razão? A nota parafraseou poeticamente a Webster dizendo que parece que os organismos exibiram uma variação “descontrolada” dentro das espécies “na excitada irradiação” da explosão cambriana.”

O que as evidências encontradas nos fósseis de trilobitas nos dizem? Os trilobitas tinham simetria bilateral, segmentos corporais especializados, membros articulados para mobilização, e alguns dos olhos mais complexos conhecidos entre os invertebrados marinhos.

A pergunta que a KGB da Nomenklatura não quer que seja feita [e nem apareça nos livros didáticos de Biologia do ensino médio e superior]: havia precursores de trilobitas em estratos mais antigos? A resposta é: NÃO! Nossos primeiros trilobitas já surgiram plenamente funcionais com todos os seus órgãos e estruturas complexos. Há mais de 560 MILHÕES DE ANOS ATRÁS - ESTASE!

É esta a minha indignação com a Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquins — na maior cara de pau eles promovem essas estórias da carochinha a favor do fato, Fato, FATO da evolução, sem nenhum escrutínio e ceticismo críticos, enquanto que visões extremas da evolução como o design inteligente são vilipendiadas por esses pitbulls huxleyanos. Isso não é ciência, é prestidigitação.

A evidência está a 180 graus contra a predição de Darwin, mas esses Davids Copperfields da vida transformam isso em “ilusão de ótica epistêmica”, e trazem a favor do fato, Fato, FATO da evolução. Ninguém pensa. Ninguém faz pergunta difíceis para os discípulos de Darwin. Ninguém, menos este blogger abusado e outros, ousa chamar isso pelo nome: indecência epistêmica! É um crime intelectual sendo cometido à luz do dia, e quase ninguém dentro da Akademia protesta.

Os senhores perderam a razão?

Há esperança epistemológica para o darwinismo após Darwin???

Todos os termos terminados em “ismo” denotam “ideologia”. Definir “a maior idéia que a humanidade já teve” [Dennett, menino bobalhão, menos que não é bem assim] como sendo “ideologia” é algo impensável para a maioria da Nomenklatura científica, da galera dos meninos e meninas de Darwin, e da Grande Mídia internacional e tabajara.

Intencionalmente eles usam termos terminados em “ismo”, para descaracterizar posições críticas, mesmo as científicas, e dos seus mais fortes críticos e adversários epistêmicos atuais: a turma do Design Inteligente.

Geralmente a Nomenklatura científica e a galera dos meninos e meninas de Darwin reagem dizendo que nós tão-somente utilizamos o termo “darwinismo” para denegrir a atual teoria especial e geral da evolução como se fosse simplesmente uma “ideologia”. Nada mais falso e verdadeiro: usamos o termo para definir a atual teoria da evolução e o que chamamos de “materialismo/naturalismo filosófico”.

Será que a Akademia também usa o termo “darwinismo” para definir a teoria da evolução? Aqui neste blog, a gente mata a cobra e mostra o pau: o termo “darwinismo” faz parte da nomenclatura pertinente ao evolucionismo [argh, isso é como cometer um assassinato epistêmico — teoria da evolução] usado amplamente pela Akademia:

Universidade de Leeds, 3 a 5 de setembro de 2007

Darwinismo após Darwin


Este evento é financiado pela British Society for the History of Science

Introdução

Antes das celebrações a caminho para o sesquicentenário de [Origem das Espécies] e o bicentenário de Darwin em 2009, esta conferência irá fornecer uma oportunidade de pensar novamente sobre o legado do darwinismo [SIC ULTRA PLUS 1], e os esforços dos historiadores em compreender esse legado.

O objetivo é encorajar novas perspectivas históricas e historiográficas [SIC ULTRA PLUS 2: Será???] sobre as idéias, práticas de pesquisas [SIC ULTRA PLUS 3: ir de encontro com a historiografia darwiniana “mainstream” pode??? Em qualquer lugar do mundo??? Sem sanções acadêmicas???], e amplos aspectos sócio-políticos relacionados com a teoria da evolução do último século 19 até o século 21[SIC ULTRA PLUS 4: uma cultura materialista pode influenciar na elaboração de uma teoria científica? Uma teoria científica pode ser elaborada para avançar a agenda materialista-filosófica? Perguntar não ofende!].

Os eventos agendados incluem:

Um discurso diretriz da conferência de Peter Bowler, considerando o estado da historiografia do seu trabalho sobre a evolução.

Richard Weikart, autor do livro controverso “From Darwin to Hitler” (2004) [SIC ULTRA PLUS 5: Se você escreve contra Darwin, se você não faz parte da turma do OBA, mas do EPA, a sua obra contra Darwin-ídolo é considerada controversa. Gente, desde a infância que eu adoro ser controverso, de remar contra a maré, de ir contra a onda, de não ser Maria-vai-com-as-outras, de não sofrer da “síndrome do soldadinho-de-chumbo”, de ousar pensar diferente da Akademia — “historiografia mainstream” é mais chique. Eu sigo a Galileu Galilei: “Eppur si muove”. Eu sigo aos “malditos”, pra azar da Nomenklatura científica e da Grande Mídia tupiniquim!!!], uma sessão de encontro de autor e seus críticos com Jonathan Harwood, Staffan Mueller-Wille, e Steve Fuller.

John van Wyhe, como que a internet pode trazer novidades nas perspectivas históricas [SIC ULTRA PLUS 6: Alô Grande Mídia Tupiniquim — a internet a cada dia mostra o papel ridículo que vocês fazem desde 1998 — uma crise paradigmática no darwinismo, e uma nova proposta teórica esta aí no pedaço há quase duas décadas, e vocês usaram tão-somente a macro Ctrl + Alt + Críticas a Darwin = criacionismo disfarçado, eles não sabem o que é ciência, e otras cositas mais: síndrome ricuperiana — “O que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde.”].

Discussões de mesas-redondas sobre as futuras direções no estudo da história da evolução [SIC ULTRA PLUS 7: O contraditório pode ser pensado em História da Ciência? Em Pindorama e alhures???].

Uma excursão à charneca Moor, numa viagem à “Charneca de Darwin”.

A conferência será realizada nos arredores aprazíveis de Devonshire Hall, à pequena distância de Headingly e da universidade, e há apenas 10 minutos de ônibus vindo da cidade.

Favor consultar a chamada de artigos a fim de participar.
Ajuda de custo de passagens disponíveis para os alunos de pós-graduação que estão apresentando trabalhos.
Para maiores informações, favor se referir ao Butler Eyles Fund

Os organizadores deste evento são:

Fern Elsdon-Baker (University of Leeds)
Gregory Radick (University of Leeds)
Vicky Blake (Durham University)
Melanie Keene (University of Cambridge)
Chris Renwick (University of Leeds)
Josipa Petrunic (University of Edinburgh)

Os fundos para este evento foram fornecidos por:

The British Society for the History of Science
The British Academy
The University of Leeds

Para maiores informações, envie e-mail para:
enquiries@darwinismafterdarwin.com

O “ponto cego” da ciência: somente os céticos estrábicos não conseguem ver.

A ciência é um empreendimento humano de representar a realidade do universo e das coisas bióticas o mais aproximado da verdade possível. Como construto humano, a ciência é sujeita à revisão e descarte de teorias científicas. Indivíduos que praticam ciência fortemente influenciados pelo materialismo/naturalismo filosófico, a contragosto, são forçados a aceitar o que as novas verdades trazem para as teorias científicas. Eles esquecem, intencionalmente, que em ciência, pelas suas limitações, não existe “Theoria perennis”.

O bom método naturalista foi seqüestrado pelo naturalismo filosófico na promoção de uma agenda ideológica do materialismo filosófico como se este fosse ciência (Dawkins, Dennett, Harris, Hitchens et caterva dos pitbulls neo-ateus pós-modernistas, chiques, perfumados) com pouca ou nenhuma sanção da Nomenklatura científica. Eu não contemporizo com estes “falsos profetas” da ciência, e nem com a sua galera de meninos e meninas de Darwin.

Esses céticos falsetes tentam bater palmas usando apenas uma das mãos. Como não conseguem, nesse ceticismo falso, como verdadeiros estrábicos epistêmicos [que me perdoem estes deficientes visuais, eu tenho amigos assim] não são capazes de enxergar “o ponto cego” que a ciência tem.

Cornelius Hunter, meu amigo no Movimento do design Inteligente, "falou e disse":

“O problema com a ciência não é que a abordagem naturalista possa ocasionalmente ser inadequada. O problema é que a ciência nunca saberia melhor. Este é o ponto cego da ciência. Quando os problemas são encontrados, o naturalismo teológico pressupõe que a correta solução naturalista ainda não foi encontrada. Os fenômenos não-naturais serão interpretados como naturais, não importa o quão implausível que a estória se torne.” [1]

Caracas meu, o que eu chamo de naturalismo filosófico, Hunter chama neste livro de naturalismo teológico”. Mais uma palavra para o meu dicionário desafiando a Nomenklatura científica, e um tema que deveria ser abordado aqui: “Origem das Espécies: um longo argumento naturalista teológico”.

“The problem with science is not that the naturalistic approach might occasionally be inadequate. The problem is that science would never know any better. This is science’s blind spot. When problems are encountered, theological naturalism assumes that the correct naturalistic solution has not been found. Non-natural phenomena will be interpreted as natural, regardless of how implausible the story becomes.” [1]

Cornelius Hunter, Science’s Blind Spot: The Unseen Religion of Scientific Naturalism Brazos Press, 2007

Uma imagem vale por mil palavras: Design Inteligente

sexta-feira, julho 27, 2007

Um pós-darwinista é alguém que se cansou da pasmaceira de um paradigma mecanicista embolorado do século 19, recauchutado em vão no século 20 com a genética mendeliana (Mendel deve estar se revirando em seu túmulo, pois sabia que suas teses depõem contra o gradualismo darwiniano), mas que não resiste nos seus estertores epistêmicos no século 21 diante da avalanche de informação (a ciência biológica é uma ciência de informação), mas que apesar dessa contestação, continua mandando no pedaço do contexto da justificação mais a priori do que qualquer outra coisa.

Um lembrete aos chegados a demandas na justiça: ciência não se resolve nos bastidores da justiça, nem tampouco com blindagem teórica, mas com debate público das teorias nas universidades e sem sanções acadêmicas.

Para os céticos localizados do Design Inteligente às vezes uma imagem basta mais do que mil palavras: http://www.jove.com

Eu admito: Eu errei em relação ao artigo de João Pereira Coutinho/FSP

quinta-feira, julho 26, 2007

Eu recebi este e-mail com prioridade alta de um amigo que me crítica sobre o post publicado sobre o artigo de João Pereira Coutinho, “Em “God Is Not Great”, ateísmo de ensaísta vira nova religião” (Folha de São Paulo de 21/07/2007).

De: xyz@xyz.com
Enviada em: quarta-feira, 25 de julho de 2007 21:30
Para: neddy@uol.com.br
Assunto: Dessa vez você se enganou
Prioridade: Alta

Enézio,

Por favor, reconsidere seu último post sobre "queimar livros". Eu aconselharia a removê-lo e colocar no lugar uma explicação de que você o entendeu mal na primeira leitura.
Sou seu amigo.

Note que o autor do artigo na FSP **não** propõe queimar livros.

Ele critica Hitchens, e em determinado momento critica sua proposta de ficarmos com a "cultura" da sociedade ocidental e dispensarmos a religião, o que ele diz ser impossível. Afinal nossa cultura - mesmo nos seus aspectos seculares - sempre esteve embebida com valores cristãos.

Então, somente para sublinhar essa realidade, e para mostrar como a única forma de varrer a religião seria absurda e impensável, ele diz que para conseguir se livrar da religião, só se se destruísse toda a cultura.

Ele não quer isso, nem mesmo diz que o Hitchens quereria isso. Somente diz que esse seria o único modo de acabar com a religião no mundo ocidental.

Conselho do coração.
Um abração,
XYZ

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Eu li, e reli cum granum salis suas ponderações, e removi o post onde me apontaram o erro injusto cometido contra João Pereira Coutinho/FSP. Tendo em vista que este blog tem uma grande audiência no ciberespaço, aqui João Pereira Coutinho, aceite o meu pedido sincero de desculpas se lhe causei algum dano na sua reputação, bem como ao jornal Folha de São Paulo.

Mea culpa, infelizmente eu não segui a máxima latina: Qui scribit, bis legit [Quem escreve, lê duas vezes]. Eu não li duas vezes o artigo do Coutinho.

Dawkins e Hitchens e o neo-ateísmo pós-moderno, chique e perfumado não é ciência

terça-feira, julho 24, 2007

O neo-ateísmo pós-moderno, chique e perfumado está causando problemas para a Nomenklatura científica: a ciência não prova a existência e inexistência de Deus. Alguns cientistas e intelectuais como Dawkins [Qual e quando foi mesmo o último artigo/pesquisa dele?], Dennett e Hitchens estão recebendo "umas palmadas" gentis no traseiro pela Akademia que quer se livrar desse estigma de "guerra" entre a ciência e a religião.

Leiam, e vejam se a Nomenklatura científica não deveria ser mais incisiva há muito mais tempo com estes "pífios representantes" fundamentalistas de uma posição ideológica assim como tem sido com os crentes de concepções religiosas???

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JC e-mail 3311, de 23 de Julho de 2007

Dawkins e Hitchens guiam ateístas

Biólogo norte-americano e polemista ensaísta britânico levam argumentos ceticistas a extremos e viram best-sellers. Para Marcelo Gleiser, "novos ateístas" não representam comunidade científica e colecionam inimigos pela arrogância

"Graças ao telescópio e ao microscópio, a religião não oferece mais explicações para nada importante", diz Christopher Hitchens em "God Is Not Great".



O polemista britânico, conhecido agitador político de direita, conhece hoje, por conta de suas provocações à religião, um sucesso nunca antes alcançado por seus mais de 20 livros e inúmeros ensaios publicados em jornais e revistas.

Apenas uma semana após o lançamento, no Reino Unido, Hitchens já havia vendido 4.000 cópias do livro. Seis semanas depois, ele estava em sua sétima impressão e desembarcava nos EUA com loas da crítica e curiosidade geral.

"Eu já tinha criticado o uso nocivo da religião quando escrevi o livro sobre Madre Teresa de Calcutá", disse Hitchens à Folha. "Agora, faço um ataque geral à religião, pois ela é uma má influência."

O argumento principal de "God Is Not Great" é que a religião serviu ao homem como explicação do mundo quando a ciência não existia. Depois disso, não só teria se tornado inútil como passado a ser um entrave para o conhecimento.

Com ironia e pegadinhas retóricas, Hitchens lança desafios: "Se Deus é o criador de todas as coisas, por que devemos celebrá-lo incessantemente por fazer algo que para ele é tão natural?".

Também acusa tanto o islamismo como o cristianismo de impedirem que avanços da ciência ajudem a sanar feridas do Terceiro Mundo.

Os extremistas islâmicos, por resistir a receber ajuda dos países ricos, achando que a medicina ocidental faz parte do projeto de dominação capitalista dos EUA, e a Igreja Católica, ao condenar milhões à morte por ser contra o aborto e o uso da camisinha, baseada em dogmas irracionais.

O ensaísta se refere ao papa Bento 16 como "reacionário medíocre".

Hitchens pega carona no sucesso de Richard Dawkins, cujo "Deus, um Delírio", que chega aqui em agosto, vendeu meio milhão de exemplares nos EUA e mais de 300 mil no Reino Unido.



Biólogo especializado na teoria da evolução [SIC ULTRA PLUS: Dawkins é zoólogo], Dawkins diz que a intenção de seu livro é convencer as pessoas de que devem libertar-se totalmente desse "vício" que é a religião e acrescenta que Deus é homofóbico, racista, genocida, entre outros atributos nada afáveis.

Para o biólogo, Deus não poderia ser uma divindade, pois um ser tão complexo e superior ao homem só poderia ter surgido bem depois deste, como conseqüência da evolução, e não antes de todas as coisas, contrariando a teoria de Charles Darwin (1809-1882).

Em "Quebrando o Encanto", o filósofo norte-americano Daniel Dennett faz uso do darwinismo para analisar a religião como produto da evolução humana, e não como força de raízes sobrenaturais.



Em entrevista à “Folha de SP”, Dennett disse que espera que as pessoas aprendam a discutir e a investigar a religião de um modo mais natural e científico – e está otimista.

"É preciso que deixemos de evitar tópicos que podem ofender os devotos. E acho que cada vez mais há pessoas religiosas que querem discutir suas crenças com céticos e cientistas."

Dennett defende uma revolução no modo como se estuda religião aos moldes da que Alfred Kinsey (1895-1956) provocou com relação ao sexo nos anos 40.

No Brasil

As prateleiras das livrarias brasileiras já estão cheias de recentes títulos ateístas.

O best-seller do filósofo francês Michel Onfray, "Tratado de Ateologia", acaba de sair pela Martins Fontes, enquanto "O Livro Negro do Cristianismo – Dois Mil Anos de Crimes em Nome de Deus", de Jacopo Fo, Sergio Tomat e Laura Malucelli, chega agora pela Ediouro.

Plínio Junqueira Smith, doutor em filosofia pela USP, participa de um grupo de discussões sobre o ceticismo, formado na Unicamp.

"Nossa preocupação é tentar compreender a história do ceticismo e fazer a reflexão sistemática sobre questões céticas atuais", disse.

Smith organizou "Ensaios sobre Ceticismo", coleção de artigos sobre o tema, e fez o prefácio de "Ateísmo e Revolta", de Paulo Jonas de Lima Piva, uma análise do pensamento do padre ateu Jean Meslier, que viveu no século 17.

Ambos os livros saem agora pela editora Alameda.

Confusão

Para o colunista da “Folha de SP” Marcelo Gleiser, o grupo de "novos ateístas" está causando uma "grande confusão". "Estão exacerbando as já arraigadas posições anticientíficas dos mais religiosos e criando novos inimigos devido à arrogância."

Gleiser, professor de Física Teórica no Dartmouth College (EUA), acha perigoso que eles sejam vistos como porta-vozes da comunidade científica.

"Não é verdade. Do ponto de vista da ciência, a posição de ateu radical não faz sentido. Para se afirmar que Deus não existe, é necessário supor que detemos a totalidade do conhecimento, algo que é inatingível pelo fato de a ciência ser uma criação humana e limitada."

Para ele, o máximo que cientistas podem dizer é que "a existência de um Deus judaico-cristão é contrária ao que conhecemos do mundo".

Por outro lado, "não podemos afirmar que a informação atual da ausência de uma divindade é definitiva pois não temos informação sobre tudo. A única posição consistente com a ciência é o agnosticismo ou, no máximo, um ateísmo liberal, pronto a aceitar evidência em contrário, caso ela ocorra". (Sylvia Colombo e Marcos Strecker)
(Folha de SP, 21/7)

Microtúbulos e divisão celular

segunda-feira, julho 23, 2007

Tão-somente acaso, necessidade, e causas naturais explicam isso:



Vide vídeo do Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=3k_E5Peto3g

e este outro vídeo de microtúbulos num neurônio.


Ou design inteligente???

Darwin não explica o desenvolvimento embrionário de alta precisão

domingo, julho 22, 2007

O desenvolvimento de alta precisão

por MikeGene

Artigo original em inglês aqui.

No segundo artigo, o grupo propõe uma nova questão, nunca antes feita pelos cientistas estudando embriões [SIC ULTRA PLUS 1: NOTA BENE — NUNCA ANTES FEITA PELOS CIENTISTAS!!!]: Quão exatamente podem as células no embrião “lerem” a planta? Tão exatamente, sugere o artigo, que algumas poucas células preciosas sinalizando uma mudança podem fazer uma diferença decisiva.



“Eu penso que o ponto de vista predominante tem sido o de que as células realizam todas as suas funções usando uma combinação complicada de mecanismos, cada uma delas bem desleixadamente ou sem sentido”, disse o membro da equipe William Bialek, professor da cadeira John Archibald Wheeler/Battelle de Física. “Esta pesquisa, todavia, indica que nas horas iniciais do desenvolvimento do embrião de uma mosquinha-de-fruta, as células fazem decisões [SIC ULTRA PLUS 2: AÇÃO DE AGÊNCIA INTELIGENTE] para se tornarem uma parte ou outra do corpo por um processo tão exato que elas devem estar bem próximas para contarem [SIC ULTRA PLUS 3: AÇÃO DE AGÊNCIA INTELIGENTE] cada molécula sinalizadora disponível que elas recebem da mãe.”... “Esta sinalização exige uma sensibilidade aproximando-se dos limites estabelecidos pelos princípios físicos básicos”, disse Bialek.

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Atenção cientistas brasileiros: comecem a fazer perguntas assim em biologia do desenvolvimento, e em biologia evolutiva, e vocês verão que o melhor paradigma para realizar isso é um que considera a possibilidade de causas inteligentes serem empiricamente detectadas nos elementos bióticos encontrados na natureza.

O ATUAL PARADIGMA NEODARWINISTA NÃO TEM CACIFE EPISTÊMICO PARA EXPLICAR ISSO TÃO-SOMENTE ATRAVÉS DO ACASO, NECESSIDADE E CAUSAS NATURAIS.

Já está mais do que na hora de se abandonar uma teoria científica mecanicista do século 19, recauchutada no século 20, e nos estertores heurísticos no século 21.

A BIOLOGIA DO SÉCULO 21 É UMA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO COMPLEXA ESPECIFICADA E EM ALGUNS CASOS IRREDUTÍVEL: DESIGN INTELIGENTE!

DNA “lixo”: o paradigma neodarwinista impediu o avanço da ciência

Quem não se lembra de os neodarwinistas proclamarem alto e bom som que a maior parte do DNA não-codificante era considerada lixo? Nós do Design Inteligente sempre afirmamos que deveria haver uma função — telos para aquela região. Quem é caras-pálidas que impede o avanço da ciência? O pessoal do Design Inteligente ou os neodarwinistas???



Para que esta turma que atravancou o avanço da ciência por algumas décadas não saía assim sem ter que assumir a culpa perante a história da ciência, eis aqui um site interessante que conta toda a história desses paladinos científicos objetivos e “donos da verdade” que impediram o avanço da ciência, e a cura de muitas doenças:
http://www.junkdna.com

Exposição DARWIN – MASP: Uma “vergonhosa” distorção historiográfica – Parte 2 de 4

sábado, julho 21, 2007

Vamos discorrer neste blog sobre os erros históricos encontrados na hágio-exposição “DARWIN” no MASP, em São Paulo [apoio da Folha de São Paulo, a Rede Globo de Televisão, entre os maiores representantes da Grande Mídia Tupiniquim], Bradesco, Instituto Sangari e o MEC [lei Rouanet]. Caracas, meu, lá se foi nosso suado dinheirinho pelo ralo que patrocinou uma baita e desavergonhada distorção histórica. Com o aval da Nomenklatura científica tupiniquim.

Como eu não sou da turma do ÔBA, eu sou da turma do EPA [obrigado, Diogo Mainardi, VEJA], destaco hoje somente duas distorções históricas sobre o homem que pensou ter descoberto tudo sobre o Homem.

Será que o curador do MASP sabia dessas coisas? E os monitores que “doutrinaram evangelisticamente” os nossos alunos do ensino fundamental e médio sabiam dessas inexatidões históricas em nome da ciência? Eu duvido. O primeiro por seus interesses maiores estarem focados na Arte. Os últimos pela sua formação acadêmica ainda temporã.

Mas o que são “inocentes” distorções históricas sobre o nosso Grande Líder epistemológico, não é mesmo, se nós já vimos fraudes muito mais cabeludas [Homem de Piltdown] do que essas ao longo da história da biologia evolutiva? Por que os darwinistas são useiros e vezeiros em “adulterar” a história? Deve ser algum “meme” cultural adaptativo que a pressão seletiva do ambiente [Akademia???] impôs aos mais aptos desde 1859.

Os nossos estudiosos mais capacitados, com mais experiência e respaldo acadêmico do que eu, até agora não se manifestaram. A Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquins, como é esperado dos que são apanhados com a mão na cumbuca, continuam silenciosas, esperando que este “herético historiador da ciência” se pronuncie. Os silêncios falam mais alto sobre o que nós queremos silenciar. Eu entendo essa reticência quando a questão é Darwin-ídolo: a Nomenklatura científica é antropofágica e destruidora de carreiras acadêmicas. Sei do que estou falando.

Como eu não tenho nada a perder academicamente [será???], posso desvelar essas distorções históricas encontradas na hágio-exposição “Darwin” — MASP:

I. “Antes de Darwin os seres humanos não eram considerados parte do mundo natural.”

NADA MAIS ESCANCARADAMENTE FALSO!

Salta aos olhos de uma mente treinada em história e teoria da ciência que a frase está negando que a teoria da evolução tenha sido desenvolvida por outros cientistas antes de Darwin. Gente, o que dizer então de Louis-Constant Prévost, Louis-Melchior Patrin, Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829), Julien-Joseph Virey, Jean-Baptiste-Julien d’Omalius d’Halloy, Bory de Saint-Vincent, Ducrotoy de Blainville, Etienne Geoffroy Saint-Hilaire considerando os seres humanos parte do mundo natural? [1]

As consideradas “principais teses” de Darwin — ancestral comum a partir de alguns poucos organismos, modificação gradual, extinção ao longo das eras provocadas pela luta pela existência, uniformitarismo geológico, e a origem primata da espécie humana já eram propostas e defendidas.

NOTA DIGNA DE LOUVOR:

A hágio-exposição “Darwin” rejeitou o erro histórico amplamente aceito de que Darwin teve “a idéia mais brilhante que a humanidade já teve” [menos, Dennett, menos] nas ilhas Galápagos pela observação da radiação adaptativa. Darwin nem se interessou tanto pelos tentilhões a ponto de não tê-los etiquetados identificando devidamente a ilha de origem. Esta evidência somente amadureceu dois anos mais tarde com a ajuda de John Gould, um ornitólogo e taxidermista que classificou cientificamente as espécies de tentilhões das ilhas Galápagos. Quem “quebrou o coco epistêmico” de Darwin, o gênio da ciência? Um simples ornitólogo e taxidermista inglês. Parece que li o nome dele, mas não registrei isso em minhas anotações.

NOTA DIGNA DE REPÚDIO:

Em quase todos os infográficos da hágio-exposição Darwin foi apresentado como “o descobridor” da seleção natural.

NADA MAIS ESCANCARADAMENTE FALSO!

O conceito foi abordado primeiramente por Patrick Matthew (“a lei natural de seleção”) em 1831, alguns meses antes da viagem de Darwin ao redor do mundo no Beagle. Matthew não deixou barato não, e foi atrás da “primazia” de ter tido a idéia de seleção natural [2]. Darwin reconheceu isso relacionando Matthew e mais 34 autores no Esboço Histórico na 3ª. edição do seu Origem das Espécies, mas não vi essa menção de Matthew na hágio-exposição.

Edward Blyth, um criacionista [argh, isso é como cometer assassinato intelectual] publicou três artigos em 1836 introduzindo o conceito de seleção natural. Hoje chamada de “seleção estabilizadora”. [3] Engraçado, Blyth fez parte do “círculo íntimo de Darwin”, mas não foi mencionado na hágio-exposição. Por que esta flagrante e interessante omissão? Quem será o Mister X de Darwin? Blyth, um criacionista? Darwin um reles plagiador de idéias dos outros???

Muito antes de Darwin “pensar” “a idéia mais brilhante que a humanidade já teve” [menos, Dennett, menos, da próxima vez você fica de castigo por contar lorotas] Robert Chambers, autor do best-seller Vestiges of the Natural History of Creation, apresentou um argumento forte, estritamente naturalista da evolução com os humanos descendendo dos primatas. Vendeu 26.000 exemplares no Reino Unido entre 1844 e 1860. Foi traduzido para o alemão e holandês. Foi um sucesso de vendas nos Estados Unidos. O livro de Chambers despertou a “fúria denuncista” de cientistas e teólogos que, pasmem, replicaram com um misto de teologia natural.

OUTRA NOTA DIGNA DE REPÚDIO:

O livro de Chambers foi mencionado somente para desconsiderá-lo como “um livro especulativo”, e destacando en passant a sua popularidade. Vestiges teve muita influência na Inglaterra vitoriana, e tão-somente agora os historiadores da ciência estão reconhecendo isso: a aceitação cultural ampla da idéia da evolução como apresentada em Vestiges. A hágio-exposição simplesmente ignorou este marco histórico para o avanço das idéias evolutivas. Esta negligência está sendo corrigida. [4]

Bem antes de Darwin, Wallace publicou em 1855 um ensaio sobre a distribuição geográfica das espécies que implicava fortemente em evolução. Ele a tornou mais explícita no ensaio que enviou para Darwin em 1858. O conceito de seleção natural exposto por Wallace era parecido com o de Darwin, que temeu pela sua “originalidade de idéia” ter sido destruída.

A história foi fielmente contada: os amigos influentes de Darwin [é gente, o famoso “quem tem QI” — quem indica já funcionava na Akademia em 1858] conseguiram que os ensaios fossem apresentados em conjunto na Linnean Society como co-descobridores da seleção natural, mas a primazia ficou com Darwin, que tinha mais “amigos QIs influentes” e não era de origem pobre como Wallace. A hágio-exposição nauseabundamente proclamou nos infográficos que Darwin teve “a idéia mais brilhante que a humanidade já teve” [Dennett, menino abusado, você vai escrever 100 vezes “Eu não vou mentir mais em nome da ciência”]: o descobridor da seleção natural.

NADA MAIS FALSO!

A idéia de “evolução” já era assunto corriqueiro em círculos intelectuais progressistas em boa parte da Europa, Estados Unidos, Rússia e Japão. [5]

Vide os livros sobre a obra de Darwin, sua vida, seu ambiente cultural, e os inúmeros evolucionistas “desconhecidos” cujas idéias evolucionistas foram reconhecidas tardiamente por Darwin no seu esboço histórico publicado a partir da 3ª. edição do Origem das Espécies:

HULL, David, (Ed.) (1983). Darwin and his Critics: The Reception of Darwin’s Theory of Evolution by the Scientific Community. Chicago, University of Chicago Press.

GLICK, T. F., (Ed.) (1988). The Comparative Reception of Darwinism. Austin, University of Texas Press.

KOHN, D., Ed. (1988). The Darwinian Heritage. Princeton, Princeton University Press.

HODGE, J. e RADICK, G., (Eds.). (2003). The Cambridge Companion to Darwin. New York, Cambridge University Press.

II. A evolução por seleção natural é “a fundação para toda a biologia moderna”, e que Darwin “lançou as bases da ciência da biologia moderna”.

A Nomenklatura científica e a Grande Mídia internacional e tupiniquim “bombardeiam” os leitores não-especializados com a idéia de que o Origem das Espécies “revolucionou” as ciências biológicas ao introduzir novos princípios estritamente materialistas. Será?

NADA MAIS ESCANCARADAMENTE FALSO!

Por quê? Porque as ciências biológicas da época já eram, NOTA BENE, já eram mecanicistas e experimentais antes de Darwin, o homem que teve “a idéia mais brilhante que a humanidade já teve” [Dennett, você não tem jeito, menino]. QED, as investigações naturalistas de Darwin, que não eram assim uma Brastemp em termos epistemológicos, não contribuíram significantemente para a biologia experimental do seu tempo.

Na louvaminhice da hágio-exposição “Darwin”, os alunos do ensino fundamental e médio e os leigos não-especializados foram “doutrinados” que a evolução pela seleção natural é “a base de toda a biologia moderna”, e que Darwin lançou “fundou a ciência biológica moderna”. Há controvérsias. A primeira afirmação é uma tese filosófica fácil de refutar: os avanços da ciência, especialmente da Biologia, demonstram que a evolução pela seleção natural não pode mais ser a base de toda a biologia, tanto é que há diversos mecanismos evolutivos propostos, de A a Z.

A segunda afirmação é histórica, minha praia intelectual. Darwin não lançou a base da ciência biológica moderna pelo amadorismo de sua praia intelectual: ele foi um mero naturalista curioso. Fica fácil chegar a esta conclusão contrastando as contribuições de Darwin e de outros cientistas de sua época:

Louis Pasteur (1822-1895) praticava biologia laboratorial focalizando em biologia celular, microbiologia, bioquímica e neurologia utilizando equipamentos e técnicas experimentais sempre inovadores. A ciência biológica “dura” de Pasteur nos deu inovações práticas e benéficas: vacinação, práticas sanitárias, e a célebre pasteurização do leite.

QED: Pasteur não lançou mão da “idéia mais brilhante que a humanidade já teve” para fazer ciência e nem realizar pesquisas, ele não as considerava relevantes para sua área científica. Este cientista nada escreveu sobre evolução, e não incluiu um único componente evolutivo no Instituto Pasteur.

Além disso, Pasteur refutou a geração espontânea de vida, um aspecto relevante para os princípios evolutivos. As opiniões de Darwin sobre a abiogênese eram vagas e sem embasamento com a evidência experimental. [6]

O que dizer então do maior cientista alemão da época, Rudolph Virchow, patologista celular e o mais experiente da ciência médica? Ele se opôs veementemente às tentativas de Ernst Haeckel “darwinizar” a ciência biológica na Alemanha.

Não podemos ignorar o embriologista Wilhelm Hiss que criticou em bases científicas a tese de Ernst Haeckel: a ontogenia recapitula a filogenia. O que dizer de Pierre Paul Broca (1824-1880), neurologista francês? E o anatomista Claude Bernard (1813-1878), considerado “o pai da fisiologia”?

UMA NOTA DE GRANDE REPÚDIO

Quem é mais cientista — Mendel ou Darwin? A hágio-exposição “Darwin” afirmou que a “pesquisa de Darwin com plantas demonstrou o poder da evolução por seleção natural.

NADA MAIS ESCANCARADAMENTE FALSO!

As experiências de Gregor Mendel (1822-1884) com as ervilhas Pisum savtivum e a elaboração de suas leis quantitativas de segregação e variação independente, é um exemplo-mor ilustrativo da grande diferença que existe entre as investigações realizadas por um cientista que pratica “ciência dura”, e as investigações de um naturalista redundando em especulações transformistas.

Tanto Darwin como Mendel realizaram experiências científicas. Darwin realizou experimentos botânicos e cruzou pombos, contudo, seus experimentos objetivaram tão-somente mecanismos que já eram conhecidos e bem-estabelecidos na literatura especializada da época. QED: Darwin não descobriu nenhum novo mecanismo evolutivo. A sua teoria de herança, a Pangênese, não era original e no contexto de justificação se demonstrou falsa.

Você está sentado? E o coração como está? Está de bem com a vida? Prepare-se que lá vem uma bomba epistemológica: A pesquisa clássica de Mendel não menciona nenhuma hipótese evolutiva, e ele acreditava que a sua prova de herança particular refutava a pressuposição gradualista de Darwin. [7]

NOTA DE GRANDE REPÚDIO:

A única descoberta científica importante de leis biológicas quantitativas feita no século 19 foi INTENCIONALMENTE IGNORADA para dar espaço à louvaminhice de que Darwin realizou a maior de todas as descobertas de leis ou princípios evolutivos: a seleção natural.

Uma leitura e análise objetiva dos experimentos de Darwin com o propósito de se estabelecer a verdade científica demonstrará que ele apenas descobriu uma grande variedade de adaptações, e fez muitas sugestões (até prosaicas) sobre as supostas relações filogenéticas, mas não provou uma só filogenia ou um único caso de especiação. [8]


OUTRA NOTA DE GRANDE REPÚDIO:

A hágio-exposição “DARWIN” ignorou a teoria da Pangênese quanto à sua influência nos pontos de vista de Darwin que esposou uma forma de lamarckismo substancial nas 5ª. e 6ª. edições do Origem das Espécies, especialmente na sua réplica às críticas de Mivart à sua teoria da seleção natural. O distanciamento de Lamarck foi feito com a afirmação ousada de que “Charles Darwin ofereceu ao mundo uma única e simples explicação científica para a diversidade da vida na Terra: evolução pela seleção natural.”

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Sobre os ombros de um gigante darwinista honesto, desiludido com esse OBA-OBA e culto à personalidade de Darwin, mas que apesar disso continua evolucionista.

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NOTAS

1. CORSI, P. (1988b). The Age of Lamarck: Evolutionary Theories in France 1790-1830. New York, Cambridge University Press.

2. DEMPSTER, W. J. (1996). Evolutionary Concepts in the Nineteenth Century: Natural Selection and Patrick Matthew. Edinburgh, Pentland Press.

3. EISELEY, L. (1979). Darwin and the Mysterious Mr. X. New York, Dutton.

4. SECORD, J. A. (2000). Victorian Sensation: The Extraordinary Publication, Reception, and Secret Authorship of Vestiges of the Natural History of Creation. Chicago, University of Chicago Press.

5. DARLINGTON, C. D. (1960). Darwin’s Place in History. Oxford, Blackwell; HIMMELFARB, G. (1968). Darwin and the Darwinian Revolution. New York, Norton. KOHN, D., Ed. (1988). The Darwinian Heritage. Princeton, Princeton University Press. MOORE, James R. (1991). Deconstructing Darwinism: The politics of evolution in the 1860s. Journal of the History of Biology, 24, 353-408.

6. BROWNE, J. (2002). Charles Darwin: The Power of Place. New York, Knopf.

7. BISHOP, B.E. (1996). Mendel’s opposition to evolution and to Darwin. Journal of Heredity 87, 205-213.

8. LEACH, C. R. and MAYO, O. (2005). Outbreeding Mechanisms in Flowering Plants: An Evolutionary Perspective from Darwin Onwards. Stuttgart, Gebr. Borntraeger.

Rui Martins “falou e disse”: oposição a Darwin é resistência retrógrada dos fundamentalistas e criacionistas de todos os credos

quinta-feira, julho 19, 2007

De Galápagos ao racismo brasileiro
Rui Martins
Direto da Redação 17/07/2007



Deste interessante pequeno artigo do meu amigo virtual jornalista Rui Martins, lá na Europa, sobre a hágio-exposição “DARWIN” no MASP, destaco e corrijo:

1. “São Paulo — Filas enormes embaixo do velho e descurado mas sempre imponente prédio do MASP mostram, na capital paulista, o sucesso da exposição sobre a vida e idéias do naturalista inglês Charles Darwin. Muitos anos antes do conhecimento das pesquisas genéticas e do DNA, o cientista tinha construído a teoria da evolução das espécies pela seleção natural.”

As pesquisas genéticas e do DNA modernas trazem mais dificuldades à teoria da evolução das espécies “pela seleção natural”. Este suposto “mecanismo evolutivo” não foi “descoberto” por Darwin, que somente reconheceu essa precedência na terceira edição do “Origem das Espécies” quando incluiu um esboço histórico de outros cientistas que tiveram a mesma idéia. Rui, quem influenciou quem aqui?

2. “Pode-se discutir como ocorria a seleção, mas apesar da resistência retrógrada dos fundamentalistas e creacionistas (sic) de todos os credos, as pesquisas em cinco anos de viagens num pequeno navio, o Beagle, estão hoje confirmadas.”

É impressionante como funciona a macro Ctrl + Alt + Crítica a Darwin = “resistência retrógrada dos fundamentalistas e creacionistas (sic) de todos os credos”. Quem já leu o “Origem das Espécies” [segundo Ernst Mayr, um livro confuso e que não explicou o que se propôs — a origem das espécies] sabe que Darwin escreveu 30% de sua obra tentando refutar objeções. De quem? Da “resistência retrógrada dos fundamentalistas e creacionistas (sic) de todos os credos” ou dos cientistas do seu tempo?

As pesquisas de Darwin no Beagle estão sim confirmadas circunstancialmente, porque o mecanismo evolutivo proposto até hoje no contexto de justificação teórica não se estabelece no nível macroevolutivo: um Australopithecus se transformar em antropólogo. Desde 1859 o que temos são meras notas promissórias epistêmicas nunca resgatadas. O “Mysterium tremendum” continua “Mysterium tremendum”.

3. “Se os peixes, aves e porcos têm um processo fetal parecido fica evidente que os bípedes humanos fazem parte de uma única espécie, mesmo se tingidos pelo sol e sob influências ambientais diversas possam mostrar epidermes e traços diferentes.”

O processo fetal de peixes, aves e porcos, e humanos é diferente na etapa inicial, parecido na intermediária, e completamente diferente na etapa final. Esta idéia de “processo parecido” é a velha e surrada tese de Haeckel: a ontogenia recapitula a filogenia. Esta idéia absurda já foi há muito tempo demonstrada falsa.

Prezado Rui Martins, a oposição à teoria da evolução pela seleção natural não se dá apenas pela “resistência retrógrada dos fundamentalistas e creacionistas (sic) de todos os credos”, mas em bases científicas discutidas intramuros e nas publicações especializadas, mas isso a Nomenklatura científica não reconhece publicamente: na biologia do século 21, Darwin está nu! E jornalistas deveriam ser um pouco mais céticos da suficiência epistêmica do darwinismo!

A biologia do século 21 é informação pura.

Uma audiência mais ampla, mas uma relação extremamente perigosa

quarta-feira, julho 18, 2007

Quando eu publico neste blog que os teóricos e proponentes da teoria do Design Inteligente sofrem perseguições e/ou sanções acadêmicas, os darwinistas “fundamentalistas” e os meninos e meninas da galera de Darwin (especialmente os instalados no G1 – Tubo de Ensaio) dizem que eu laboro em cima de teorias conspiratórias.

Caras-pálidas, vocês só conhecem a realidade de quem defende abertamente a teoria do Design Inteligente junto à Grande Mídia tupiniquim, mas desconhecem completamente a realidade de quem defende abertamente a teoria do Design Inteligente nas universidades.

O meu amigo Casey Luskin entrevistou Mario Lopez, co-fundador da Ciencia Alternativa, devotado para difundir a teoria do Design Inteligente na comunidade hispânica. Nesta entrevista (em inglês), Lopez explica como se envolveu com a TDI, além de descrever a história e como funciona o Ciencia Alternativa.



Além disso, Lopez fala sobre seus colegas na Ciencia Alternativa, e a oposição severa que eles enfrentam por parte da comunidade científica. De acordo com Lopez, esta oposição pode ser tão severa que os seus colegas têm de conduzir suas pesquisas sob o enfoque do DI incógnitos a fim de evitar colocar em risco suas reputações e carreiras acadêmicas.

Aqui em Pindorama não é nada diferente. Alguns membros do pequeno, mas crescente Núcleo Brasileiro de Design Inteligente operam assim nas universidades públicas e privadas, e institutos de pesquisas: alunos e professores de graduação e pós-graduação incógnitos. Esperando contra a esperança. Por ares de liberdade acadêmica para discutir livremente novas idéias nas universidades.

O que temos hoje é a Diktadura da Nomenklatura científica. Somente Darwin é “deus” e Dawkins o seu “profeta”. Darwin é o centro do universo. Não há ciência fora de Darwin. Inquisição sem fogueiras para os malditos “hereges”.

Se usted habla español, visite al website Ciencia Alternativa.

Uma nova teoria da evolução: será bem-recebida pela Nomenklatura científica?

Eu já destaquei aqui neste blog que a atual teoria da evolução é, na verdade, um conglomerado de várias idéias evolutivas conflitantes entre si. Eu chamo isso carinhosamente pelo apodo de “smorgasbord” epistêmico. É um verdadeiro “self-service” epistemológico com variedade de pratos heurísticos.

Eis aqui a mais nova teoria da evolução publicada no PNAS de 17 de julho de 2007.

Será bem-recebida pela Nomenklatura científica? Saudada e trombeteada sem ceticismo saudável pela Grande Mídia Tupiniquim? No contexto de justificação teórica, como é que fica a teoria da seleção natural? Saí mais enfraquecida para horror e desespero dos darwinistas “fundamentalistas” [obrigado Gould e Sergio Pena, Deriva Genética – Ciência Hoje], e dos meninos e meninas da galera de Darwin.

A nova teoria de mutação da evolução fenotípica
Masatoshi Nei

Institute of Molecular Evolutionary Genetics and Department of Biology, Pennsylvania State University, 328 Mueller Laboratory, University Park, PA 16802

Editado por Daniel L. Hartl, Harvard University, Cambridge, MA, e aprovado em 13 de junho de 2007 (recebido para revisão em 16 de abril de 2007)

Abstract: [PDF de uns 570 KB]

Estudos recentes de biologia do desenvolvimento têm mostrado que os genes controlando os caracteres fenotípicos expressos no estágio inicial de desenvolvimento são altamente conservados, e que mudanças evolutivas recentes ocorreram principalmente nos caracteres expressos nos estágios posteriores de desenvolvimento. Mesmo os genes que controlam os caracteres finais são geralmente conservados, mas há um grande componente de variação genética neutra ou quase neutra dentro das e entre as espécies proximamente relacionadas. A evolução fenotípica ocorre principalmente pela mutação dos genes que interagem uns com os outros no processo de desenvolvimento. A enorme quantidade de diversidade fenotípica entre os diferentes filos ou classes de organismos é um processo de acumulação de novas mutações, e a sua conservação que facilitou a adaptação a diferentes ambientes. As novas mutações podem ser incorporadas no genoma por seleção natural (eliminação de genótipos preexistentes) ou por processos aleatórios como a deriva genética e genômica. Contudo, assim que as mutações incorporadas no genoma, elas podem gerar impedimentos de desenvolvimento que afetarão a direção [SIC ULTRA PLUS 1] futura da evolução fenotípica. Parece que a força motriz da evolução fenotípica é a mutação, e a seleção natural é de importância secundária [SIC ULTRA PLUS 2].

Publicado online antes da impressão em 17 de julho de 2007
Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 10.1073/pnas.0703349104

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Ué, e eu pensei que o neodarwinismo já tivesse explicado tudo que nós gostaríamos de saber da idéia do homem que revolucionou o mundo: a teoria da seleção natural de Darwin. É o espectro de Kimura rondando o espectro de Darwin...

Tintim censurado na Inglaterra e Darwin não???

segunda-feira, julho 16, 2007

Comissão para Igualdade Racial pede proibição de HQ de Tintim

Folha de S. Paulo - 13/7/2007

A Comissão para Igualdade Racial (CRE) do Reino Unido pediu ontem (12/7) às livrarias britânicas que retirassem de suas prateleiras a HQ Tintim no Congo, do belga Hergé (1907-1983), devido ao seu conteúdo racista. O livro, publicado originalmente em 1931 - quando o país africano ainda era uma colônia belga -, é o segundo da série de aventuras do repórter Tintim, que foi traduzida para 77 línguas e já vendeu 220 milhões de cópias.

Na história, os congoleses são retratados com traços semelhantes ao de macacos e comportamento idiotizado, além de idolatrar Tintim e seu cão, Milu, como deuses. O repórter fictício também dá uma aula imperialista sobre a geografia da Bélgica para os nativos. Duas das principais cadeias de livrarias do país, a Borders e a Waterstones, atenderam parcialmente ao pedido, retirando o livro da seção infantil, mas continuando a vendê-lo sob o argumento de que a escolha cabe ao leitor.
>>> Leia mais

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Eu sou fã de carteirinha do Tintim há muitos anos — desde criança. Nunca percebi nenhum conteúdo racista, apesar de os congoleses serem “retratados com traços semelhantes ao de macacos e comportamento idiotizado”. Engraçado, parece que eu já li e "vi" algo semelhante no “Descent of Man”, de Darwin— nossas origens são ali afirmadas como vindo de animais semelhantes aos macacos e comportamento idiotizado. O próprio Darwin não levava muito a sério essa sua idéia, pois quem iria realmente confiar numa mente de origem simiesca?



Eu sou favoravelmente contra qualquer tipo de censura das idéias, mas alguém viu esta douta Comissão para Igualdade Racial (CRE) do Reino Unido pedir “às livrarias britânicas que retirassem de suas prateleiras” o famigerado livro racista “Descent of Man” de Darwin, idolatrado mundialmente como deus?

Se a moda pega...

Exposição DARWIN – MASP: Uma “vergonhosa” distorção historiográfica – Parte 1 de 4

Ontem, dia 15 de julho, foi o último dia da hágio-exposição “DARWIN” no MASP, em São Paulo, patrocinada pela Folha de São Paulo, Instituto Sangari e o MEC através da lei Rouanet. O convite da peça publicitária (vide abaixo) foi: “Tudo sobre o homem que descobriu tudo sobre o homem. Darwin: Descubra o homem e a teoria que revolucionou o mundo”.



Ilustração de Kako/Flair

Sem dúvida, foi uma belíssima exposição, mas eivada de distorções históricas sobre o homem que, segundo a peça publicitária, descobriu tudo sobre o Homem. Nada mais falso. A exposição “DARWIN” no MASP foi mais aula de catecismo secularista, de inexatidões históricas, e pouca ciência .

No dia 4 de julho eu fui à exposição “Darwin” no MASP. Uma amostra que exibiu 400 objetos e manuscritos de Charles Darwin: artefatos, réplicas de esqueletos e fósseis, documentos (cerca de cem manuscritos), e murais infográficos. O visitante também pôde assistir a filmes e vídeos interativos (destaque para tartarugas, iguanas e orquídeas). Foi tarefa para, pelo menos, quatro horas.

Esta amostra foi a mesma exposta no Museu Americano de História Natural de Nova York em novembro de 2005, cujo curador foi ninguém nada menos do que Niles Eldredge (junto com Stephen Jay Gould elaborou teoria evolucionista contrária ao gradualismo de Darwin: equilíbrio pontuado), seguirá agora para o Chile, e depois pelo mundo até chegar ao Museu de História Natural de Londres em 2009. Mostraram uma remontagem do estúdio na Down House, a 25 km de Londres, onde Darwin se refugiou em 1842 para escrever “Origem das Espécies”.

A impressão que tive foi: tendo em vista quase duas décadas de críticas à teoria geral da evolução, especialmente pela turma do Design Inteligente, a exposição foi direcionada especialmente para os estudantes do ensino fundamental e médio, e o público não especializado para convencê-los do fato, Fato, FATO da evolução.

A presença de monitores “doutrinando” a galera infanto-juvenil sobre Darwin deixou bem evidente este objetivo “doutrinário”, epa, “educacional” [obrigado Diogo Mainardi, VEJA, eu também sou da turma do EPA, e não do ÔBA!]. Além do fato que, hagiograficamente falando, Darwin em 2009 vai ter a maior romaria em termos de celebrações: culto à personalidade. É, Huxley, já não se faz mais materialista como antigamente...

Mas o que foi exposto ali no MASP? Foi uma história intelectual bem interessante ou uma escancarada hagiografia secularista sanitizada? Eu fico com a última, e passarei a explicar aqui neste espaço destacando alguns erros históricos gritantes em textos subseqüentes.

Interessante, estudiosos da área ainda não se manifestaram. A Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquins então — silêncio pétreo. Não é para menos, quem ousaria “tocar” num ídolo da ciência?

Os ídolos, ora os ídolos foram feitos para a destruição. Quem será o Finéias de Darwin-ídolo em Pindorama?

Biologia com outra visão

Este blogger tem o imenso prazer de anunciar o link direcionando para o site do Dr. James A. Shapiro, da Universidade de Chicago. É uma pequena contribuição para o avanço da biologia no Brasil através de uma outra visão científica. O Dr. Shapiro é evolucionista e não é defensor do Design Inteligente.

Eles sempre disseram que era “DNA lixo”, mas descobriram agora que é um “tesouro”

Vocês devem se lembrar que a Nomenklatura científica alardeia há muito tempo, e a Grande Mídia tupiniquim repete, sem ceticismo saudável e localizado, que certas regiões do DNA não-codificantes de proteínas era “DNA lixo”. Há uma década, nós teóricos e proponentes da teoria do Design Inteligentes afirmamos que esta região deveria ter alguma função — telos em grego, que nós não sabíamos.

Cara, como é bom ser vindicado cientificamente, especialmente por cientistas evolucionistas. O pequeno artigo “One Man's Junk May Be A Genomic Treasure” [O lixo de um homem pode ser um tesouro genômico] do Science Daily (15 de julho de 2007) reportou sobre uma pesquisa de uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia — San Diego, que saiu na edição impressa da revista Science de 13 de julho.

Com muito prazer, traduzo e publico uma predição feita pelos teóricos do Design Inteligente, e confirmada agora pela ciência, mas que a KGB da Nomenklatura científica afirma ser a TDI pseudociência e que impede o avanço da ciência. Leia este pequeno texto, tendo em mente que, por pelo menos duas décadas, os darwinistas consideraram e afirmaram ser esta região do DNA mero “lixo” evolutivo, e a cada dia que passa está revelando ser um tesouro. Depois faça a seguinte pergunta: “Quem, cara-pálida, quem é que atrapalha o avanço da ciência?”

O lixo de um homem pode ser um tesouro genômico

Science Daily – Os cientistas recentemente [SIC ULTRA PLUS 1] começaram a especular que o que é referido como DNA “lixo” — os 96% do genoma humano que não codificam proteínas, e que previamente pareciam não ter uma finalidade útil — estão presentes no genoma por uma razão importante. Mas não estava claro qual foi a razão. Agora, pesquisadores da escola de Medicina da Universidade da Califórnia, San Diego (UCSD) descobriram uma importante função do tão-chamado DNA lixo [SIC ULTRA PLUS 2].
Os genes, que constituem perto de 4% do genoma, codificam proteínas, “os blocos construtores da vida”. Uma colaboração internacional de cientistas liderada pelo Dr. Michael G. Rosenfeld, pesquisador da Howard Hughes Medical e professor de medicina da UCSD, descobriu que alguns dos 96% restantes do material genômico pode ser importante na formação de limites que ajudam organizar adequadamente [SIC ULTRA PLUS 3 —TELOS DO COMEÇO AO FIM] estes blocos construtores. A pesquisa deles será publicada na edição de 13 de julho da revista.

“Algumas partes do DNA “lixo” podem ser consideradas como “sinais de pontuação” — vírgulas e pontos que ajudam a dar sentido à porção codificante do genoma”, disse a primeira pesquisadora Victoria Lunyak, Ph. D., cientista pesquisadora assistente na UCSD.

Em ratos, bem como em humanos, somente cerca de 4% do genoma codifica para funções de proteína; o restante, ou o DNA “lixo”, representa seqüências repetitivas e não-codificantes. A equipe de pesquisadores estudou uma seqüência genômica repetida chamada SINE B2, que é localizada no locus do gene do hormônio de crescimento, o gene relacionado com o processo de envelhecimento e longevidade. Os cientistas ficaram surpresos [SIC ULTRA PLUS 4 — Ficaram surpresos porque o paradigma vigente PROÍBE A EXISTÊNCIA DE TELOS EM BIOLOGIA!!! NÃO SE ESQUEÇAM DA ABOMINÁVEL ADVERTÊNCIA DE CRICK: QUANDO VIREM TELOS, NÃO SE ESQUEÇAM QUE ISSO EVOLUIU!!!] ao descobrirem que a seqüência SINE B2 é crítica para a formação dos limites dos domínios funcionais para este locus [SIC ULTRA PLUS 5 — Design Inteligente ou somente Acaso, Necessidade, Causas Naturais???].

Os domínios funcionais são extensões do DNA dentro do genoma que contêm todos os sinais reguladores, e outras informações necessárias para ativar ou silenciar um gene em particular [SIC ULTRA PLUS 6 — O PARADIGMA MECANICISTA DO SÉCULO 19 DEVE DAR LUGAR AO PARADIGMA DA INFORMAÇÃO COMPLEXA ESPECIFICADA NO SÉCULO 21!!! VAMOS ENTERRAR LOGO ESTE PARADIGMA MORTO, MAS CADÊ CORAGEM DOS CIENTISTAS PARA ROMPEREM COM A IDEOLOGIA E FILOSOFIA MATERIALISTAS??? ELES NÃO ROMPEM PORQUE HÁ MUITO A PERDER: STATUS, E TER QUE APRESENTAR PARA A SOCIEDADE UM GIGANTESCO MEA CULPA POR TEREM TRABALHADO SOB UM EMBALSAMADO E PERFUNCTÓRIO PARADIGMA]. Cada domínio é uma entidade em si mesma que é definida, ou encerrada por um limite, assim como as palavras numa frase são encerradas por sinais de pontuação. Os dados dos pesquisadores sugerem que as seqüências genômicas repetidas podem ser uma estratégia amplamente usada nos mamíferos para organizar os domínios funcionais [SIC ULTRA PLUS 7 — LINGUAGEM TELEOLÓGICA DE CABO A RABO, EPA (Obrigado, Diogo Mainardi, VEJA, eu também sou da turma do EPA e não do ÔBA!!!) DO COMEÇO AO FIM].

“Sem os elementos-limites, a porção codificante do genoma é como uma longa seqüência corrida de palavras sem pontuação”, disse Rosenfeld. [SIC ULTRA PLUS 8 — COMO EXPLICAR TELOS ATRAVÉS DE UM MECANISMO CEGO, ALEATÓRIO QUE NÃO OBJETIVA NADA PARA O SER BIÓTICO A NÃO SER SOBREVIVER??? A NÃO SER QUE AGORA A EVOLUÇÃO SEJA DIRIGIDA. ARGH, DARWIN, ISSO É COMO ASSASSINAR VOCÊ!!!].

Decodificar a informação escrita no DNA “lixo” poderá abrir novas áreas de pesquisa médica, particularmente na área da terapia a base de genes. Os cientistas podem descobrir que a transferência do genes codificantes para um paciente, sem também transferir as seqüências genômicas ao redor, e que dão estrutura ou significado a esses genes, tornaria ineficiente a terapia à base de gene.

Os pesquisadores internacionais que contribuíram para esta pesquisa: Lluis Montoliu, Rosa Roy e Angel Garcia-Díaz (Department of Molecular and Cellular Biology, Centro Nacional de Biotecnología in Madrid, Spain); Christopher K. Glass, M.D., Ph.D., (UCSD Department of Cellular and Molecular Medicine); Esperanza Núñez, Gratien G. Prefontaine, Bong-Gun Ju, Kenneth A. Ohgi, Kasey Hutt, Xiaoyan Zhu e Yun Yung (Howard Hughes Medical Institute, Department of Molecular Medicine, UCSD School of Medicine); e Thorsten Cramer (Division of Endocrinology, UCSD Department of Medicine).

Esta pesquisa foi financiada em parte pelo Howard Hughes Medical Institute e os National Institutes of Health.

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COMENTÁRIOS IMPERTINENTES DESTE BLOGGER:

Atenção Nomenklatura científica e Grande Mídia tupiniquins, o cientista-tapuia mor, David Baltimore, biólogo molecular americano (prêmio Nobel em 1975) afirmou: “A biologia moderna é uma ciência de informação”.

O Design Inteligente é a teoria (de informação) que afirma: certos eventos do universo e no mundo biótico são melhor explicados por causas inteligentes, e que essas causas são empiricamente detectadas pelos “sinais de inteligência” encontrados na natureza.

QED [Quod erat demonstrandum]: Não é o Design Inteligente que impede o avanço da ciência. É Darwin e seus discípulos pós-modernos, chiques e perfumados, e detentores do atual poder acadêmico.

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P.S.: Como era de se esperar, assim como noticiei em primeira mão que a semelhança de 99% entre os genomas de humanos e chimpanzés era MITO, e apesar de ter instado junto à editoria de ciência da Folha de São Paulo, a Grande Mídia tupiniquim enfiou a viola no saco e nada noticiou. Posso estar enganado, mas eles se orientam aqui por este blog sobre o que publicar ou não. Especialmente se for de encontro ao atual paradigma. Subtração de informação, crime de lesa-cidadania.

Um desafio para os jornalistas científicos da Grande Mídia em Pindorama: sejam mais objetivos no jornalismo científico, publiquem algo assim em seus espaços midiáticos! Já chega da “síndrome ricuperiana”: “O que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde.”