A única figura do livro “Origem das Espécies” (Charles Darwin, 1859) tido por uns como sendo “o maior livro de biologia” que revolucionou toda a humanidade [Eu tenho as minhas dúvidas], e por outros como sendo “um livro confuso e que não explicou o que se propôs: a origem das espécies” [Ernst Mayr], é a árvore da vida.
Darwin predisse que a vida se tornaria mais diversificada ao longo do tempo do mesmo modo como os galhos de uma árvore. O que não faz uma imaginação fértil de um mero naturalista. Acontece que o padrão dos trilobitas no registro fóssil vai de encontro às especulações transformistas de Darwin: nós notamos mais diversidade nos depósitos mais inferiores, e menos diversidade nos depósitos superiores.
O que fazer quando as evidências não apóiam a teoria? As evidências, ora, as evidências que se danem, pois o que vale é a teoria [Theodosius Dobzhansky no Brasil]. Mas é justamente esta máxima dobzhanskyana — as evidências estão erradas e devem se ajustar e se render à teoria, é que deve ter levado a um grupo de paleontólogos evolucionistas a transformar uma evidência contrária a favor do homem que teve a maior idéia da humanidade [Dennet, você é um menino incorrigível mesmo].
Numa recente nota da Science Daily intitulada “Fossils Older Than Dinosaurs Reveal Pattern Of Early Animal Evolution On Earth” [Fósseis mais antigos do que os dinossauros revelam padrão de evolução de animais antigos na Terra]. Apesar de reconhecerem que os trilobitas surgiram “uma explosão de vida na Terra sem precedentes” nos estratos cambrianos, como era de se esperar da Grande Mídia, não deu nenhuma indicação de isso é uma baita problema no contexto de justificação da teoria geral da evolução.
Ao invés disso, a nota citou Mark Webster (Universidade de Chicago) explicando a evidência a favor do fato, Fato, FATO da evolução: “De uma perspectiva evolutiva, quanto mais variável for uma espécie, tanto mais matéria bruta a seleção natural tem de operar.” Lembre-se, se não for X, então é Y; se não for Y, então é Z, se não for Z, então é todo o ABC de “estórias da carochinha” para justificar uma teoria, mesmo que sacrificando o intelecto e jogando as evidências na lata do lixo. Dobzhansky, nunca você foi tão contemporâneo!
A idéia que estão tentando transparecer aqui é que os trilobitas começaram num estado mais plástico, i.e., mais variáveis, e mais tarde se tornaram mais “canalizados” em padrões corporais específicos. Como isso seria possível? Talvez os nichos ecológicos forçaram os trilobitas mais tarde em habitats particulares que inibiram a variação. Ou quem sabe os processos de desenvolvimento dentro dos primeiros trilobitas provocaram muito menos impedimentos para o surgimento do organismo. Ou nenhuma das duas sugestões. Webster disse, “Nós precisamos separar cuidadosamente o que está controlando este padrão de alta variação dentro das espécies. Há muito trabalho a fazer.”
Perceberam? Não importa o que as evidências estejam dizendo, especialmente se contradizem o nosso Grande Timoneiro epistêmico que teve “a maior idéia que a humanidade já teve” [Dennett, você vai ficar de castigo por contar lorotas]: a teoria em si não foi apresentada como sofrendo dificuldades fundamentais no contexto de justificação teórica. NOTA BENE: a nota sequer explicou como que os corpos complexos surgiram QUASE QUE INSTANTANEAMENTE por um mecanismo evolutivo. Antes, a macro Ctrl + Alt + evolução foi usada: eles “surgiram” rapidamente: “durante o período cambriano, criaturas mais complexas com esqueletos, olhos e membros surgiram de repente de forma surpreendente.”
Gente, o darwinês é muito mais fácil do que o inglês [obrigado Macaco Simão, FSP], especialmente quando vem revestido de certa áurea explanatória para todos nós mortais: a evolução é mais inteligente do que você, idiota. Razão? A nota parafraseou poeticamente a Webster dizendo que parece que os organismos exibiram uma variação “descontrolada” dentro das espécies “na excitada irradiação” da explosão cambriana.”
O que as evidências encontradas nos fósseis de trilobitas nos dizem? Os trilobitas tinham simetria bilateral, segmentos corporais especializados, membros articulados para mobilização, e alguns dos olhos mais complexos conhecidos entre os invertebrados marinhos.
A pergunta que a KGB da Nomenklatura não quer que seja feita [e nem apareça nos livros didáticos de Biologia do ensino médio e superior]: havia precursores de trilobitas em estratos mais antigos? A resposta é: NÃO! Nossos primeiros trilobitas já surgiram plenamente funcionais com todos os seus órgãos e estruturas complexos. Há mais de 560 MILHÕES DE ANOS ATRÁS - ESTASE!
É esta a minha indignação com a Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquins — na maior cara de pau eles promovem essas estórias da carochinha a favor do fato, Fato, FATO da evolução, sem nenhum escrutínio e ceticismo críticos, enquanto que visões extremas da evolução como o design inteligente são vilipendiadas por esses pitbulls huxleyanos. Isso não é ciência, é prestidigitação.
A evidência está a 180 graus contra a predição de Darwin, mas esses Davids Copperfields da vida transformam isso em “ilusão de ótica epistêmica”, e trazem a favor do fato, Fato, FATO da evolução. Ninguém pensa. Ninguém faz pergunta difíceis para os discípulos de Darwin. Ninguém, menos este blogger abusado e outros, ousa chamar isso pelo nome: indecência epistêmica! É um crime intelectual sendo cometido à luz do dia, e quase ninguém dentro da Akademia protesta.
Os senhores perderam a razão?