Eu recebi este e-mail com prioridade alta de um amigo que me crítica sobre o post publicado sobre o artigo de João Pereira Coutinho, “Em “God Is Not Great”, ateísmo de ensaísta vira nova religião” (Folha de São Paulo de 21/07/2007).
De: xyz@xyz.com
Enviada em: quarta-feira, 25 de julho de 2007 21:30
Para: neddy@uol.com.br
Assunto: Dessa vez você se enganou
Prioridade: Alta
Enézio,
Por favor, reconsidere seu último post sobre "queimar livros". Eu aconselharia a removê-lo e colocar no lugar uma explicação de que você o entendeu mal na primeira leitura.
Sou seu amigo.
Note que o autor do artigo na FSP **não** propõe queimar livros.
Ele critica Hitchens, e em determinado momento critica sua proposta de ficarmos com a "cultura" da sociedade ocidental e dispensarmos a religião, o que ele diz ser impossível. Afinal nossa cultura - mesmo nos seus aspectos seculares - sempre esteve embebida com valores cristãos.
Então, somente para sublinhar essa realidade, e para mostrar como a única forma de varrer a religião seria absurda e impensável, ele diz que para conseguir se livrar da religião, só se se destruísse toda a cultura.
Ele não quer isso, nem mesmo diz que o Hitchens quereria isso. Somente diz que esse seria o único modo de acabar com a religião no mundo ocidental.
Conselho do coração.
Um abração,
XYZ
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Eu li, e reli cum granum salis suas ponderações, e removi o post onde me apontaram o erro injusto cometido contra João Pereira Coutinho/FSP. Tendo em vista que este blog tem uma grande audiência no ciberespaço, aqui João Pereira Coutinho, aceite o meu pedido sincero de desculpas se lhe causei algum dano na sua reputação, bem como ao jornal Folha de São Paulo.
Mea culpa, infelizmente eu não segui a máxima latina: Qui scribit, bis legit [Quem escreve, lê duas vezes]. Eu não li duas vezes o artigo do Coutinho.