A ciência é um empreendimento humano de representar a realidade do universo e das coisas bióticas o mais aproximado da verdade possível. Como construto humano, a ciência é sujeita à revisão e descarte de teorias científicas. Indivíduos que praticam ciência fortemente influenciados pelo materialismo/naturalismo filosófico, a contragosto, são forçados a aceitar o que as novas verdades trazem para as teorias científicas. Eles esquecem, intencionalmente, que em ciência, pelas suas limitações, não existe “Theoria perennis”.
O bom método naturalista foi seqüestrado pelo naturalismo filosófico na promoção de uma agenda ideológica do materialismo filosófico como se este fosse ciência (Dawkins, Dennett, Harris, Hitchens et caterva dos pitbulls neo-ateus pós-modernistas, chiques, perfumados) com pouca ou nenhuma sanção da Nomenklatura científica. Eu não contemporizo com estes “falsos profetas” da ciência, e nem com a sua galera de meninos e meninas de Darwin.
Esses céticos falsetes tentam bater palmas usando apenas uma das mãos. Como não conseguem, nesse ceticismo falso, como verdadeiros estrábicos epistêmicos [que me perdoem estes deficientes visuais, eu tenho amigos assim] não são capazes de enxergar “o ponto cego” que a ciência tem.
Cornelius Hunter, meu amigo no Movimento do design Inteligente, "falou e disse":
“O problema com a ciência não é que a abordagem naturalista possa ocasionalmente ser inadequada. O problema é que a ciência nunca saberia melhor. Este é o ponto cego da ciência. Quando os problemas são encontrados, o naturalismo teológico pressupõe que a correta solução naturalista ainda não foi encontrada. Os fenômenos não-naturais serão interpretados como naturais, não importa o quão implausível que a estória se torne.” [1]
Caracas meu, o que eu chamo de naturalismo filosófico, Hunter chama neste livro de naturalismo teológico”. Mais uma palavra para o meu dicionário desafiando a Nomenklatura científica, e um tema que deveria ser abordado aqui: “Origem das Espécies: um longo argumento naturalista teológico”.
“The problem with science is not that the naturalistic approach might occasionally be inadequate. The problem is that science would never know any better. This is science’s blind spot. When problems are encountered, theological naturalism assumes that the correct naturalistic solution has not been found. Non-natural phenomena will be interpreted as natural, regardless of how implausible the story becomes.” [1]
Cornelius Hunter, Science’s Blind Spot: The Unseen Religion of Scientific Naturalism Brazos Press, 2007