Em 2003 e 2005 este blogger entregou uma análise crítica da abordagem da teoria da evolução em nossos melhores autores de Biologia do ensino médio que traziam duas fraudes e várias evidências científicas a favor do fato da evolução.
Autores como Amabis e Martho deixaram de usá-las (as mariposas de Manchester como uma “prova” da evolução em ação ocorrendo diante de nossos olhos, e os embriões de vertebrados em seu estágio inicial [na verdade era estágio mediano, mas não deixaram patente em suas novas edições porque deixaram de fazê-lo]. Fraudes usadas em favor do fato, Fato, FATO da evolução. O MEC/SEMTEC/PNLEM nem sequer considerou cum granum salis o que foi apresentado.
Do jeito que está a composição do PNLEM, nada disso irá mudar. É como mandar cabrito tomar conta de horta. Não existe nenhum analista disposto a enfrentar “a linha de discurso único” da Nomenklatura científica, e Darwin saí ileso, e os alunos enganados. Haja objetividade e isenção acadêmica...
Li esta notícia no site da UnB, e espero que alguém fazendo mestrado em Biologia tenha a coragem de fazer isso com os atuais livros de Biologia do ensino médio aprovados e adotados pelo MEC/SEMTEC/PNLEM para 2009.
Fui, meio indignado com tudo isso...
11/12/2008 - CIÊNCIA
MEC adota livros com erros em Astronomia
Todas as publicações escolhidas pelo Programa Nacional do Livro Didático traziam algum equívoco sobre o tema
FABIANA VASCONCELOS e-mail: camilarabelo@unb.br
Da Secretaria de Comunicação da UnB
As estações do ano estão relacionadas à inclinação de 23º da Terra, mas muitas crianças aprendem que é inverno porque o planeta estaria mais longe do sol e verão porque estaria mais perto. Como esta, vários equívocos se repetem em livros de ciências para o ensino fundamental adotados pelo Ministério da Educação.
A constatação está em uma pesquisa feita na Universidade de Brasília com as 13 coleções aprovadas pelo órgão no Programa Nacional do Livro Didático no edital de 2007. Todos os 52 livros apresentaram algum erro. As obras foram utilizadas este ano por cerca de 30 milhões de estudantes e ainda serão empregadas nas escolas em 2009 e 2010.
Segundo a física Patrícia Amaral, autora da dissertação de mestrado que revelou os dados, as informações errôneas atrapalham a alfabetização científica dos estudantes e interferem na sua capacidade de ver criticamente o mundo. “O ensino de ciências é importante para a formação da cidadania, o uso da razão, adequação ao mundo tecnológico e melhoria da qualidade de vida”, diz.
A pesquisa mostra ainda que não havia astrônomos na equipe de consultores que avaliou os livros. Procurado pela equipe da UnB Agência, o Ministério da Educação informou que houve a participação de um especialista, mas não citou o nome nem a universidade do qual faz parte.
Os resultados do ensino deficiente transparecem nas avaliações de aprendizado da ciência feitos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. Em 2007, o Brasil ficou na 52ª colocação, à frente apenas da Colômbia, Tunísia, Azerbaijão, Catar e Quirguistão, nessa ordem.
ORIGEM – De acordo com Patrícia, a origem dos erros está na falta de conhecimento dos autores. “A formação inicial dos professores em ciências não prevê o conteúdo de astronomia na maioria dos cursos. E quando há, são disciplinas optativas” diz. O problema é reforçado pelo fato de muitos dos autores serem biólogos e não terem no currículo pelo menos um curso de curta duração sobre astronomia.
Sem bagagem para abordar o tema, a maioria reproduz informações de outras fontes ao escrever seus livros didáticos, perpetuando um círculo vicioso. “O autor do livro não é astrônomo, que copia de outro autor e vai reforçando os erros”, diz o professor João Batista Canalle, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, que mobilizou quase 450 mil estudantes em 2008. Canalle alerta que o problema não ocorre só nos livros de ciências. As publicações de geografia para o ensino fundamental, que abordam ainda mais temas de astronomia, nunca foram avaliadas por um astrônomo.
Os dois enganos mais freqüentes foram o alinhamento dos planetas no Sistema Solar, como se todos ocupassem o mesmo plano e girassem juntos ao redor do Sol, e a idéia de que percorrem uma trajetória oval, embora as órbitas dos planetas sejam quase circulares. “O professor não vai alertar o estudante para esse erro porque ele mesmo estudou assim. Ninguém disse a ele que havia um problema, e tudo isso gera uma bola de neve que chega até o aluno de Ciências”, afirma Patrícia.
Texto: UnB Agência
Fotos: Daiane Souza/UnB Agência
Tirando o chapéu para o Professor TV da UnB por me indicar esta notícia.