O incorrigível David Berlinski “bota pra quebrar”: alguns mitos da Nomenklatura científica

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

David Berlinski é um Ph. D. em matemática pela não menos famosa Universidade Princeton, judeu agnóstico, bon vivant, que reside em Paris, França. La maladie de Berlinski, é a lepra epistêmica pós-moderna: ele defende e propõe as teses do Design Inteligente. Berlinski é um arguto crítico dotado de ironia fina que a Nomenklatura científica se ressente, tenta, mas não consegue responder sem sair chamuscada. Bota chamuscada nisso.

Numa entrevista, Berlinski “bota pra quebrar” denunciando alguns mitos sobre a Nomenklatura científica que a Grande Mídia, como amada, mas enganada amante, se nega veemente enxergar e abordar: ruim com ele, pior sem ele!!!

Para chamuscar mais ainda alguns egos, eis algumas partes selecionadas de uma entrevista com Berlinski, um crítico científico de Darwin:

Sobre a ciência como um empreendimento autocrítico:

“A idéia de que a ciência seja uma instituição exclusivamente autocrítica é absurda, é claro. Os cientistas não são mais autocríticos do que qualquer pessoa. Eles odeiam ser criticados... Veja, essas pessoas são apenas humanas, elas odeiam a crítica – eu também. A idéia de que os cientistas estão absolutamente desejosos de serem sobrepujados é um dos mitos colocados pelos próprios cientistas, e funciona esplendidamente a fim de que eles possam evitar a crítica.”

“Nós estamos pedindo padrões de comportamento que seria maravilhoso de se esperar, mas que nenhum homem sério espera. Cem anos de desenhos fraudulentos [N. deste blogger 1: nos livros-texto de Biologia] sugerindo afinidades embriológicas que não existem – isso é algo que eu esperaria se os biólogos estivessem lutando para manterem uma posição de poder numa sociedade democrática e secular. Sejamos razoáveis… o mito popular da ciência como sendo uma instituição exclusivamente autocrítica, e os cientistas como homens que prefeririam ser queimados numa estaca em vez de fraudar seus dados, é OK para um documentário especial da PBS [N. deste blogger 2: A TV Brasil dos gringos], mas não é o mundo real; não é o que vem acontecendo…”

Sobre o darwinismo e poder:

“Uma das razões por que as pessoas abraçam a ortodoxia darwiniana com tal zelo incrível, é que isso dá a elas acesso ao poder. É tão simples assim: poder sobre a educação, poder sobre as decisões políticas, poder sobre os recursos financeiros, e poder sobre a mídia [N. deste blogger 3: a GM é supostamente o 4º. Poder, mas quando a questão é Darwin, ela é apenas uma amante enganada que não consegue enxergar os ‘defeitos evidentes’ do amante... Olha que eu tenho me esforçado em contar esses defeitos até pra ombudsman e ombudsma desde 1998, mas em vão.].

A avaliação de Berlinski da teoria darwiniana (em particular o gradualismo e as mudanças aleatórias filtradas pela seleção natural):

“… avaliando a teoria darwinista no contexto do que ela realisticamente retrata, ela é o que é: um tipo de coleção divertida de anedotas do século 19 que é totalmente diferente de qualquer coisa que você vê nas ciências sérias… Sim, os biólogos concordam que esta é a teoria correta para a origem e diversificação da vida – MAS, eis aqui alguns pontos que você também deve considerar: 1) a teoria não tem nenhuma substância que a corrobore, 2) ela é absurda, 3) ela não é apoiada pela evidência, 4) o fato que os biólogos estão uniformemente de acordo poderia também ser explicado por alguma sólida interpretação marxista dos seus interesses econômicos.”

Sobre a reação dos darwinistas às críticas:

“Quando as pessoas não foram criticadas por muito tempo, elas reagem com bastante indignação da mesma forma quando são criticadas pela primeira vez. É da natureza humana. Coloque-se no lugar de um Daniel Dennett ou de um Richard Dawkins que estão acostumados a ser os sacerdotes reinantes de uma poderosa ortodoxia, e pela primeira vez em suas vidas alguém diz, “Ei, caras, vocês simplesmente não são dignos de confiança”. É claro que eles irão reagir com raiva e indignação, proferirão veementes imprecações contra os outros, e recorrerão a repreensões…[N. deste blogger: ou cairão em silêncio pétreo, enfiando suas cabeças no chão, como as emas, fingindo não existir nenhuma crise paradigmática, ou que as críticas não sejam críticas científicas de peso].”

Berlinski, eu acho que você pegou pesado demais. O humor judeu é de uma ironia fina até contra Jacó, mas é cáustico e corrói quaisquer verdades não apoiadas pelas evidências.

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Um minuto de comercial não pago:

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