Ao longo dos anos elaborando a sua teoria da evolução, Darwin lidou com as objeções da comunidade científica do seu tempo. Lyell, Hooker e Huxley aceitavam o fato, Fato, FATO da evolução, mas não aceitavam a capacidade criativa da seleção natural de Darwin para explicar toda a complexidade e diversidade da vida.
Para rebater essas objeções científicas, algumas delas bem robustas, Darwin se viu obrigado a escrever quatro capítulos, 30% do abstract “Origem das Espécies” [muita gente pensa que é um livro] tentando rebater essas objeções. Ao contrário dos seus atuais discípulos instalados na Nomenklatura científica – nas universidades, centros e institutos de pesquisas, e nas editorias das publicações científicas, e autores de livros-texto de Biologia do ensino médio, Darwin aceitava a possibilidade de existir outras interpretações de suas hipóteses:
“Estou bem a par do fato de existirem neste volume pouquíssimas afirmativas acerca das quais não se possam invocar diversos fatos passíveis de levar a conclusões diametralmente opostas àquelas às quais cheguei. Uma conclusão satisfatória só poderá ser alcançada através do exame e confronto dos fatos e argumentos em prol deste ou daquele ponto de vista, e tal coisa seria impossível de se fazer na presente obra.”
–Charles Darwin, na introdução do Origem das Espécies, [Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Villa Rica, 1994, p. 36]
Com isso Darwin deixou a todos os seus discípulos uma lição de objetividade científica: na abordagem da teoria da evolução ensinem a controvérsia para seus alunos! Não fazer isso, proibir isso nas universidades, impor sanções administrativas aos que são céticos do fato, Fato, FATO da evolução, não é liberdade acadêmica, mas a instituição execrável da censura e da camisa-de-força epistêmicas.
A Nomenklatura científica e a Grande Mídia internacionais e tupiniquins de hoje são os opostos da objetividade científica da Darwin de ontem: o livre exame e confronto dos fatos e argumentos em favor desta ou daquele ponto de vista!
Aguarde neste blog textos sobre algumas “afirmativas” de Darwin que as evidências se recusam em corroborar.