Clovis Rossi e a inguinorança do MEC: Orde e Progreço!!!

quarta-feira, maio 18, 2011

CLÓVIS ROSSI - Inguinorança 

SÃO PAULO - Não, leitor, o título acima não está errado, segundo os padrões educacionais agora adotados pelo mal chamado Ministério de Educação. Você deve ter visto que o MEC deu aval a um livro que se diz didático no qual se ensina que falar "os livro" pode. 

Não pode, não, está errado, é ignorância, pura ignorância, má formação educacional, preguiça do educador em corrigir erros. Afinal, é muito mais difícil ensinar o certo do que aceitar o errado com o qual o aluno chega à escola. 



Em tese, os professores são pagos -mal pagos, é verdade- para ensinar o certo. Mas, se aceitam o errado, como agora avaliza o MEC, o baixo salário está justificado. O professor perde a razão de reclamar porque não está cumprindo o seu papel, não está trabalhando direito e quem não trabalha direito não merece boa paga. 

Os autores do crime linguístico aprovado pelo MEC usam um argumento delinquencial para dar licença para o assassinato da língua: dizem que quem usa "os livro" precisa ficar atento porque "corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico". 

Absurdo total. Não se trata de preconceito linguístico. Trata-se, pura e simplesmente, de respeitar normas que custaram anos de evolução para que as pessoas pudessem se comunicar de uma maneira que umas entendam perfeitamente as outras. 



Os autores do livro criminoso poderiam usar outro exemplo: "Posso matar um desafeto? Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito jurídico". 

Tal como matar alguém viola uma norma, matar o idioma viola outra. Condenar uma e outra violação está longe de ser preconceito. É um critério civilizatório. 

Que professores prefiram a preguiça ao ensino, já é péssimo. Que o MEC os premie, é crime.


Folha de São Paulo - Opinião - 15/05/2011 [Via Todos pela Educação]

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PERGUNTAS CAUSTICANTES DESTE BLOGGER: 

O que o Clóvis Rossi escreveria sobre o MEC aprovar livros didáticos de Biologia do ensino médio com duas fraudes históricas (os embriões de Haeckel [centenária], e as mariposas de Manchester [mais recente – uns 30 anos] para favorecer o fato da evolução, e usar a Síntese Evolutiva Moderna, uma teoria científica considerada morta em 1980, para explicar a história evolutiva???

O que o Clóvis Rossi diria sobre o MEC ter recebido análise crítica desses livros-texto em 2003 e 2005, e nada fez a respeito? Por que nossos alunos do ensino médio não podem ficar sabendo que a teoria de Darwin da evolução através da seleção natural e n mecanismos de A a Z não é corroborada no contexto de justificação teórica? Por que nossos alunos não podem ficar sabendo que uma nova teoria da evolução está sendo elaborada pela comunidade científica - a SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA, e que somente será apresentada em 2020?

É, conhecendo como é o Clóvis Rossi, acho que o título seria mesmo: MEC - 171 epistemológico.