Aos que se interessam por assuntos ligados à Teoria da Evolução e à Teoria do Desenho (Design) Inteligente, uma excelente fonte em Língua Portuguesa (e inglesa), sem dúvida, é o blog Desafiando à Nomenklatura Científica, do grande Enézio de Almeida, de que sou profundo admirador.
Enézio de Almeida, que já foi darwinista e ateu marxista-leninista, é hoje, como ele mesmo diz: "cético da teoria macroevolutiva como verdade científica". E a razão, escreve: "Contudo, meu ceticismo ao ‘dogma central’ darwinista não é baseado em relatos da criação de textos sagrados. Foi a séria e conflituosa consideração do debate que ocorre intramuros e nas publicações científicas há muitos anos sobre a insuficiência epistêmica da teoria geral da evolução. Eu fui ateu marxista-leninista. Hoje, não tenho mais fé cega no ateísmo. Não creio mais na interpretação literal dos dogmas de Darwin aceitos ‘a priori’ e defendidos ideologicamente com unhas e dentes pela Nomenklatura científica. A Ciência me deu esta convicção. Aprendi na universidade: quando uma teoria científica não é apoiada pelas evidências, ela deve ser revista ou simplesmente descartada. Sou pós-darwinista me antecipando à iminente e eminente ruptura paradigmática em biologia evolutiva."
Por suas contundentes críticas à Teoria da Evolução como dogma científico ou como verdade absoluta da ciência, Enézio tornou-se alvo constante dos rabugentos ataques dos fanáticos devotos de Darwin, os quais, paradoxalmente, parecem ser os mais assíduos frequentadores de seu blog. E, aqui, uma ótima razão porque a galera de Darwin o antipatiza tanto:
Como vai a sua pressão arterial? E o coração, vai bem? Você está sentado? De bem consigo e com todo mundo? Então você pode ficar sabendo de mais uma peraltice do Richard Lewontin. Sim, Lewontin, lembra aquele menino peralta, o Stephen Jay Gould de saudosa memória pela sua coragem e honestidade científicas, que juntamente com outro menino peralta, Niles Eldredge [hoje, Gould se envergonharia de Eldredge]ousaram desafiar e contrariar a Darwin e à Nomenklatura científica do seu tempo propondo uma nova teoria da evolução: a do equilíbrio pontuado: a estase observada no registro fóssil são dados, evidências que não podem ser desconsideradas simplesmente porque não justificam a teoria geral da evolução de Darwin.
Qual foi a peraltice desta vez deste já não tão menino peralta, mas ainda darwinista de carteirinha? Onde ele cometeu este mais novo impropério? Sobre o que Lewontin falou que não devia ter falado? O darwinismo tem sido uma teoria científica que explica tudo — de uma simples dor de cabeça até a existência de vida em multiversos postulados que evoluíram [os multiversos ainda desconhecidos também] pelos mesmos processos gradualistas darwinianos: acaso, necessidade, mutações filtradas pela seleção natural [e inúmeros mecanismos evolutivos conhecidos e desconhecidos] ao longo de bilhões e bilhões de anos. O darwinismo é uma “teoria do tudo”, afinal de contas esta foi, é e será a idéia mais brilhante que a humanidade já teve [Obrigado pela pérola, Daniel Dennett].
Bem, mas nem tudo é como 2+2 = 4 no darwinismo. A teoria da evolução é um produto da mente, mas quando tenta explicar o cérebro, os cientistas estão mais perdidos do que cego em tiroteio: estão completamente no escuro! Gente, esta foi a mensagem surpreendente de Richard Lewontin, da Universidade Harvard, na reunião anual da American Association for the Advancement of Science [Associação Americana para o Desenvolvimento da Ciência — a SBPC dos gringos].
Onde que eu fiquei sabendo disso? Na Folha de São Paulo? Nem pensar! Na VESGA, oops, na VEJA? Nem de longe! No resto da Grande Mídia tupiniquim? Nem a mil anos-luz [apesar de eu esperar contra esperança]. Não gente, a GMT está de rabo preso com Darwin, e não abre! “Não damos espaço” [Marcelo Leite – FSP] para visões extremas da evolução. Eu fiquei sabendo disso através de um gigante que leu no jornal inglês The Guardian, o blog de James Randerson. Ele começou citando a Lewontin: “Nós não sabemos nada sobre a evolução do cérebro. Os cientistas ainda estão completamente no escuro sobre porque o cérebro humano evoluiu para ser tão grande.” Ué, mas Darwin não havia explicado tudo sobre a evolução? O neodarwinismo não veio dar uma ajuda para o estabelecimento do fato, Fato, FATO da evolução, e nós ainda estamos “completamente no escuro” sobre a evolução do cérebro???
Randerson considera Lewontin “um dos rabugentos extraordinários da ciência.” Não é pra menos. Junto com Stephen Jay Gould, Lewontin tem argumentado historicamente contra o panselecionismo, ou a idéia de que a seleção natural produziu todas as características. Algumas características são meros artefatos como os efeitos decorativos nos pilares góticos.
Randerson afirmou que Lewontin se apresentou de “forma fantasticamente rabugenta” na reunião em Boston:
“A sua campanha contra o panselecionismo estava em evidência: ‘A evolução não é a evolução de características, mas a evolução de organismos’, disse ele.
Mas, ele ainda tinha uma mensagem mais séria e pensativa, resumida no título de sua palestra — “Por que nós nada sabemos sobre a evolução da cognição”. Ele desconsiderou todas as suposições sobre a evolução do pensamento humano, chegando à conclusão de que os cientistas ainda estão completamente no escuro sobre como que a seleção natural produziu o grande aumento no tamanho do cérebro humano na linhagem humana.”
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Leia mais aqui no blog do Iba: Humor Darwinista
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NOTA DESTE BLOGGER:
Fiquei lisongeado com o que o Iba Mendes fez. Corria uma lenda urbana na internet que o Iba e eu éramos a mesma pessoa em blogs diferentes. Eu rachei de rir, e deixei a Galera dos meninos e meninas de Darwin ficar em suspense. Ia esclarecer um dia, mas o Iba fez de modo brilhante.
Galera que visita o meu blog, visite o blog Humor Darwinista, do Iba Mendes que, assim com eu, desafia a Nomenklatura científica com suas tiradas de ironia fina.
Valeu, Iba!!!