21/08/2012
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Na avaliação de especialistas reunidos em São Paulo para discutir a gestão de riscos dos extremos climáticos e desastres, para que seja possível gerenciar de forma adequada os impactos desses eventos, é fundamental informar a sociedade – incluindo os formuladores de políticas públicas – sobre as descobertas das ciências climáticas.
NOTA DO BLOGGER 1: existem ciências climáticas? Quais são os referenciais teóricos dessas ciências?
NOTA DO BLOGGER 1: existem ciências climáticas? Quais são os referenciais teóricos dessas ciências?
No entanto, pesquisadores estão preocupados com as dificuldades encontradas na comunicação com a sociedade. A complexidade dos estudos climáticos tende a gerar distorções na cobertura jornalística do tema e o resultado pode ser uma ameaça à confiança do público em relação à ciência.
NOTA DO BLOGGER 2: Os culpados são os cientistas. Pela falta de comunicação e pelo comportamento anti-ético da turma do IPCC que fraudou resultados. A ciência é um construto humano sujeito a revisão e até o descarte de teorias e modelos. Pedir confiança irrestrito da sociedade para a ciência é uma faca de dois gumes, pois cientistas podem fazer mau uso das descobertas científicas como as duas bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. É preciso ceticismo salutar da sociedade em relação ao que é afirmado e defendido pelos cientistas. Não querer isso, é investir os cientistas de um poder extremamente perigoso para a humanidade.
A avaliação foi feita por participantes do workshop “Gestão dos riscos dos extremos climáticos e desastres na América Central e na América do Sul – o que podemos aprender com o Relatório Especial do IPCC sobre extremos?”, realizado na semana passada na capital paulista.
Especialistas reunidos em São Paulo para debater gestão de riscos dos extremos climáticos manifestam preocupação com dificuldades enfrentadas por jornalistas para lidar com a complexidade do tema (Wikimedia)
O evento teve o objetivo de debater as conclusões do Relatório Especial sobre Gestão dos Riscos de Extremos Climáticos e Desastres (SREX, na sigla em inglês) – elaborado e recentemente publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) – e discutir opções para gerenciamento dos impactos dos extremos climáticos, especialmente nas Américas do Sul e Central.
O workshop foi realizado pela FAPESP e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com o IPCC, o Overseas Development Institute (ODI) e a Climate and Development Knowledge (CKDN), ambos do Reino Unido, e apoio da Agência de Clima e Poluição do Ministério de Relações Exteriores da Noruega.
Durante o evento, o tema da comunicação foi debatido por autores do IPCC-SREX, especialistas em extremos climáticos, gestores e líderes de instituições de prevenção de desastres.
De acordo com Vicente Barros, do Centro de Investigação do Mar e da Atmosfera da Universidade de Buenos Aires, o IPCC, do qual é membro, entrou há três anos em um processo de reestruturação que compreende uma mudança na estratégia de comunicação.
“A partir de 2009, o IPCC passou a ser atacado violentamente e não estávamos preparados para isso, porque nossa função era divulgar o conhecimento adquirido, mas não traduzi-lo para a imprensa. Temos agora um grupo de jornalistas que procura fazer essa mediação, mas não podemos diluir demais as informações e a última palavra na formulação da comunicação é sempre do comitê executivo, porque o peso político do que é expresso pelo painel é muito grande”, disse Barros.
NOTA DO BLOGGER 3: Barros não disse, mas o IPCC foi atacado violentamente por causa do modus operandi desonesto de seus cientistas que distorceram e fraudaram evidências científicas, perseguiram críticos e oponentes do aquecimento global ser apenas um fenômeno antropogenicamente causado. Dizer que não estavam preparados é desculpa esfarrapada, pois estiveram em destaque na mídia há muito tempo.
A linguagem é um grande problema, segundo Barros. Se for muito complexa, não atinge o público. Se for muito simplificada, tende a distorcer as conclusões e disseminar visões que não correspondem à realidade.
“O IPCC trata de problemas muito complexos e admitimos que não podemos fazer uma divulgação que chegue a todos. Isso é um problema. Acredito que a comunicação deve permanecer nas mãos dos jornalistas, mas talvez seja preciso investir em iniciativas de treinamento desses profissionais”, disse.
NOTA DO BLOGGER 4: Cientistas que não sabem divulgar o conhecimento científico para o grande público já está mais do que batida esta tecla. Agora, treinar jornalistas científicos? Para quê? Para noticiar somente a posição do IPCC sem nenhum questionamento? O jornalismo científico objetivo faz perguntas sérias e profundas sobre o assunto, e o cientista que se prepare em traduzir sua fala para o grande público. Eu desconfio de jornalistas treinados por cientistas. Especialmente interessados na defesa de ciências sem referenciais teóricos como o caso do aquecimento global.
Fábio Feldman, do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas, manifestou preocupação com as dificuldades de comunicação dos cientistas com o público, que, segundo ele, possibilitam que os pesquisadores “céticos” – isto é, que negam a influência humana nos eventos de mudanças climáticas – ganhem cada vez mais espaço na mídia e no debate público.
NOTA DO BLOGGER 5: Anote este nome - Feldman. Ele traduz aqui a preocupação da Nomenklatura científica com o avanço dos pesquisadores céticos ganhando espaço na mídia e no debate público. Isso é bom e ajuda aos próprios cientistas removerem os antolhos paradigmáticos e considerem outras hipóteses além das consensuais (consenso é coisa de político, não é de cientista).
“Vejo com preocupação um avanço do espaço dado aos negacionistas no debate público. A imprensa acha que é preciso usar necessariamente o princípio do contraditório, dando espaço e importância equânimes para as diferentes posições no debate”, disse.
NOTA DO BLOGGER 6: Feldman traduz mais do que fielmente a visão soldadinhos-de-chumbo da Nomenklatura científica, e ataca a imprensa pela sua posição honesta de usar o princípio do contraditório dando espaço e importância equânimes para as diferentes posições no debate. Alguém avise o Feldman que o princípio do contraditório é, ou deve ser, algo a ser privilegiado para os que fazem ciência, pois é com este princípio tendo livre curso, não somente na mídia, mas nas universidades, que a ciência avança.
De acordo com Feldman, os cientistas – especialmente aqueles ligados ao IPCC – deveriam ter uma atitude mais pró-ativa no sentido de se contrapor aos “céticos” no debate público.
NOTA DESTE BLOGGER 7: A preocupação de Feldman é infundada, pois o espaço que é dado pela mídia para o contraditório é muito pequeno no caso dos céticos do aquecimento global ser provocado unicamente pelos seres humanos, e muito grande, silêncio total sobre os céticos e críticos do darwinismo como explicação científica sobre a origem das espécies através da seleção natural e n mecanismos evolucionários. Nenhuma linha sequer, quando a comunidade científica e a Grande Mídia SABEM que a Síntese Evolutiva Moderna colapsou epistemologicamente nos anos 1980s.
NOTA DESTE BLOGGER 7: A preocupação de Feldman é infundada, pois o espaço que é dado pela mídia para o contraditório é muito pequeno no caso dos céticos do aquecimento global ser provocado unicamente pelos seres humanos, e muito grande, silêncio total sobre os céticos e críticos do darwinismo como explicação científica sobre a origem das espécies através da seleção natural e n mecanismos evolucionários. Nenhuma linha sequer, quando a comunidade científica e a Grande Mídia SABEM que a Síntese Evolutiva Moderna colapsou epistemologicamente nos anos 1980s.
Posições diferentes
Para Reynaldo Luiz Victoria, da Coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, é importante que a imprensa trate as diferentes posições de modo mais equitativo.
“Há casos específicos em que a imprensa trata questões de maneira pouco equitativa – e eventualmente sensacionalista –, mas acho que nós, como pesquisadores, não temos obrigação de reagir. A imprensa deveria nos procurar para fazer o contraponto e esclarecer o público”, disse Victoria à Agência FAPESP.
NOTA DESTE BLOGGER 8: Anote este nome - Reynaldo Luiz Victoria. Uma voz que clamou no deserto da Nomenklatura científica que proíbe, persegue e destrói carreiras acadêmicas dos céticos dos atuais paradigmas científicos com cartas e manifestos. Verdadeira Inquisição sem fogueiras, o Dr. Marcos Nogueira Eberlin, da Unicamp, que o diga pelas suas críticas a Darwin e defesa da teoria do Design Inteligente.
Victoria, no entanto, destacou a importância de que os “céticos” também sejam ouvidos. “Alguns são cientistas sérios e merecem um tratamento equitativo. Certamente que não se pode ignorá-los, mas, quando fazem afirmações passíveis de contestação, a imprensa deve procurar alguém que possa dar um contraponto. Os jornalistas precisam nos procurar e não o contrário”, disse.
NOTA DESTE BLOGGER 9: O sugerido por Victoria deve ser aplicado aos dois lados da questão. O que se vê na Grande Mídia é o discurso pontificado pela Nomenklatura científica. Não se vê, e quando se vê é muito pouco, nenhum jornalista questionando os cientistas sobre os atuais paradigmas. Pobre jornalismo, pobre ciência que engessou.
De modo geral, a cobertura da imprensa sobre mudanças climáticas é satisfatória, segundo Victoria. “Os bons jornais publicam artigos corretos e há jornalistas muito sérios produzindo material de alta qualidade”, destacou.
NOTA DESTE BLOGGER 10: Concordo parcialmente com Victoria, pois os chamados negacionistas somente ganharam exposição após os cientistas do IPCC terem sido apanhados com a mão na cumbuca e terem suas ações criminosas reveladas pela Grande Mídia.
Para Luci Hidalgo Nunes, professora do Departamento de Geografia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os negacionistas ganham espaço porque muitas vezes o discurso polêmico tem mais apelo midiático do que a complexidade do conhecimento científico.
NOTA DESTE BLOGGER 11: Anote este nome - Luci Hidalgo. Tem uma visão equilibrada sobre a questão, mas tende a se posicionar do lado do IPCC. Qual é a complexidade do conhecimento científico sobre o aquecimento global ser antropogenicamente provocado? O modelo científico pode ser reproduzido? Ora, a meteorologia diz que vai chover, e não chove, diz que não vai chover, e chove. É esta a ciência por detrás do IPCC?
“O cientista pode ter um discurso bem fundamentado, mas que é considerado enfadonho pelo público. Enquanto isso, um pesquisador com argumentos pouco estruturados pode fazer um discurso simplificado, portanto atraente para o público, e polêmico, o que rende manchetes”, disse à Agência FAPESP.
NOTA DESTE BLOGGER 12: Aqui eu discordo de Luci. Os cientistas negacionistas não são pesquisadores com argumentos pouco estruturados e nem de discurso simplificado. São cientistas de renome em suas especialidades.
Apesar de a boa ciência ter, em relação ao debate público, uma desvantagem inerente à sua complexidade, Nunes acredita ser importante que a imprensa continue pluralista. A pesquisadora publicou um estudo no qual analisa a cobertura do jornal O Estado de S. Paulo sobre mudanças climáticas durante um ano. Segundo Nunes, um dos principais pontos positivos observados consistiu em dar voz às diferentes posições.
NOTA DESTE BLOGGER 13: A Grande Mídia não é pluralista, Luci. Especialmente quando a questão é Darwin. Existe uma relação incestuosa das editorias de ciência com a Nomenklatura científica neste assunto científico polêmico e controverso. É tutti cosa nostra, capice?
“Sou favorável a que a imprensa cumpra seu papel e dê todos os parâmetros, para que haja um debate democrático. Acho que isso está sendo bem feito e a própria imprensa está aberta para nos dar mais espaço. Mas precisamos nos manifestar para criar essas oportunidades”, disse.
NOTA DESTE BLOGGER 14: Espero que a Nomenklatura científica não lhe persiga, Luci, por causa desta sua afirmação. Para os atuais mandarins, a ciência não é democracia, não admite o E pluribum unum [De muitos, um].
Nunes também considera que a cobertura da imprensa sobre mudanças climáticas, de modo geral, tem sido satisfatória, ainda que irregular. “O tema ganha vulto em determinados momentos, mas não se mantém na pauta do noticiário de forma permanente”, disse.
Segundo ela, o assunto sobressaiu especialmente em 2007, com a publicação do primeiro relatório do IPCC, e em 2012 durante a RIO+20.
“Em 2007, a cobertura foi intensa, mas a popularização do tema também deu margem a distorções e exageros. O sensacionalismo é ruim para a ciência, porque faz o tema ganhar as manchetes rapidamente por algum tempo, mas no médio prazo o efeito é inverso: as pessoas percebem os exageros e passam a olhar com descrédito os resultados científicos de modo geral”, disse.
NOTA FINAL DESTE BLOGGER: Será que um dia nós veremos algo assim veiculado pela FAPESP - Cientistas apontam problemas da cobertura da imprensa sobre as dificuldades fundamentais da teoria da evolução de Darwin no contexto de justificação teórica???
NOTA FINAL DESTE BLOGGER: Será que um dia nós veremos algo assim veiculado pela FAPESP - Cientistas apontam problemas da cobertura da imprensa sobre as dificuldades fundamentais da teoria da evolução de Darwin no contexto de justificação teórica???