Leitora comenta: Não cabe ao Estado a promoção do ateísmo nas escolas públicas

quinta-feira, agosto 27, 2009

NOTA IMPERTINENTE DESTE BLOGGER EX-ATEU:

O ateísmo é uma religião. Tem crença dogmática: Deus não existe. Tem agenda antropofágica: a destruição dos crentes de subjetividade religiosa. O ateísmo é pregado todos os dias nas salas de aulas de nossas universidades e escolas públicas.

Eu sou contra o privilégio que querem dar à Igreja Católica em detrimento às demais crenças religiosas. Contudo, sob a pretensa defesa da laicidade do Estado, esses neo-ateus querem o privilégio dos espaços culturais somente para eles. Os outros que se danem. Eles precisam aprender que o Estado é laico, mas não é ateu.

O ateísmo é sim promovido diariamente nos espaços públicos. Especialmente nas universidades públicas. Se você é crente de qualquer subjetividade religiosa, denuncie às autoridades esses bullies, oops, Torquemadas pós-modernos, chiques e perfumados a la Dawkins que intimidam e submetem os crentes de subjetividades religiosas ao escárnio diante dos colegas em nome da 'ciência'. Não tenha medo de enfrentá-los em salas de aulas. Eles são covardes quando são confrontados publica e corajosamente e dentro do rigor da lei.

Se você estiver vivendo uma situação assim, me mande um e-mail para lhe indicar como processá-los por danos morais e violação de sua cidadania.

Dura lex sed lex nessa turma!

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JC e-mail 3836, de 27 de Agosto de 2009.

24. Leitora comenta matéria "Ensino religioso em escolas públicas pode gera discriminação, avalia professor"

"Não cabe ao Estado - por meio de suas escolas - ensinar, destacar, favorecer esta ou aquela religião"

Leia a mensagem enviada ao "JC e-mail" por Ana Flávia Ferro, doutoranda em Política Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde atua no Grupo de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação (Geopi):

"É inacreditável que ainda hoje se tenha este tipo de discussão no Brasil. Eu, como cidadã, me sinto ofendida e insultada.

Embora os especialistas consultados na matéria já tenham mencionando a laicidade do Estado brasileiro, volto a este argumento por considerá-lo o melhor para lidar com esta questão.

Ora, o Estado laico é laico em todas as suas instâncias. Não cabe a nenhum de seus poderes (Executivo, Legislativo ou Judiciário) transpor ou ignorar este fato. Reforço que aprovar o ensino de religião católica no ensino público brasileiro é inconstitucional e, além disso, um retrocesso enorme. Mais que isso, me parece um favoritismo infundado ou fundado em interesses pessoais...

Não cabe ao Estado - por meio de suas escolas - ensinar, destacar, favorecer esta ou aquela religião. Não cabe ao Estado influenciar seus cidadãos na adoção desta ou aquela crença. Religião se aprende em casa e nos centros religiosos. E só. Se for para o Estado brasileiro abrir exceções para esta ou aquela crença, não poderá mais ser tratado como laico.

Examinemos o exemplo do Estado francês, em que nenhum tipo de manifestação religiosa é permitida. Lá, não se pode nem mesmo conversar sobre religião em instituições públicas. É uma questão de respeito ao próximo, de respeito às escolhas de cada um.

Aqui no Brasil ainda temos este ranço da influência católica sobre nossas instituições, espero eu que não por muito mais tempo. Espero também que a influência católica não seja substituída pela de nenhuma outra religião. Isto é laicidade. E o governo brasileiro é laico."

Leia a matéria da Agência Brasil reproduzida no "JC e-mail"