Entre amigos cientistas eu ouço, aqui e ali à boca pequena [em off é mais chique!], comentários sobre o atual status do contexto de justificação do neodarwinismo:
“A teoria neodarwinista está pra lá de morta como explicação para qualquer coisa de qualquer substância científica.”
Pondere cum granum salis. Afinal de contas isso representa uma grande realização na história do empreendimento intelectual humano: uma “teoria” natimorta, finalmente morreu. Foi preciso uma grande dose de criatividade filosófica de mais de duas décadas para chegar a esta conclusão, e reconhecer isso publicamente em breve.
Desde 1998, nota bene, desde 1998 eu destaquei para a Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquins, e aqui neste blog, sobre as insuficiências epistêmicas fundamentais da teoria neodarwinista: não informa e está errada em muitas frentes de pesquisa científica.
Sabe como é que eu estou me sentindo agora com tudo isso? Está ficando muito chato, e será que ainda vale a pena ironizá-la a la Macaco Simão? Ora, bater em defunto natimorto é uma atividade nauseabunda, mas é uma tentativa de mostrar às carpideiras e aos amigos do defunto que ele de fato morreu, e que chorar tecendo loas ao morto, conforta, mas também esclarece: rei morto, rei posto.
Em 2009, os “cardeais” da Nomenklatura científica vão celebrar os “cultos de adoração a Darwin” no mundo inteiro, e em 2010 após este oba-oba do “culto à personalidade”, eles se reunirão pomposamente no Castelo de Down, e se sair uma fumacinha branca da chaminé [os meus amigos católicos que me perdoem], eles anunciarão: “Nihil obstat: Habemus theoria... Habemus theoria o quê mesmo agora? Teoria pós-moderna da síntese moderna? Teoria pós-pós do quê mesmo???”
Que venha a nova teoria da origem e evolução da vida, mas não se esqueçam da minha Caloi: “complexidade irredutível” e “informação complexa especificada”!