Aos ‘neo-buldogues de Darwin’ com carinho...

quarta-feira, junho 07, 2006

Nem sei por que, mas eu resolvi dar uma olhada no Google para ver as reações sobre os artigos que venho postando aqui neste blog e em outras mídias. Fiquei maravilhado e espantado com o que encontrei.

Se você fizer uma busca em http://www.google.com.br por “enezio almeida filho design inteligente”, “enezio almeida filho teoria design inteligente”, ou “desafiando nomenklatura científica” páginas do Brasil, encontrará os sites que acolheram e lidaram com alguns dos meus artigos.

As reações, como eram de se esperar, foram positivas e negativas. As positivas me deixam envaidecidos. As negativas (a maioria mal educada) indicam que estou no caminho certo com as minhas críticas às especulações transformistas de um mero naturalista inglês caçador de borboletas (Argh, é quase como cometer um assassinato falar assim tão desairosamente de Darwin-ídolo).

Fora os e-mails mal educados, e alguns bem sutis e ardilosos que de vez em quando recebo. Com alguns e-mails eu nem me importo, pois que está na chuva é para se queimar mesmo (saudoso Vicente Mateus, ex-presidente do meu glorioso Corinthians, quando ainda era Timão).

Eu posso entender este tipo de reação abjeta. Eu já fui evolucionista de carteirinha. St. George Jackson Mivart também. Eu nunca fiz parte da Academia, talvez nem faça devido a estes ‘neo-buldogues’ de Darwin e à KGB da Nomenklatura científica que não querem a desconstrução de Darwin. Mivart, evolucionista, fez parte da Academia. Darwin disse que ele era o seu crítico mais contundente.

No dia em que Mivart se tornou antidarwinista [meu caso] ele foi expulso e execrado pela Nomenklatura científica de seu tempo. Thomas Huxley, o ‘buldogue’ de Darwin que não me deixa mentir. Foi ele quem apresentou Mivart para as sociedades científicas inglesas, e ele mesmo quem ajudou a destruiu Mivart por meios escusos. Um reles covarde! E ainda deixou uma grande prole moderna... Razão maior para não abrir espaço neste blog para esta ‘raça’ de ‘neo-buldogues’.

A minha extrema hostilidade subjetiva ao Darwinismo [ideologia] vai ser sempre expressa nitidamente aqui neste blog. Darwin-ídolo também, se eu puder, vai ser aqui destruído. Os ídolos foram feitos para destruição. Não se esqueçam de citar isso a posteriori sobre o meu subjetivismo em relação a Darwin da mesma forma como vocês tentaram destruir a vida acadêmica de Jonathan Wells nos Estados Unidos. Darwin-cientista será discutido e defendido: sua teoria especial da evolução (microevolução) procede. Darwin-theoria-perennis será discutido e contestado: sua teoria geral da evolução (macroevolução) não passa por um simples exame do rigoroso método científico. Nem precisa, não é Mayr? – é epistemologia histórica de eventos que não podem ser reconstruídos. São aceitos pela ‘fé’!

Vamos às evidências? Como falsificar a hipótese da ancestralidade comum se a árvore da vida parece mais um gramado polifilético? Onde está a informação genômica responsável pela transmutação de uma espécie em outra (um dinossauro em ave, ou um ungulado em baleia)? E outras questões epistêmicas fundamentais para o estabelecimento da teoria geral da evolução.

A reação hostil dos ‘neo-buldogues de Darwin’ me fez lembrar uma frase de Konrad Adenauer (1876-1967), um estadista alemão. Ele foi chanceler da então República Federal da Alemanha (de 1949 a 1963), extremamente hostil ao marxismo [ideologia] como eu sou extremamente hostil ao Darwinismo (ideologia). A frase de Adenauer é a chave para o sucesso: “Primeiro, torne-se impopular, depois as pessoas vão levar você a sério”.

Eu acho que neste blog já cheguei na primeira parte do conselho de Adenauer. A segunda é conseqüência e eu nem devo me importar. Por quê? Os ultradarwinistas e a Nomenklatura científica já estão me levando a sério – afinal de contas, 10 entre 10 darwinistas lêem este blog.

Vocês vão ter que me engolir (Zagallo, Enézio Eugênio tem 13 letras!). E eu vou continuar ignorando os ‘neo-buldogues de Darwin’ pela insignificância deles para o debate acadêmico.