Ida: o Santo Graal dos elos perdidos?
Kevin H. Wirth, ARN Diretor de Desenvolvimento de Produtos e Relações com a Mídia
20/05/09
ESTARDALHAÇO DE ALERTA Nova York, NY [ARN]
Num exemplo estrelado de se colocar no Hotel Ritz evolucionário, ontem (19/05/09) se assistiu a revelação do Museu de História Natural de Nova York do mais recente e maior de todos os fósseis “transicionais” (não são todos eles assim?) considerado como tendo ligação com os humanos. “IDA”, um pretenso fóssil de 47 milhões de anos encontrado na Alemanha, está sendo aclamado como o elo mais importante de todos na evolução humana a já descoberto.
“Nós teremos que conferir daqui a alguns anos para ver se ela atrairá mais atenção do que LUCY atraiu em sua recente excursão sem brilho em Seattle (bocejo). A exposição do Rei Tut, que aconteceu outubro passado no Museu de Arte de Dallas foi muito melhor em termos financeiros.” [1]
Os especialistas da mídia e evolucionistas do mundo inteiro verdadeiramente se fazem motivo de motejo (Manchete do jornal inglês The Guardian...) na medida em que eles, literalmente, exageraram entre si com efusivas expressões para comunicar a significância desta descoberta de fóssil. Eis aqui algumas delas:
PEDRA DE ROSETA: “É realmente um tipo de Pedra de Roseta Stone”, comentou o co-autor da pesquisa, Professor Philip Gingerich, do Museu de Paleontologia da Universidade de Michigan. [2]
FÓSSIL HERANÇA DA HUMANIDADE: “Este é o primeiro elo de todos os humanos ... um fóssil que verdadeiramente liga a herança mundial”, disse o mundialmente renomado cientista norueguês especialista em fósseis, Dr. Jorn Hurum, do Museu de História Natural da Universidade de Oslo.[2] Notícias da mídia relatam que Horum continuava a tiquetaquear os adjetivos incomparáveis...
O SANTO GRAAL e a ARCA PERDIDA: O Dr Jorn Hurum, o cientista à frente da parte mais importante do projeto, fez as comparações paralelas mais exóticas. Ele exibiu fotos de Mona Lisa e da Pedra de Roseta, sem elucidação, embora a implicação fosse clara. Ele descreveu muitas vezes o fóssil como o Santo Graal da paleontologia e a Arca Perdida da arqueologia. [4]
O PRIMEIRO ELO NA EVOLUÇÃO HUMANA e A NOSSA MONA LISA: “Este é o primeiro elo na evolução humana. Uma descoberta como esta é algo para toda a humanidade. Ele nos conta uma parte de nossa evolução que estava escondida há tanto tempo... Isto é a nossa Mona Lisa e ela será... para os próximos 100 anos." - Paleontólogo Jorn Hurum [5]
"O" ELO PERDIDO (e quantas vezes nós já ouvimos isso?) “Esta pequena criatura irá nos mostrar a nossa conexão com todo o resto dos mamíferos”. “O elo que eles (os cientistas) tinham dito que estava perdido até agora... não está mais perdido.” Renomado naturalista e participante de debates e programas no rádio e na televisão, Sir David Attenborough.[2]
ESTE FÓSSIL MUDA TUDO: Nancy Dubuc, do Canal de História disse que Ida “prometeu mudar tudo que nós pensávamos que entendíamos sobre as origens da vida humana”. A imagem mais sublime foi a de Michael Bloomberg ao lado da caixa de vidro de Ida, com seu braço nas costas de uma estudante que estava vestindo uma camiseta com o logo do programa da TV: “The Link. This changes everything” [O Elo. Isto muda tudo]. A coisa principal que Bloomberg estava presumivelmente esperando que isso mudasse suas expectativas de ganhar um terceiro mandato como prefeito de Nova York nas próximas eleições. [4]
Tora Aasland, ministro de educação superior no governo norueguês... parecia pensar que Ida fosse uma maravilha da ciência norueguesa em vez de uma maravilha da evolução pré-histórica. [4]
E, é claro, há também a estória obrigatória (e muito especulativa) de como IDA morreu e se preservou de modo que nós pudéssemos vê-la e examiná-la 47 milhões de anos mais tarde:
“Os cientistas acreditam [SIC ULTRA PLUS FIDEÍSTA - Argh, isso é como cometer assassinato epistêmico!!!] acreditam que ela foi subjugada pelo gás dióxido de carbono enquanto bebia do lago Messel: as águas perenes do lago frequentemente eram cobertas por uma fina camada do gás como resultado das forças vulcânicas que formaram o lago e que ainda estavam ativas. Tolhida pelo seu pulso quebrado, Ida ficou inconsciente, foi arrastada para dentro do lago, e afundou para baixo, onde as condições únicas a preservaram por 47 milhões de anos.” [2]
No final de tudo, IDA realmente corresponde a todo o estardalhaço? Historicamente a resposta é um sonoro ‘NÃO’. Pois todo o barulho e exagerada admiração por IDA, um fato muito importante permanece elusivo e desconhecido – o que faria de IDA uma descoberta evolucionária verdadeiramente espetacular.
Não existem precursores ou ancestrais conhecidos. Como é verdade na maioria das descobertas de fósseis, não existem precursores ou ancestrais evolutivos diretos conhecidos para IDA. Quais criaturas resultaram na sua espécie? Nós não temos ideia, só especulação. Em que tipo de espécie ela evoluiu? Novamente, os especialistas estão silentes – porque nós não temos evidência fóssil. Todavia, parece que sua mera existência é suficiente para qualificar como um “elo perdido” sem qualquer entendimento claro de quais criaturas ela está descende ou se conecta. Este é um dos aspectos mais consistentemente enganosos usados para promover a evolução. Cada fóssil é considerado como sendo uma peça perdida do quebra-cabeça evolutivo, levando-nos cada vez mais perto de um melhor entendimento de nossa alegada herança evolucionária, mas nunca nos aproximando disso. Mas, ALGUM DIA nós começaremos a preencher as lacunas ou assim nos dizem os especialistas.
Enquanto isso, e até lá, a IDA é apenas outro exemplo de criatura sem uma herança, apesar do oba-oba da mídia sobre a sua significância.
Para qualificar como fóssil “transicional”, deve haver mais do que uma espécie prima ao lado de outra espécie prima. Deve haver uma conexão evolutiva nítida demonstrando da qual IDA evoluiu. Mas a distância evolucionária (i. e., homóloga) entre Ida e seu suposto “parente” é tão grande que você poderia colocar um número de exemplos antes e depois dela e afirmar que eles são relacionado. Isso não é “evidência” científica convincente – é apenas especulação e conjectura. Um artigo na revista SLATE reconhece isso:
“A maioria dos relatos da mídia usa o termo elo perdido mais genericamente. Algumas vezes a frase implica que um fóssil é o ancestral direto de duas ou mais espécies existentes. Contudo, tais descobertas são raramente feitas. A maioria dos fósseis representa espécies que são morfologicamente semelhantes a um ancestral predito, mas não conectado numa linha direta a qualquer espécie moderna. Mesmo se um fóssil fosse um ancestral direto, um paleontólogo não poderia ter certeza; tudo que ele poderia dizer é que poderia ser consistente com a ancestralidade direta. (Quando um registro fóssil em torno de uma espécie for incomumente denso, como é para os humanos, os cientistas podem, algumas vezes, encontrar predecessores com certeza.)
Um elo perdido pode também descrever uma forma anatômica intermediária que sugere como que os organismos modernos podem ter desenvolvido certas capacidades. Por exemplo, um peixe antigo com proto-punhos, cotovelos, e quartos dianteiros podem ser chamados de um elo perdido entre as criaturas marinhas e animais terrestres. Todavia, neste sentido, cada fóssil é um elo perdido. Não existe nenhum ponto intermediário entre, digamos, polegares opostos e não opostos. Antes, uma ampla variedade de fósseis parece se assemelhar as duas estruturas de mão. Ninguém pode dizer qual versão é diretamente relacionada às duas. É inteiramente possível que todos os fósseis, ou nenhum deles, sejam passos ao longo do caminho.” [6]
Já é tempo de os evolucionistas começarem a confessar francamente do quanto realmente eles NÃO SABEM em vez de ficarem espalhando falsas informações de criaturas como IDA como outro grande exemplo de evolução. Ela não é nada disso.
Com exceção de parecer legal em livros de ciências de nossas crianças, francamente, não há nenhuma evidência que nos obrigue a acreditar em sua linhagem evolutiva. Como um de meus colegas comentou – “Ida não é o primeiro fóssil a ser exageradamente propagandeado, e certamente não será o último.” Na minha oportunidade, isto é apenas outro show oportunista da publicidade da mídia de ainda dar a outro fóssil uma pilastra imerecida no panteão evolucionário dos tão-chamados ‘elos transicionais evolutivos’. Eu faço uma predição de que nós não encontraremos os ancestrais mais próximos de Ida ou seus sobreviventes evolucionários. Depois que todo oba-oba passar, ela vai ficar apenas como um ramo de linhas pontilhadas no arbusto evolucionário conjetural para os primatas.
Mas, ei, Warren Beatty parece um pouco comigo. Uma vez que nós estamos construindo relações evolutivas baseadas em aparências, pense que ele poderia passar como meu primo há muito tempo desaparecido? Talvez se nós realizarmos uma conferência com a mídia para mostrarmos a nossa semelhança, nós podemos ganhar alguma boa publicidade...
[1] NY Times, March 13, 2009 - "They Didn't Love Lucy"
[2] Science Daily, May 19, 2009
[4] The Guardian [UK] "To get a glimpse of the Ida fossil, the media make monkeys of themselves"
[5] The Hindu, May 20, 2009 - "Backgrounder to Ida Fossil"
[6] SLATE, May 21, 2009 - How Many Times Will Paleontologists Find the "Missing Link"?