As tendências imperialistas da seleção natural

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Por razões de copyright este blogger somente pode reproduzir parte(s) dos artigos publicados em outras publicações científicas especializadas ou populares. Reproduzo aqui os últimos parágrafos do artigo do Jerry Fodor e Massimo Piatelli-Palmarini sobre a teoria da evolução através da seleção que foram destacados no blog Darwiniana:


The last paragraphs of the Jerry Fodor and Massimo Piattelli-Palmarini article about their book

It’s a main claim of our book that, when phenotypic traits are endogenously linked, there is no way that selection can distinguish among them: selection for one selects the others, regardless of their effects on fitness. That is a great deal less than the general theory of the mechanics of evolution that the Darwinists suppose that natural selection provides. Worse still, there isn’t the slightest reason to suppose that free-riding exhausts the kinds of exceptions to natural selection that endogenous structures can produce.

“All right,” you may say, “but why should anybody care?” Nobody sensible doubts that evolution occurs – we certainly don’t. Isn’t this a parochial issue for professional biologists, with nothing cosmic turning on it? Here’s why we think that is not so.

Natural selection has shown insidious imperialistic tendencies. The offering of post-hoc explanations of phenotypic traits by reference to their hypothetical effects on fitness in their hypothetical environments of selection has spread from evolutionary theory to a host of other traditional disciplines: philosophy, psychology, anthropology, sociology, and even to aesthetics and theology. Some people really do seem to think that natural selection is a universal acid, and that nothing can resist its powers of dissolution.

However, the internal evidence to back this imperialistic selectionism strikes us as very thin. Its credibility depends largely on the reflected glamour of natural selection which biology proper is said to legitimise. Accordingly, if natural selection disappears from biology, its offshoots in other fields seem likely to disappear as well. This is an outcome much to be desired since, more often than not, these offshoots have proved to be not just post hoc but ad hoc, crude, reductionist, scientistic rather than scientific, shamelessly self-congratulatory, and so wanting in detail that they are bound to accommodate the data, however that data may turn out. So it really does matter whether natural selection is true.

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Source/Fonte: Darwiniana

COMENTÁRIO IMPERTINENTE DESTE BLOGGER:

Darwin foi demasiadamente esperto em afirmar no Origem das espécies que a seleção natural não era o único mecanismo evolutivo, mas ele a considerava o mais importante. É a famosa estratégia que ironicamente brindo aqui meus leitores: se não for X, então Y; se não for Y, então Z; se não for Z, então todo  o ABC. O avanço da ciência tem demonstrado o MUITO que a seleção natural não pode fazer em termos evolutivos, que Fodor e Piatelli-Palmarini ousaram terminar seu artigo com uma incisiva afirmação: IMPORTA SIM SE A SELEÇÃO NATURAL FOR VERDADEIRA!


Qual a importância do livro What Darwin wrong? de Fodor e de Piatelli-Palmarini? Este não é o primeiro livro escrito por cientistas criticando a seleção natural, mas muito antes desses cientistas um grande número de críticos leigos vinham dizendo a mesma coisa há muito tempo. Décadas, para ser mais exato. Isso me deixa perturbado e perplexo de algo que já sabia por conviver na comunidade acadêmica: ou os cientistas são idiotas e não enxergaram o óbvio - a seleção natural não é assim uma Brastemp de mecanismo evolutivo,  ou os cientistas estão mentindo sobre a teoria da evolução (Não pereça tal pensamento!, pois é assim que eu vejo a situação), ou estão deitando e rolando em cima de uma ideologia passada para os alunos e o público em geral como se fosse ciência.

Fui, nem sei por que, pensando que este blog é pimenta nos olhos da Nomenklatura científica, da Galera dos meninos e meninas de Darwin (o homem que teve a maior ideia que toda a humanidade já teve, mas nunca é corroborada pelas 'montanhas' de evidências...) e da Grande Mídia Internacional e Tupiniquim que vivem uma relação incestuosa despudorada com Darwin: o que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde!

Gente, Darwin morreu! Viva, Darwin, gente!!!