Quando eu ouvi pela primeira vez que o fato, Fato, FATO da evolução era tão certo como a lei da gravidade eu quase caí para trás. É que eu ainda não vi nenhum físico dizer que a lei da gravidade é uma lei científica tão certa quanto as leis da evolução. Dou um doce para quem me citar um físico eminente que tenha dito isso. Você não vai achar. Apesar daquela língua de fora, Einstein e os físicos não são loucos de fazer uma afirmação vazia dessas.
Um leitor mais atento aos detalhes das publicações científicas, como este blogger, percebe que não dá mais para sustentar este mantra retórico. As evidências na natureza não corroboram o fato, Fato, FATO da teoria geral da evolução.
Jerry Coyne e Hopi Hoekstra são exemplos recentes e patentes do porque os darwinistas ortodoxos não podem mais sair ilesos com tais afirmações, i.e., admitir o fato, Fato, FATO da evolução sem demonstrá-la. Num artigo recentemente publicado na Current Biology, eles disseram, “A evolução é um processo contigente, dependente dos caprichos do meio-ambiente, da história, e de quaisquer mutações que aconteçam de aparecer. Conseqüentemente, há pouca “leis” estritas da evolução; as nossas leis são, em vez disso, uma ciência de generalizações.”
Fui, pensando nas generalizações, nos caprichos do meio-ambiente, na história, e nas mutações terríveis [99.99% são deletérias aos organismos vivos], e na ausência de “leis” como a lei da gravidade na teoria geral da evolução. Eu acho que é preciso ter muita fé nos escritos do bardo de Down!
Fui, pensando que é preciso seguir mais a Bacon do que Darwin: perguntar à natureza, e seguir as evidências aonde elas forem dar.
NOTA:
1. “Evolution is a contingent process, dependent on the vagaries of the environment, history, and whatever mutations happen to appear. Consequently, there are few strict ‘laws’ of evolution; ours is instead a science of generalizations.” Current Biology (Volume 17, Issue 23, 4 December 2007, pages R1014-R1016)