A série intitulada “As predições de Darwin que falharam” deste blog é baseada nos artigos de Casey Luskin respondendo ao material online do documentário “Judgment Day: Intelligent Design on Trial” [Dia do Juízo: o Design Inteligente no banco dos réus] “Judging PBS.com” da PBS-NOVA [A TV Brasil deles]
“Seguindo a evidência aonde ela for dar”
A quem ache que Darwin foi um cientista talentoso que fez observações cuidadosas do mundo natural. Eu tenho minhas reservas sobre tão “globalizante” e laudatória afirmação. Nas minhas muitas leituras, eu vejo um Darwin laborioso lidando e, em muitas ocasiões, se apoderando das idéias de terceiros sem mencionar as fontes [especialmente quando ele queria a glória para “a minha teoria”], debatendo com cientistas mais capazes para saber as opiniões deles, “filtrando” as melhores idéias, e dando-lhes a “roupagem” que queria.
Será que o mesmo poderia ser dito de Sir Isaac Newton, um proponente bem antigo do design inteligente cujas idéias inspiraram tanto a física moderna e a ciência moderna como um todo? Há uma diferença anos-luz entre Newton e Darwin cientistas. Sou mais Newton. Sua ciência é mais empírica. A ciência de Darwin é histórica de longo alcance, e de longos vôos de imaginação.
Apesar do grande sucesso de muitos anos das idéias de Newton, os avanços tecnológicos no começo do século 20 derrubaram a física newtoniana e a substituíram com as teorias de Einstein. Se for para a história ser o nosso guia, a ciência deve sempre ser aberta a seguir a evidência aonde ela for dar, mesmo que isso signifique desafiar a ortodoxia das teorias científicas.
O mantra de Dobzhansky em defesa do fato, fato, FATO da evolução, é sempre evocado pela Nomenklatura científica e pela Grande Mídia: “nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução.” Esta declaração de Dobzhansky inverte o processo científico, pois coloca as conclusões antes das observações empíricas da natureza.
De vez em quando encontramos essas afirmações bombásticas, mas historicamente demonstradas falsas, de cientistas do calibre do paleontólogo evolucionista Niles Eldredge: “Nada do que nós aprendemos nos 175 anos que se seguiram, contestou a descrição básica de Darwin de como a seleção natural opera,” e afirmou categoricamente que os dados “indubitavelmente” apóiam a opinião de Darwin.
Nada mais falso. Desde 1859 que a seleção natural vem sendo criticada cientificamente quanto a ser a vera causa dos processos evolutivos. Eldredge sabe que na literatura especializada há muitas pesquisas colocando em cheque a capacidade criativa da seleção natural na origem e evolução das espécies. Razão? As evidências não apóiam Darwin. Afirmações dogmáticas como essas são um tapa na cara do espírito científico que se opõe a apêndices dogmáticos às teorias e as promessas de seguir a evidência aonde ela for dar.
Em 1998, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos imprimiu um guia para o ensino da evolução que incluía um ensaio pelo eminente biólogo evolucionista Ernst Mayr, que afirmou: “Um dos aspectos mais característicos da ciência é a sua abertura ao desafio. O desejo de abandonar uma crença aceita atualmente quando uma crença nova e melhor é proposta é uma demarcação importante entre a ciência e o dogma religioso.” [1]
O documentário da PBS, os cientistas e a Grande Mídia podem afirmar que a evolução é aberta ao escrutínio, mas o tratamento autoritário e unilateral do assunto no documentário “Judgment Day: Intelligent Design on Trial” [Dia do Juízo: Design Inteligente no banco dos réus] *, e na divulgação científica da teoria da evolução, mostra que eles a tratam mais como um dogma religioso do que como ciência.
Fosse a PBS, a Nomenklatura científica e a Grande Mídia internacional e brasileira, promover a atitude cética e tentativa que subjaz toda boa ciência, eles deveriam afirmar, alto e bom som, “Nada em biologia faz sentido a não ser à luz das evidências.”
Elas dizem não às especulações transformistas de Darwin através da seleção natural.
NOTA:
1. Ernst Mayr, "The Concerns of Science" in National Academy of Sciences, Teaching about Evolution and the Nature of Science, p. 43 (National Academy Press, 1998).
* Aguardem: brevemente um ícone científico muito, mas muito famoso irá sentar no banco dos réus aqui no Brasil. Quem viver, verá!