No dia 30 de maio de 2007, no caderno Ilustrada da Folha de São Paulo, p. E8 foi publicada uma bem elaborada peça publicitária de meia página: uma propaganda-convite para a Darwin Exposição no MASP, feita pela MPM, e chancelada pela FSP, Instituto Sangari, MASP e o nosso suado dinheirinho: LEI DE INCENTIVO CULTURAL – Ministério da Cultura.
Darwin aparece de perfil olhando séria e fixamente o horizonte, como se não houvesse nenhum rival teórico ou dificuldades fundamentais no contexto de justificação de sua teoria, com uma barba feita entremeada por algumas espécies tendo um chimpanzé agarrando a ponta da barba do profeta que teve a visão mais importante de toda a humanidade em todas as eras: a origem das espécies através da seleção natural ou a preservação das raças favorecidas na luta pela vida.
Em letras maiúsculas lemos: TUDO SOBRE O HOMEM QUE DESCOBRIU TUDO SOBRE O HOMEM. Logo abaixo um aviso: Até 15 de julho no MASP.
A propaganda erra aqui em dois pontos. Primeiro, a hágio-exposição DARWIN não diz TUDO SOBRE O HOMEM QUE DESCOBRIU TUDO SOBRE O HOMEM. Ela tenta tão-somente reconstituir alguns aspectos da vida do naturalista inglês. Segundo, Darwin não DESCOBRIU TUDO SOBRE O HOMEM. Descobriu tão-somente o óbvio ululante: o mais apto sobrevive. Não disse até hoje como surgiu o mais apto. Esta louvaminhice, que carinhosamente chamo aqui de beija-mão e beija-pé de Darwin, tenta elevar sua teoria ao status de THEORIA PERENNIS. Não existe isso em ciência. Além do que, desde 1859 as evidências encontradas na natureza não apóiam suas especulações transformistas sobre a origem e a evolução da vida. O MYSTERIUM TREMENDUM ainda continua MYSTERIUM TREMENDUM.
Logo abaixo lemos em letras douradas: DARWIN DESCUBRA O HOMEM E A TEORIA REVOLUCIONÁRIA QUE MUDOU O MUNDO. Uau! Duas coisas me vêm à mente aqui: Darwin ainda continua um reles desconhecido entre a população, apesar da máquina oleada com o nosso suado dinheiro público ensinando a visão científica monolítica e dogmática sobre a origem e a evolução da vida, quando eles mesmos já estão pensando “recauchutar” a teoria geral da evolução: DARWIN 3.0 em 2010 porque DARWIN 1.0 e DARWIN 2.0 foram apenas tentativas epistêmicas pífias. Elas ficaram muito mais no “wishful thinking” do EMPIRICA, EMPIRICE TRATANDA.
Quanto à TEORIA REVOLUCIONÁRIA QUE MUDOU O MUNDO eu concordo plenamente: as idéias têm conseqüências. Mesmo as idéias científicas. Se o mundo mudou após Darwin, mudou sim, pra pior. Darwin nos deu a eugenia, uma “inocente” política de saúde pública para “melhorar a raça humana” (o nome moderno hoje é bioengenharia), mas também nos deu o HOLOCAUSTO das “raças inferiores” com as práticas genocidas mais hediondas de títeres como Stálin, Hitler e mais recentemente Pol Pot. Darwin impediu o avanço da ciência. Desde 1859. O caso mais recente: algumas regiões do DNA foram consideradas como “DNA lixo” sem nenhuma função. Hoje sabemos que não é assim, mas levou pelo menos duas décadas para se livrar da camisa-de-força epistemológica darwiniana para poder enxergar TELEOLOGIA naquela região. Você não verá isso nesta hágio-exposição. Os darwinistas são useiros e vezeiros em “reescrever” a hagiografia de Darwin: “O QUE DARWIN TEM DE BOM, A GENTE MOSTRA. O QUE DARWIN TEM DE RUIM, A GENTE ESCONDE”.
Esta bem elaborada peça publicitária me diz duas coisas: a hágio-exposição tem sido até aqui um fracasso de público ou Darwin é tão-somente figura importante no Brasil para uma pequena, mas poderosa parcela da população que domina sobre corações e mentes: a Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquim. Eu ainda não fui visitar esta hágio-exposição. Explico. Estou esperando alguém, um historiador da ciência, por exemplo, apontar os seus vários erros historiográficos. Antes do dia 15 de julho eu vou lá, e depois conto a HISTÓRIA que eles não ousam dizer o nome: CULTO À PERSONALIDADE. Os ídolos foram feitos para a destruição. Quem será o Finéias de Darwin?
Concluindo, eu não poderia deixar de mostrar com a maior satisfação aos mais de 45.000 visitantes deste blog a nossa peça publicitária mostrando realmente o que está acontecendo com Darwin diante dos grandes avanços da ciência que a Nomenklatura científica e a GMT são reticentes em abordar.