“É oficial, os homens têm QIs mais altos do que as mulheres”. Incrivelmente, isso foi uma manchete verdadeira semana passada. Algumas outras foram um pouco mais objetivas, mas não se engane: o estudo mais recente por um nacionalista branco J. Philippe Rushton (um 'fellow' da AAAS – a Sociedade para o Avanço da Ciência do Tio Sam) será usado (como ele talvez tenha planejado) para “provar” a superioridade masculina via darwinismo. A história de hoje no Daily Mail apregoou a “batalha dos sexos” e citou Rushton fazendo a afirmação ridícula de que os homens são mais inteligentes do que as mulheres:
Ele afirma que o fenômeno do ‘telhado de vidro’ é, provavelmente, devido à inteligência inferior, em vez de discriminação ou falta de oportunidade.
Segundo Rushton, a evolução tem a chave para explicar as diferenças que ele vê entre os homens e as mulheres:
Pensa-se que a diferença possa ser datada lá da Idade da Pedra, com as mulheres procurando os homens mais inteligentes do que elas numa tentativa de passar adiante os melhores genes para os seus filhos.
"Algumas pessoas têm sugerido que isso evoluiu porque as mulheres preferem os homens mais inteligentes do que para serem seus maridos", disse o professor.
Devido ao chauvinismo espalhafatoso e indefensável de Rushton, muitos vão desconsiderá-lo como sendo um excêntrico, uma aberração que utiliza mal a autoridade da teoria de Darwin a fim de apoiar sua agenda.
Na verdade, este é apenas o exemplo mais recente de uma longa tradição de darwinistas que afirma que a ciência apóia o sexismo deles, uma linhagem que se reporta ao próprio Darwin.
Para Darwin, foi um ponto de vista genético errado que o levou afirmar no seu livro The Descent of Man que “os caracteres assim ganhos terão sido transmitidos mais plenamente para a descendência masculina do que a feminina”. É uma história interessante, mas uma sem nenhum crédito científico. Darwin nunca entendeu como que as características genéticas eram herdadas. Nós ainda não a entendemos plenamente, mas nós sabemos que os filhos recebem características dos pais, refutando qualquer teoria de seleção sexual que admita o contrário.
A falta de dados apoiando sua teoria de seleção sexual não parou a imaginação de Darwin, ou o seu sexismo, de ir além da ciência. A próxima sentença declara isso imediatamente:
Assim, finalmente o homem se tornou superior à mulher.
Espera-se que a recente misoginia de darwinistas como Rushton irá alertar as mulheres da misoginia passada do próprio Darwin. Se já houve alguma ocasião ou razão para as mulheres rejeitarem Darwin, é agora.
Postado por Anika Smith em 15 de setembro de 2006 3:36 PM