Nas pesquisas que realizo atualmente sobre a controvérsia entre Mivart e Darwin, tenho achado algumas coisas muito interessantes sobre Darwin e os demais atores. Há, contudo, uma declaração de C.D. Darlington, geneticista evolucionista, que me deixou e deixa bastante intrigado: "... há um sentimento natural (entre os cientistas) de que uma das maiores de nossas figuras [Darwin] não deva ser dissecada, pelo menos por um de nós". [1] Por que Darwin tem que ser dissecado por outros fora da Biologia? Qual a razão de 'blindar' Darwin de quaisquer críticas?
Depois do que li no blog Uncommon Descent o artigo "Was Blyth the true scientist and Darwin merely a plagiarist and charlatan?", fiquei com uma baita pulga na orelha – seria Darwin um reles charlatão plagiador? Seria Edward Blyth quem pensou primeiro sobre a "seleção natural"? Darwin 'roubou' a idéia de Blyth, um criacionista?
Deixo com os leitores e outros interessados nesta controvérsia que leiam, não somente o blog de William Dembski, Denyse O'Leary e amigos, mas todos os artigos de Andrew J. Bradbury e tirem suas conclusões.
A historiografia [ou é hagiografia?] de Darwin vai ter que responder a essas sérias questões onde a integridade moral de Darwin é colocada em cheque.
A tese de Loren Eiseley (1907-1977), é intrigante, mas foi sutilmente esquecida pelos historiadores. Por quê? Afinal de contas, Eiseley, além de evolucionista, foi chefe do Departamento de Antropologia na Universidade da Pensilvânia, presidente do Instituto Americano de Paleontologia Humana antes de se tornar reitor daquela universidade: um 'scholar' excelente. Ele publicou vários livros sobre Darwin: Charles Darwin, Darwin’s Century, e Darwin and the Mysterious Mr. X: New Light on the Evolutionists.
Fui, com uma baita pulga na orelha...
[1] "... there is a natural feeling (among scientists) that one of the greatest of our figures should not be dissected, at least by one of us", citado in Darwin and the Mysterious Mr. X, Loren Eiseley, Londres, J. M. Dent & Sons,1979.