Os céticos sofisticados contra Darwin – Parte 1

sábado, janeiro 28, 2006

O Movimento do Design Inteligente
Baseado no livro Doubts about Darwin de Thomas E. Woodward, Ph. D. e escritos de outros teóricos do MDI

INTRODUÇÃO
A idéia de design é muito antiga - desde os tempos de Sócrates e Platão, [1] e o termo “design inteligente” como alternativa ao processo evolutivo cego e aleatório darwinista foi usado em 1897 por F.C.S. Schiller, erudito da Oxford University, num ensaio intitulado Darwinism and Design Argument. Ele afirmou: “não será possível excluir a suposição de que o processo da Evolução possa ser guiado por um design inteligente”. [2]
Mais recentemente durante as últimas décadas, as descobertas em física, astronomia, teoria da informação, bioquímica, genética e disciplinas afins forneceram as bases para o desenvolvimento da moderna Teoria do Design Inteligente [TDI]. Muitas dessas idéias centrais já estavam sendo articuladas por cientistas e filósofos da ciência no começo dos anos 80 do século 20.
Este presente estudo histórico visa discorrer sobre uma dissensão científica contra Darwin desde os anos 60 do século 20, seus principais atores e de como surgiu o Movimento do Design Inteligente [MDI] contemporâneo nos Estados Unidos.
Ao contrário do veiculado na Grande Mídia [GM] e negado pela Academia, existe sim uma controvérsia e dissensão científicas sobre a validade da teoria geral da evolução (processos macroevolutivos). A TDI se apresenta como a melhor inferência às evidências encontradas na natureza para explicar a origem e a evolução do universo e da vida.
1 – Rumores de Dissensão Científica contra Darwin no Século 20
As primeiras indicações de uma dissensão científica contra Darwin começaram com o Wistar Symposium [Simpósio Wistar] realizado no centro de pesquisas Wistar Institute da Universidade da Pensilvânia, em julho de 1966, em resposta às descobertas de Murray Eden e seus colegas.
Em 1965, Murray Eden, então professor de engenharia elétrica no MIT – Massachusetts Institute of Technology, juntamente com o matemático francês Marcel Paul Schutzenberger (1920-1996), membro da Academia Francesa de Ciência, e outros, começaram a modelar a seleção natural de mutações aleatórias usando a teoria da probabilidade.
Após muitas tentativas de modelar o mecanismo darwiniano positivamente, este grupo de pesquisadores ficou surpreso com os resultados consistentemente negativos. Eles experimentaram novos algoritmos e isso só aumentou a frustração e o ceticismo deles da noção de ‘aleatoriedade’ nas mutações como matéria prima da evolução.
Esse ceticismo do mecanismo mutação-seleção natural chegou ao conhecimento de eminentes biólogos evolucionistas. Em questão de meses foi agendada uma reunião com a presença de diversos cientistas darwinistas para discutirem o problema com o grupo de Eden. [3]
No seu discurso de abertura, Sir Peter Brian Medawar, [4] prêmio Nobel em Medicina (1960), reconheceu a existência de um amplo sentimento de ceticismo sobre a questão do acaso na evolução, sentimento este que ele bem definiu como: “algo está faltando na teoria ortodoxa”. [5]
D. S. Ulam, matemático, argumentou ser altamente improvável que o olho pudesse ter evoluído pelo acúmulo de pequenas mutações, pois o número de mutações seria tão imenso e o tempo disponível não seria bastante suficiente para que elas surgissem.
Medawar disse que os matemáticos estavam pensando ao contrário na sua avaliação científica. Ele salientou que o olho tinha evoluído e que esta questão simplesmente não era considerada duvidosa.
O problema da plausibilidade de o olho não ter evoluído foi considerado como sendo devido a erros ou lapsos nas equações dos matemáticos. O biólogo Ernst Mayr, da Harvard University, disse: “De algum modo ou de outro, ajustando estes resultados, nós vamos nos sair bem. Nós nos confortamos com o fato de que a evolução [do olho] aconteceu”. [6]
Os dois grupos de cientistas foram extremamente sensíveis quanto à conexão e percepção dos alegados defeitos do neoDarwinismo como sendo criacionismo. Schutzenberger, cético, disse: “Há uma lacuna considerável na teoria neodarwinista da evolução, e nós cremos que esta lacuna é de tal natureza que uma conexão não pode ser feita dentro da atual concepção da biologia”.
C. H. Waddington, darwinista, replicou: “O seu argumento é simplesmente que a vida deve ter surgido por criação especial”. Schutzenberger e outros cientistas responderam “Não”! [7]
A reunião no Wistar Institute, em termos retóricos, resultou num ‘beco sem saída’, mas deixou um documento importante para a história da ciência biológica: Mathematical Challenges to the Neo-Darwinian Interpretation of Evolution: as objeções contra os mecanismos darwinistas eram feitas agora em termos matemáticos e empíricos.
Não foram apenas os matemáticos os únicos céticos a levantar tais questões nos anos 60 do século 20. Em 1969, o jornalista e filósofo britânico Arthur Koestler organizou o Alpbach Symposium [Simpósio Alpbach] Beyond Reductionism [Além do Reducionismo] com “o expresso propósito de reunir biólogos críticos do Darwinismo ortodoxo”. [8]
Koestler convidou apenas “personalidades na vida acadêmica com autoridade inquestionável nas suas áreas respectivas que, no entanto, compartilham desse santo descontentamento”. [9] Koestler escreveu um livro com o mesmo título provocador do simpósio: Beyond Reductionism. [10]
Este antievolucionismo científico nem sempre questionou a macroevolução, mas sempre atacou o mecanismo de mutação e seleção natural. O exemplo mais importante deste gênero é o livro L’Evolution du Vivant[11] do renomado zoólogo francês Pierre Grassé. Não tendo um substituto detalhado para o mecanismo de Darwin, Grassé sugeriu apenas que “fatores internos misteriosos” nos organismos os capacitam a evoluir em complexidade e diversidade e que somente os fósseis podem lançar a luz definitiva sobre a história da evolução .
Ele concluiu o seu livro de maneira inusitada e provocadora: “É possível que neste domínio, a biologia, impotente, dê lugar à metafísica”.
Theodosius Dobzhansky, biólogo da Columbia University, um dos fundadores do neoDarwinismo e considerado o pai da genética moderna, escreveu uma resenha respeitosa, mas resistente a Grassé:
“Postular que a evolução é ‘orientada’ por alguma força desconhecida não explica nada... Mas rejeitar o que é conhecido e apelar para alguma futura descoberta misteriosa que possa explicar tudo, é contrário ao conceituado método científico”.
Dobzhansky resumiu assim o livro de Grassé:
“O livro de Grassé é um ataque frontal a todos os tipos de Darwinismo. O propósito dele é de ‘destruir o mito da evolução, como um fenômeno simples, entendido e explicado’, e demonstrar que a evolução é um mistério sobre o qual pouco é, e talvez possa ser, conhecido”.
Apesar de discordar, Dobzhansky demonstrou respeito pelo caráter e reputação científica de Grassé:
“Ora, alguém pode discordar de Grassé, mas não ignorá-lo. Ele é o mais distinto dos zoólogos franceses, o editor de 28 volumes do Traité de Zoologie, autor de numerosas investigações originais, e ex-presidente da Academia de Ciência. O seu conhecimento do mundo vivo é enciclopédico”. [ênfase adicionada] [12]
Esse conhecimento enciclopédico de biologia por Grassé pesou muito na consideração do seu forte ceticismo sobre o papel da seleção natural na macroevolução.
Foi em 1962 que surgiu um livro que foi lido, citado, discutido, debatido e amplamente aplicado em várias áreas do conhecimento humano por historiadores, filósofos e cientistas: A Estrutura das Revoluções Científicas de Thomas Kuhn. [13] Neste livro, Kuhn desmanchou a visão tradicional de que a ciência era estável, gradualmente progressiva e estritamente objetiva. A obra de Kuhn surgiu justamente numa época em que ocorriam os primeiros ataques sofisticados contra o Darwinismo.
As idéias de Kuhn faziam claramente parte de uma sinergia de críticas científicas e de modos de questionamentos diferentes que tornou possível o que antes era impensável - a imagem do paradigma darwinista como uma fase prolongada, mas passageira e cheia de um fenômeno kuhniano: um paradigma em crise ‘esconde as suas anomalias’.
O Darwinismo que antes era considerado o ‘paradigma final’ da evolução que apenas podia ser estendido, preenchido e refinado, pela visão kuhniana, pode agora ser superado.
Grassé disse que a evidência dos fósseis reina suprema na demonstração do que realmente ocorreu na evolução, mas desde os dias de Darwin os paleontólogos têm buscado em vão a confirmação dessa história.
O problema da ausência persistente de gradualismo nas séries de fósseis levou Niles Eldredge (Curador de Invertebrados no Museu Americano de História Natural) e Stephen Jay Gould a elaborarem nos anos 70 do século 20 um novo modelo de mudança evolutiva chamado de equilíbrio pontuado:
“A extrema raridade de formas transicionais no registro fóssil persiste como o negócio secreto da paleontologia. As árvores genealógicas que adornam nossos livros-texto têm dados somente nas extremidades e nódulos de seus galhos; o resto é inferência, por mais que razoável, não é a evidência dos fósseis... Eu não quero de nenhuma maneira impugnar a validade potencial do gradualismo. Eu somente quero destacar que isso nunca foi ‘visto’ nas rochas”.[14] [ênfase inexistente]
O que antes era o negócio secreto da paleontologia Gould tornava público:
“... a história da maioria dos fósseis das espécies inclui duas características inconsistentes com o gradualismo: (1) Estase. A maioria das espécies não exibe mudança direcional durante a sua existência na Terra. Elas aparecem no registro fóssil parecendo muito semelhantes quando desapareceram; a mudança morfológica geralmente é limitada e sem direção. (2) Surgimento abrupto. Em qualquer área local, uma espécie não surge gradualmente pela transformação constante de seus ancestrais; ela aparece de uma vez e ‘plenamente formada’”. [15]
A proposta do equilíbrio pontuado de Eldredge e Gould foi uma solução revolucionária e conservadora. Modestamente revolucionária porque, contra Darwin, argumentavam que a porção significante da evolução não ocorre na transformação gradual de populações grandes e centrais, mas rapidamente em saltos evolutivos nas populações pequenas e isoladas em milhares de anos em vez de milhões de anos.
Com a teoria do equilíbrio pontuado de Eldredge e Gould tornou mais fácil elaborar um caso cogente contra a macroevolução, embora isso não fosse a idéia que eles quiseram encorajar. O reconhecimento desta anomalia significante - a descontinuidade das formas biológicas - iniciou um processo conceitual de crise kuhniana na biologia evolutiva.
Outras manifestações de ceticismo antidarwinista ocorreram antes de 1985 que ajudaram a moldar o terreno da retórica. Sir Fred Hoyle e Chandra Wickramasinghe argumentaram no livro Evolution from Space [16] que os processos aleatórios não poderiam ter formado a maquinaria bioquímica da célula, especialmente as enzimas.
Eles chegaram a esta conclusão após terem calculado essa probabilidade: seria 1 em 1040.000. Embora tenham proposto uma hipótese esdrúxula de panspermia, [17] eles afirmaram:
“A teoria de que a vida foi organizada por uma inteligência tem, nós cremos, uma probabilidade muito maior do que 1 em 1040.000 de ser a explicação correta dos muitos fatos discutidos em capítulos precedentes... As especulações do [livro] Origem das Espécies se mostraram errôneas... É irônico que os fatos científicos derrubem Darwin mas deixam William Paley, uma figura de deboche para o mundo científico há mais de um século, ainda no torneio com uma chance de ser o vencedor definitivo”. [18]

Uma linha cética mais prudente veio de Colin Patterson, do Museu Britânico. Já em 1981 ele era conhecido pela sua reputação de livre pensador herético na sua área de cladística [a taxonomia das espécies e outros grupos]. [19] Em 1981 este evolucionista agnóstico niilista ia de conferência em conferência fazendo a famosa pergunta embaraçosa aos cientistas:
“Vocês podem me dizer uma coisa que vocês sabem sobre a evolução, absolutamente qualquer coisa que seja verdadeira? Eu tentei essa pergunta com a equipe de geologia do Museu Field de História Natural e a única resposta que eu obtive foi silêncio. Eu a tentei com os membros do seminário de Morfologia Evolutiva na Universidade de Chicago, um corpo muito prestigiado de evolucionistas, e tudo que eu consegui lá foi silêncio por um longo tempo e eventualmente uma pessoa disse ‘Eu sei uma coisa - não deve ser ensinada no ensino médio’”. [20]

Apesar da fama que a experiência de Miller-Urey ganhou em 1953 e de aparecer até hoje em livros-texto de biologia, a teoria da evolução química se tornou uma área problemática após investigação interdisciplinar de químicos, biólogos, físicos, astrônomos, geólogos e geoquímicos para descobrir os caminhos pelos quais a natureza produziu os tijolos construtores da vida (nucleotídeos e aminoácidos) e a sua subseqüente ligação com cadeias de polímeros (proteínas, DNA e RNA) resultando em estruturas maiores e mais complexas chamadas de ‘protocélulas’.
Outro livro importante neste ceticismo sobre a origem e a evolução da vida é The Mystery of Life's Origin de Charles Thaxton, Walter Bradley e Roger Olsen. [21]

2 – A Crítica Secular Radical Antidarwinista de Michael Denton
Em 1985, Michael Denton, um bioquímico e médico britânico então desconhecido, publicou o livro Evolution: A Theory in Crisis [Evolução: Uma Teoria em Crise]. A tese radical desenvolvida por Denton é a inadequação epistêmica das idéias fundamentais da teoria da evolução de Darwin:
“Nenhum dos dois axiomas fundamentais da teoria macroevolutiva de Darwin - o conceito de continuidade na natureza... e a crença de que todo o design adaptivo da vida resultou de um processo cego aleatório - foram validados por uma única descoberta empírica ou avanço científico desde 1859”.[22]
Este livro de Denton serviu de ímpeto inicial, inspiração e razões do Movimento do Design Inteligente [MDI] nos Estados Unidos. Juntamente com o livro The Mystery of Life’s Origin, Denton praticamente estabeleceu o modelo retórico de valores, estilos de comunicação, propósitos, perspectivas e pressuposições do que veio a ser o genre retórico do Design.
A tese de Denton é construída em três etapas:
(1) ele estabelece a divisão entre as duas teorias de Darwin (‘teoria especial’ de especiação, chamada de ‘microevolução’ e da ‘teoria geral’ da evolução de todas as formas de vida a partir de um ancestral comum, chamada de ‘macroevolução’). Darwin já havia feito esta distinção no Origem das Espécies;

(2) Uma feliz concessão a Darwin de que a modesta teoria da microevolução tem boa razão de ser aceita por todos os biólogos e o público, mas adverte ser ilegítimo extrapolar a macroevolução da microevolução, cap. 4;


(3) Sujeitar a teoria da macroevolução de Darwin à investigação empírica: taxonomia, homologia, fósseis, morfologia hipotética de intermediários, análise estatística de processos de busca aleatória (caps. 5-9, 13), biologia molecular (caps. 11-12), a origem da vida e a evidência de seqüências de aminoácidos em proteínas.

Esses capítulos questionam duas pedras fundamentais darwinianas de macroevolução - o mecanismo (seleção de mutações aleatórias) e o fenômeno da ‘continuidade biológica’ (a interconexão das coisas vivas numa linhagem contínua de descendência. Denton pergunta: Há evidência empírica de transições, ou nós plausivelmente podemos reconstruir uma série de intermediários hipotéticos?
Com esses questionamentos, Denton avança para uma tese central radical: A macroevolução - o contínuo desenvolvimento evolutivo através da seleção de mutações aleatórias - não é apoiada por descobertas em qualquer área da biologia. A teoria não é apoiada por evidência empírica nem por experimentos conceituais, isto é, por tentativas de se reconstruir caminhos evolutivos plausíveis.
A pergunta que alguns na Academia não querem que seja feita, e que a GM não divulga, é: Se é este o verdadeiro estado da evidência, por que a comunidade científica diz ao público que a teoria de Darwin não é mais uma TEORIA, mas um FATO?
No seu último capítulo, Denton tenta responder esta pergunta apresentando a segunda tese importante, com um corolário kuhniano: É a ‘prioridade do paradigma’ que torna esses problemas e anomalias darwinianas invisíveis. Ele conclui que enquanto não surgir uma teoria naturalista melhor do que o paradigma de Darwin, ele deve ser e será considerado como verdade científica.
Denton desenvolveu no seu livro a lógica anti-narrativa. São dois tipos distintos de anti-narrativas. A primeira subverte e inverte a história ortodoxa da ascensão do Darwinismo, mudando de um triunfo da verdade para o mergulho numa nova Idade das Trevas, a tirania do dogma que entorpece as mentes: a teoria darwinista se transformou num axioma auto-evidente que não há necessidade de prova.
Nesta anti-narrativa histórica revisionista, antigos dissidentes são mencionados - Cuvier, Owen, Agassiz e Pictet, e mais recentes como Goldschmidt e Hoyle. Denton salienta que o criticismo deles, empiricamente baseados, nunca foi respondido satisfatoriamente.
A outra narrativa é a ‘narrativa da história da ciência’ (cap. 3). Aqui Denton mostra como que a teoria de Darwin se transformou ao longo do tempo em um dogma incontestável:
“Ao passar dos anos após a revolução darwiniana, e assim que a evolução se tornou mais e mais consolidada em dogma, a gestalt da continuidade impôs-se em cada faceta da biologia. As descontinuidades da natureza não podiam mais ser percebidas. Conseqüentemente, o debate ficou inativo e havia menos necessidade de justificar a idéia da evolução pela referência aos fatos”.[23]
Uma dissensão contra Darwin se torna "por definição irracional e especialmente irritante se os dissidentes afirmarem estarem apresentando uma crítica racional". Denton acrescenta: "É irônico refletir isso enquanto que Darwin considerou uma vez ser herético questionar a imutablilidade das espécies, hoje em dia é herético questionar a idéia da evolução".
Denton finaliza este capítulo com uma citação de Paul Feyerabend sobre o poder do dogma metafísico em modelar a imagem da verdade, onde "a estabilidade atingida, a aparência de verdade absoluta, é nada a não ser o resultado de um conformismo absoluto". Essa verdade funciona como mito, e "o mito é, portanto, de nenhuma relevância objetiva, ele continua a existir somente como resultado do esforço da comunidade de crentes e dos seus líderes, sejam esses agora sacerdotes ou ganhadores do prêmio Nobel. O seu 'sucesso' é inteiramente fabricado pelo homem". [24]
Todavia, Denton considera que a teoria “ainda é, como no tempo de Darwin, uma hipótese altamente especulativa completamente sem apoio direto concreto e muito distante daquele axioma auto-evidente que muitos dos seus mais agressivos defensores gostariam que nós acreditássemos”. [25]
Um fato digno de menção é que o livro Evolution: A Theory in Crisis influenciou um número expressivo de professores universitários americanos que se tornaram céticos de Darwin - um deles iniciou o MDI: Phillip Johnson.

Notas:

[1] Vide Xenophon, Memorabilia of Socrates, Book I, chapter 4; Plato, The Laws, Book X.
[2] SCHILLER, F.C. S., “Darwinism and Design Argument,” in Schiller, Humanism: Philosophical Essays (Nova
York: The Macmillan Co., 1903, p. 141. Este ensaio foi primeiramente publicado no Contemporary
Review em junho de 1897.
[3] MOORHEAD, P. S. e KAPLAN, M. M., eds. Mathematical Challenges to the Neo-Darwinian Interpretation of
Evolution (Filadélfia: Wistar Institute Press, 1967)
[4] Medawar nasceu no Brasil, mas nunca optou pela nacionalidade brasileira. Seria o nosso primeiro laureado com o Prêmio Nobel.
[5] MOORHEAD, P. S. e KAPLAN, M. M., op. cit. vol. 5 p. xi.
[6] Ibid.
[7] Ibid.
[8] Outros eminentes participantes: Holgar Hyden (neurobiólogo), Paul Weiss e W. H. Thorpe (zoólogos), David McNeil (lingüista) e Jean Piaget (psicólogo e educador).
[9] KOESTLER, Arthur. Beyond Reductionism. Londres: Hutchinson & Co. Ltd., 1969, p. 2
[10] KOESTLER, Arthur. Beyond Reductionism. Londres: Hutchinson & Co. Ltd., 1969
[11] Traduzido em inglês como Evolution of Living Organisms. Nova York: Academic Press, 1977.
[12] Citado por Phillip Johnson in Darwin on Trial, Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1993, 2a. ed., p. 174-75.
[13] KUHN, Thomas. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva, 1998, 5a. ed.
[14] GOULD, Stephen Jay. The Panda’s Thumb. Nova York: W. W. Norton, 1980.
[15] Ibid, in The Episodic Nature of Evolutionary Change, p. 182.
[16] HOYLE, Fred e WICKRAMASINGHE, Chandra. Evolution from Space. Londres: J. M. Dent, 1981.
[17] Ibid. A especulação absurda de Hoyle é de que uma inteligência alienígena habitou dissimuladamente na Terra em forma de numerosas espécies de insetos.
[18] Ibid, p. 96.
[19] Vide Evolution: A Theory in Crisis, de Michael Denton, p. 138-139.
[20] Esta palestra foi gravada sem o consentimento de Patterson, mas numa entrevista com o jornalista Tom Bethell ele reafirmou esta sua posição. Vide Deducing from Materialism in National Review, 29 de agosto de 1986, p. 43.
[21] THAXTON, Charles, BRADLEY, Walter e OLSEN, Roger. The Mystery of Life's Origin. Nova York:
Philosophical Library, 1984. Este livro é considerado o ponto inicial do MDI. Edição esgotada.
[22] DENTON, Michael Denton. Evolution: A Theory in Crisis. Bethesda, MD: Adler & Adler, 1986, p. 345.
[23] Ibid, p. 74.
[24] FEYERABEND, Paul. Problems of Empiricism in Beyond the Edge of Certainty, R. G. Colodny, 1965, p. 176.
[25] Ibid, p. 77.