Quando o assunto é o questionamento da teoria geral da evolução de Darwin, mesmo que esse questionamento seja científico, a primeira coisa que os ultradarwinistas tentam fazer é desqualificar os oponentes e identificá-los imediatamente como sendo criacionistas. Não contentes com isso, tentam cercear a livre circulação desse questionamento. Exemplo maior disso é o artigo ‘camisa-de-força’ de Abramo - Contra a liberdade indiscriminada de expressão publicado no Observatório da Imprensa.
Desde a sua primeira intervenção, Abramo não respondeu a contento aos problemas levantados, tentou desqualificar este Autor do debate científico e se fez de vítima do obscurantismo epistemológico. A teoria da evolução não é, como afirmou Abramo, uma “...explicação...[entre as disponíveis] a mais simples”. Ela é uma das teorias científicas mais complicada e complexa (uma leitura mais aplicada do assunto leva a esta conclusão...) e “que nenhuma outra racionalmente aceitável se apresenta para tomar o seu lugar”. Há sim uma outra: design inteligente, mas Abramo, juntamente com a Nomenklatura científica (apesar de haver literatura científica de peso há mais de 20 anos propondo “design” como hipótese válida) já pontificou que ela não é racionalmente aceitável... Leia-se A caixa preta de Darwin, de Michael J. Behe, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
A liberdade de expressão é uma das maiores conquistas das sociedades democráticas. Juntamente com outros companheiros, lutei por ela na universidade durante os chamados ‘anos de chumbo’. Como a liberdade de expressão é uma das maiores conquistas de cidadania, não podia ficar calado diante da intimidação de ‘guarda-cancelas epistemológicos’. Vide Uma reação típica da Nomenklatura científica.