JC e-mail 4415, de 12 de Janeiro de 2012.
Foram necessários alguns séculos de equívocos acumulados para que médicos pendessem do dogmatismo para o ceticismo e aderissem a práticas amparadas por resultados mensuráveis. A essa pequena revolução deu-se o nome de medicina baseada em evidências.
Embora a evolução científica tenha melhorado a vida dos pacientes, seria ingenuidade acreditar que nos livramos de todos os erros e distorções que marcaram a história da medicina.
Como mostrou a mais recente edição do "British Medical Journal", as pesquisas clínicas, que fundamentam as escolhas dos médicos acerca de qual tratamento adotar para cada caso, repousam sobre bases bem mais frágeis do que gostaríamos de imaginar. Em uma série de análises sobre o tema, o "BMJ" deixa claro que a omissão de informações é sistemática e altera a conclusão de estudos que servem para aprovar a entrada de novas drogas no mercado.
Um dos levantamentos revisou o resultado de 41 trabalhos sobre novos fármacos. Os autores refizeram as conclusões dos testes incluindo dados de todos os pacientes do grupo inicial de estudo, mas que, por qualquer razão, haviam sido excluídos da análise final. Em apenas 7% dos casos o resultado encontrado foi igual ao original.
Antes que os mais apegados a teorias conspiratórias se levantem para denunciar o complô da indústria farmacêutica, é bom ressaltar que, na metade dos trabalhos reanalisados a inclusão dos dados produzia conclusões mais favoráveis à droga que as do estudo original. Daí não se depreende que laboratórios jamais procurem manipular estatísticas para promover seus remédios, mas apenas que estamos lidando com sistemas complexos, nos quais cada incremento de dado pode produzir mudanças no quadro geral.
Se queremos mesmo operar sob o paradigma da medicina baseada em evidências, é preciso exigir que todos os trabalhos envolvendo um novo medicamento sejam publicados acompanhados dos dados brutos da pesquisa, sem filtros. Em tese, isso permite que pesquisadores possam refazer o caminho passo a passo e eventualmente chegar a outras conclusões - como convém ao método científico.
Medidas com o intuito de promover a transparência vêm sendo adotadas já há alguns anos, mas com resultados frustrantes. E provavelmente as coisas continuarão assim, até que as principais agências reguladoras, em especial a FDA, dos EUA, passem a exigir a publicação completa e imediata dos dados numa base pública antes de licenciar os remédios. Pressionados pelos fabricantes, porém, os reguladores relutam em fazê-lo.
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NOTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:
A Folha de São Paulo vive uma relação incestuosa com a Nomenklatura científica, especialmente quando a questão é Darwin. Este blog afirma que a teoria da evolução de Darwin através da seleção natural e n mecanismos evolucionária não é corroborada no contexto de justificação teórica.
Por estar de rabo preso com o naturalismo filosófico, que posa como se fosse ciência, a FSP jamais publicará um editorial conclamando transparência no ensino da evolução baseado em evidências!!!
A Folha de São Paulo vive uma relação incestuosa com a Nomenklatura científica, especialmente quando a questão é Darwin. Este blog afirma que a teoria da evolução de Darwin através da seleção natural e n mecanismos evolucionária não é corroborada no contexto de justificação teórica.
Por estar de rabo preso com o naturalismo filosófico, que posa como se fosse ciência, a FSP jamais publicará um editorial conclamando transparência no ensino da evolução baseado em evidências!!!
E este jornal, que afirma estar a favor do Brasil e da educação, na verdade ESCAMOTEIA dos seus leitores o real status epistêmico de uma teoria científica considerada morta desde 1980. E nenhuma linha sobre a nova teoria da evolução - a SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA, que pelas montanhas de evidências negativas, não pode e não será selecionista e deve incorporar aspectos lamarckistas. Chupa essa, Darwin!!!