Mais um fóssil lança luz sobre a evolução humana. (Outros virão...)

sexta-feira, setembro 09, 2011

JC e-mail 4340, de 09 de Setembro de 2011.


Trabalhos publicados na ''Science'' reforçam tese de que hominídeo achado na África mistura traços primitivos e modernos.

Estudos publicados na última edição da Science reforçam a tese de que o Australopithecus sediba é um provável antepassado humano. Os fósseis do A. sediba foram descobertos na África do Sul em 2008 e anunciados à comunidade científica no ano passado.

Em 2010, foram aventadas duas hipóteses principais: o A. sediba poderia ser um autêntico antepassado do Homo erectus - ancestral do homem atual - ou só um simples galho morto da árvore evolutiva humana - ou seja, uma linha evolutiva que não deu origem ao gênero Homo.


Um dos estudos publicados na Science mostra que o fóssil é mais antigo do que se pensava. Em 2010, os cientistas estimaram que ele teria de 1,78 milhão a 1,95 milhão de anos, o que reduzia as chances de ser um ancestral humano, pois tornava sua existência contemporânea aos registros mais antigos do gênero Homo.

Com base na datação de pedras existentes no sítio arqueológico, os cientistas mostraram que os fósseis - um garoto de 13 anos e uma mulher adulta - viveram entre 1,977 e 1,980 milhão de anos atrás: intervalo de apenas 3 mil anos, precisão espantosa para um achado paleontológico. Os cientistas analisaram traços que denunciavam mudanças no campo magnético da Terra nesse mesmo período.

"É difícil encontrar fósseis tão bem conservados", afirma o brasileiro Andre Strauss, do Instituto Max Planck, na Alemanha. "O propósito dos autores é claro: apresentar o A. sediba como um provável elo entre os gêneros Australopithecus e Homo. Foram convincentes."

Os demais estudos da Science analisaram a mão, a pélvis e o crânio do fóssil de 13 anos. Os resultados reforçam a tese das características intermediárias do A. sediba, entre o Australopithecus africanus e o gênero Homo. "Nosso estudo indica que o A. sediba é um ancestral mais provável para o H. erectus, preenchendo um vazio na árvore evolutiva humana", afirma Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul.

(O Estado de São Paulo)
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NOTA DESTE BLOGGER:

Não sou profeta e nem filho de profeta, mas o que está sendo alardeado do Australopithecus sediba terá o mesmo destino que teve o Ardipithecus Ramidus, mais conhecido como Ardi: não era o que foi anunciado com estardalhaço midiático pela revista Science, apesar de 17 anos de pesquisas!!! Vide artigo da Scientific American - Brasil.

Interessante que isso foi anunciado em 2009. Nós estamos em 2011, muita gente já se esqueceu, e lá vem a revista Science de novo com mais um ardil, oops mais um fóssil a lançar luz sobre as nossas densas trevas da evolução humana??? Eu? Não fiquei nem um pouco impressionado com o Sediba. Este macaco vai cair do galho em seguida, assim como Ardi. Quem viver, verá!!!