Simplesmente ridículo!!! É coisa de gente que parece não ter o que fazer. Além de gastar o nosso suado dinheirinho dos impostos...
Como será que o Fritz Müller vai 'receber' o diploma??? Ectoplasmicamente??? [Meus amigos espíritas que me perdoem].
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JC e-mail 3844, de 09 de Setembro de 2009.
18. UFSC aprova concessão do título de Doutor Honoris Causa ao naturalista Fritz Muller
Apesar de ser considerado um dos maiores naturalistas do século XIX, Fritz Müller permanece ainda pouco conhecido. Naturalizado brasileiro, o cientista viveu em Santa Catarina de 1852 até a sua morte, em 1897
O Conselho Universitário da UFSC aprovou nesta terça-feira, 8 de setembro, a concessão do título de Doutor Honoris Causa a Fritz Müller. O título será entregue a um descendente do naturalista na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), que será realizada de 21 a 24 de outubro.
A solicitação, encaminhada ao Conselho Universitário por pesquisadores do Centro de Ciências Biológicas, destaca que o ano de 2009 marca os 200 anos de nascimento de Charles Darwin e os 150 anos da publicação de seu livro ´A Origem das Espécies'.
Considerada uma das mais influentes obras intelectuais da humanidade, o livro de Darwin (e particularmente suas subseqüentes reedições) foi também o resultado do constante intercâmbio de idéias entre Charles Darwin e cientistas de todo o mundo. Entre eles, o naturalista Fritz Müller.
Naturalizado brasileiro, Johann Friedrich Theodor Müller viveu em Santa Catarina de 1852 até a sua morte, no ano de 1897. "Herdamos dele uma obra científica de inestimável valor, tanto na área da evolução quanto da ecologia, zoologia e botânica, resultado de décadas de observações e estudos por ele realizados na Mata Atlântica e no litoral catarinense", destacam pesquisadores da UFSC no pedido de concessão do título.
A homenagem leva também em conta que, apesar de ser considerado um dos maiores naturalistas do século XIX (assim como Charles Darwin, Ernst Haeckel, e Thomas Huxley), Fritz Müller permanece ainda muito pouco conhecido na comunidade científica brasileira.
"Considerando a grande importância das contribuições de Fritz Müller para a Ciência Mundial e que grande parte de seu trabalho foi desenvolvido na Ilha de Santa Catarina, acreditamos que a concessão desta honraria, mesmo que tardia, é uma forma de reconhecimento da UFSC ao relevante trabalho deste eminente naturalista que colocou o Brasil e Santa Catarina no panorama científico do primeiro mundo no século XIX.", ressaltam na exposição de motivos encaminhada ao Conselho Universitário os professores Margherita Barracco, Josefina Steiner, Alberto Linder e Mário Steindel, todos integrantes de laboratórios do Centro de Ciências Biológicas da UFSC.
Legado
Fritz Müller deixou um gigantesco legado naturalístico, abrangendo tanto a flora como a fauna da região Sul do Brasil. Identificou e descreveu, pela primeira vez, com notável perfeição, um número enorme de espécies de invertebrados marinhos, de água doce e terrestres, além de plantas da região subtropical, sempre enriquecendo suas descrições com magníficas ilustrações de incrível detalhamento.
Dentre o legado faunístico, destacam-se crustáceos, abelhas brasileiras (principalmente as sem ferrão), insetos tricópteros, mosquitos, cupins, formigas, borboletas e hemicordados entre outros. Em seu legado florístico, dedicou-se em especial às orquídeas e bromélias (estudando ainda as interações inseto-planta), plantas trepadeiras, com seus ramos modificados em gavinhas, movimentos de plantas e folhas.
Deixou cerca de 250 trabalhos científicos publicados em renomadas revistas científicas do século XIX. A quase totalidade das publicações de Fritz Müller foi reunida e organizada por seu primo-sobrinho, o micologista alemão Alfred Möller, abrangendo ensaios, artigos científicos, memórias e monografias, envolvendo tanto a zoologia quanto a botânica.
Trata-se de uma obra monumental, publicada em três grandes volumes (Alfred Möller, Fritz Müller: Werke, Briefe und Leben, 1815-1821), que garantiram que seu legado não fosse perdido. Cópia desta obra está hoje disponível no Arquivo Histórico de Blumenau e na Biblioteca do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
(Assessoria de Comunicação do UFSC)