Sarewitz ‘falou e disse’: consenso em ciência está em desacordo com o empreendimento científico vibrante

sábado, dezembro 31, 2011


“Só a ideia de que a ciência expressa melhor a sua autoridade através de declarações consensuais está em desacordo com o empreendimento científico vibrante. Consenso é para livros didáticos [*]; para o seu progresso a ciência real depende de contínuos desafios ao estado atual do sempre imperfeito conhecimento. A ciência forneceria melhor valor para política se articulasse o mais amplo conjunto de interpretações, opções e perspectivas plausíveis, imaginadas pelos melhores especialistas, em vez de forçar a convergência a uma voz supostamente unificada”.— Daniel Sarewitz, Nature 10/6/2011 

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“The very idea that science best expresses its authority through consensus statements is at odds with a vibrant scientific enterprise. Consensus is for textbooks; real science depends for its progress on continual challenges to the current state of always-imperfect knowledge. Science would provide better value to politics if it articulated the broadest set of plausible interpretations, options and perspectives, imagined by the best experts, rather than forcing convergence to an allegedly unified voice”.— Daniel Sarewitz, Nature 10/6/2011 

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[*] NOTA DESTE BLOGGER:

Nem em livros didáticos deve existir consenso. Afinal de contas, consenso é coisa de político, e político é uma classe no Brasil conhecida pela sua ávida corrupção e desmandos.

Livros didáticos sobre ciências devem ensinar ciências objetivamente e questionando as teorias através do contexto de justificação teórica! Não querer isso, como não quer a Nomenklatura científica, é ser igual ou pior do que os políticos corruptos! 

Em 2003 e 2005 apresentamos ao MEC/SEMTEC uma análise crítica de nossos melhores livros didáticos de Biologia do ensino médio, destacando duas fraudes e várias distorções de evidências científicas a favor do fato, Fato, FATO da evolução.

Nada foi feito publicamente pelo MEC/SEMTEC/PNLEM. Sei de dois autores, Amabis e Martho, que deixaram de usar as duas fraudes, mas não explicaram no seu livro novo as razões por que deixaram de utilizá-las. O nome disso é 171 Epistêmico, desonestidade acadêmica!