As mariposas de Manchester: quando a Nomenklatura científica vai reconhecer que cometeu erros???

domingo, setembro 09, 2007

Os nossos melhores autores de livros-texto de Biologia do ensino médio trazem as mariposas de Manchester (melanismo industrial) como “o melhor exemplo de evolução em ação diante de nossos olhos”. Nada mais falso, e os autores sabem disso, e quando não mais utilizaram o exemplo em edição posteriores (p. ex.: Amabis e Martho) não tiveram a ética suficiente para reconhecerem publicamente que utilizaram uma pesquisa questionável (fraude???) para fortalecer o fato, Fato, FATO da evolução.

Será que o MEC/SEMTEC/PNLEM observou isso nos livros didáticos aprovados para 2007??? Eu ainda não tive a oportunidade de verificar isso. Quando fizer, publico algo a respeito.

Volta e meia vem um cientista evolucionista tentando “ressuscitar” as mariposas de Manchester (melanismo industrial) no contexto de justificação teórica. Exemplo mais recente é do geneticista Michael Majerus. [Nota subjetiva deste blogger: Por que os nomes de eminentes cientistas nesta questão é sempre Michael???].

Eu traduzido e publico a seguir, o texto do meu bom amigo David Tyler sobre esta mais nova tentativa de “ressurreição” de um cavalo morto, oops ícone do darwinismo:

O geneticista Michael Majerus tem um interesse bem antigo no melanismo, e especificamente o exemplo das mariposas de Manchester do melanismo industrial. Num encontro recente da Sociedade Européia de Biologia evolutiva em Uppsala, Suécia, ele relatou os experimentos que desenvolveu desde 2000 que foram planejados com uma metodologia mais rigorosa do que a que foi usada por Bernard Kettlewell nos anos 1950s. “Ele colocou mariposas pretas ou brancas em gaiolas cilíndricas sobre galhos ao anoitecer. Antes do raiar do dia, ele retirou as gaiolas, e contou quantas mariposas tinham desaparecidos subseqüentemente de seu lugar de repouso. Ele demonstrou que a seleção agora favorece as mariposas pálidas, com 21% delas comidas pelas aves, comparados com os 29% das mariposas pretas.”

É possível olhar criticamente na metodologia e nas estatísticas que lidam com a significância, mas isto somente qualifica as conclusões. Eu estou contente em aceitar que a evidência agora é mais forte, que há um diferencial de predação pelas aves. E onde isso nos leva?

As palavras conclusivas da palestra de Majerus são estas: “Se a ascensão e a queda das mariposas de Manchester é um dos exemplos mais visualmente impactante e mais facilmente compreensível de evolução darwiniana em ação, ele deve ser ensinado. Afinal de contas, ele fonece: A Prova da Evolução.”

Esta citação explica por que a questão ainda é importante: os darwinistas têm sempre procurado usar a história [N. deste blogger: estória, não seria o termo melhor???] das mariposas de Manchester como uma prova da evolução darwinista. Este é um ônus que não pode ser levado pela evidência. Mesmo com a nova metodologia aperfeiçoada de Majerus, nós temos um exemplo de seleção natural dentro da população das mariposas de Manchester com um diferencial de predação sendo o mecanismo causal. É um salto mental extraordinário partir disso para a origem de novidade, complexidade e novos planos corporais — que ainda continuam sendo os desafios centrais para qualquer teoria de transformação evolutiva.

De acordo com o relato, Majerus disse que a nova pesquisa irá “refutar conclusivamente as afirmações criacionistas.” É triste que Majerus e o repórter da revista Science não vejam isso como uma questão que deve ser enfrentada pelos cientistas. É cientificamente defensável encontrar um exemplo de seleção natural dentro de uma população de animal, e depois usar isso como uma evidência para a transformação evolutiva desde a primeira célula até à diversidade extraordinária de vida que nós encontramos na biosfera? Quando esta pergunta simples é respondida com uma negativa, então nós podemos ter um diálogo mais construtivo.

Enquanto isso, vamos ensinar a história das mariposas de Manchester, mas sem exagerá-la com o dogma darwinista. Kettlewell cometeu erros, e Majerus fez progresso ao corrigí-los. Mas Majerus tem um longo caminho a percorrer antes que ele possa abordar os verdadeiros erros que ainda permeiam o nosso sistema educacional.

A Última Palavra em Mariposas
Amostras Aleatórias
Science, 317, 7 de setembro de 2007, 1301.

Um professor da Universidade Cambridge completou a experiência de 6 anos com mariposas almiscaradas que ele diz deve refutar conlusivamente as afirmações criacionistas. [snip].

Vide também:

Nelson P. Michael Majerus: Peppered Moths DO Rest On Tree Trunks, And Incidentally, God Doesn’t Exist Uncommon Descent, 28 August 2007

E para “enterrar” de vez essa história da carochinha das mariposas de Manchester:

Wells, J. Exhuming the Peppered Mummy, Discovery Institute, August 30, 2007