John Burdon Sanderson Haldane (mais conhecido como J. B. S . Haldane), um dos gigantes do neodarwinismo (ateu e marxista) disse em 1963 (25 anos antes de o movimento do Design Inteligente entrar no cenário das idéias) que a inferência para “um organismo... produzido... por um agente natural ou sobrenatural, pelo menos tão inteligente quanto nós mesmos, e com muito mais conhecimento” somente pela evidência da natureza, mostra que o design inteligente é uma hipótese científica legítima:
“Se o organismo mínimo envolver não somente o código para uma ou mais proteínas, mas também vinte tipos de RNA solúveis, um para cada aminoácido, e o equivalente ao RNA ribossômico, nossos descendentes podem ser capazes de fazer um, mas nós devemos abandonar a idéia de que tal organismo poderia ter sido produzido no passado, exceto por um organismo semelhante preexistente ou por um agente, natural ou sobrenatural, pelo menos tão inteligente quanto nós mesmos, e com muito mais conhecimento”. [1]
NOTA:
[1] “If the minimal organism involves not only the code for its one or more proteins, but also twenty types of soluble RNA, one for each amino acid, and the equivalent of ribosomal RNA, our descendants may be able to make one, ut we must give up the idea that such an organism could have been produced in the past, except by a similar pre-existing organism or by an agent, natural or supernatural, at least as intelligent as ourselves, and with a good deal more knowledge.”
HALDANE, J.B.S., "Data Needed for a Blueprint of the First Organism," in Fox, S.W., ed., "The Origins of Prebiological Systems and of Their Molecular Matrices" Proceedings of a Conference Conducted at Wakulla Springs, Florida, Oct. 27-30, 1963, Academic Press: New York NY, 1965, p.12.
Haldane 'falou e disse': o design inteligente é uma hipótese científica
terça-feira, outubro 31, 2006
Pesquisar é preciso, viver não é preciso...
Aos meus leitores:
A elaboração de minha dissertação sobre as críticas de St. George Jackson Mivart à teoria da seleção natural de Darwin está demandando toda a minha atenção e tempo. Por esta razão, e tão somente por esta, este blogger se vê obrigado a postar aqui com menos freqüência. Peço a compreensão de todos, mas assim que algum fato novo, polêmico e interessante surja, eu tudo farei para postar aqui.
Para os que não conhecem Mivart, certa vez Darwin o nomeou como sendo 'o eminente biólogo', que obrigou a Darwin revisar o Origem das Espécies e escrever um capítulo rebatendo suas objeções científicas em 1871.
Será que Darwin respondeu cientificamente as críticas de Mivart? Será que as críticas de Mivart eram cientificamente embasadas? É o que eu tentarei demonstrar em minha dissertação.
Parodiando a Fernando Pessoa - "Pesquisar é preciso, viver não é preciso..."
Até breve, galera!
A elaboração de minha dissertação sobre as críticas de St. George Jackson Mivart à teoria da seleção natural de Darwin está demandando toda a minha atenção e tempo. Por esta razão, e tão somente por esta, este blogger se vê obrigado a postar aqui com menos freqüência. Peço a compreensão de todos, mas assim que algum fato novo, polêmico e interessante surja, eu tudo farei para postar aqui.
Para os que não conhecem Mivart, certa vez Darwin o nomeou como sendo 'o eminente biólogo', que obrigou a Darwin revisar o Origem das Espécies e escrever um capítulo rebatendo suas objeções científicas em 1871.
Será que Darwin respondeu cientificamente as críticas de Mivart? Será que as críticas de Mivart eram cientificamente embasadas? É o que eu tentarei demonstrar em minha dissertação.
Parodiando a Fernando Pessoa - "Pesquisar é preciso, viver não é preciso..."
Até breve, galera!
Origem da Vida: chega de engabelar os nossos alunos do ensino médio!
sexta-feira, outubro 27, 2006
Por mais de 50 anos os cientistas vêm pesquisando sobre a origem química da vida – a tão-chamada evolução química que a Nomenklatura científica, quando confrontada com o atual estado da pesquisa em origem da vida e o que isso implica para o transformismo darwiniano, diz que não é assim tão importante, mas se encontra em todos os nossos melhores livros-texto de Biologia do ensino médio fazendo uma espécie de 'introdução' ao tópico em seguida – a evolução biológica.
Eu não consigo acompanhar a Lógica 101 da Nomenklatura científica – se não é importante, e aqui bastante atenção MEC e seu grupo de especialistas que analisam o conteúdo dos livros didáticos – então por que as idéias mirabolantes, mas nunca substanciadas de Oparin/Haldane e mais a tão sabidamente desacreditada experiência de Urey-Miller ainda constam em nossos livros?
Nossos alunos do ensino médio estão sendo LESADOS na sua formação acadêmica porque estão sendo LUDIBRIADOS intencional e conscientemente pela Nomenklatura científica tupiniquim neste quesito. O pior de tudo, é que isso é feito com o AVAL do MEC/SEMTEC… Muito pior ainda – com o nosso dinheiro dos impostos que pagam os salários desses especialistas instalados em confortáveis salas com ar condicionado em Brasília.
Há mais de 50 anos os cientistas vêm pesquisando sobre a origem química da vida – uma explicação totalmente naturalista de como a vida surgiu. Somente causas naturais. E as causas inteligentes? Nem pensar! Segundo os cientistas inteligentes, causas inteligentes não existem...
Numa palestra dada na Universidade da Califórnia, Santa Bárbara, o químico Edward Peltzer explicou que nós temos quatro opções a considerer e testar sobre a origem da vida:
1. A vida é o resultado de reações químicas não guiadas e processos aleatórios;
2. A vida é o resultado de leis físicas e condições iniciais com propósito;
3. As leis da natureza e o ajuste fino das condições iniciais são suficientes para explicar a origem da vida;
4. Os processos naturais sozinhos proíbem a origem da vida.
Após rever a evidência de cada opção, Peltzer concluiu que as reações químicas, inclusive a reação de Maillard, teria impedido uma origem da vida puramente naturalista. Assim, a pesquisa dele apóia a Lei da Biogênese, que a vida se origina somente de vida preexistente. Ele concluiu afirmando que a célula biológica é uma estrutura de complexidade irredutível, e que a abiogênese é um MITO da ciência moderna e um artigo de fé daqueles que afirmam que somente explicações naturalistas devem ser consideradas em explicar as nossas origens últimas.
Peltzer revela esmagadora evidência de que a vida não é o resultado de química cega e processos randômicos, mas ele teme que, como os alquimistas do passado, os pesquisadores influenciados pelo materialismo filosófico vão continuar tentando transformar coisas sem vida em vida apesar da evidência contrária. Para mim, eles vão continuar emitindo NOTAS PROMISSÓRIAS EPISTEMOLÓGICAS que nunca serão resgatadas pelas evidências.
Ninguém nada menos do que J. B. S. Haldane (cientista evolucionista, ateu e marxista) também levantou um problema bem sério para a origem da vida:
"Eu posso ser convertido no decorrer do encontro, mas quando escrevia este artigo, eu não sou de jeito nenhum atraído pela teoria de um período de muitos milhões de anos de evolução bioquímica precedendo a origem da vida. Para mim, parece que quaisquer sistemas de meia-vida – por exemplo, catalisadores liberando a energia de moléculas metastáveis como o pirofosfato ou açúcar – teria meramente tornado as condições menos favoráveis para os primeiros organismos vivos, com os quais eu quero dizer o primeiro sistema de reprodução. Uma proteína capaz de catalisar tais reações não multiplicaria em conseqüência, não mais do que catalisa uma enzima". [1]
O que me chamou a atenção nesta interessante citação de Haldane, é que ele converteu a origem dos sistemas vivos como sendo uma premissa auto-excludente.
Atenção alunos do ensino médio do Brasil, vocês estão sendo LESADOS na sua formação acadêmica e fica por isso mesmo. Eles chamam isso de EDUCAÇÃO, mas eu chamo de DOUTRINAÇÃO no materialismo filosófico que levou a CIÊNCIA para o cativeiro do NATURALISMO FILOSÓFICO que posa como EPISTEMOLOGIA…
Alunos do ensino médio do Brasil, UNI-VOS, vocês não têm nada a perder, a não ser as algemas de uma epistemologia contaminada pelo naturalismo filosófico. Rebelem-se academicamente contra seus professores, encostem-nos contra a parede e peçam uma razão para toda esta engabelação de várias décadas nos livros didáticos. A LDB 9394/96 e os PCN estão do lado de vocês: é preciso desenvolver um ESPÍRITO CRÍTICO e INDEPENDENTE do educando!
A rebelião proposta aqui neste blog não é 'contra a ciência', mas a favor da ciência qua ciência!
NOTA
[1] “I may be converted in the course of the meeting, but when writing this paper, I am by no means attracted by the theory of a period of many million years of biochemical evolution preceding the origin of life. It seems to me that any half-live systems - for example, catalysts releasing the energy of metastable molecules such as pyrophosphate or sugar - would merely have made conditions less favorable for the first living organisms, by which I mean the first system capable of reproduction. A protein capable of catalyzing such reactions would not multiply in consequence, any more than an enzyme does”. HALDANE, J. B. S., The Origins of Prebiological Systems, Sidney Fox, p. 15.
Eu não consigo acompanhar a Lógica 101 da Nomenklatura científica – se não é importante, e aqui bastante atenção MEC e seu grupo de especialistas que analisam o conteúdo dos livros didáticos – então por que as idéias mirabolantes, mas nunca substanciadas de Oparin/Haldane e mais a tão sabidamente desacreditada experiência de Urey-Miller ainda constam em nossos livros?
Nossos alunos do ensino médio estão sendo LESADOS na sua formação acadêmica porque estão sendo LUDIBRIADOS intencional e conscientemente pela Nomenklatura científica tupiniquim neste quesito. O pior de tudo, é que isso é feito com o AVAL do MEC/SEMTEC… Muito pior ainda – com o nosso dinheiro dos impostos que pagam os salários desses especialistas instalados em confortáveis salas com ar condicionado em Brasília.
Há mais de 50 anos os cientistas vêm pesquisando sobre a origem química da vida – uma explicação totalmente naturalista de como a vida surgiu. Somente causas naturais. E as causas inteligentes? Nem pensar! Segundo os cientistas inteligentes, causas inteligentes não existem...
Numa palestra dada na Universidade da Califórnia, Santa Bárbara, o químico Edward Peltzer explicou que nós temos quatro opções a considerer e testar sobre a origem da vida:
1. A vida é o resultado de reações químicas não guiadas e processos aleatórios;
2. A vida é o resultado de leis físicas e condições iniciais com propósito;
3. As leis da natureza e o ajuste fino das condições iniciais são suficientes para explicar a origem da vida;
4. Os processos naturais sozinhos proíbem a origem da vida.
Após rever a evidência de cada opção, Peltzer concluiu que as reações químicas, inclusive a reação de Maillard, teria impedido uma origem da vida puramente naturalista. Assim, a pesquisa dele apóia a Lei da Biogênese, que a vida se origina somente de vida preexistente. Ele concluiu afirmando que a célula biológica é uma estrutura de complexidade irredutível, e que a abiogênese é um MITO da ciência moderna e um artigo de fé daqueles que afirmam que somente explicações naturalistas devem ser consideradas em explicar as nossas origens últimas.
Peltzer revela esmagadora evidência de que a vida não é o resultado de química cega e processos randômicos, mas ele teme que, como os alquimistas do passado, os pesquisadores influenciados pelo materialismo filosófico vão continuar tentando transformar coisas sem vida em vida apesar da evidência contrária. Para mim, eles vão continuar emitindo NOTAS PROMISSÓRIAS EPISTEMOLÓGICAS que nunca serão resgatadas pelas evidências.
Ninguém nada menos do que J. B. S. Haldane (cientista evolucionista, ateu e marxista) também levantou um problema bem sério para a origem da vida:
"Eu posso ser convertido no decorrer do encontro, mas quando escrevia este artigo, eu não sou de jeito nenhum atraído pela teoria de um período de muitos milhões de anos de evolução bioquímica precedendo a origem da vida. Para mim, parece que quaisquer sistemas de meia-vida – por exemplo, catalisadores liberando a energia de moléculas metastáveis como o pirofosfato ou açúcar – teria meramente tornado as condições menos favoráveis para os primeiros organismos vivos, com os quais eu quero dizer o primeiro sistema de reprodução. Uma proteína capaz de catalisar tais reações não multiplicaria em conseqüência, não mais do que catalisa uma enzima". [1]
O que me chamou a atenção nesta interessante citação de Haldane, é que ele converteu a origem dos sistemas vivos como sendo uma premissa auto-excludente.
Atenção alunos do ensino médio do Brasil, vocês estão sendo LESADOS na sua formação acadêmica e fica por isso mesmo. Eles chamam isso de EDUCAÇÃO, mas eu chamo de DOUTRINAÇÃO no materialismo filosófico que levou a CIÊNCIA para o cativeiro do NATURALISMO FILOSÓFICO que posa como EPISTEMOLOGIA…
Alunos do ensino médio do Brasil, UNI-VOS, vocês não têm nada a perder, a não ser as algemas de uma epistemologia contaminada pelo naturalismo filosófico. Rebelem-se academicamente contra seus professores, encostem-nos contra a parede e peçam uma razão para toda esta engabelação de várias décadas nos livros didáticos. A LDB 9394/96 e os PCN estão do lado de vocês: é preciso desenvolver um ESPÍRITO CRÍTICO e INDEPENDENTE do educando!
A rebelião proposta aqui neste blog não é 'contra a ciência', mas a favor da ciência qua ciência!
NOTA
[1] “I may be converted in the course of the meeting, but when writing this paper, I am by no means attracted by the theory of a period of many million years of biochemical evolution preceding the origin of life. It seems to me that any half-live systems - for example, catalysts releasing the energy of metastable molecules such as pyrophosphate or sugar - would merely have made conditions less favorable for the first living organisms, by which I mean the first system capable of reproduction. A protein capable of catalyzing such reactions would not multiply in consequence, any more than an enzyme does”. HALDANE, J. B. S., The Origins of Prebiological Systems, Sidney Fox, p. 15.
Scientific American-Brasil – uma verdadeira aula de história da ciência e de liberdade acadêmica
quarta-feira, outubro 25, 2006
Fui assistir ontem à noite (24/10) às 19:00, na Livraria Cultura, Conjunto Nacional na Av. Paulista, São Paulo, SP, ao lançamento da edição especial da revista Scientific American-Brasil História – “Os Grandes Erros da Ciência”.
Houve primeiro uma palestra pelo Prof. Dr. Roberto de Andrade Martins (Instituto de Física Gleb Wataghin, UNICAMP), intitulada “A Torre de Babel Científica” (disponível nesta edição especial).
Pena que eles cobriram tão-somente erros da ciência do passado. Eu ia sugerir uma outra edição sobre os erros modernos da ciência quando um professor da USP (crítico ferrenho da atitude fossilizada dos defensores intransigentes dos paradigmas vigentes) fez a sugestão. Fui até ele e disse que eu ia sugerir isso, mas que tinha ficado bastante honrado porque alguém mais capacitado academicamente do que eu tinha feito a sugestão: Prof. Dr. Valdemar W. Setzer, do IME da USP.
Saí do evento com uma cópia da revista Scientific American-Brasil, contente da vida porque ela servirá para quebrar muitos preconceitos e atitudes epistêmicas fossilizadas de grande parte da Nomenklatura tupiniquim. E calar a boca dos meninos da galera ultradarwinista. Ou abrir as suas mentes – essa a minha esperança maior.
Transcrevo abaixo o editorial que vale como uma verdadeira aula de história da Ciência e de liberdade acadêmica. Corra, vá à banca mais próxima e compre o seu exemplar. IMPERDÍVEL!!!
+++++
O território e o mapa
A aventura do conhecimento é um processo assintótico infinito. Assintótico porque nos aproximamos, cada vez mais, da meta planejada. Infinito porque jamais a alcançamos. Por melhores que sejam nossas representações da realidade, o real, ele mesmo, encontra-se sempre um passo adiante. E, sucessivamente desvelado, ainda esconde, sob incontáveis véus, sua fugidia nudez.
A aventura do conhecimento é um processo errático e dissipativo. A frase que inicia o parágrafo anterior talvez seja, também ela, uma imagem falsa – ou, no melhor dos casos, apenas meia verdade. Pois sugere uma linearidade, um caráter necessariamente progressivo, que a empreitada do conhecimento, de fato, não tem. Caminhamos às apalpadelas. E os conceitos que construímos ontem, e descartamos hoje com desdém, talvez tenham de ser retomados amanhã, em uma nova curva da espiral evolutiva. O escritor Arthur Koestler comparou a atividade científica ao sonambulismo, demonstrando, com exemplos superlativos, que o avanço da ciência ocorreu, muitas vezes, a despeito das mais caras convicções dos seus protagonistas ou até mesmo contra elas.
A impossibilidade de atingir a verdade absoluta é inerente à atividade racional, e repousa na dicotomia entre o sujeito (o observador) e o objeto (o observado) – dicotomia que se mantém mesmo quando o objeto em pauta é a própria subjetividade. Enquanto persistir a mais tênue barreira entre o observador e o observado, a ciência será sempre uma obra inacabada, precária, provisória. Por isso, na práxis científica, o erro é a regra e não a exceção, um constituinte fundamental e não mero acidente de percurso. Por isso, também, a reflexão sobre o erro nos ensina mais sobre a natureza da ciência do que a exaltação triunfalista de seus êxitos.
Dedicada a grandes erros, cometidos por grandes cientistas, esta edição posiciona-se claramente a favor da ciência, e não contra. A ciência não é apenas uma atividade vital para a sobrevivência e o desenvolvimento da humanidade. É também uma das mais belas produções da inteligência humana. Mas somente a aceitação de seu caráter limitado, parcial e incerto pode impedir que se transforme em um fossilizado sistema de crenças.
Na concepção e execução deste número especial de SCIENTIFIC AMERICAN, inteiramente produzido no Brasil, contamos com a inestimável colaboração de Roberto de Andrade Martins, considerado, com justiça, um dos maiores historiadores da ciência do país. A ele e a todos os autores que, sob sua competente coordenação, tornaram esta edição possível, nossos sinceros agradecimentos.
José Tadeu Arantes, editor
Scientific American-Brasil
Houve primeiro uma palestra pelo Prof. Dr. Roberto de Andrade Martins (Instituto de Física Gleb Wataghin, UNICAMP), intitulada “A Torre de Babel Científica” (disponível nesta edição especial).
Pena que eles cobriram tão-somente erros da ciência do passado. Eu ia sugerir uma outra edição sobre os erros modernos da ciência quando um professor da USP (crítico ferrenho da atitude fossilizada dos defensores intransigentes dos paradigmas vigentes) fez a sugestão. Fui até ele e disse que eu ia sugerir isso, mas que tinha ficado bastante honrado porque alguém mais capacitado academicamente do que eu tinha feito a sugestão: Prof. Dr. Valdemar W. Setzer, do IME da USP.
Saí do evento com uma cópia da revista Scientific American-Brasil, contente da vida porque ela servirá para quebrar muitos preconceitos e atitudes epistêmicas fossilizadas de grande parte da Nomenklatura tupiniquim. E calar a boca dos meninos da galera ultradarwinista. Ou abrir as suas mentes – essa a minha esperança maior.
Transcrevo abaixo o editorial que vale como uma verdadeira aula de história da Ciência e de liberdade acadêmica. Corra, vá à banca mais próxima e compre o seu exemplar. IMPERDÍVEL!!!
+++++
O território e o mapa
A aventura do conhecimento é um processo assintótico infinito. Assintótico porque nos aproximamos, cada vez mais, da meta planejada. Infinito porque jamais a alcançamos. Por melhores que sejam nossas representações da realidade, o real, ele mesmo, encontra-se sempre um passo adiante. E, sucessivamente desvelado, ainda esconde, sob incontáveis véus, sua fugidia nudez.
A aventura do conhecimento é um processo errático e dissipativo. A frase que inicia o parágrafo anterior talvez seja, também ela, uma imagem falsa – ou, no melhor dos casos, apenas meia verdade. Pois sugere uma linearidade, um caráter necessariamente progressivo, que a empreitada do conhecimento, de fato, não tem. Caminhamos às apalpadelas. E os conceitos que construímos ontem, e descartamos hoje com desdém, talvez tenham de ser retomados amanhã, em uma nova curva da espiral evolutiva. O escritor Arthur Koestler comparou a atividade científica ao sonambulismo, demonstrando, com exemplos superlativos, que o avanço da ciência ocorreu, muitas vezes, a despeito das mais caras convicções dos seus protagonistas ou até mesmo contra elas.
A impossibilidade de atingir a verdade absoluta é inerente à atividade racional, e repousa na dicotomia entre o sujeito (o observador) e o objeto (o observado) – dicotomia que se mantém mesmo quando o objeto em pauta é a própria subjetividade. Enquanto persistir a mais tênue barreira entre o observador e o observado, a ciência será sempre uma obra inacabada, precária, provisória. Por isso, na práxis científica, o erro é a regra e não a exceção, um constituinte fundamental e não mero acidente de percurso. Por isso, também, a reflexão sobre o erro nos ensina mais sobre a natureza da ciência do que a exaltação triunfalista de seus êxitos.
Dedicada a grandes erros, cometidos por grandes cientistas, esta edição posiciona-se claramente a favor da ciência, e não contra. A ciência não é apenas uma atividade vital para a sobrevivência e o desenvolvimento da humanidade. É também uma das mais belas produções da inteligência humana. Mas somente a aceitação de seu caráter limitado, parcial e incerto pode impedir que se transforme em um fossilizado sistema de crenças.
Na concepção e execução deste número especial de SCIENTIFIC AMERICAN, inteiramente produzido no Brasil, contamos com a inestimável colaboração de Roberto de Andrade Martins, considerado, com justiça, um dos maiores historiadores da ciência do país. A ele e a todos os autores que, sob sua competente coordenação, tornaram esta edição possível, nossos sinceros agradecimentos.
José Tadeu Arantes, editor
Scientific American-Brasil
Smalley, prêmio Nobel em Química ‘falou e disse’ – a evolução biológica não poderia ter acontecido!
"A evolução acabou de receber o seu golpe mortal. Após ler o livro Origins of Life [Origem da Vida] com a minha formação em química e física, é claro que a evolução [biológica] não poderia ter ocorrido".
Richard Smalley, Ph.D., prêmio Nobel em Química de 1996
"Evolution has just been dealt its death blow. After reading Origins of Life with my background in chemistry and physics, it is clear that [biological] evolution could not have occurred."--Richard Smalley, Ph.D., Nobel Laureate-Chemistry, 1996
Richard Smalley, Ph.D., prêmio Nobel em Química de 1996
"Evolution has just been dealt its death blow. After reading Origins of Life with my background in chemistry and physics, it is clear that [biological] evolution could not have occurred."--Richard Smalley, Ph.D., Nobel Laureate-Chemistry, 1996
EXTRA! EXTRA! Professor da Cornell University declara o óbvio ululante: o neodarwinismo está morto!
quarta-feira, outubro 18, 2006
Gente, eu quase caí para trás! Um professor da renomada Cornell University declarou o óbvio ululante conhecido entre as hostes darwinistas desde um quarto de século: O NEODARWINISMO ESTÁ MORTO!!!
Só a nossa grande agência educacional - o MEC, ainda não sabe disso!!! Só os nossos melhores autores de livros-texto de Biologia do ensino médio teimam em manter a 'ortodoxia' do neodarwinismo como teoria científica. O nome disso é DESONESTIDADE ACADÊMICA!
"THE MODERN SYNTHESIS IS DEAD", prof. Allen MacNeill
A cada dia que passa, mais eu me convenço da inutilidade epistêmica da atual teoria da evolução, mas, como dizem as más línguas, o 'anta do Enézio' não sabe o que é ciência...
+++
Texto original do comentário feito por Allen MacNeill no blog do William Dembski. Segue em inglês para a Nomenklatura tupiniquim não dizer que distorci as palavras de um eminente biólogo evolucionista:
the evidence that macroevolution has happened is all around us, in the patterns of biogeographical distribution of species and in the fossil record. What is not so obvious is the mechanism(s) by which such macroevolution has occurred. Prof. Giertych is probably right in asserting that the “modern synthesis” mechanisms grounded in theoretical population genetics are insufficient to explain macroevolution. However, scientists within the field of evolutionary biology have been saying the same thing for over a century. The distinction between microevolution and macroevolution was probably first drawn by the Russian Russian entomologist Iuri’i Filipchenko in around 1927 (http://www.talkorigins.org/faqs/macroevolution.html). In the first half of the 20th century, Richard Goldschmidt did pioneering work into possible mechanisms of macroevolution, work that was later discredited and/or ignored by the population geneticists of the “modern synthesis” (http://en.wikipedia.org/wiki/Richard_Goldschmidt). Eldredge and Gould, in their landmark 1972 paper on punctuated equilibrium (http://www.blackwellpublishing.com/ridley/classictexts/eldredge.asp) initiated the newest revolution in macroevolutionary theory, pointing out that the “modern synthesis” model of gradualistic macroevolution via purely populaton genetics mechanisms is not compatible with much of the fossil record.
So, the history of the concept of macroevolution is not entirely compatitible with the neo-darwinian “modern synthesis” - this is supposed to be some sort of surprise, or to undermine the idea that macroevolution has not occurred? You folks need to pay a little more attention to what has actually been going on in evolutionary biology over the last half century, and less time tilting at “modern synthesis” windmills that have long since fallen into disrepair within our discipline.
The “modern synthesis” is dead - long live the evolving synthesis!
Só a nossa grande agência educacional - o MEC, ainda não sabe disso!!! Só os nossos melhores autores de livros-texto de Biologia do ensino médio teimam em manter a 'ortodoxia' do neodarwinismo como teoria científica. O nome disso é DESONESTIDADE ACADÊMICA!
"THE MODERN SYNTHESIS IS DEAD", prof. Allen MacNeill
A cada dia que passa, mais eu me convenço da inutilidade epistêmica da atual teoria da evolução, mas, como dizem as más línguas, o 'anta do Enézio' não sabe o que é ciência...
+++
Texto original do comentário feito por Allen MacNeill no blog do William Dembski. Segue em inglês para a Nomenklatura tupiniquim não dizer que distorci as palavras de um eminente biólogo evolucionista:
the evidence that macroevolution has happened is all around us, in the patterns of biogeographical distribution of species and in the fossil record. What is not so obvious is the mechanism(s) by which such macroevolution has occurred. Prof. Giertych is probably right in asserting that the “modern synthesis” mechanisms grounded in theoretical population genetics are insufficient to explain macroevolution. However, scientists within the field of evolutionary biology have been saying the same thing for over a century. The distinction between microevolution and macroevolution was probably first drawn by the Russian Russian entomologist Iuri’i Filipchenko in around 1927 (http://www.talkorigins.org/faqs/macroevolution.html). In the first half of the 20th century, Richard Goldschmidt did pioneering work into possible mechanisms of macroevolution, work that was later discredited and/or ignored by the population geneticists of the “modern synthesis” (http://en.wikipedia.org/wiki/Richard_Goldschmidt). Eldredge and Gould, in their landmark 1972 paper on punctuated equilibrium (http://www.blackwellpublishing.com/ridley/classictexts/eldredge.asp) initiated the newest revolution in macroevolutionary theory, pointing out that the “modern synthesis” model of gradualistic macroevolution via purely populaton genetics mechanisms is not compatible with much of the fossil record.
So, the history of the concept of macroevolution is not entirely compatitible with the neo-darwinian “modern synthesis” - this is supposed to be some sort of surprise, or to undermine the idea that macroevolution has not occurred? You folks need to pay a little more attention to what has actually been going on in evolutionary biology over the last half century, and less time tilting at “modern synthesis” windmills that have long since fallen into disrepair within our discipline.
The “modern synthesis” is dead - long live the evolving synthesis!
BOMBA! BOMBA! A teoria geral da evolução questionada em audiência no Parlamento Europeu
segunda-feira, outubro 16, 2006
Isso aconteceu na Europa, quer dizer, bem ali em nosso 'quintalzinho cultural', mas a relação incestuosa da nossa Grande Mídia Tupiniquim com a Nomenklatura científica não permitiu a sua publicação, não é mesmo editores de ciência? Se alguém viu isso publicado em nosso melhores jornais, favor me comunicar. Eu dou um doce se isso aconteceu...
O que não dá para você ler na Folha de São Paulo ou em qualquer veículo da GMT, você lê aqui neste blog PKF (Popper, Kuhn e Feyerabend). Gente, eu queria ver a cara do Dawkins ao saber desta inusitada notícia. A KGB da Nomenklatura científica vai emitir uma nota à Grande Imprensa Mundial e Tupiniquim dizendo que tudo isso foi orquestrado pelos inimigos da ciência – criacionistas e a turma perversa do Design Inteligente.
Bem, vamos aos fatos. O dia 11 de outubro de 2006 vai ser um dia histórico na vida do Parlamento Europeu. Razão? O membro polonês Maciej Giertych, professor aposentado (foi responsável pelo Departamento de Genética da Academia Polonesa de Ciência), e pai do deputado e primeiro ministro polonês Roman Giertych, fez a introdução a um seminário público sobre a Teoria Geral da Evolução aos seus colegas membros do parlamento europeu.
O professor Giertych questionou o valor do ensino de uma hipótese continuamente falseada – macroevolução – para os alunos por toda a Europa, bem como salientando a sua falta de utilidade concernente ao empreendimento científico.
O professor Giertych introduziu o assunto relatando como seus filhos voltavam para casa após terem sido ensinados sobre a teoria da evolução. Eles foram informados que a prova da macroevolução – a ancestralidade comum da vida biológica – era para ser encontrada na ciência da genética. Isso era novidade para o professor Giertych que tinha gasto a sua vida trabalhando no mais alto nível de pesquisa genética. Ele revelou para os ouvintes que tal prova não existe em genética, somente prova em contrário.
Isso foi reforçado pela fala do professor emérito Joseph Mastropaolo que viajou dos Estados Unidos para participar da audiência em Bruxelas. Ele explicou que as ciências biológicas não oferecem nenhuma prova empírica de macroevolução, mas somente problemas insuperáveis. A teoria da evolução consiste meramente de interpretações de evidências que, pela sua própria natureza, poderiam ser interpretadas de muitas maneiras diferentes. Ele disse aos ouvintes que a teoria, após quase 150 anos, ainda carece de qualquer evidência empírica.
O dr. Hans Zillmer, um paleontólogo alemão e membro da Academia de Ciências de Nova York, disse aos ouvintes que o registro fóssil tampouco tem prova a favor da teoria da evolução. Em vez de mostrar mudança gradual de uma espécie em outra, como geralmente é afirmado em salas de aula, na verdade o registro fóssil mostra estase e estabilidade das formas de vida.
Finalmente o dr. Guy Berthault falou aos ouvintes sobre os resultados dos seus programas de pesquisas sobre a deposição de sedimentos. Contrariando a idéia estabelecida de que a coluna geológica foi formada lentamente ao longo de milhões de anos, camada horizontal por camada horizontal, ele revelou que a sua contínua pesquisa prova empiricamente que toda a coluna poderia ter sido depositada numa questão de meses. A sua pesquisa, que tem sido publicada em publicações especializadas da Academia Nacional de Ciência na França, Rússia e China, mostra que a deposição contínua de sedimentos produzidos pela água separam-se mecanicamente e uma simples mudança na velocidade da corrente faz com que os estratos se deponham uns sobre os outros enquanto ainda avançando na direção do fluxo.
Em oposição à noção existente de deposição de sedimentos que é ensinada geralmente, o dr. Berthault revelou que os seus resultados empíricos mostram claramente que as partes de estratos inferiores não perturbados são na verdade as mais jovens do que as partes dos estratos superiores depositados num fluxo contínuo.
Isso significa que os fósseis não podem ser datados pelos estratos nos quais são encontrados, nem as rochas datadas pelo tipo de fósseis encontrados nelas, tornando ridículo o atual ensino sobre a coluna geológica.
Entre os que ajudaram a organizar o histórico seminário estava o dr. Dominique Tassot, diretor do Centre d'Etude et de Prospectives sur la Science (CEP). O CEP é uma organização com 700 cientistas franceses, intelectuais e representantes de outras profissões, todos eles oponentes da teoria geral da evolução somente em bases científicas.
+++
Socorro, Dawkins! Socorro, Marcelo Gleiser! Atenção SBPC, atenção Controle de Danos da Nomenklatura científica – os visigodos estão atacando o baluarte do Iluminismo. O Templo do Saber vai ser saqueado por esses sobreviventes da Idade Média! Eles não sabem o que é ciência, nem como fazer ciência! Estão a soldo do Discovery Institute. Eles são os 'neo-Hillbillies' [traduzo carinhosamente como 'Neo-Jecas Tatus']. Eles vão impedir o avanço da ciência na Europa.
Alô KGB da Nomenklatura científica, nós precisamos executar rapidamente o nosso plano "Torquemada Matrix" em escala mundial: como fazem as crianças para se livrar dos monstros imaginários noturnos, nós vamos fingir que eles não existem. A não ser no 'mundo imaginário' do 'Bible Belt' americano...
+++
Fui, feliz da vida rindo das caras dos 'meninos de Darwin'!!!
P.S.: Vou deixar a contestação da veracidade desta nota à imprensa para a galera ultradarwinista fazer alguma coisa de útil para o avanço das liberdades de expressão em ciência. Se eu estiver errado, a culpa é da fonte em off!
O que não dá para você ler na Folha de São Paulo ou em qualquer veículo da GMT, você lê aqui neste blog PKF (Popper, Kuhn e Feyerabend). Gente, eu queria ver a cara do Dawkins ao saber desta inusitada notícia. A KGB da Nomenklatura científica vai emitir uma nota à Grande Imprensa Mundial e Tupiniquim dizendo que tudo isso foi orquestrado pelos inimigos da ciência – criacionistas e a turma perversa do Design Inteligente.
Bem, vamos aos fatos. O dia 11 de outubro de 2006 vai ser um dia histórico na vida do Parlamento Europeu. Razão? O membro polonês Maciej Giertych, professor aposentado (foi responsável pelo Departamento de Genética da Academia Polonesa de Ciência), e pai do deputado e primeiro ministro polonês Roman Giertych, fez a introdução a um seminário público sobre a Teoria Geral da Evolução aos seus colegas membros do parlamento europeu.
O professor Giertych questionou o valor do ensino de uma hipótese continuamente falseada – macroevolução – para os alunos por toda a Europa, bem como salientando a sua falta de utilidade concernente ao empreendimento científico.
O professor Giertych introduziu o assunto relatando como seus filhos voltavam para casa após terem sido ensinados sobre a teoria da evolução. Eles foram informados que a prova da macroevolução – a ancestralidade comum da vida biológica – era para ser encontrada na ciência da genética. Isso era novidade para o professor Giertych que tinha gasto a sua vida trabalhando no mais alto nível de pesquisa genética. Ele revelou para os ouvintes que tal prova não existe em genética, somente prova em contrário.
Isso foi reforçado pela fala do professor emérito Joseph Mastropaolo que viajou dos Estados Unidos para participar da audiência em Bruxelas. Ele explicou que as ciências biológicas não oferecem nenhuma prova empírica de macroevolução, mas somente problemas insuperáveis. A teoria da evolução consiste meramente de interpretações de evidências que, pela sua própria natureza, poderiam ser interpretadas de muitas maneiras diferentes. Ele disse aos ouvintes que a teoria, após quase 150 anos, ainda carece de qualquer evidência empírica.
O dr. Hans Zillmer, um paleontólogo alemão e membro da Academia de Ciências de Nova York, disse aos ouvintes que o registro fóssil tampouco tem prova a favor da teoria da evolução. Em vez de mostrar mudança gradual de uma espécie em outra, como geralmente é afirmado em salas de aula, na verdade o registro fóssil mostra estase e estabilidade das formas de vida.
Finalmente o dr. Guy Berthault falou aos ouvintes sobre os resultados dos seus programas de pesquisas sobre a deposição de sedimentos. Contrariando a idéia estabelecida de que a coluna geológica foi formada lentamente ao longo de milhões de anos, camada horizontal por camada horizontal, ele revelou que a sua contínua pesquisa prova empiricamente que toda a coluna poderia ter sido depositada numa questão de meses. A sua pesquisa, que tem sido publicada em publicações especializadas da Academia Nacional de Ciência na França, Rússia e China, mostra que a deposição contínua de sedimentos produzidos pela água separam-se mecanicamente e uma simples mudança na velocidade da corrente faz com que os estratos se deponham uns sobre os outros enquanto ainda avançando na direção do fluxo.
Em oposição à noção existente de deposição de sedimentos que é ensinada geralmente, o dr. Berthault revelou que os seus resultados empíricos mostram claramente que as partes de estratos inferiores não perturbados são na verdade as mais jovens do que as partes dos estratos superiores depositados num fluxo contínuo.
Isso significa que os fósseis não podem ser datados pelos estratos nos quais são encontrados, nem as rochas datadas pelo tipo de fósseis encontrados nelas, tornando ridículo o atual ensino sobre a coluna geológica.
Entre os que ajudaram a organizar o histórico seminário estava o dr. Dominique Tassot, diretor do Centre d'Etude et de Prospectives sur la Science (CEP). O CEP é uma organização com 700 cientistas franceses, intelectuais e representantes de outras profissões, todos eles oponentes da teoria geral da evolução somente em bases científicas.
+++
Socorro, Dawkins! Socorro, Marcelo Gleiser! Atenção SBPC, atenção Controle de Danos da Nomenklatura científica – os visigodos estão atacando o baluarte do Iluminismo. O Templo do Saber vai ser saqueado por esses sobreviventes da Idade Média! Eles não sabem o que é ciência, nem como fazer ciência! Estão a soldo do Discovery Institute. Eles são os 'neo-Hillbillies' [traduzo carinhosamente como 'Neo-Jecas Tatus']. Eles vão impedir o avanço da ciência na Europa.
Alô KGB da Nomenklatura científica, nós precisamos executar rapidamente o nosso plano "Torquemada Matrix" em escala mundial: como fazem as crianças para se livrar dos monstros imaginários noturnos, nós vamos fingir que eles não existem. A não ser no 'mundo imaginário' do 'Bible Belt' americano...
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Fui, feliz da vida rindo das caras dos 'meninos de Darwin'!!!
P.S.: Vou deixar a contestação da veracidade desta nota à imprensa para a galera ultradarwinista fazer alguma coisa de útil para o avanço das liberdades de expressão em ciência. Se eu estiver errado, a culpa é da fonte em off!
In Memoriam Anna Stepanovna Politkovskaya
domingo, outubro 15, 2006
In Memoriam
Анна Степановна Политковская
Anna Stepanovna Politkovskaya
* 30 de agosto de 1958, Nova York, NY, Estados Unidos
† 7 de outubro de 2006, Moscou, Rússia,
Profissão: Jornalista
Como ex-ateu, marxista-leninista, evolucionista eu sei do que estou falando. Anna, você se tornou patrona de toda a liberdade de expressão. A Nomenklatura política ao assassiná-la fria e covardemente, não calou a sua voz: nós agora somos a sua voz!
A Nomenklatura científica também tem calado muitas vozes na Academia, mas nós somos as vozes desses que sofreram e sofrem verdadeira 'inquisição sem fogueiras'!
O bom da ciência é que os detentores do 'poder epistemológico' do paradigma vigente passam pela 'solução biológica'. Nós do Design Inteligente somos pacientes, e esperamos que a 'solução kuhniana' aconteça o mais rápido possível para que a fruição de um novo paradigma promova o avanço da ciência.
Em setembro de 1991 numa entrevista para o jornal italiano Corriere della Sera, Benjamin Braddlee, ex-editor do jornal The Washington Post, disse que o bom jornalista deve "não se deixar amedrontar, desconfiar do poder e duvidar da versão de quem governa". Anna seguiu este conselho, e pagou com a vida.
Este blogger sugere que o dia 7 de outubro seja comemorado como o Dia Internacional da Liberdade de Expressão!
Valeu, Anna!!!
Анна Степановна Политковская
Anna Stepanovna Politkovskaya
* 30 de agosto de 1958, Nova York, NY, Estados Unidos
† 7 de outubro de 2006, Moscou, Rússia,
Profissão: Jornalista
Como ex-ateu, marxista-leninista, evolucionista eu sei do que estou falando. Anna, você se tornou patrona de toda a liberdade de expressão. A Nomenklatura política ao assassiná-la fria e covardemente, não calou a sua voz: nós agora somos a sua voz!
A Nomenklatura científica também tem calado muitas vozes na Academia, mas nós somos as vozes desses que sofreram e sofrem verdadeira 'inquisição sem fogueiras'!
O bom da ciência é que os detentores do 'poder epistemológico' do paradigma vigente passam pela 'solução biológica'. Nós do Design Inteligente somos pacientes, e esperamos que a 'solução kuhniana' aconteça o mais rápido possível para que a fruição de um novo paradigma promova o avanço da ciência.
Em setembro de 1991 numa entrevista para o jornal italiano Corriere della Sera, Benjamin Braddlee, ex-editor do jornal The Washington Post, disse que o bom jornalista deve "não se deixar amedrontar, desconfiar do poder e duvidar da versão de quem governa". Anna seguiu este conselho, e pagou com a vida.
Este blogger sugere que o dia 7 de outubro seja comemorado como o Dia Internacional da Liberdade de Expressão!
Valeu, Anna!!!
A Evo-Devo vai salvar a lavoura de Nhô Darwin?
Na edição especial "Biologia Evolutiva do Desenvolvimento" da revista especializada Heredity (grupo Nature), Volume 97, Issue 3 (September 2006), lemos:
"Esta edição destaca artigos em biologia evolutiva do desenvolvimento - 'evo-devo' – que explora os papéis da variação genética na evolução dos processos de desenvolvimento em animais. Esta coleção de trabalhos reflete de que maneira a área tem se expandido em considerar a variação genética em populações naturais, e fazendo isso no contexto da evolução das morfologias que são relevantes na arena ecológica, tais como nas interações com os competidores, com parceiros de acasalamento potenciais ou com predadores".
Este blogger destaca as seguintes expressões inusitadas de dois abstracts:
"Um grande desafio em biologia evolutiva do desenvolvimento é entender como a evolução do desenvolvimento em nível de populações e populações proximamente aparentadas relaciona-se com as transições macroevolutivas e a origem das novidades evolutivas"[SIC ULTRA PLUS 1].
"Um problema de muito tempo em biologia evolutiva é como que a variação genética surge dentro das populações e evolui para fazer espécies anatomicamente diferentes"[SIC ULTRA PLUS 2].
Bah, tchê, e nós fomos ensinados, e os alunos estão sendo ensinados que o fato, Fato, FATO da evolução já tinha sido estabelecido pela 'montanha de evidências incontestes' há muito tempo...
Será que a evo-devo vai salvar a lavoura de Nhô Darwin? Eu acredito que não – vai trazer muito mais dificuldades... Quem viver, verá!
+++
Dê uma olhada e baixe gratuitamente os artigos em PDF nos links da Nature abaixo.
Editorial
Evo-devo focus issue
P M Brakefield and V French
Heredity 97: 137-138
Short Reviews
Evolution of cis-regulatory sequence and function in Diptera
P J Wittkopp
Heredity 97: 139-147
The origin and evolution of stereotyped patterns of macrochaetes on the nota of cyclorraphous Diptera
P Simpson and S Marcellini
Heredity 97: 148-156
Heliconius wing patterns: an evo-devo model for understanding phenotypic diversity
M Joron, C D Jiggins, A Papanicolaou and W O McMillan
Heredity 97: 157-167
Integrating micro- and macroevolution of development through the study of horned beetles
A P Moczek
Heredity 97: 168-178
Insulin signaling and limb-patterning: candidate pathways for the origin and evolutionary diversification of beetle 'horns'
D J Emlen, Q Szafran, L S Corley and I Dworkin
Heredity 97: 179-191
Wing dimorphism in aphids
C Braendle, G K Davis, J A Brisson and D L Stern
Heredity 97: 192-199
Evolution of danio pigment pattern development
D M Parichy
Heredity 97: 200-210
Genetic and developmental basis of cichlid trophic diversity
R C Albertson and T D Kocher
Heredity 97: 211-221
Genetics, development and evolution of adaptive pigmentation in vertebrates
H E Hoekstra
Heredity 97: 222-234
Building divergent body plans with similar genetic pathways
B J Swalla
Heredity 97: 235-243
The active evolutionary lives of echinoderm larvae
R A Raff and M Byrne
Heredity 97: 244-252
"Esta edição destaca artigos em biologia evolutiva do desenvolvimento - 'evo-devo' – que explora os papéis da variação genética na evolução dos processos de desenvolvimento em animais. Esta coleção de trabalhos reflete de que maneira a área tem se expandido em considerar a variação genética em populações naturais, e fazendo isso no contexto da evolução das morfologias que são relevantes na arena ecológica, tais como nas interações com os competidores, com parceiros de acasalamento potenciais ou com predadores".
Este blogger destaca as seguintes expressões inusitadas de dois abstracts:
"Um grande desafio em biologia evolutiva do desenvolvimento é entender como a evolução do desenvolvimento em nível de populações e populações proximamente aparentadas relaciona-se com as transições macroevolutivas e a origem das novidades evolutivas"[SIC ULTRA PLUS 1].
"Um problema de muito tempo em biologia evolutiva é como que a variação genética surge dentro das populações e evolui para fazer espécies anatomicamente diferentes"[SIC ULTRA PLUS 2].
Bah, tchê, e nós fomos ensinados, e os alunos estão sendo ensinados que o fato, Fato, FATO da evolução já tinha sido estabelecido pela 'montanha de evidências incontestes' há muito tempo...
Será que a evo-devo vai salvar a lavoura de Nhô Darwin? Eu acredito que não – vai trazer muito mais dificuldades... Quem viver, verá!
+++
Dê uma olhada e baixe gratuitamente os artigos em PDF nos links da Nature abaixo.
Editorial
Evo-devo focus issue
P M Brakefield and V French
Heredity 97: 137-138
Short Reviews
Evolution of cis-regulatory sequence and function in Diptera
P J Wittkopp
Heredity 97: 139-147
The origin and evolution of stereotyped patterns of macrochaetes on the nota of cyclorraphous Diptera
P Simpson and S Marcellini
Heredity 97: 148-156
Heliconius wing patterns: an evo-devo model for understanding phenotypic diversity
M Joron, C D Jiggins, A Papanicolaou and W O McMillan
Heredity 97: 157-167
Integrating micro- and macroevolution of development through the study of horned beetles
A P Moczek
Heredity 97: 168-178
Insulin signaling and limb-patterning: candidate pathways for the origin and evolutionary diversification of beetle 'horns'
D J Emlen, Q Szafran, L S Corley and I Dworkin
Heredity 97: 179-191
Wing dimorphism in aphids
C Braendle, G K Davis, J A Brisson and D L Stern
Heredity 97: 192-199
Evolution of danio pigment pattern development
D M Parichy
Heredity 97: 200-210
Genetic and developmental basis of cichlid trophic diversity
R C Albertson and T D Kocher
Heredity 97: 211-221
Genetics, development and evolution of adaptive pigmentation in vertebrates
H E Hoekstra
Heredity 97: 222-234
Building divergent body plans with similar genetic pathways
B J Swalla
Heredity 97: 235-243
The active evolutionary lives of echinoderm larvae
R A Raff and M Byrne
Heredity 97: 244-252
A "Poeira Cósmica" de Marcelo Gleiser ou como não fazer divulgação científica
sábado, outubro 14, 2006
Tem dois indivíduos cientistas que eu não consigo engolir como 'contadores de estória da carochinha' ['just-so stories – Gould], oops, divulgadores científicos, um estrangeiro – Richard Dawkins, e um tupiniquim – Marcelo Gleiser. Eles são donos de uma prosa à la Paulo Coelho – enredam os leitores não-especialistas com uma lábia mesmerizante, pontual e cientificamente imprecisa. Todos os dois são 'garotos-propaganda' do materialismo filosófico que posa como se fosse ciência, muito bem oleados pela Grande Mídia internacional e tupiniquim. A TV Globo e a Folha de São Paulo que o digam. Eu ia me esquecendo – e pelo Grande Capital estrangeiro – o banqueiro George Soros.
Espantoso e indesculpável mesmo é o silêncio tumular da Nomenklatura científica com este tipo de 'divulgação científica', mas eu sei que há setores da Academia que têm ojeriza à maneira de sua divulgação científica – vade retro Gleiser!
O nosso Marcelo 'Laser', oops Gleiser [eu acho que ando assistindo demais ao Casseta & Planeta...] é mencionado como 'físico teórico' de renomada faculdade americana – Dartmouth College. Dart o quê??? Onde é que fica isso? Qual é o ranking desta 'renomada' faculdade? O que a Grande Mídia não divulga é a incompetência deste 'físico teórico' como 'divulgador científico', apesar de ser um autor best-seller.
Dois artigos relevantes e bem fundamentados de Roberto de Andrade Martins (Instituto de Física da Unicamp) sobre a divulgação científica de Gleiser:
MARTINS, Roberto de Andrade. Como distorcer a física: considerações sobre um exemplo de divulgação científica. 1 – Física clássica.
Caderno Catarinense de Ensino de Física 15 (3): 243-64, 1998.[5.38MB]
MARTINS, Roberto de Andrade. Como distorcer a física: considerações sobre um exemplo de divulgação científica. 2 – Física moderna.
Caderno Catarinense de Ensino de Física 15 (3): 265-300, 1998.[8.40MB]
É necessário ter banda larga, pois os artigos demoram ser baixados em internet comum, se não tem banda larga dê um jeito de baixar esses artigos numa lan house.
Muito mais impressionante é que o 'Einstein' tupiniquim deve ter ficado chocado e até com certa ponta de inveja, ao saber que o prêmio Nobel de Física de 2006 foi concedido a John Mather e George Smoot pela contribuição que deram para a teoria do Big Bang da origem do universo. Smoot é físico na renomada Universidade da Califórnia – Berkeley. Além de renomada, a Universidade da Califórnia – Berkeley também é conhecida pelos seus radicais. Dois líderes do Design Inteligente lecionaram e estudaram lá – Phillip Johnson e Jonathan Wells. Bem, isso não vem ao caso, mas destaco de antemão que Smoot não é ligado à comunidade do Design Inteligente e não tem relação alguma com o nosso Centro para a Ciência e Cultura em Seattle, Washington.
Ao contrário do nosso 'Einstein' tupiniquim com o seu programa sensacionalista 'Poeira Cósmica' [cheio de imprecisões históricas – mas a Rede Globo tem competência para checar isso???], como vários físicos proeminentes contemporâneos (ex.: Arno Penzias, Owen Gingerich, e Paul Davies), Smoot tem feito declarações sugerindo que ele considera a melhor explicação de certas características do mundo natural como sendo o resultado de uma causa teleológica e com propósito – o que nós da comunidade do DI nos referimos como sendo design inteligente.
Numa entrevista, Smoot declarou: “A fim de fazer um universo tão grande e maravilhoso como é, que dure o tanto que está durando – nós estamos falando de 15 bilhões de anos e nós estamos falando de grandes distâncias aqui – para que ele seja desse tamanho, você tem de fazê-lo perfeitamente. Do contrário, as imperfeições se acumulariam e o universo ou colapsaria em si mesmo ou se espalharia, e assim é na verdade um trabalho bem exato. E eu não sei se você já teve conversas com pessoas sobre quão crítico que é que a densidade do universo veio tão próxima da densidade que decide se irá continuar se expandindo para sempre ou se colapsa, mas nós sabemos que a densidade está dentro de 1% [um por cento]".
Marcelo Gleiser – ateu confesso, insiste no seu materialismo filosófico de "Poeira Cósmica" que somente a matéria e energia é tudo que existiu, existe e existirá. Como Richard Dawkins, Daniel Dennett et al, ele tentou apresentar em recente programa do Jô Soares que as pessoas que conseguem ver evidência física de design na natureza são 'birutas excêntricos' – criacionistas motivados unicamente pela fé religiosa.
Benjamin Wiker e Jonathan Witt, autores de A Meaningful World [Um mundo com sentido], perguntam se o universo surgiu do acaso, como é que a natureza age conforme a leis naturais? Se nós estamos aqui por causa de eventos aleatórios e sem-sentido, não faz sentido que haja leis matemáticas e científicas que governem o nosso mundo, e que os nossos esforços mentais pudessem descobrir quais são essas leis. Nós estaríamos tateando na escuridão da aleatoriedade, buscando explicações que nem existiam.
O que nós vemos no universo? No microcosmo e no macrocosmo? Nós observamos que o universo é cheio de padrões – padrões que se estendem até às menores partículas de um átomo, que podem ser vistas na ordem da tabela periódica dos elementos químicos. Além disso, segundo Wiker e Witt, elas são padrões que a mente humana pode descobrir e entender. Como que o acaso e a necessidade podem explicar tudo isso?
Os leitores deste blog que me perdoem, mas vá se catar Marcelo Gleiser, essa tática materialista filosófica de denegrir a posição teleológica está ficando cada vez mais difícil de ser defendida quando cientistas respeitáveis como um George Smoot, prêmio Nobel em Física de 2006, tomam partido e destacam publicamente que a evidência de design é nítida e empiricamente detectada na natureza.
"Poeira Cósmica" é ciência qua ciência ou é a 'projeção da mente' de um faz-de-conta que levou o naturalismo metodológico para o cativeiro do materialismo filosófico que posa como ciência?
Espantoso e indesculpável mesmo é o silêncio tumular da Nomenklatura científica com este tipo de 'divulgação científica', mas eu sei que há setores da Academia que têm ojeriza à maneira de sua divulgação científica – vade retro Gleiser!
O nosso Marcelo 'Laser', oops Gleiser [eu acho que ando assistindo demais ao Casseta & Planeta...] é mencionado como 'físico teórico' de renomada faculdade americana – Dartmouth College. Dart o quê??? Onde é que fica isso? Qual é o ranking desta 'renomada' faculdade? O que a Grande Mídia não divulga é a incompetência deste 'físico teórico' como 'divulgador científico', apesar de ser um autor best-seller.
Dois artigos relevantes e bem fundamentados de Roberto de Andrade Martins (Instituto de Física da Unicamp) sobre a divulgação científica de Gleiser:
MARTINS, Roberto de Andrade. Como distorcer a física: considerações sobre um exemplo de divulgação científica. 1 – Física clássica.
Caderno Catarinense de Ensino de Física 15 (3): 243-64, 1998.[5.38MB]
MARTINS, Roberto de Andrade. Como distorcer a física: considerações sobre um exemplo de divulgação científica. 2 – Física moderna.
Caderno Catarinense de Ensino de Física 15 (3): 265-300, 1998.[8.40MB]
É necessário ter banda larga, pois os artigos demoram ser baixados em internet comum, se não tem banda larga dê um jeito de baixar esses artigos numa lan house.
Muito mais impressionante é que o 'Einstein' tupiniquim deve ter ficado chocado e até com certa ponta de inveja, ao saber que o prêmio Nobel de Física de 2006 foi concedido a John Mather e George Smoot pela contribuição que deram para a teoria do Big Bang da origem do universo. Smoot é físico na renomada Universidade da Califórnia – Berkeley. Além de renomada, a Universidade da Califórnia – Berkeley também é conhecida pelos seus radicais. Dois líderes do Design Inteligente lecionaram e estudaram lá – Phillip Johnson e Jonathan Wells. Bem, isso não vem ao caso, mas destaco de antemão que Smoot não é ligado à comunidade do Design Inteligente e não tem relação alguma com o nosso Centro para a Ciência e Cultura em Seattle, Washington.
Ao contrário do nosso 'Einstein' tupiniquim com o seu programa sensacionalista 'Poeira Cósmica' [cheio de imprecisões históricas – mas a Rede Globo tem competência para checar isso???], como vários físicos proeminentes contemporâneos (ex.: Arno Penzias, Owen Gingerich, e Paul Davies), Smoot tem feito declarações sugerindo que ele considera a melhor explicação de certas características do mundo natural como sendo o resultado de uma causa teleológica e com propósito – o que nós da comunidade do DI nos referimos como sendo design inteligente.
Numa entrevista, Smoot declarou: “A fim de fazer um universo tão grande e maravilhoso como é, que dure o tanto que está durando – nós estamos falando de 15 bilhões de anos e nós estamos falando de grandes distâncias aqui – para que ele seja desse tamanho, você tem de fazê-lo perfeitamente. Do contrário, as imperfeições se acumulariam e o universo ou colapsaria em si mesmo ou se espalharia, e assim é na verdade um trabalho bem exato. E eu não sei se você já teve conversas com pessoas sobre quão crítico que é que a densidade do universo veio tão próxima da densidade que decide se irá continuar se expandindo para sempre ou se colapsa, mas nós sabemos que a densidade está dentro de 1% [um por cento]".
Marcelo Gleiser – ateu confesso, insiste no seu materialismo filosófico de "Poeira Cósmica" que somente a matéria e energia é tudo que existiu, existe e existirá. Como Richard Dawkins, Daniel Dennett et al, ele tentou apresentar em recente programa do Jô Soares que as pessoas que conseguem ver evidência física de design na natureza são 'birutas excêntricos' – criacionistas motivados unicamente pela fé religiosa.
Benjamin Wiker e Jonathan Witt, autores de A Meaningful World [Um mundo com sentido], perguntam se o universo surgiu do acaso, como é que a natureza age conforme a leis naturais? Se nós estamos aqui por causa de eventos aleatórios e sem-sentido, não faz sentido que haja leis matemáticas e científicas que governem o nosso mundo, e que os nossos esforços mentais pudessem descobrir quais são essas leis. Nós estaríamos tateando na escuridão da aleatoriedade, buscando explicações que nem existiam.
O que nós vemos no universo? No microcosmo e no macrocosmo? Nós observamos que o universo é cheio de padrões – padrões que se estendem até às menores partículas de um átomo, que podem ser vistas na ordem da tabela periódica dos elementos químicos. Além disso, segundo Wiker e Witt, elas são padrões que a mente humana pode descobrir e entender. Como que o acaso e a necessidade podem explicar tudo isso?
Os leitores deste blog que me perdoem, mas vá se catar Marcelo Gleiser, essa tática materialista filosófica de denegrir a posição teleológica está ficando cada vez mais difícil de ser defendida quando cientistas respeitáveis como um George Smoot, prêmio Nobel em Física de 2006, tomam partido e destacam publicamente que a evidência de design é nítida e empiricamente detectada na natureza.
"Poeira Cósmica" é ciência qua ciência ou é a 'projeção da mente' de um faz-de-conta que levou o naturalismo metodológico para o cativeiro do materialismo filosófico que posa como ciência?
EXTRA! EXTRA! Vem aí uma nova teoria da evolução!
quarta-feira, outubro 11, 2006
Em 1980 Stephen Jay Gould afirmou num artigo que o neodarwinismo estava 'morto', mas que continuava, apesar disso, como ortodoxia nos livros-texto de biologia, e que havia necessidade de uma nova teoria evolutiva. Não deram ouvidos a Gould...
Desde 1998 venho abordando essas questões com a Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquins (Alô, amigos da Folha de São Paulo – vocês sabem que eu insisto nesta questão com vocês desde o primeiro ombudsman Gilberto Dimenstein, não é mesmo?), mas eles nunca quiseram abordar esta importante e fundamental questão científica: a insuficiência epistêmica do neodarwinismo como teoria científica. Não deram ouvidos a este blogger...
Na V Sao Paulo Research Conference ("Teoria da Evolução: Princípios e Impactos") realizada no Auditório da Faculdade de Medicina da USP, 18 a 20 de maio de 2006, eu apresentei o pôster intitulado "Uma Iminente Mudança Paradigmática em Biologia Evolutiva?"
Muitos conferencistas passaram frente ao pôster e menearam suas cabeças em desaprovação e espanto. "Como isso pôde acontecer?" Comissão científica do evento: parabéns pela liberdade acadêmica a mim concedida. Os Srs. enxergaram muito mais longe. A ciência agradece. De todos os palestrantes, o Dr. Aldo Mellender de Araújo – UFRS, foi o único que parou e leu atentamente o pôster, e depois me interpelou respeitosamente: "Você tem uma outra teoria para substituir o neodarwinismo?" Respondi que não, pois esta não era a minha função como pesquisador em formação, mas sim dele e de outros biólogos.
Gente, em ciência, nada como um dia atrás do outro. A Nomenklatura científica internacional já não está mais podendo negar a insuficiência epistêmica do neodarwinismo em 3 níveis abordados naquele pôster [era o meu projeto de dissertação, mas fui instado a escrever sobre isso posteriormente num doutorado]:
A. Questões de Padrão, diz respeito à grande escala geométrica da história biológica: Como os organismos são inter-relacionados, e como que nós sabemos isso?
B. Questões de Processo, diz respeito aos mecanismos de evolução, e os vários problemas em aberto naquela área, e
C. Questões sobre a questão central: a origem e a natureza da complexidade biológica - a “complexidade biológica” diz respeito à origem daquilo que faz com que os organismos sejam claramente o que são: complexidade especificada da informação biológica.
E você sabe qual é a novidade? Em primeiro lugar – como é bom ser vindicado cientificamente por gente muito mais graduada do que você. Isso é bom demais! Gente, eu estou quase dançando como aqueles bailarinos russos... Não estou me agüentando de tanta alegria! Alegrem-se comigo, pois doravante a galera ultradarwinista vai ter que pensar duas vezes antes de fazer comentários airosos em relação a este blogger e outros questionadores. Alô Pieczarcka (UFPA), alô Fabrício (UFMG), alô Paprocki (PUC-MG), foi muito bom dialogar com vocês. Alô, José Monserrat Filho, obrigado pela sua coragem em ceder espaço no JC E-Mail para discutir temas 'proibidos' que não podem ser discutidos livremente em nossas universidades.
Vocês estão sentados? Nenhum problema de pressão alta ou cardíaco? Em primeira mão este blogger notifica à Nomenklatura científica, à galera ultradarwinista e à Grande Mídia tupiniquins – vem aí a uma nova teoria da evolução:
"Uma nova teoria da evolução está prestes a surgir? Quase que certamente. Não é a substituição de Darwin, nem um repúdio da Síntese Moderna dos últimos 60 anos; mas uma expansão que incluirá um papel mais proeminente para a genética do desenvolvimento da evo-devo – em contraste com a genética de transmissão da Síntese Moderna. Ela também incluirá uma maior apreciação para os favorecimentos na geração de variação e possivelmente um papel para um ponto de vista de evolução mais hierárquico conforme defendido por Gould". [1]
Gould, eu queria ver a cara do Dawkins... Eu sempre tive você como sendo o verdadeiro cientista e o Dawkins um mero contador de estórias... Amigo, você está sendo vindicado!
Quer dizer então que não havia nenhuma crise teórica em evolução? Qual é a solução? A solução é kuhniana – "Paradigma morto, paradigma posto", mas esse que vem aí, eu já aviso logo – vai ser mais um remendo epistemológico que brevemente será implodido devido ao peso das evidências encontradas na natureza.
Alguém tem um nome aí para a nova teoria? Eu sugiro A pós-síntese pós-evolutiva pós-moderna ...
NOTA:
[1] "Is a new theory of evolution in the offing? Almost certainly. Not a replacement for Darwin, nor a repudiation of the Modern Synthesis of the past 60 years; but an expansion that will include a more prominent role for the developmental genetics of evo-devo — in contrast to the transmission genetics of the Modern Synthesis. It will also include a greater appreciation for interesting biases in the generation of variation and possibly a role for a more hierarchical view of evolution as championed by Gould". [1] ERWIN, Douglas H. "Evolutionary contingency", Current Biology, Volume 16, Issue 19 , 10 October 2006, Pages R825-R826
Desde 1998 venho abordando essas questões com a Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquins (Alô, amigos da Folha de São Paulo – vocês sabem que eu insisto nesta questão com vocês desde o primeiro ombudsman Gilberto Dimenstein, não é mesmo?), mas eles nunca quiseram abordar esta importante e fundamental questão científica: a insuficiência epistêmica do neodarwinismo como teoria científica. Não deram ouvidos a este blogger...
Na V Sao Paulo Research Conference ("Teoria da Evolução: Princípios e Impactos") realizada no Auditório da Faculdade de Medicina da USP, 18 a 20 de maio de 2006, eu apresentei o pôster intitulado "Uma Iminente Mudança Paradigmática em Biologia Evolutiva?"
Muitos conferencistas passaram frente ao pôster e menearam suas cabeças em desaprovação e espanto. "Como isso pôde acontecer?" Comissão científica do evento: parabéns pela liberdade acadêmica a mim concedida. Os Srs. enxergaram muito mais longe. A ciência agradece. De todos os palestrantes, o Dr. Aldo Mellender de Araújo – UFRS, foi o único que parou e leu atentamente o pôster, e depois me interpelou respeitosamente: "Você tem uma outra teoria para substituir o neodarwinismo?" Respondi que não, pois esta não era a minha função como pesquisador em formação, mas sim dele e de outros biólogos.
Gente, em ciência, nada como um dia atrás do outro. A Nomenklatura científica internacional já não está mais podendo negar a insuficiência epistêmica do neodarwinismo em 3 níveis abordados naquele pôster [era o meu projeto de dissertação, mas fui instado a escrever sobre isso posteriormente num doutorado]:
A. Questões de Padrão, diz respeito à grande escala geométrica da história biológica: Como os organismos são inter-relacionados, e como que nós sabemos isso?
B. Questões de Processo, diz respeito aos mecanismos de evolução, e os vários problemas em aberto naquela área, e
C. Questões sobre a questão central: a origem e a natureza da complexidade biológica - a “complexidade biológica” diz respeito à origem daquilo que faz com que os organismos sejam claramente o que são: complexidade especificada da informação biológica.
E você sabe qual é a novidade? Em primeiro lugar – como é bom ser vindicado cientificamente por gente muito mais graduada do que você. Isso é bom demais! Gente, eu estou quase dançando como aqueles bailarinos russos... Não estou me agüentando de tanta alegria! Alegrem-se comigo, pois doravante a galera ultradarwinista vai ter que pensar duas vezes antes de fazer comentários airosos em relação a este blogger e outros questionadores. Alô Pieczarcka (UFPA), alô Fabrício (UFMG), alô Paprocki (PUC-MG), foi muito bom dialogar com vocês. Alô, José Monserrat Filho, obrigado pela sua coragem em ceder espaço no JC E-Mail para discutir temas 'proibidos' que não podem ser discutidos livremente em nossas universidades.
Vocês estão sentados? Nenhum problema de pressão alta ou cardíaco? Em primeira mão este blogger notifica à Nomenklatura científica, à galera ultradarwinista e à Grande Mídia tupiniquins – vem aí a uma nova teoria da evolução:
"Uma nova teoria da evolução está prestes a surgir? Quase que certamente. Não é a substituição de Darwin, nem um repúdio da Síntese Moderna dos últimos 60 anos; mas uma expansão que incluirá um papel mais proeminente para a genética do desenvolvimento da evo-devo – em contraste com a genética de transmissão da Síntese Moderna. Ela também incluirá uma maior apreciação para os favorecimentos na geração de variação e possivelmente um papel para um ponto de vista de evolução mais hierárquico conforme defendido por Gould". [1]
Gould, eu queria ver a cara do Dawkins... Eu sempre tive você como sendo o verdadeiro cientista e o Dawkins um mero contador de estórias... Amigo, você está sendo vindicado!
Quer dizer então que não havia nenhuma crise teórica em evolução? Qual é a solução? A solução é kuhniana – "Paradigma morto, paradigma posto", mas esse que vem aí, eu já aviso logo – vai ser mais um remendo epistemológico que brevemente será implodido devido ao peso das evidências encontradas na natureza.
Alguém tem um nome aí para a nova teoria? Eu sugiro A pós-síntese pós-evolutiva pós-moderna ...
NOTA:
[1] "Is a new theory of evolution in the offing? Almost certainly. Not a replacement for Darwin, nor a repudiation of the Modern Synthesis of the past 60 years; but an expansion that will include a more prominent role for the developmental genetics of evo-devo — in contrast to the transmission genetics of the Modern Synthesis. It will also include a greater appreciation for interesting biases in the generation of variation and possibly a role for a more hierarchical view of evolution as championed by Gould". [1] ERWIN, Douglas H. "Evolutionary contingency", Current Biology, Volume 16, Issue 19 , 10 October 2006, Pages R825-R826
A revista Time 'macaqueando' com as semelhanças entre humanos e chimpanzés
A edição atual da revista Time dá destaque a uma história de capa pregando a evolução ao público [americano] cético e trazendo um editorial de os humanos e os chimpanzés serem relacionados. Embora a figura da capa (vide foto em blog anterior) mostre a iconografia metade humana e metade chimpanzé, o antropólogo Jonathan Marks, da Universidade da Carolina do Norte, (Charlotte) nos adverte contra "exibir as mesmas antigas falácias: ... humanizar os macacos e tornar simiesco os humanos" (What It Means to be 98% Chimpanzee, p. xv [2002]). A figura da capa comete as duas falácias:
O artigo também afirma que é fácil ver "quão aproximadamente os grandes macacos – gorilas, chimpanzés, bonobos e orangotangos – parecem conosco", mas depois observa num modo contraditório que "a agricultura, a linguagem, a arte, a música, a tecnologia e a filosofia" são "realizações que nos fazem profundamente diferentes dos chimpanzés". Talvez Michael Ruse tenha sido sábio ao perguntar "onde está o Shakespeare babuíno ou o Mozart chimpanzé?" (The Darwinian Paradigm, 1989, p. 253).
Descendência Comum ou Design Comum?
Previsivelmente o artigo trombeteia a estatística de 98-99% de semelhança genética entre os humanos e os chimpanzés, pressupondo que a semelhança demonstra ancestralidade comum. Pode a ancestralidade comum explicar as semelhanças genéticas funcionais compartilhadas entre os humanos e os chimpanzés? Certo, é claro. Mas do mesmo modo o design comum: designers regularmente reutilizam partes que funcionam quando estão fazendo plantas semelhantes. O artigo ignora que as semelhanças funcionais compartilhadas entre dois organismos não exclui o design em favor da descendência.
Mutações milagrosas evolutivas
O artigo também discute uma "mutação" que poderia permitir uma perda na força do músculo da mandíbula que os biólogos evolucionistas supõem permitiu que a caixa craniana crescesse muito maior. É uma linda estória da carochinha, mas o paleoantropólogo Bernard Wood explicou por que identificar simplesmente essas diferenças genéticas não fornece uma explicação evolutiva convincente onde a seleção natural preservaria as mutações:
"A mutação teria reduzido a aptidão darwiniana desses indivíduos… Ela somente se tornaria fixa se ela coincidisse com as mutações que reduziram o tamanho dos dentes, o tamanho da mandíbula e aumentado o tamanho do cérebro. Quais são as chances disso?" (citado em Joseph Verrengia, "Gene Mutation Said Linked to Evolution" Union Tribune, 03-24-04)
O artigo também faz a incrível afirmação de que duas mutações poderiam ser responsáveis pela "emergência de todos os aspectos da fala humana, desde as primeiras palavras de um bebê até a um monólogo de Robin Williams". Eles estão brincando? Se a linguagem humana se desenvolveu por meios darwinianos, isso exigiria evoluir bem lentamente um conjunto de características altamente complexas que faltam nos animais – um feito que os especialistas pensam ser impossível:
Chomsky e alguns dos seus oponentes mais ferrenhos concordam numa coisa: que um instinto de linguagem exclusivamente humano parece ser incompatível com a moderna teoria da evolução darwiniana, na qual os sistemas biológicos complexos surgem pela acumulação gradual ao longo das gerações de mutações genéticas aleatórias que aumentam o êxito de reprodução. ... Os sistemas não-humanos de comunicação são baseados em um de três designs [mas]... a linguagem humana tem um design muito diferente. O sistema combinatório discreto chamado de "gramática" faz a linguagem humana infinita (não há limite quanto ao número de palavras complexas ou sentenças numa língua), digital (esta infinidade é realizada pela recombinação discreta de elementos em ordens e combinações particulares, e não pela variação de algum sinal ao longo de um conjunto-contínuo como o mercúrio num termômetro), e compositivo (cada uma das combinações infinitas tem um significado diferente predizível dos significados de suas partes, das regras e dos princípios que as organiza).
(Pinker, S., capítulo 11 de The Language Instinct, 1994).
Embora Pinker creia que a linguagem humana possa ser explicada pelo darwinismo, a fala e a linguagem humanas são excessivamente complexas comparadas à linguagem animal. Afirmar que ela poderia evoluir em duas mutações é inacreditável.
DNA Não-Codificante: O Novo Melhor Amigo dos Evolucionistas?
Ironicamente, o artigo admite que as diferenças proeminentes entre os humanos e os chimpanzés podem se originar do DNA não-codificante funcional, que regula a produção de proteína. Numa analogia elegante, Owen Lovejoy explica que a semelhança de 98-99% nas regiões codificantes do DNA ("tijolos") pode ser irrelevante porque é "como ter duas plantas para duas casas de tijolos diferentes. Os tijolos são os mesmos, mas os resultados são muito diferentes".Os darwinistas citam freqüentemente as semelhanças em DNA não-codificante como evidência de ancestralidade comum chimpanzé-humano. Mas, o artigo da revista Time explica que o DNA não-codificante tem uma função – talvez sustentando as funções responsáveis pelas diferenças entre os humanos e os chimpanzés:
Essas chaves moleculares estão nas regiões não-codificantes do genoma – uma vez conhecido pejorativamente como DNA lixo, mas rebatizado recentemente como a matéria escura do genoma. ... "Mas pode ser que seja a matéria escura que governe bastante do que nós vemos realmente".
Embora o artigo ainda afirme que muito do genoma é lixo, Richard Sternberg e James A. Shapiro escreveram recentemente que "um dia, nós iremos pensar do que era costumado ser chamado de 'DNA lixo' como um componente decisivo de regimes de controle celular verdadeiramente especializado'" ("How Repeated Retroelements format genome function," Cytogenetic and Genome Research 110:108–116 [2005]).
A evidência de função no DNA não-codificante não somente lança dúvida sobre se a estatística de 98-99% de semelhança de codificação de proteína do DNA é relevante para estimar a magnitude do grau de semelhança genética entre os humanos e os chimpanzés, mas também mostra que as semelhanças entre o DNA não-codificante em humanos e chimpanzés poderiam ser explicadas por design comum.
Postado por Casey Luskin, 4 de outubro de 2006 10:02 AM
O artigo também afirma que é fácil ver "quão aproximadamente os grandes macacos – gorilas, chimpanzés, bonobos e orangotangos – parecem conosco", mas depois observa num modo contraditório que "a agricultura, a linguagem, a arte, a música, a tecnologia e a filosofia" são "realizações que nos fazem profundamente diferentes dos chimpanzés". Talvez Michael Ruse tenha sido sábio ao perguntar "onde está o Shakespeare babuíno ou o Mozart chimpanzé?" (The Darwinian Paradigm, 1989, p. 253).
Descendência Comum ou Design Comum?
Previsivelmente o artigo trombeteia a estatística de 98-99% de semelhança genética entre os humanos e os chimpanzés, pressupondo que a semelhança demonstra ancestralidade comum. Pode a ancestralidade comum explicar as semelhanças genéticas funcionais compartilhadas entre os humanos e os chimpanzés? Certo, é claro. Mas do mesmo modo o design comum: designers regularmente reutilizam partes que funcionam quando estão fazendo plantas semelhantes. O artigo ignora que as semelhanças funcionais compartilhadas entre dois organismos não exclui o design em favor da descendência.
Mutações milagrosas evolutivas
O artigo também discute uma "mutação" que poderia permitir uma perda na força do músculo da mandíbula que os biólogos evolucionistas supõem permitiu que a caixa craniana crescesse muito maior. É uma linda estória da carochinha, mas o paleoantropólogo Bernard Wood explicou por que identificar simplesmente essas diferenças genéticas não fornece uma explicação evolutiva convincente onde a seleção natural preservaria as mutações:
"A mutação teria reduzido a aptidão darwiniana desses indivíduos… Ela somente se tornaria fixa se ela coincidisse com as mutações que reduziram o tamanho dos dentes, o tamanho da mandíbula e aumentado o tamanho do cérebro. Quais são as chances disso?" (citado em Joseph Verrengia, "Gene Mutation Said Linked to Evolution" Union Tribune, 03-24-04)
O artigo também faz a incrível afirmação de que duas mutações poderiam ser responsáveis pela "emergência de todos os aspectos da fala humana, desde as primeiras palavras de um bebê até a um monólogo de Robin Williams". Eles estão brincando? Se a linguagem humana se desenvolveu por meios darwinianos, isso exigiria evoluir bem lentamente um conjunto de características altamente complexas que faltam nos animais – um feito que os especialistas pensam ser impossível:
Chomsky e alguns dos seus oponentes mais ferrenhos concordam numa coisa: que um instinto de linguagem exclusivamente humano parece ser incompatível com a moderna teoria da evolução darwiniana, na qual os sistemas biológicos complexos surgem pela acumulação gradual ao longo das gerações de mutações genéticas aleatórias que aumentam o êxito de reprodução. ... Os sistemas não-humanos de comunicação são baseados em um de três designs [mas]... a linguagem humana tem um design muito diferente. O sistema combinatório discreto chamado de "gramática" faz a linguagem humana infinita (não há limite quanto ao número de palavras complexas ou sentenças numa língua), digital (esta infinidade é realizada pela recombinação discreta de elementos em ordens e combinações particulares, e não pela variação de algum sinal ao longo de um conjunto-contínuo como o mercúrio num termômetro), e compositivo (cada uma das combinações infinitas tem um significado diferente predizível dos significados de suas partes, das regras e dos princípios que as organiza).
(Pinker, S., capítulo 11 de The Language Instinct, 1994).
Embora Pinker creia que a linguagem humana possa ser explicada pelo darwinismo, a fala e a linguagem humanas são excessivamente complexas comparadas à linguagem animal. Afirmar que ela poderia evoluir em duas mutações é inacreditável.
DNA Não-Codificante: O Novo Melhor Amigo dos Evolucionistas?
Ironicamente, o artigo admite que as diferenças proeminentes entre os humanos e os chimpanzés podem se originar do DNA não-codificante funcional, que regula a produção de proteína. Numa analogia elegante, Owen Lovejoy explica que a semelhança de 98-99% nas regiões codificantes do DNA ("tijolos") pode ser irrelevante porque é "como ter duas plantas para duas casas de tijolos diferentes. Os tijolos são os mesmos, mas os resultados são muito diferentes".Os darwinistas citam freqüentemente as semelhanças em DNA não-codificante como evidência de ancestralidade comum chimpanzé-humano. Mas, o artigo da revista Time explica que o DNA não-codificante tem uma função – talvez sustentando as funções responsáveis pelas diferenças entre os humanos e os chimpanzés:
Essas chaves moleculares estão nas regiões não-codificantes do genoma – uma vez conhecido pejorativamente como DNA lixo, mas rebatizado recentemente como a matéria escura do genoma. ... "Mas pode ser que seja a matéria escura que governe bastante do que nós vemos realmente".
Embora o artigo ainda afirme que muito do genoma é lixo, Richard Sternberg e James A. Shapiro escreveram recentemente que "um dia, nós iremos pensar do que era costumado ser chamado de 'DNA lixo' como um componente decisivo de regimes de controle celular verdadeiramente especializado'" ("How Repeated Retroelements format genome function," Cytogenetic and Genome Research 110:108–116 [2005]).
A evidência de função no DNA não-codificante não somente lança dúvida sobre se a estatística de 98-99% de semelhança de codificação de proteína do DNA é relevante para estimar a magnitude do grau de semelhança genética entre os humanos e os chimpanzés, mas também mostra que as semelhanças entre o DNA não-codificante em humanos e chimpanzés poderiam ser explicadas por design comum.
Postado por Casey Luskin, 4 de outubro de 2006 10:02 AM
Vale a pena admirar e ponderar: somente o acaso e necessidade, ou design inteligente?
segunda-feira, outubro 09, 2006
Galera! Muito obrigado pela audiência!!!
sábado, outubro 07, 2006
Fonte
Gente, muito obrigado pela audiência! A razão maior da existência deste blog é que quase inexiste no Brasil uma abordagem crítica livre e séria ao darwinismo.
Muito obrigado mesmo, e para desespero da Nomenklatura científica tupiniquim, recomende este blog para seus amigos, que por sua vez devem recomendar aos amigos deles...
Um Ph. D. [eus] da Nomenklatura científica e este blogger
Acho que foi Johny Cash, cantor de música country americana, que disse certa vez: "É bom ser odiado pelas pessoas certas". É por isso que transcrevo a seguir a troca de e-mails com um professor Ph. D. de universidade pública paulista. Omito nome e local de trabalho para evitar presente e futuros constrangimentos para ele:
04/10/2006
Prezado Enésio [o meu nome é Enézio, com 'z' e para ser lido como o bordão do Enéas].
Com todo o respeito, mas gostaria mesmo de saber qual o propósito de sua página na internet. Não vejo porque alguém que não faz ciência, ficar colocando materias [sic] tendenciosas a todo o momento sem ao menos se dar ao trabalho de verificar a veracidade dessas.
+++
Minha resposta:
A razão deste blog é tão-somente lidar com qualquer expressão ou apoio da teoria macroevolutiva que demonstre características de ‘fundamentalismo religioso’ (eu não fui o primeiro a chamar os ultradarwinistas de ‘fundamentalistas’. Esta glória fica para Stephen Jay Gould, um evolucionista sincero e academicamente honesto), tais como mentalidade estreita, intolerância, antiintelectualismo, obscurantismo, ou dogmatismo.
Exemplos das ações nefastas e anticientíficas da Nomenklatura científica:
1. A aceitação e ‘devoção’ da teoria macroevolutiva (TGE) e de um rígido compromisso filosófico ao materialismo, e o fazer ciência não baseado em evidência científica.
2. A intolerância em relação às pessoas que questionam a TGE, e apóiam uma política pública que envolve o ensino somente da evidência que apóia a TGE e o banimento de qualquer evidência científica que poderia desacreditá-la. Isso também se aplica àqueles que afirmam que não existe evidência científica que tenderia a desacreditar qualquer aspecto da TGE.
3. O antiintelectualismo e obscurantismo que se reflete na deturpação da evidência científica (especialmente nos atuais livros-texto de Biologia do ensino médio) relevantes à TGE, o desvirtuamento das posições daqueles que desafiam quaisquer aspectos da TGE, questionando os seus motivos ou focalizando nas suas crenças de tradições religiosas (não se esqueçam detratores que o ateísmo também é uma forma de religião – tem dogmas) em vez de tentarem refutar seus argumentos nos méritos. A expressão mais visível disso são os ataques ad hominem e os argumentos de espantalho. Esses exemplos são mui freqüentes em sites extremamente ideologizados pelo materialismo filosófico posando como ciência.
+++
Meu nome é xyz e sou cientista na xyz. Longe de mim querer possuir a verdade absoluta. Apenas acho que algumas pessoas ficam deveras impressionadas com o que é colocado na rede e acabam por acreditar em tais desinformações.
+++
Minha resposta:
Concordo plenamente com o professor xyz – ninguém é dono da verdade, mas as desinformações residem no uso de duas fraudes, uma centenária (os embriões de Haeckel) e outra mais recente (as mariposas de Manchester) encontradas em nossos melhores livros didáticos de Biologia do ensino médio com o aval do MEC e o silêncio conivente da Nomenklatura científica da qual o professor faz parte como soldadinho-de-chumbo.
Eu chamo isso de a 'síndrome de Ricupero' versão darwinizada – o que Darwin tem de bom a gente mostra, e o que tem de ruim a gente trapaceia – vide inúmeras fraudes nesta área científica... O silêncio a respeito disso só foi quebrado quando apresentamos ao MEC uma análise crítica dos livros didáticos de Biologia do ensino médio em 2003 e 2005.
Por que todos os portadores de Ph. D. silenciaram sobre a questão ética e científica por muito tempo? Bem a propósito, louve-se a atitude de um autor Ph. D. – José Mariano Amabis, Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da USP (in 'Fundamentos da Biologia Moderna', São Paulo, Moderna, 3ª. ed. revista e atualizada, 2002) que retirou essas duas fraudes do seu livro-texto, mas não menciona nas novas edições por que as retirou... Amabis, bastava dizer que elas eram fraudes e vocês sabiam disso há muito tempo!
+++
Creio que sua opnião [sic] deveria estar embasada em algo mais concreto e não em materias criacionistas estúpidas. Nós sabemos, e o sr. também, que os criacionistas nunca conseguiram demonstrar um "a" do que propoem [sic]. A evolução é corroborada por milhares de artigos todos os dias o que só aumenta sua confiabilidade no meio,,, alas [sic], evolução é fato e ponto final.
+++
Minha resposta:
Os pequenos textos colocados neste blog são embasados em pesquisas e artigos extraídos da literatura especializada que indico aos leitores para conferir se o que afirmo é veraz ou não. A regra neste blog é – matar a cobra e mostrar o pau! A evolução, caro Ph. D., ainda continua 'um longo argumento' que ainda não foi cientificamente confirmado no COMO isso se realiza desde o tempo de Darwin.
+++
Espreo [sic] que osr. [sic] tenha o devido cuidado em apresentar esse tipo de artgio [sic] tendenciosos [sic] ou que pelo menos procure saber o que é realmente verdade.
Obrigado.
Foto: Pavo cristatus
Ph. D., XYZ
Depto. XYZ
Faculdade XYZ – Universidade XYZ
+++
Minha resposta:
Os artigos são tendenciosos sim – eles mostram nitidamente as insuficiências epistêmicas das atuais teorias da origem e evolução da vida sendo discutidas intramuros por outros cientistas ou deduzidas das conclusões dos seus artigos e/ou pesquisas.
Verdade qua verdade – êta tema complexo, mas simples – verdade é tudo aquilo que corresponde aos fatos. Ponto final!
Respondi prontamente ao professor no mesmo dia:
Prezado xyz,
Seja mais cientista e aponte as minhas falhas no blog que eu vou melhorar ainda mais.
Eu não me embaso em matérias 'criacionistas', mas em textos da literatura especializada a qual você deve também ter acesso. Geralmente eu remeto os leitores para o autor, livro ou pesquisa mencionada. Pela limitação de espaço no blog, os textos são sucintos.
Você poderia me dizer qual cientista 'estabeleceu' o fato da teoria geral da evolução? Eu desconheço, e olhe que me envolvi nesta temática há 15 anos.
Quanto a ser ou não cientista, eu sei que há cientistas que não são acadêmicos e acadêmicos que são cientistas. Epistemologicamente eu posso ser encontrado como sendo partidário da visão de ciência de PKF – Popper, Kuhn e Feyerabend, considerados por muitos como inimigos da ciência por apontarem suas limitações e erros. É o que faço no meu blog.
Desculpe-me, mas eu habito o meu estilo desconstrucionista – com todo o respeito, Ph. Deuses não me impressionam. Obrigado pelo incentivo.
Um abraço pós-darwinista,
+++
Ele me enviou o seguinte 'pedido de desculpas' [IRÔNICO]:
Prezado Sr.
Na verdade eu me equivoquei e venho aqui, humildemente, pedir-te desculpas.
+++
Minha resposta:
Ironia detectada, desculpas aceitas mesmo assim pois não guardo mágoas de ninguém, especialmente de oponentes no calor do debate de idéias.
+++
Não sabia sobre sua [sic – erro de concordância nominal, o certo seria 'tua'] formação em letras, o que descarta a idéia de que possa [sic – erro de concordância verbal, o certo seria 'possas'] entender algo do que lê [sic – erro de concordância verbal, o certo seria 'lês'] sobre ciências biológicas, evolução e afins.
+++
Minha resposta:
Por esta linha parva de raciocínio xyz acabou de impedir a Darwin de escrever o Origem das Espécies – ele não dispunha de formação acadêmica em biologia, aliás, em nenhuma área sobre as quais se aventurou escrever, mas mesmo assim Darwin ousou escrever sobre o assunto considerado 'mysterium tremendum'. Olha que havia gente muito mais capacitada do que o naturalista inglês. Quanto a Darwin, ele tinha mestrado em teologia.
Isso ia ficar para a minha dissertação, mas já trago ao conhecimento de um público maior. No sistema de educação inglês da época de Darwin você poderia optar em fazer o mestrado com 'honors' (escrever uma dissertação) ou sem 'honors' (cumprir somente os créditos). Qual foi a opção escolhida por Darwin??? Alguém adivinha? Sem 'honors', é claro!
Ah, ia me esquecendo – a maioria dos livros sobre evolução, inclusive o seminal Origem das Espécies foi e é escrita para alcançar o público leitor não especializado. Pelo raciocínio de xyz, os editores não devem publicá-los, pois os leigos, mesmo os inteligentes, não irão entender bulhufas sobre 'ciências biológicas, evolução e afins'...
+++
Então colega, desculpe-me. Continue escrevendo o que acha [sic – erro de concordância verbal, o certo seria 'achas'] que entendeu sobre algo que nunca leu, a evolução, fato demonstrado através de milhares de artigos peer review até no nível de genes.
+++
Minha resposta:
Um Ph. D. me chamando de 'colega'? É muita ironia, mas ainda chego lá. Falta pouco, e se a Nomenklatura científica tupiniquim me conceder o 'tacape'... A evolução (as teorias especial e geral da evolução) tem sido a minha leitura há 15 anos. Sou cético localizado da teoria geral da evolução, justamente por não me convencer do que leio nesses 'milhares de artigos peer review'. O que mais tem naqueles artigos é o que Stephen Jay Gould identificou muito bem como sendo 'just-so stories' – estórias da carochinha.
Não ia fazer isso, mas a minha ironia fina me obriga – um Ph. D. com todos esses erros crassos de português? Como é que ele apresenta seus projetos de pesquisas para a CAPES? Alô Veríssimo, ainda há vagas no curso de Português da Madame Natasha?
+++
Obrigado.
+++
Minha resposta:
De nada. O prazer foi todo meu, pois os Ph. Ds. tupiniquins estão lendo o meu blog. Isso me deixa bastante lisonjeado.
Encerro este blog com uma antiga citação. Traduzo para os leigos, mas conservo o texto em inglês para os Ph. D.[euses]conferirem:
"Nosso pensamento sobre o mundo ou mundos nos quais nós vivemos e morremos deve acontecer dentro das tradições que tingem as nossas observações e apontam para futuras possibilidades. Não existe discurso observacional teórico neutro que seja de alguma utilidade para nós. Nem há qualquer regra definitiva que nos informe quando nós devemos abandonar alguma tradição aparentemente fracassada. Nesta situação difícil, Feyerabend defende a receita de Mills de proliferação: algumas de suas farpas mais impetuosas são dirigidas contra uma admiração kuhniana ou pós-kuhniana por 'ciência normal', concebida como a aplicação coletivizada de idéias que uma vez foram grandes idéias. Nós não devemos esperar pela contra-evidência antes de começarmos a elaborar alguma teoria vigorosamente nova: a contra-evidência nunca será coletada a menos que nós investiguemos as implicações de tais pensamentos bizarros. O ponto de vista conservador é uma desculpa para a preguiça, a ser rejeitada não porque esteja racionalmente errada, mas como uma forma diferente de vida daquela que as mentes vigorosas preferem. Feyerabend parece até rejeitar o seu antigo amor, explicações materialistas da mente, sob uma base semelhante: "Nós queremos eficiência científica, ou nós queremos uma vida humana rica do tipo conhecido e descrito pelos nossos artistas" – não que Feyerabend creia que a 'eficiência científica' como é geralmente entendida seja genuinamente eficiente. Como qualquer igreja bem estabelecida [SIC ULTRA PLUS!!! Gente, eu chamo carinhosamente de 'Nomenklatura científica', um termo mais secular...] , a comunidade científica é um refúgio para os que buscam posições, e ela somente sobrevive porque o espírito da verdadeira razão levanta testemunhas para si mesma em cada época". [1](Ênfase inexistente)
+++
Fui, mas volto para fustigar esta atitude arrogante e mentecapta de alguns Ph. D. (euses) da Nomenklatura científica tupiniquim...
NOTA
[1] "Our thought about the world or worlds in which we live and die must take place within traditions that suffuse our observations and point to future possibilities. There is no theory-neutral observational discourse that would be of any use to us. Nor is there any definitive rule that tells us when we must abandon some apparently failing tradition. In this plight, Feyerabend advocates Mill's recipe of proliferation: some of his fiercest barbs are directed against a Kuhnian or post-Kuhnian admiration for 'normal science', conceived as the collectivised application of ideas that were once great. We should not wait for counter-evidence before beginning to elaborate some lively new theory: the counter-evidence will never be collected unless we investigate the implications of such bizarre thoughts. The conservative outlook is an excuse for laziness, to be rejected not because it is rationally mistaken, but as a different form of life from that which lively minds prefer. Feyerabend even seems to reject his sometime love, materialist explanations of the mind, upon a similar ground: "Do we want scientific efficiency, or do we want a rich human life of the kind known and described by our artists" – not that Feyerabend believes that 'scientific efficiency' as common understood is genuinely efficient. Like any well-established church, the scientific community is a haven for place-seekers, and it survives only because the spirit of true reason raises up witnesses to itself in every age." [1]
Stephen R.L. Clark, review of P.K. Feyerabend, Philosophical Papers Vols. I and II; Philosophical Quarterly 34 (April 1984): 172-173.
04/10/2006
Prezado Enésio [o meu nome é Enézio, com 'z' e para ser lido como o bordão do Enéas].
Com todo o respeito, mas gostaria mesmo de saber qual o propósito de sua página na internet. Não vejo porque alguém que não faz ciência, ficar colocando materias [sic] tendenciosas a todo o momento sem ao menos se dar ao trabalho de verificar a veracidade dessas.
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Minha resposta:
A razão deste blog é tão-somente lidar com qualquer expressão ou apoio da teoria macroevolutiva que demonstre características de ‘fundamentalismo religioso’ (eu não fui o primeiro a chamar os ultradarwinistas de ‘fundamentalistas’. Esta glória fica para Stephen Jay Gould, um evolucionista sincero e academicamente honesto), tais como mentalidade estreita, intolerância, antiintelectualismo, obscurantismo, ou dogmatismo.
Exemplos das ações nefastas e anticientíficas da Nomenklatura científica:
1. A aceitação e ‘devoção’ da teoria macroevolutiva (TGE) e de um rígido compromisso filosófico ao materialismo, e o fazer ciência não baseado em evidência científica.
2. A intolerância em relação às pessoas que questionam a TGE, e apóiam uma política pública que envolve o ensino somente da evidência que apóia a TGE e o banimento de qualquer evidência científica que poderia desacreditá-la. Isso também se aplica àqueles que afirmam que não existe evidência científica que tenderia a desacreditar qualquer aspecto da TGE.
3. O antiintelectualismo e obscurantismo que se reflete na deturpação da evidência científica (especialmente nos atuais livros-texto de Biologia do ensino médio) relevantes à TGE, o desvirtuamento das posições daqueles que desafiam quaisquer aspectos da TGE, questionando os seus motivos ou focalizando nas suas crenças de tradições religiosas (não se esqueçam detratores que o ateísmo também é uma forma de religião – tem dogmas) em vez de tentarem refutar seus argumentos nos méritos. A expressão mais visível disso são os ataques ad hominem e os argumentos de espantalho. Esses exemplos são mui freqüentes em sites extremamente ideologizados pelo materialismo filosófico posando como ciência.
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Meu nome é xyz e sou cientista na xyz. Longe de mim querer possuir a verdade absoluta. Apenas acho que algumas pessoas ficam deveras impressionadas com o que é colocado na rede e acabam por acreditar em tais desinformações.
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Minha resposta:
Concordo plenamente com o professor xyz – ninguém é dono da verdade, mas as desinformações residem no uso de duas fraudes, uma centenária (os embriões de Haeckel) e outra mais recente (as mariposas de Manchester) encontradas em nossos melhores livros didáticos de Biologia do ensino médio com o aval do MEC e o silêncio conivente da Nomenklatura científica da qual o professor faz parte como soldadinho-de-chumbo.
Eu chamo isso de a 'síndrome de Ricupero' versão darwinizada – o que Darwin tem de bom a gente mostra, e o que tem de ruim a gente trapaceia – vide inúmeras fraudes nesta área científica... O silêncio a respeito disso só foi quebrado quando apresentamos ao MEC uma análise crítica dos livros didáticos de Biologia do ensino médio em 2003 e 2005.
Por que todos os portadores de Ph. D. silenciaram sobre a questão ética e científica por muito tempo? Bem a propósito, louve-se a atitude de um autor Ph. D. – José Mariano Amabis, Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da USP (in 'Fundamentos da Biologia Moderna', São Paulo, Moderna, 3ª. ed. revista e atualizada, 2002) que retirou essas duas fraudes do seu livro-texto, mas não menciona nas novas edições por que as retirou... Amabis, bastava dizer que elas eram fraudes e vocês sabiam disso há muito tempo!
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Creio que sua opnião [sic] deveria estar embasada em algo mais concreto e não em materias criacionistas estúpidas. Nós sabemos, e o sr. também, que os criacionistas nunca conseguiram demonstrar um "a" do que propoem [sic]. A evolução é corroborada por milhares de artigos todos os dias o que só aumenta sua confiabilidade no meio,,, alas [sic], evolução é fato e ponto final.
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Minha resposta:
Os pequenos textos colocados neste blog são embasados em pesquisas e artigos extraídos da literatura especializada que indico aos leitores para conferir se o que afirmo é veraz ou não. A regra neste blog é – matar a cobra e mostrar o pau! A evolução, caro Ph. D., ainda continua 'um longo argumento' que ainda não foi cientificamente confirmado no COMO isso se realiza desde o tempo de Darwin.
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Espreo [sic] que osr. [sic] tenha o devido cuidado em apresentar esse tipo de artgio [sic] tendenciosos [sic] ou que pelo menos procure saber o que é realmente verdade.
Obrigado.
Foto: Pavo cristatus
Ph. D., XYZ
Depto. XYZ
Faculdade XYZ – Universidade XYZ
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Minha resposta:
Os artigos são tendenciosos sim – eles mostram nitidamente as insuficiências epistêmicas das atuais teorias da origem e evolução da vida sendo discutidas intramuros por outros cientistas ou deduzidas das conclusões dos seus artigos e/ou pesquisas.
Verdade qua verdade – êta tema complexo, mas simples – verdade é tudo aquilo que corresponde aos fatos. Ponto final!
Respondi prontamente ao professor no mesmo dia:
Prezado xyz,
Seja mais cientista e aponte as minhas falhas no blog que eu vou melhorar ainda mais.
Eu não me embaso em matérias 'criacionistas', mas em textos da literatura especializada a qual você deve também ter acesso. Geralmente eu remeto os leitores para o autor, livro ou pesquisa mencionada. Pela limitação de espaço no blog, os textos são sucintos.
Você poderia me dizer qual cientista 'estabeleceu' o fato da teoria geral da evolução? Eu desconheço, e olhe que me envolvi nesta temática há 15 anos.
Quanto a ser ou não cientista, eu sei que há cientistas que não são acadêmicos e acadêmicos que são cientistas. Epistemologicamente eu posso ser encontrado como sendo partidário da visão de ciência de PKF – Popper, Kuhn e Feyerabend, considerados por muitos como inimigos da ciência por apontarem suas limitações e erros. É o que faço no meu blog.
Desculpe-me, mas eu habito o meu estilo desconstrucionista – com todo o respeito, Ph. Deuses não me impressionam. Obrigado pelo incentivo.
Um abraço pós-darwinista,
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Ele me enviou o seguinte 'pedido de desculpas' [IRÔNICO]:
Prezado Sr.
Na verdade eu me equivoquei e venho aqui, humildemente, pedir-te desculpas.
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Minha resposta:
Ironia detectada, desculpas aceitas mesmo assim pois não guardo mágoas de ninguém, especialmente de oponentes no calor do debate de idéias.
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Não sabia sobre sua [sic – erro de concordância nominal, o certo seria 'tua'] formação em letras, o que descarta a idéia de que possa [sic – erro de concordância verbal, o certo seria 'possas'] entender algo do que lê [sic – erro de concordância verbal, o certo seria 'lês'] sobre ciências biológicas, evolução e afins.
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Minha resposta:
Por esta linha parva de raciocínio xyz acabou de impedir a Darwin de escrever o Origem das Espécies – ele não dispunha de formação acadêmica em biologia, aliás, em nenhuma área sobre as quais se aventurou escrever, mas mesmo assim Darwin ousou escrever sobre o assunto considerado 'mysterium tremendum'. Olha que havia gente muito mais capacitada do que o naturalista inglês. Quanto a Darwin, ele tinha mestrado em teologia.
Isso ia ficar para a minha dissertação, mas já trago ao conhecimento de um público maior. No sistema de educação inglês da época de Darwin você poderia optar em fazer o mestrado com 'honors' (escrever uma dissertação) ou sem 'honors' (cumprir somente os créditos). Qual foi a opção escolhida por Darwin??? Alguém adivinha? Sem 'honors', é claro!
Ah, ia me esquecendo – a maioria dos livros sobre evolução, inclusive o seminal Origem das Espécies foi e é escrita para alcançar o público leitor não especializado. Pelo raciocínio de xyz, os editores não devem publicá-los, pois os leigos, mesmo os inteligentes, não irão entender bulhufas sobre 'ciências biológicas, evolução e afins'...
+++
Então colega, desculpe-me. Continue escrevendo o que acha [sic – erro de concordância verbal, o certo seria 'achas'] que entendeu sobre algo que nunca leu, a evolução, fato demonstrado através de milhares de artigos peer review até no nível de genes.
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Minha resposta:
Um Ph. D. me chamando de 'colega'? É muita ironia, mas ainda chego lá. Falta pouco, e se a Nomenklatura científica tupiniquim me conceder o 'tacape'... A evolução (as teorias especial e geral da evolução) tem sido a minha leitura há 15 anos. Sou cético localizado da teoria geral da evolução, justamente por não me convencer do que leio nesses 'milhares de artigos peer review'. O que mais tem naqueles artigos é o que Stephen Jay Gould identificou muito bem como sendo 'just-so stories' – estórias da carochinha.
Não ia fazer isso, mas a minha ironia fina me obriga – um Ph. D. com todos esses erros crassos de português? Como é que ele apresenta seus projetos de pesquisas para a CAPES? Alô Veríssimo, ainda há vagas no curso de Português da Madame Natasha?
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Obrigado.
+++
Minha resposta:
De nada. O prazer foi todo meu, pois os Ph. Ds. tupiniquins estão lendo o meu blog. Isso me deixa bastante lisonjeado.
Encerro este blog com uma antiga citação. Traduzo para os leigos, mas conservo o texto em inglês para os Ph. D.[euses]conferirem:
"Nosso pensamento sobre o mundo ou mundos nos quais nós vivemos e morremos deve acontecer dentro das tradições que tingem as nossas observações e apontam para futuras possibilidades. Não existe discurso observacional teórico neutro que seja de alguma utilidade para nós. Nem há qualquer regra definitiva que nos informe quando nós devemos abandonar alguma tradição aparentemente fracassada. Nesta situação difícil, Feyerabend defende a receita de Mills de proliferação: algumas de suas farpas mais impetuosas são dirigidas contra uma admiração kuhniana ou pós-kuhniana por 'ciência normal', concebida como a aplicação coletivizada de idéias que uma vez foram grandes idéias. Nós não devemos esperar pela contra-evidência antes de começarmos a elaborar alguma teoria vigorosamente nova: a contra-evidência nunca será coletada a menos que nós investiguemos as implicações de tais pensamentos bizarros. O ponto de vista conservador é uma desculpa para a preguiça, a ser rejeitada não porque esteja racionalmente errada, mas como uma forma diferente de vida daquela que as mentes vigorosas preferem. Feyerabend parece até rejeitar o seu antigo amor, explicações materialistas da mente, sob uma base semelhante: "Nós queremos eficiência científica, ou nós queremos uma vida humana rica do tipo conhecido e descrito pelos nossos artistas" – não que Feyerabend creia que a 'eficiência científica' como é geralmente entendida seja genuinamente eficiente. Como qualquer igreja bem estabelecida [SIC ULTRA PLUS!!! Gente, eu chamo carinhosamente de 'Nomenklatura científica', um termo mais secular...] , a comunidade científica é um refúgio para os que buscam posições, e ela somente sobrevive porque o espírito da verdadeira razão levanta testemunhas para si mesma em cada época". [1](Ênfase inexistente)
+++
Fui, mas volto para fustigar esta atitude arrogante e mentecapta de alguns Ph. D. (euses) da Nomenklatura científica tupiniquim...
NOTA
[1] "Our thought about the world or worlds in which we live and die must take place within traditions that suffuse our observations and point to future possibilities. There is no theory-neutral observational discourse that would be of any use to us. Nor is there any definitive rule that tells us when we must abandon some apparently failing tradition. In this plight, Feyerabend advocates Mill's recipe of proliferation: some of his fiercest barbs are directed against a Kuhnian or post-Kuhnian admiration for 'normal science', conceived as the collectivised application of ideas that were once great. We should not wait for counter-evidence before beginning to elaborate some lively new theory: the counter-evidence will never be collected unless we investigate the implications of such bizarre thoughts. The conservative outlook is an excuse for laziness, to be rejected not because it is rationally mistaken, but as a different form of life from that which lively minds prefer. Feyerabend even seems to reject his sometime love, materialist explanations of the mind, upon a similar ground: "Do we want scientific efficiency, or do we want a rich human life of the kind known and described by our artists" – not that Feyerabend believes that 'scientific efficiency' as common understood is genuinely efficient. Like any well-established church, the scientific community is a haven for place-seekers, and it survives only because the spirit of true reason raises up witnesses to itself in every age." [1]
Stephen R.L. Clark, review of P.K. Feyerabend, Philosophical Papers Vols. I and II; Philosophical Quarterly 34 (April 1984): 172-173.
EXTRA! EXTRA! Reportagem de capa da revista TIME: "O que nos faz diferentes?"
terça-feira, outubro 03, 2006
Uma das mais importantes revistas do mundo, a TIME, publicou uma reportagem especial "What Makes us Different?" [O que nos faz diferentes?] de Michael D. Lemonick e Andrea Dorfman. O subtítulo: Não muito, quando você olha o nosso DNA. Mas aquelas poucas pequeníssimas mudanças fizeram toda a diferença.
Ilustração para a TIME, de Tim O'Brien
Destaco abaixo parte do texto desta magnífica reportagem sobre o que realmente nos faz diferentes:
"Mas as pequeníssimas diferenças, esparramadas por todo o genoma, tem feito toda a diferença. Agricultura, linguagem, arte, música, tecnologia e filosofia – todas as realizações que nos fazem profundamente diferentes dos chimpanzés e que fazem um chimpanzé num terno e gravata parecer tão profundamente ridículo – são de alguma forma codificadas em frações minuciosas de nosso código genético. Ninguém ainda sabe exatamente onde elas estão ou como elas funcionam, mas em algum lugar dos núcleos de nossas células estão bastantes aminoácidos, arrumados em ordem específica, que nos dotaram com a capacidade mental para suplantarmos em pensar e fazer aos nossos mais próximos parentes na árvore da vida. Elas nos dão a capacidade de falar, escrever, e ler, compor sinfonias, pintar obras de arte, e aprofundarmos na biologia molecular que nos faz ser o que somos".
O que nos faz diferentes?
[Ênfase minha]
O artigo completo pode ser acessado gratuitamente aqui:
[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8]
Ilustração para a TIME, de Tim O'Brien
Destaco abaixo parte do texto desta magnífica reportagem sobre o que realmente nos faz diferentes:
"Mas as pequeníssimas diferenças, esparramadas por todo o genoma, tem feito toda a diferença. Agricultura, linguagem, arte, música, tecnologia e filosofia – todas as realizações que nos fazem profundamente diferentes dos chimpanzés e que fazem um chimpanzé num terno e gravata parecer tão profundamente ridículo – são de alguma forma codificadas em frações minuciosas de nosso código genético. Ninguém ainda sabe exatamente onde elas estão ou como elas funcionam, mas em algum lugar dos núcleos de nossas células estão bastantes aminoácidos, arrumados em ordem específica, que nos dotaram com a capacidade mental para suplantarmos em pensar e fazer aos nossos mais próximos parentes na árvore da vida. Elas nos dão a capacidade de falar, escrever, e ler, compor sinfonias, pintar obras de arte, e aprofundarmos na biologia molecular que nos faz ser o que somos".
O que nos faz diferentes?
[Ênfase minha]
O artigo completo pode ser acessado gratuitamente aqui:
[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8]
Jeffrey Schwartz 'falou e disse': você batizaram o 'bebê de Lucy' cedo demais!
Antropólogo desafia a identificação da espécie de esqueleto de criança antiga descoberto na Etiópia
Jeffrey Schwartz, professor da Universidade de Pittsburgh, junto com seu colega Ian Tattersall compilaram todo o registro fóssil humano, diz que o espécime não é da Etiópia e a que a classificação é prematura.
University of Pittsburgh, 2 de outubro de 2006 - Eurekalert
De acordo com o professor de antropologia da Universidade de Pittsburgh, Jeffrey Schwartz, autor dos quatro volumes de The Human Fossil Record [O registro fóssil humano] (Wiley-Liss, 2002-05), "a descoberta de qualquer esqueleto bem completo seria muito especial. O fato que é uma criança [sic] torna-o ainda mais excitante porque os seus ossos e dentes podem revelar o que um esqueleto de adulto não pode".
Todavia, Schwartz disse, há questões sobre as espécies que este espécime representa. Ele explicou que o problema é que "Lucy" e este espécime-criança de Dikika foram colocados na linhagem do Australopithecus afarensis, que não é da Etiópia, mas de Laetoli, um lugar na Tanzânia a milhares de quilômetros ao sul. Mas enquanto outros espécimes de Laetoli são semelhantes a este espécime, definido como A. afarensis, uma pesquisa recente de virtualmente todos os fósseis da região de Lucy (Hadar) por Schwartz e Ian Tattersall, curador de antropologia do Museu Americano de História Natural em Nova York, revelou que nenhum é semelhante em detalhe aos fósseis de Laetoli.
"Isto significa, é claro, que nenhum espécime de Hadar é A. afarensis," disse Schwartz, um membro sênior da prestigiosa World Academy of Arts and Science.
Assim como Donald Johanson (o descobridor do fóssil Lucy de 3.2 milhões de anos) sugeriu inicialmente, Schwartz e Tattersall descobriram que há mais de um tipo de hominídeo representado no material de Hadar.
"Uma vez que as superfícies mastigatórias dos dentes da criança [sic] de Dikika ainda não foram expostas, ninguém pode comparar isso com qualquer um dos espécimes de Hadar ou com o tipo de espécime de A. afarensis de Laetoli", Schwarz explicou. "Até que isso seja feito, ninguém pode dizer se a criança [sic] de Dikika seja realmente o primeiro espécime de A. afarensis etíope ou, se não for, se isso se compara favoravelmente com um dos hominídeos de Hadar ou se representa um táxon diferente".
+++++
O livro The Human Fossil Record de Schwartz e Tattersall representa o primeiro estudo de todo o registro fóssil humano. O volume 1 recebeu o prêmio Professional Scholarly Publishing Award da Association of American Publishers [Associação Americana de Editores].
Jeffrey Schwartz, professor da Universidade de Pittsburgh, junto com seu colega Ian Tattersall compilaram todo o registro fóssil humano, diz que o espécime não é da Etiópia e a que a classificação é prematura.
University of Pittsburgh, 2 de outubro de 2006 - Eurekalert
De acordo com o professor de antropologia da Universidade de Pittsburgh, Jeffrey Schwartz, autor dos quatro volumes de The Human Fossil Record [O registro fóssil humano] (Wiley-Liss, 2002-05), "a descoberta de qualquer esqueleto bem completo seria muito especial. O fato que é uma criança [sic] torna-o ainda mais excitante porque os seus ossos e dentes podem revelar o que um esqueleto de adulto não pode".
Todavia, Schwartz disse, há questões sobre as espécies que este espécime representa. Ele explicou que o problema é que "Lucy" e este espécime-criança de Dikika foram colocados na linhagem do Australopithecus afarensis, que não é da Etiópia, mas de Laetoli, um lugar na Tanzânia a milhares de quilômetros ao sul. Mas enquanto outros espécimes de Laetoli são semelhantes a este espécime, definido como A. afarensis, uma pesquisa recente de virtualmente todos os fósseis da região de Lucy (Hadar) por Schwartz e Ian Tattersall, curador de antropologia do Museu Americano de História Natural em Nova York, revelou que nenhum é semelhante em detalhe aos fósseis de Laetoli.
"Isto significa, é claro, que nenhum espécime de Hadar é A. afarensis," disse Schwartz, um membro sênior da prestigiosa World Academy of Arts and Science.
Assim como Donald Johanson (o descobridor do fóssil Lucy de 3.2 milhões de anos) sugeriu inicialmente, Schwartz e Tattersall descobriram que há mais de um tipo de hominídeo representado no material de Hadar.
"Uma vez que as superfícies mastigatórias dos dentes da criança [sic] de Dikika ainda não foram expostas, ninguém pode comparar isso com qualquer um dos espécimes de Hadar ou com o tipo de espécime de A. afarensis de Laetoli", Schwarz explicou. "Até que isso seja feito, ninguém pode dizer se a criança [sic] de Dikika seja realmente o primeiro espécime de A. afarensis etíope ou, se não for, se isso se compara favoravelmente com um dos hominídeos de Hadar ou se representa um táxon diferente".
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O livro The Human Fossil Record de Schwartz e Tattersall representa o primeiro estudo de todo o registro fóssil humano. O volume 1 recebeu o prêmio Professional Scholarly Publishing Award da Association of American Publishers [Associação Americana de Editores].
Tema para pesquisa, dissertação ou tese: a proteína ubiquitin hidrolase
O MIT identificou uma enzima com o “nó mais complicado já observado numa proteína”, cruzando-se cinco vezes.
A proteína, ubiquitin hidrolase, tem o mesmo nó em fermento e nos humanos, sugerindo que a proteína se “preservou bastante por toda a evolução”.
Estase! Gould, estase!, mas estase são dados!!!
A proteína, ubiquitin hidrolase, tem o mesmo nó em fermento e nos humanos, sugerindo que a proteína se “preservou bastante por toda a evolução”.
Estase! Gould, estase!, mas estase são dados!!!
Haldane 'falou e disse': a especiação ocorre, mas a seleção natural não tem nada a ver com isso
J. B. S. Haldane foi ateu e marxista-leninista militante de carteirinha na Inglaterra, mas isso não impediu que ele fosse um grande cientista. Orador exímio, aqui nesta foto antiga, Haldane tentava convencer as massas proletárias para a causa do comunismo.
Bem, deixemos de lado a ideologia marxista de Haldane, responsável pelo genocídio de mais de 100 milhões de pessoas, e vamos considerar uma de suas notáveis citações:
"Mas, se nós chegamos à conclusão de que a seleção natural seja provavelmente a principal causa de mudança numa população, nós certamente não precisamos voltar completamente ao ponto de vista de Darwin. Em primeiro lugar, nós temos toda a razão de acreditar [sic] que novas espécies podem surgir bem subitamente [sic], algumas vezes por hibridização, algumas vezes talvez por outros meios [sic]. Tais espécies não surgem, como Darwin pensou, por seleção natural [sic]. Quando elas surgirem, elas precisam justificar a sua existência diante do tribunal da seleção natural, mas isso é uma questão muito diferente". [1]
É Haldane, a seleção natural pode até explicar a 'sobrevivência do mais apto'. Quem sobrevive? O mais apto. Por quê? Por ser mais apto, por isso sobrevive. Gente, Dennett, filósofo ateu, disse que esta é a maior idéia que alguém já teve em todo o tempo, mas é uma tautologia, e tautologia não explica nada em ciência.
O que a seleção natural – a menina dos olhos epistêmicos de Darwin e seus atuais discípulos, não explica cientificamente é a 'origem do mais apto'... Pensar que Darwin intitulou o seu livro Origem das Espécies, só que o livro é uma miscelânea de tudo quanto é assunto, menos da 'origem das espécies'...
Camarada Haldane, a coisa ainda é a mesma desde 1859: a origem das espécies continua um Mysterium tremendum!
NOTA
[1] "But if we come to the conclusion that natural selection is probably the main cause of change in a population, we certainly need not go back completely to Darwin's point of view. In the first place, we have every reason to believe that new species may arise quite suddenly, sometimes by hybridisation, sometimes perhaps by other means. Such species do not arise, as Darwin thought, by natural selection. When they have arisen they must justify their existence before the tribunal of natural selection, but that is a very different matter." [1] (Haldane, J.B.S., "The Causes of evolution" [1932], Princeton University Press: Princeton NJ, 1993, Second Printing, p.75).
Bem, deixemos de lado a ideologia marxista de Haldane, responsável pelo genocídio de mais de 100 milhões de pessoas, e vamos considerar uma de suas notáveis citações:
"Mas, se nós chegamos à conclusão de que a seleção natural seja provavelmente a principal causa de mudança numa população, nós certamente não precisamos voltar completamente ao ponto de vista de Darwin. Em primeiro lugar, nós temos toda a razão de acreditar [sic] que novas espécies podem surgir bem subitamente [sic], algumas vezes por hibridização, algumas vezes talvez por outros meios [sic]. Tais espécies não surgem, como Darwin pensou, por seleção natural [sic]. Quando elas surgirem, elas precisam justificar a sua existência diante do tribunal da seleção natural, mas isso é uma questão muito diferente". [1]
É Haldane, a seleção natural pode até explicar a 'sobrevivência do mais apto'. Quem sobrevive? O mais apto. Por quê? Por ser mais apto, por isso sobrevive. Gente, Dennett, filósofo ateu, disse que esta é a maior idéia que alguém já teve em todo o tempo, mas é uma tautologia, e tautologia não explica nada em ciência.
O que a seleção natural – a menina dos olhos epistêmicos de Darwin e seus atuais discípulos, não explica cientificamente é a 'origem do mais apto'... Pensar que Darwin intitulou o seu livro Origem das Espécies, só que o livro é uma miscelânea de tudo quanto é assunto, menos da 'origem das espécies'...
Camarada Haldane, a coisa ainda é a mesma desde 1859: a origem das espécies continua um Mysterium tremendum!
NOTA
[1] "But if we come to the conclusion that natural selection is probably the main cause of change in a population, we certainly need not go back completely to Darwin's point of view. In the first place, we have every reason to believe that new species may arise quite suddenly, sometimes by hybridisation, sometimes perhaps by other means. Such species do not arise, as Darwin thought, by natural selection. When they have arisen they must justify their existence before the tribunal of natural selection, but that is a very different matter." [1] (Haldane, J.B.S., "The Causes of evolution" [1932], Princeton University Press: Princeton NJ, 1993, Second Printing, p.75).
A Folha de São Paulo e cientista americano tentam salvar Darwin, o ilusionista
segunda-feira, outubro 02, 2006
A entrevista concedida à Folha de São Paulo, MAIS, 01/10/2006 por Sean Carroll, da Universidade de Wisconsin (Madison), o principal proponente da evo-devo, intitulada "Darwin foi mais do que um gênio esforçado", diz cientista americano, o autor de "Infinitas Formas de Grande Beleza" [Rio de Janeiro, Zahar, 2006, 303 págs., R$ 49,00], tentou salvar Darwin, o ilusionista.
A turma de reparos de danos # 1 da Nomenklatura científica tupiniquim, oops, a editoria de ciência da FSP, mais uma vez vem em socorro de Darwin, e comete logo de saída um erro crasso de história da ciência – chamou Darwin de 'o pai da evolução' quando a idéia transformista remonta aos pensadores gregos pagãos antigos.
Nessa entrevista, Carroll disse por que 'o pai da evolução' [sic] ainda inspira os biólogos e antecipa o futuro da disciplina da evo-devo. O beija-pé, oops, o beija-mão de Darwin é evidente, pois Carroll atribuiu os grandes vislumbres de sua disciplina a Charles Darwin. Como, se Darwin e os cientistas da época nada sabiam sobre uma nada simples célula? Eles achavam que a célula nada mais era do que um 'pedaço de gelatina', e agora ele vislumbrou a evo-devo? Darwin, o ilusionista, mesmeriza até as mentes mais brilhantes...
Creio que foi um cochilo de Carroll quando ele disse: "Há coisas que Darwin levou algum tempo para indicar e analisar. É incrível que de cem a 120 anos depois nós não conseguimos fazer nada além daquilo". Eu sou suspeito para falar, mas não posso me conter – a ciência biológica poderia ter se desenvolvido muito mais se se livrasse do transe hipnótico das especulações transformistas de Darwin.
A FSP após afirmar que os biólogos evolutivos adoram citar o último capítulo de "A Origem das Espécies": "Uma Longa Argumentação" (Ernst Mayr), e "Esta Visão da Vida" (título da coluna de Stephen Jay Gould na revista "Natural History"), perguntou qual deles influenciaram a Carroll. Gente, eu quase caí para trás – atenção meninos da galera ultradarwinista, Carroll disse francamente que leu 'muito mais Gould que Mayr'. Nota bene, Mayr é considerado 'o papa', 'o Darwin do século 20', mas Carroll leu mais a Jay Gould...
A FSP perguntou: "O sr. volta muito freqüentemente a Darwin? Ele tem ainda muito a oferecer aos biólogos hoje?" Carroll respondeu que sim e que quando alguém se 'volta e lê o trabalho original dele e [vê] o quão cheios de vislumbres coisas como "A Origem das Espécies" são'.
Não dá para resistir, mas aqui eu acho que Carroll deveria ter lido muito mais a Mayr do que Gould. Mayr disse que o pensamento de Darwin em Origem das Espécies era muito confuso, e o que o título do livro se propunha – a origem das espécies – Darwin não entregou, e o 'mistério dos mistérios' continua ainda 'misterioso'...
Realmente há coisas que Darwin levou algum tempo para indicar e analisar. Será que conseguiu? Ou ficou somente na sua retórica de exemplos imaginários e tempos de verbos no condicional? O mais incrível foi a afirmação de Carroll de que 'de cem a 120 anos depois nós não conseguimos fazer nada além daquilo', é impressionante o exagero hiperbólico de Carroll: "Meu Deus! Algumas dessas idéias são tão atuais que parecem ter sido escritas ontem"! Ao contrário do afirmado por Carroll de que Darwin 'fez mais do que simplesmente um gênio esforçado faria', no frigir dos ovos, Darwin acertou no varejo e errou no atacado.
A FSP perguntou qual seria um exemplo de um desses "insights" darwinianos, e Carroll respondeu que 'achava' [aprendi na vida acadêmica marota que quem 'acha', não sabe realmente...] que Darwin entendeu realmente que partes do corpo duplicadas têm um papel tão grande na evolução. Carroll trata disso 'em alguma extensão' no seu livro "Infinitas Formas..." [Vide resenha tipo uma no cravo, outra na espora 'Monstros promissores', por Cláudio Angelo].
Carroll disse que Darwin apontou isso, e que ninguém mais ligou para isso nos 30 ou 40 anos seguintes. Gente, quer dizer então que depois de Darwin, o pensamento científico 'congelou'? A novidade do 'insight' da evo-devo é que qualquer estrutura duplicada libera a outra estrutura para adquirir novas funções, e esse padrão é visto no reino animal. Mas será que a evo-devo salva realmente a Darwin, o ilusionista?
A FSP mencionou que Carroll diz no seu livro acima que a Moderna Síntese evolucionista [o neodarwinismo] não basta mais, e perguntou se a evo-devo vai substituí-la. Aqui entra em cena o beija-pé, oops, o beija-mão a Darwin-ídolo – Carroll respondeu que ele não considera ser isso 'uma questão de substituição, mas sim de preenchimento de uma grande lacuna'. Ah, entendi – Darwin certo mesmo em linhas tortas...
Atenção aqui para a Lógica Darwiniana 101 – Darwin não entendia bulhufas de como que as mudanças aconteciam em termos evolutivos da forma. Mesmo assim, Carroll disse que Darwin 'vislumbrou' essas coisas no Origem das Espécies. Carroll brilhantemente confuso disse que essa lacuna foi devido ao fato de que 'nós não entendíamos completamente como mudanças aconteciam em termos da evolução da forma'.
Carroll afirmou que se nós congelássemos a biologia em 1950 e perguntássemos: "a Moderna Síntese está certa"? Ele diria que sim, mas que o neodarwinismo é incompleto. Por quê? Porque 'não diz como toda a diversidade da vida se desdobrou ou como a diversidade pode ser gerada a partir de tijolos comuns'.
Como eu custo a entender cientificamente, como eu tardo a reconhecer o fato, Fato, FATO da evolução – agora eu entendi – a teoria geral da evolução não nos diz COMO [scientia qua scientia] toda a diversidade e complexidade de vida se desdobraram [evolução] nem COMO [scientia qua scientia] a diversidade e a complexidade podem ser geradas a partir de tijolos comuns, mas mesmo assim ela é incompleta e a evo-devo não irá substituí-la, apesar de 'quão impalpável era o estudo do desenvolvimento no primeiro século da biologia moderna'.
Vamos todos conjugar – os pensadores gregos pagãos antigos não entendiam, Darwin não entendia, nós não entendemos, mas mesmo assim Darwin-timoneiro já vislumbrara a evo-devo, e nós não precisamos de um novo paradigma em biologia evolutiva. Ponto final. Gente, a Lógica Darwiniana 101 é mais fácil do que o lulês [eu ando lendo muito o macaco Simão da FSP!].
A FSP perguntou se a evo-devo resolve finalmente a questão sobre como novas espécies são produzidas, que Darwin não conseguiu responder. Mas o título do livro não era Origem das Espécies??? Diplomaticamente, bing, bing, zing saída para a direita, Carroll respondeu que a 'evo-devo se dedica a responder como novas estruturas surgem' e que 'as espécies surgem por mecanismos que não são necessariamente muito importantes do ponto de vista da evo-devo'.
Alguém me ajude aqui que eu vou ter uma apoplexia epistemológica – Carroll afirmou que as espécies surgem por mecanismos que não são necessariamente muito importantes do ponto de vista da evo-devo. Gente, NOTA BENE, Carroll está afirmando que a seleção natural não é assim nenhuma Brastemp. Será que ele anda lendo este blog aqui?
Bing, bing, zing, saída diplomaticamente para a esquerda: Carroll disse que ele colocaria a formação das espécies como uma questão separada da formação de novas estruturas. E eu fiquei com uma baita interrogação: o todo é maior do que as partes, ou as partes são maiores do que o todo? O que é mais importante – a origem das espécies [o TODO] ou a formação de novas estruturas [as PARTES]??? É o paradoxo Tostines – é mais crocante porque é Tostines, ou é Tostines porque é mais crocante?
A charada darwiniana proposta por Darwin 'é como novas estruturas evoluem'. E se elas evoluem gradualmente, não deveria haver vários intermediários sem a forma totalmente funcional? Eles não deveriam estar lá no registro fóssil???
Apesar de a evo-devo nos ajudar a entender muito melhor como essas estruturas se formam e quais são as bases genéticas e de desenvolvimento para fazer coisas novas, sejam novos membros de animais ou pintas nas borboletas, se os genes controlam o desenvolvimento, e animais radicalmente diferentes têm genes de desenvolvimento semelhantes, então por que os animais [produto final] são tão diferentes?
Para iluminar a questão, seria bom a FSP 'ouvir o outro lado' e entrevistar a Giuseppe Sermonti, biólogo italiano, autor de "Why is a fly not a horse? [Por que é uma mosca e não um cavalo?, Seattle, Discovery Institute, 2005]?
A FSP perguntou 'qual é o primeiro exemplo que lhe vem à cabeça de uma questão evolutiva que a evo-devo resolveu com sucesso?', e Carroll respondeu com duas histórias [sic]: 'Há uma que eu acho mais importante e outra que é a minha favorita'. A mais importante é sobre a origem do olho, do por que há tantos tipos diferentes de olho no reino animal. Carroll disse que 'houve descobertas profundas da evo-devo sobre isso', mas não elaborou sobre a questão. Pensar que o olho causava calafrios em Darwin. Contrariando Carroll, não há na literatura especializada nenhuma pesquisa que explique passo a passo a origem e evolução do olho. O que há é muita pesquisa do tipo 'era uma vez um ponto visual que resolveu evoluir...', mas nada de scientia qua scientia. Empirica empirice tratanda [As coisas empíricas são empiricamente consideradas].
A história preferida de Carroll é sobre a sua descoberta feita em 1999 de como as borboletas ganharam suas pintas, exemplos de como genes muito velhos, que estão desde o começo do reino animal, e pasmem, aprendem novos truques. O que precisa ser explicado é: como que um organismo ancestral relativamente simples pôde adquirir todos os genes de desenvolvimento que são agora encontrados em seus diversos e complexos descendentes? Isso não é evolução, é ESTASE! Ah, agora está explicado – o Carroll lê muito mais o Gould do que o Mayr...
A FSP afirmou meia surpresa que o livro de Carroll fala muito sobre expressão de genes, mas pouco sobre seleção natural. E perguntou mais surpresa ainda – nem sempre ela é o "mestre" da evolução? O entrevistado respondeu que na escala na qual ele fala das coisas é muito grande – algo como 'a diferença entre uma cobra e uma galinha'. Carroll, porém, foi veemente, 'Não há uma explicação imediata vinda da seleção natural. Há muita coisa no meio que mudou no meio do caminho para tornar esses animais tão diferentes'. Uhm, eu pensei que a evolução era um fato, Fato, FATO!
Carroll disse que tem um livro saindo nos EUA chamado "The Making of the Fittest" ("A Construção do Mais Apto"), lidando com a seleção natural e a assinatura da seleção natural no imenso registro de DNA da vida.
A FSP, como sempre, polariza esta questão de se fazer perguntas científicas questionando a plausibilidade do fato, Fato, FATO da evolução como sendo perguntas vindo somente de 'criacionistas'. É a velha estratégia em demonizar os oponentes e desqualificá-los da arena científica. Cientistas há muito vêm dizendo que a evo-devo tem evidências sobre como o "kit de ferramentas" funciona, mas não explica como ele surgiu. Tempo é um fator primordial para que o fato, Fato, FATO da evolução ocorra. Carroll não deve se esquecer do custo-benefício que tudo isso implica, e que quanto mais tempo for adicionado, mais difícil fica para que o relojoeiro cego 'enxergue' e realize a sua obra evolutiva...
A questão Carroll e FSP, não é somente de argumentação, mas o de seguir as evidências aonde elas forem dar. (Risos)...
A turma de reparos de danos # 1 da Nomenklatura científica tupiniquim, oops, a editoria de ciência da FSP, mais uma vez vem em socorro de Darwin, e comete logo de saída um erro crasso de história da ciência – chamou Darwin de 'o pai da evolução' quando a idéia transformista remonta aos pensadores gregos pagãos antigos.
Nessa entrevista, Carroll disse por que 'o pai da evolução' [sic] ainda inspira os biólogos e antecipa o futuro da disciplina da evo-devo. O beija-pé, oops, o beija-mão de Darwin é evidente, pois Carroll atribuiu os grandes vislumbres de sua disciplina a Charles Darwin. Como, se Darwin e os cientistas da época nada sabiam sobre uma nada simples célula? Eles achavam que a célula nada mais era do que um 'pedaço de gelatina', e agora ele vislumbrou a evo-devo? Darwin, o ilusionista, mesmeriza até as mentes mais brilhantes...
Creio que foi um cochilo de Carroll quando ele disse: "Há coisas que Darwin levou algum tempo para indicar e analisar. É incrível que de cem a 120 anos depois nós não conseguimos fazer nada além daquilo". Eu sou suspeito para falar, mas não posso me conter – a ciência biológica poderia ter se desenvolvido muito mais se se livrasse do transe hipnótico das especulações transformistas de Darwin.
A FSP após afirmar que os biólogos evolutivos adoram citar o último capítulo de "A Origem das Espécies": "Uma Longa Argumentação" (Ernst Mayr), e "Esta Visão da Vida" (título da coluna de Stephen Jay Gould na revista "Natural History"), perguntou qual deles influenciaram a Carroll. Gente, eu quase caí para trás – atenção meninos da galera ultradarwinista, Carroll disse francamente que leu 'muito mais Gould que Mayr'. Nota bene, Mayr é considerado 'o papa', 'o Darwin do século 20', mas Carroll leu mais a Jay Gould...
A FSP perguntou: "O sr. volta muito freqüentemente a Darwin? Ele tem ainda muito a oferecer aos biólogos hoje?" Carroll respondeu que sim e que quando alguém se 'volta e lê o trabalho original dele e [vê] o quão cheios de vislumbres coisas como "A Origem das Espécies" são'.
Não dá para resistir, mas aqui eu acho que Carroll deveria ter lido muito mais a Mayr do que Gould. Mayr disse que o pensamento de Darwin em Origem das Espécies era muito confuso, e o que o título do livro se propunha – a origem das espécies – Darwin não entregou, e o 'mistério dos mistérios' continua ainda 'misterioso'...
Realmente há coisas que Darwin levou algum tempo para indicar e analisar. Será que conseguiu? Ou ficou somente na sua retórica de exemplos imaginários e tempos de verbos no condicional? O mais incrível foi a afirmação de Carroll de que 'de cem a 120 anos depois nós não conseguimos fazer nada além daquilo', é impressionante o exagero hiperbólico de Carroll: "Meu Deus! Algumas dessas idéias são tão atuais que parecem ter sido escritas ontem"! Ao contrário do afirmado por Carroll de que Darwin 'fez mais do que simplesmente um gênio esforçado faria', no frigir dos ovos, Darwin acertou no varejo e errou no atacado.
A FSP perguntou qual seria um exemplo de um desses "insights" darwinianos, e Carroll respondeu que 'achava' [aprendi na vida acadêmica marota que quem 'acha', não sabe realmente...] que Darwin entendeu realmente que partes do corpo duplicadas têm um papel tão grande na evolução. Carroll trata disso 'em alguma extensão' no seu livro "Infinitas Formas..." [Vide resenha tipo uma no cravo, outra na espora 'Monstros promissores', por Cláudio Angelo].
Carroll disse que Darwin apontou isso, e que ninguém mais ligou para isso nos 30 ou 40 anos seguintes. Gente, quer dizer então que depois de Darwin, o pensamento científico 'congelou'? A novidade do 'insight' da evo-devo é que qualquer estrutura duplicada libera a outra estrutura para adquirir novas funções, e esse padrão é visto no reino animal. Mas será que a evo-devo salva realmente a Darwin, o ilusionista?
A FSP mencionou que Carroll diz no seu livro acima que a Moderna Síntese evolucionista [o neodarwinismo] não basta mais, e perguntou se a evo-devo vai substituí-la. Aqui entra em cena o beija-pé, oops, o beija-mão a Darwin-ídolo – Carroll respondeu que ele não considera ser isso 'uma questão de substituição, mas sim de preenchimento de uma grande lacuna'. Ah, entendi – Darwin certo mesmo em linhas tortas...
Atenção aqui para a Lógica Darwiniana 101 – Darwin não entendia bulhufas de como que as mudanças aconteciam em termos evolutivos da forma. Mesmo assim, Carroll disse que Darwin 'vislumbrou' essas coisas no Origem das Espécies. Carroll brilhantemente confuso disse que essa lacuna foi devido ao fato de que 'nós não entendíamos completamente como mudanças aconteciam em termos da evolução da forma'.
Carroll afirmou que se nós congelássemos a biologia em 1950 e perguntássemos: "a Moderna Síntese está certa"? Ele diria que sim, mas que o neodarwinismo é incompleto. Por quê? Porque 'não diz como toda a diversidade da vida se desdobrou ou como a diversidade pode ser gerada a partir de tijolos comuns'.
Como eu custo a entender cientificamente, como eu tardo a reconhecer o fato, Fato, FATO da evolução – agora eu entendi – a teoria geral da evolução não nos diz COMO [scientia qua scientia] toda a diversidade e complexidade de vida se desdobraram [evolução] nem COMO [scientia qua scientia] a diversidade e a complexidade podem ser geradas a partir de tijolos comuns, mas mesmo assim ela é incompleta e a evo-devo não irá substituí-la, apesar de 'quão impalpável era o estudo do desenvolvimento no primeiro século da biologia moderna'.
Vamos todos conjugar – os pensadores gregos pagãos antigos não entendiam, Darwin não entendia, nós não entendemos, mas mesmo assim Darwin-timoneiro já vislumbrara a evo-devo, e nós não precisamos de um novo paradigma em biologia evolutiva. Ponto final. Gente, a Lógica Darwiniana 101 é mais fácil do que o lulês [eu ando lendo muito o macaco Simão da FSP!].
A FSP perguntou se a evo-devo resolve finalmente a questão sobre como novas espécies são produzidas, que Darwin não conseguiu responder. Mas o título do livro não era Origem das Espécies??? Diplomaticamente, bing, bing, zing saída para a direita, Carroll respondeu que a 'evo-devo se dedica a responder como novas estruturas surgem' e que 'as espécies surgem por mecanismos que não são necessariamente muito importantes do ponto de vista da evo-devo'.
Alguém me ajude aqui que eu vou ter uma apoplexia epistemológica – Carroll afirmou que as espécies surgem por mecanismos que não são necessariamente muito importantes do ponto de vista da evo-devo. Gente, NOTA BENE, Carroll está afirmando que a seleção natural não é assim nenhuma Brastemp. Será que ele anda lendo este blog aqui?
Bing, bing, zing, saída diplomaticamente para a esquerda: Carroll disse que ele colocaria a formação das espécies como uma questão separada da formação de novas estruturas. E eu fiquei com uma baita interrogação: o todo é maior do que as partes, ou as partes são maiores do que o todo? O que é mais importante – a origem das espécies [o TODO] ou a formação de novas estruturas [as PARTES]??? É o paradoxo Tostines – é mais crocante porque é Tostines, ou é Tostines porque é mais crocante?
A charada darwiniana proposta por Darwin 'é como novas estruturas evoluem'. E se elas evoluem gradualmente, não deveria haver vários intermediários sem a forma totalmente funcional? Eles não deveriam estar lá no registro fóssil???
Apesar de a evo-devo nos ajudar a entender muito melhor como essas estruturas se formam e quais são as bases genéticas e de desenvolvimento para fazer coisas novas, sejam novos membros de animais ou pintas nas borboletas, se os genes controlam o desenvolvimento, e animais radicalmente diferentes têm genes de desenvolvimento semelhantes, então por que os animais [produto final] são tão diferentes?
Para iluminar a questão, seria bom a FSP 'ouvir o outro lado' e entrevistar a Giuseppe Sermonti, biólogo italiano, autor de "Why is a fly not a horse? [Por que é uma mosca e não um cavalo?, Seattle, Discovery Institute, 2005]?
A FSP perguntou 'qual é o primeiro exemplo que lhe vem à cabeça de uma questão evolutiva que a evo-devo resolveu com sucesso?', e Carroll respondeu com duas histórias [sic]: 'Há uma que eu acho mais importante e outra que é a minha favorita'. A mais importante é sobre a origem do olho, do por que há tantos tipos diferentes de olho no reino animal. Carroll disse que 'houve descobertas profundas da evo-devo sobre isso', mas não elaborou sobre a questão. Pensar que o olho causava calafrios em Darwin. Contrariando Carroll, não há na literatura especializada nenhuma pesquisa que explique passo a passo a origem e evolução do olho. O que há é muita pesquisa do tipo 'era uma vez um ponto visual que resolveu evoluir...', mas nada de scientia qua scientia. Empirica empirice tratanda [As coisas empíricas são empiricamente consideradas].
A história preferida de Carroll é sobre a sua descoberta feita em 1999 de como as borboletas ganharam suas pintas, exemplos de como genes muito velhos, que estão desde o começo do reino animal, e pasmem, aprendem novos truques. O que precisa ser explicado é: como que um organismo ancestral relativamente simples pôde adquirir todos os genes de desenvolvimento que são agora encontrados em seus diversos e complexos descendentes? Isso não é evolução, é ESTASE! Ah, agora está explicado – o Carroll lê muito mais o Gould do que o Mayr...
A FSP afirmou meia surpresa que o livro de Carroll fala muito sobre expressão de genes, mas pouco sobre seleção natural. E perguntou mais surpresa ainda – nem sempre ela é o "mestre" da evolução? O entrevistado respondeu que na escala na qual ele fala das coisas é muito grande – algo como 'a diferença entre uma cobra e uma galinha'. Carroll, porém, foi veemente, 'Não há uma explicação imediata vinda da seleção natural. Há muita coisa no meio que mudou no meio do caminho para tornar esses animais tão diferentes'. Uhm, eu pensei que a evolução era um fato, Fato, FATO!
Carroll disse que tem um livro saindo nos EUA chamado "The Making of the Fittest" ("A Construção do Mais Apto"), lidando com a seleção natural e a assinatura da seleção natural no imenso registro de DNA da vida.
A FSP, como sempre, polariza esta questão de se fazer perguntas científicas questionando a plausibilidade do fato, Fato, FATO da evolução como sendo perguntas vindo somente de 'criacionistas'. É a velha estratégia em demonizar os oponentes e desqualificá-los da arena científica. Cientistas há muito vêm dizendo que a evo-devo tem evidências sobre como o "kit de ferramentas" funciona, mas não explica como ele surgiu. Tempo é um fator primordial para que o fato, Fato, FATO da evolução ocorra. Carroll não deve se esquecer do custo-benefício que tudo isso implica, e que quanto mais tempo for adicionado, mais difícil fica para que o relojoeiro cego 'enxergue' e realize a sua obra evolutiva...
A questão Carroll e FSP, não é somente de argumentação, mas o de seguir as evidências aonde elas forem dar. (Risos)...
Um atlas tridimensional dos genes ativos do cérebro de rato
domingo, outubro 01, 2006
Os milionários americanos Paul Allen (Microsoft) e Jody Allen Patton criaram o Allen Institute com uma doação de apenas US$ 100.000.000,00 (Cem milhões de dólares!!!).
O primeiro projeto do instituto deles foi um atlas referência tridimensional dos 3.000 genes ativos no cérebro do rato.
Vale a pena dar uma olhada no site do instituto especialmente o link do projeto Brain Atlas [Atlas do Cérebro]. O software para visualização encontra-se disponível nas plataformas Windows e OS X. Vale a pena também baixar o comunicado à imprensa [PDF].
E eles mapearam somente seções de cérebros de ratos. Imagine o que não deve vir por aí.
Vale a pena conferir. Isso sim é scientia qua scientia, o resto é especulação fantasiosa. Vocês sabem de quem eu estou falando...
O primeiro projeto do instituto deles foi um atlas referência tridimensional dos 3.000 genes ativos no cérebro do rato.
Vale a pena dar uma olhada no site do instituto especialmente o link do projeto Brain Atlas [Atlas do Cérebro]. O software para visualização encontra-se disponível nas plataformas Windows e OS X. Vale a pena também baixar o comunicado à imprensa [PDF].
E eles mapearam somente seções de cérebros de ratos. Imagine o que não deve vir por aí.
Vale a pena conferir. Isso sim é scientia qua scientia, o resto é especulação fantasiosa. Vocês sabem de quem eu estou falando...
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