Por que o enigma da cebola não é assim nenhuma Brastemp no contexto de justificação teórica em genômica?

quarta-feira, outubro 29, 2014



A questão de argumentos em ciência não é avaliada em termos de dinheiro, mas se apoiada por evidências no contexto de justificação teórica – onde o sentido científico é demonstrado. Lopes acerta em dizer que nos últimos tempos, o pessoal da TDI tem “centrado sua atenção sobre dados da biologia molecular e da genômica”. Traduzindo em graúdos: eles sabem o que é e fazem ciência!

Logo em seguida, Lopes erra ao dizer que nós afirmamos ser “uma completa balela” a ideia de que há grande quantidade de material não funcional no genoma humano. O que a turma da TDI afirma é: o desconhecimento atual sobre o que uma região do DNA faz ou não, demanda mais pesquisas e estudos, antes de se afirmar que o nosso desconhecimento científico defina aquela região definitivamente como DNA lixo.

As pesquisas mais recentes, como a do ENCODE, mostraram, para comoção dos defensores da hipótese do DNA lixo – usado como prova do fato, Fato, FATO da evolução – que praticamente todo o DNA é funcional. Querer distinguir funcionalidade de atividade é questiúncula linguística que nem deveria prosperar em detrimento das pesquisas científicas sobre a funcionalidade genômica.

Para contestar as teses defendidas pela turma do TDI, Lopes conversou com dois “gigantes da genômica brasileira” - Marcelo Nóbrega, da Universidade de Chicago (EUA), e Maria Cátira Bortolini, da UFRGS.

Destacou que a comparação excelente e perturbadora feita por Nóbrega teria lançado por terra a ideia de que “os genomas são entidades tão arrumadinhas e inteligentemente projetadas” que alguns defensores do DI dizem.

No seu tiquinho de biologia molecular básica, Lopes recordou que o DNA contém a “receita” para a produção de praticamente todas as moléculas do nosso organismo. Essa informação primeiro é “transcrita” na forma de outra molécula, o RNA. Depois, esse RNA é enviado para máquinas de produção de proteínas, os chamados ribossomos, os quais “traduzem” a informação presente no RNA numa versão “final”, a de proteínas. Várias coisas complicadas podem acontecer nesse caminho – o RNA pode ser “editado” de várias maneiras, por exemplo. Em geral, jogam-se fora os íntrons, regiões do RNA (e do DNA) que não correspondem a futuras proteínas, e montam-se os éxons, as regiões funcionais do material genético.

Notaram a linguagem teleológica empregada por Lopes na sua aula de biologia molecular? “receita”, “transcrita”, “enviado”, “traduzem”, “editado”, “jogam-se fora” e “montam-se”. Mas Darwin não tinha alijado a teleologia da biologia evolucionária em 1859? Tudo sobre informação, que até hoje Darwin e seus discípulos atuais não conseguiram explicar sua origem... A TDI é uma teoria de informação complexa especificada.

Nóbrega disse – “ninguém acredita que 85% do genoma é funcional”. Esta afirmação é improcedente, pois há cientistas evolucionistas que aceitam esses 85% de funcionalidade do genoma. Ex.: John S. Mattick e Marcel E. Dinger entre outros. Vide The extent of functionality in the human genome.

Ele nomeou duas razões para isso ter se espalhado. A mais importante, pasme, foi a irresponsabilidade dos membros do ENCODE ao divulgarem os resultados: eles disseram que em 85% do genoma acontece algum processo bioquímico mensurável por técnicas usadas no Projeto ENCODE.

Não entrarei agora em detalhes sobre somente 1% do genoma ser traduzido em proteínas, e que graças aos enormes íntrons entre os éxons de cada gene, a fração do genoma ocupada por genes é um terço, e que isso vira RNA, e que a grande maioria desse RNA é jogada fora, e apenas uma fração é utilizada para fazer proteínas, pois isso é um fato científico.

Se os pesquisadores do Projeto ENCODE utilizaram isso como referencial para suas pesquisas, é porque eles estavam atrás de alguma coisa que o atual paradigma genecêntrico reducionista não permite pesquisar. Contrariando esse paradigma, o pessoal do ENCODE achou 85% de função no genoma humano.

O Projeto ENCODE envolveu 450 pesquisadores do mundo inteiro. Eles realizaram cerca de 1.650 experimentos que examinou a expressão dos genes em quase 150 tipos diferentes de células humanas.

Não cola a segunda razão considerada importante por Nóbrega de que a mídia interpretou errado o que os membros do ENCODE estavam dizendo e, pasmem, alteraram o contexto do que foi dito para dizer que 85% do genoma é funcional. Alô Nature, como foi publicado aí a descoberta do ENCODE em 2012? Com revisão por pares, certo? Quais foram as reações de cientistas reportadas na Nature?

Nóbrega lançou um desafio: se alguém quiser defender o design inteligente no genoma cheio de lixo evolucionário, vai ter que “resolver o paradoxo da cebola”.

1. Se nosso genoma de 3 bilhões de letras reflete a dita complexidade organísmica, como então justificar o genoma da cebola, com 15 bilhões de letras? Será que é tão mais complicado colocar uma camada de cebola sobre a outra do que construir um cérebro humano?

RESPOSTA:

Desde quando a complexidade de um genoma é medida pelo seu tamanho? A complexidade está no código, na sua eficiência, na sua aperiodicidade, nas suas estratégias de splicing alternativo e overlapping genético, no enovelar das histonas, na troca de timina por uracila, na troca de ribose por desoxirribose, e tantos outros detalhes.

O “paradoxo da cebola” é uma questão biológica antiga, conhecida como paradoxo/enigma do valor C – falta de relação entre o conteúdo de DNA em um organismo e seu potencial codificador e complexidade.

Os fatores que são importantes em limitar o número de genes funcionais contidos em um genoma de quaisquer organismos são completamente desconhecidos, não são Nóbrega?

Para complicar ainda mais o meio de campo da turma do DNA lixo, ainda nem está claro o que significa “número de genes funcionais” Será DNA codificando proteína? DNA codificador de RNA? DNA que serve para outras funções estruturais?

Na verdade, até o significadode “gene” ficou no ar desde o ENCODE.


Outro fator extremamente complicador, e Nóbrega sabe disso, é que a maioria da informação biológica em um organismo não está no seu DNA.

Nóbrega perguntou se seria “tão mais complicado colocar uma camada de cebola sobre a outra do que construir um cérebro humano?” Eu sei que ele não está propondo a existência de “uma função universal” aplicada tanto para mamíferos (nós humanos somos mamíferos) e cebolas.

Baseado em evidências, e Nóbrega sabe disso, os cientistas propuseram que o DNA intrônico não codificador de proteína ajudam a regular o splicing alternativo nas células do cérebro, e que o DNA repetitivo não codificador de proteína exerce um papel fundamental no desenvolvimento da placenta.

Por que Nóbrega apresenta um aparente dilema científico sinuca de bico, quando cebolas não têm cérebros e nem placentas??? E Nóbrega é um dos “gigantes da genômica brasileira” e professor na Universidade de Chicago...

Por que as células de cebola têm cinco vezes mais DNA do que as células humanas, é uma pergunta interessante, mas não coloca nenhuma dificuldade para a crescente evidência contra o mito do DNA lixo.

Como justificar por que peixes como o baiacu tenham um genoma de 400 milhões de letras, e outros peixes, como os pulmonados, tenham um genoma de 150 bilhões de letras? Ambos são peixes, nadam, soltam bolhinhas. Por que 600 vezes mais complexo? Boa pergunta, mas facilmente respondida: variação do mesmo tema de arquitetura biológica adaptada ao nicho ecológico – baiacu é baiacu, e peixe pulmonado é peixe pulmonado. Cada espécie com o seu genoma variável e complexo, mas adequado ao seu meio ambiente.

Como justificar o genoma da Polychaos dubium, com 670 bilhões de letras sendo uma [simples] ameba. Apesar de a ameba ser 200 vezes mais complexa e sofisticada do que criacionistas e evolucionistas, quem está fazendo a pesquisa sobre a complexidade e sofisticação da ameba somos nós e não as amebas: uma grande diferença ontológica e de essência. Mas aí, Nóbrega não se deu conta de que não estava mais fazendo ciência, e sim expondo seu materialismo filosófico que posa como se fosse ciência. Nada mais falso!

Encerrando essa questão do paradoxo/enigma do valor C e do ENCODE, eis uma declaração que precisa ser considerada cum grano salis:

“Se o genoma humano é, realmente, desprovido de DNA lixo como é sugerido pelo Projeto ENCODE, então, um processo evolucionário longo e não guiado, não pode explicar o genoma humano. Se, por outro lado, os organismos são intencionalmente projetados, então todo o DNA, ou o tanto quanto possível, deve exibir função. Se o ENCODE estiver certo, então a Evolução está errada.”

“If the human genome is indeed devoid of junk DNA as implied by the ENCODE project, then a long, undirected evolutionary process cannot explain the human genome. If, on the other hand, organisms are designed, then all DNA, or as much as possible, is expected to exhibit function. If ENCODE is right, then Evolution is wrong.”


Quanto à comparação entre os genomas humanos e chimpanzés, Nóbrega disse – “não sei do que estão falando”. Sendo uma grande especialista em genômica, deveria saber. Por que não faz nenhum sentido falar em 70% e não 98%?

Quanto às evidências genômicas do parentesco entre o homem e os demais primatas, há outras pesquisas demonstrando que a semelhança entre o nosso DNA e o dos chimpanzés não é de mais de 90%, mas estaria na casa de 70% ou até menos.

Jon Cohen, "Relative Differences: The Myth of1%," Science, Vol. 316:1836 (June 29, 2007)

“pesquisas estão demonstrando que [humanos e chimpanzés] não são tão semelhantes quanto muitos tendem acreditar”;

“a estatística de 1% é um “truísmo [que] deve ser retirado”;

“a estatística de 1% é “mais um impedimento para o entendimento do que uma ajuda”;

“a diferença de 1% não foi toda a história”;

“Os pesquisadores estão descobrindo que sobre a distinção do 1%, extensões perdidas de DNA, genes extras, conexões alteradas em redes de genes, e a própria estrutura dos cromossomos confundem qualquer quantificação de ‘natureza humana’ vs ‘natureza de chimpanzé’.

Pesquisas demonstram que ~0.8% de nosso genoma, os humanos são mais próximos aos orangotangos do que dos chimpanzés.

Incomplete lineage sorting patterns among human, chimpanzee, and orangutan suggest recent orangutan speciation and widespread selection

Asger Hobolth, Julien Y. Dutheil, John Hawks, Mikkel H. Schierup e Thomas Mailund


0.8% de nosso genoma pode não parecer muito, mas isso é igual a mais de 20 milhões de pares de bases.

Um artigo publicado em 2007 no Molecular Biology and Evolution afirma:

Por cerca de 23% de nosso genoma, nós não compartilhamos nenhuma ancestralidade genética próxima com o nosso parente mais próximo existente, o chimpanzé. Isso engloba os genes e os éxons na mesma extensão das regiões intergênicas. Nós concluímos que cerca de 1/3 de nossos genes começou a evoluir como linhagens humanas específicas antes de acontecer a diferenciação dos humanos, chimpanzés, e gorilas.

For about 23% of our genome, we share no immediate genetic ancestry with our closest living relative, the chimpanzee. This encompasses genes and exons to the same extent as intergenic regions. We conclude that about 1/3 of our genes started to evolve as human-specific lineages before the differentiation of human, chimps, and gorillas took place.

Ingo Ebersberger, Petra Galgoczy, Stefan Taudien, Simone Taenzer, Matthias Platzer, and Arndt von Haeseler, "Mapping HumanGenetic Ancestry," Molecular Biology and Evolution, Vol. 24 (10):2266-2276 2007.

Maria Cátira Bortolini preferiu não entrar no mérito da questão genômica e fez algumas observações mais gerais sobre o fenômeno do criacionismo. Como a TDI não é criacionismo, nada replicaremos. Apenas lamentamos uma atitude dessas incompatível para uma cientista. Fica até deselegante dizer aqui, mas sua postura parece muito mais de uma advogada de porta de cadeia do que de uma cientista! Aproveite e se inteire acima a quantas anda a questão da semelhança entre humanos e chimpanzés na literatura especializada!

+++++

Por que o Reinaldo Lopes não entrevista certos membros do MDI no Brasil???

Erwin Schrödinger - What is life? Publicado em 1944

terça-feira, outubro 28, 2014

WHAT IS LIFE? ERWIN SCHRODINGER - First published 1944 Pg. 28-29

TWO WAYS OF PRODUCING ORDERLINESS

Excerpt:

"The orderliness encountered in the unfolding of life springs from a different source. It appears that there are two different 'mechanisms' by which orderly events can be produced: the 'statistical mechanism' which produces order from disorder and the new one, producing order from order. To the unprejudiced mind the second principle appears to be much simpler, much more plausible. No (a) doubt it is. That is why physicists were so proud to have fallen in with the other one, the 'order-from-disorder' principle, which is actually followed in Nature and which alone conveys an understand ing of the great line of natural events , in the first place of their irreversibility . But we cannot expect that the 'laws of physics' derived from it suffice straight away to explain the behaviour of living matter, whose most striking features are visibly based to a large extent on the 'order-from-order' principle. You would not expect two entirely different mechanisms to bring about the same type of law- you would not expect your latch-key, to open your neighbour's door as well. We must therefore not be discouraged by the difficulty of interpreting life by the ordinary laws of physics. For that is just what is to be expected from the knowledge we have gained of the structure of living matter. We must be prepared to find a new type of physical law prevailing in it. Or are we to term it a non-physical, not to say a super-physical, law?

THE NEW PRINCIPLE IS NOT ALIEN TO PHYSICS 

No. I do not think that. For the new principle that is involved is a genuinely physical one: it is, in my opinion, nothing else than the principle of quantum theory over again..."

FREE PDF GRATIS: Stanford University

Não somos inimigos, somos céticos de Darwin, e isso é salutar para o avanço da ciência



NOTA DESTE BLOGGER:

Não somos inimigos, somos céticos de Darwin em alguns aspectos de sua proposição evolucionária. Ceticismo é coisa salutar em ciência. Há distorções leves sobre a TDI no artigo, e a velha polarização da questão como sendo um embate entre a ciência (racional) e a religião (irracional). A TDI não faz perguntas a relatos de textos sagrados da criação, vamos à natureza e fazemos perguntas, e tentamos dar essas respostas. 

Consenso científico? Gente, consenso é coisa de político, não é coisa de cientistas. Em ciência o que vale é uma teoria ser corroborada ou não pelas evidências no contexto de justificação teórica. É nesse ambiente de debate de ideias que a TDI se apresenta e diz: Darwin está nu e algo de podre na Nomenklatura científica que, em vez de debater, desqualifica e demoniza seus oponentes. E isso em pleno século 21...

Se a nova teoria geral da evolução - a SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA/ESTENDIDA não acolher a questão da informação genética - e a Biologia Evolucionária dos séculos 20 e 21, é uma ciência de informação, esta nova teoria que será anunciada em 2020, será uma teoria científica natimorta! A TDI é uma teoria científica que tem no seu referencial heurístico a informação complexa e especificada...

Isaiah Berlin, a ciência e os perigos da certeza

Isaiah Berlin, science and the dangers of certainty 

By Wavefunction on Monday, October 27, 2014

The essence of science is uncertainty. The scientific process gropes, not finds, its way to the truth. And yet there are those who have sought certainty and sacred truth not just in science but in human affairs. In science this illusory search can be a mere annoyance or at worse it can be a recipe for shattered careers and wasted man hours, but in human affairs it can lead to the most horrific tragedies. As Jacob Bronowski poignantly put it in "The Ascent of Man""Science is a very human form of knowledge. We are always at the brink of the known; we always feel forward for what is to be hoped. Every judgment in science stands on the edge of error and is personal. Science is a tribute to what we can know although we are fallible. In the end, the words were said by Oliver Cromwell: "I beseech you in the bowels of Christ: Think it possible you may be mistaken."

The great philosopher of ideas Isaiah Berlin delivers that last message to us from the grave with resounding sincerity in an article published by the New York Review of Books which reprints Berlin's 1996 address as commencement speaker at the University of Toronto. Berlin lived from 1909 to 1997 and he is most widely known to the public as the originator of the distinction between hedgehogs and foxesBut he was also recognized as one of the most thoughtful thinkers and writers of his generation, and because of his long life and wide-ranging intellect was in a good position to catalogue the horrors of the entire century and distill their central message.

That central lesson, as Berlin puts it, is the gospel of the one unalterable truth the meld of sacred values that one must pursue at the expense of everything else. That gospel is hardly new - men have pursued it to nefarious and tragic ends for centuries - but it saw its most horrific culmination in terms of scale and purposeful slaughter in the crimes of the twentieth century.

Berlin lays most of the blame for the century's excesses at the feet of Karl Marx, and it is hard to argue that if there was one philosopher who has caused so many ills during the last two hundred years it has been Marx. But there were certainly others, dogmatic and prejudiced men whose sometimes idle speculations fueled other murderous philosophies. There were the armchair philosophers and casual anti-Semities (de GobineauChamberlainfor instance whose writings inspired Hitler during his early years. These armchair philosophers - and Berlin's words about the momentous consequences that the 'mere' words and ideas of philosophers can have are timeless - knew they were in possession of the one truth just like their predecessors. And this led to ruin for millions. Not all these philosophers actively plotted the murder of their fellow countrymen of course, but they were clearly unaware how their vision of some Universal Truth could lead others to do so. Here's the problem:

If you are truly convinced that there is some solution to all human problems, that one can conceive an ideal society which men can reach if only they do what is necessary to attain it, then you and your followers must believe that no price can be too high to pay in order to open the gates of such a paradise. Only the stupid and malevolent will resist once certain simple truths are put to them. Those who resist must be persuaded; if they cannot be persuaded, laws must be passed to restrain them; if that does not work, then coercion, if need be violence, will inevitably have to be used—if necessary, terror, slaughter. Lenin believed this after reading Das Kapital, and consistently taught that if a just, peaceful, happy, free, virtuous society could be created by the means he advocated, then the end justified any methods that needed to be used, literally any.

The embrace of any kind of means as justification for ends is hardly Lenin's invention, and we can be sure that men will continue to wield this fatal idea. But there is an even more fundamental reason why such ideas are dangerous. It's not just the lives they take, but the inherent flaws they present. Here Berlin reminds us of the essential role that pluralism has played in human history, a philosophy that he himself did so much to expound on.

This is the idea of which I spoke, and what I wish to tell you is that it is false. Not only because the solutions given by different schools of social thought differ, and none can be demonstrated by rational methods—but for an even deeper reason. The central values by which most men have lived, in a great many lands at a great many times—these values, almost if not entirely universal, are not always harmonious with each other. Some are, some are not. Men have always craved for liberty, security, equality, happiness, justice, knowledge, and so on. But complete liberty is not compatible with complete equality—if men were wholly free, the wolves would be free to eat the sheep. Perfect equality means that human liberties must be restrained so that the ablest and the most gifted are not permitted to advance beyond those who would inevitably lose if there were competition. Security, and indeed freedoms, cannot be preserved if freedom to subvert them is permitted. Indeed, not everyone seeks security or peace, otherwise some would not have sought glory in battle or in dangerous sports.

Justice has always been a human ideal, but it is not fully compatible with mercy. Creative imagination and spontaneity, splendid in themselves, cannot be fully reconciled with the need for planning, organization, careful and responsible calculation. Knowledge, the pursuit of truth—the noblest of aims—cannot be fully reconciled with the happiness or the freedom that men desire, for even if I know that I have some incurable disease this will not make me happier or freer. I must always choose: between peace and excitement, or knowledge and blissful ignorance. And so on.

It is the inability to grasp this fundamental tussle between different values that in part leads people to believe in holy truths. But Berlin is honest and reflective enough to admit that he sees no straightforward solution to this dilemma. This is perhaps because the only solution is to admit the dilemma and live with it, to respect a plurality of opinion and abide by the views of multitudes, to recognize that the contradictions that man presents are the contradictions that man contains. In fact this reconciliation with differing views lies at the heart of both liberal democracy and scientific exploration.

Science has always prided itself on respecting a plurality of views, perhaps because its practitioners have realized how fickle pronouncements of ultimate truth are. At the end of the nineteenth century a few leading physicists declared that fundamental physics was now set in stone and all that was needed was the drive toward more accurate measurements. The world of relativity and quantum theory shattered that fond illusion. Similarly many experts in evolution believed that the genome was unalterable once it was passed on from parents to children. The discovery of epigenetics put a completely different spin on genetic inheritance. The same slaying of longstanding beliefs - Aristotle's four elements, vitalism, the ether - has pervaded the history of science.

It is thus clear that science has always suffered when its adherents have insisted that there was one truth to be known, shared and cherished. But it - and humanity - have suffered even more when the belief in such a truth came not from the scientific edifice itself from but from a political or social outlook that used that edifice to its own ends. The greatest harm comes not when scientists claim universal truth but when all of us, scientists as well as non-scientists, believe that science should support what we believe are sacred political or social values. 

O conhecimento rasteiro e enviesado de Leandro Russovski Tessler (Unicamp) sobre a TDI: é todo baseado na Wikipedia!

segunda-feira, outubro 27, 2014

No dia 12 de outubro de 2014, Dia da Criança, li um artigo sobre o Primeiro Congresso Brasileiro do Design Inteligente, de autoria de Leandro Russovski Tessler, professor de Física da Unicamp, ateu e ferrenho inimigo e oponente da teoria do Design Inteligente. Este blogger há muito destacou aqui a desonestidade acadêmica de Tessler, que o ameaçou de processo por danos morais. Mantenho o que escrevi antes – Tessler é um acadêmico desonesto! Explico em seguida o por que de sua desonestidade acadêmica.

Li e reli o artigo de Tessler cum grano salis. Fui aos links destacados no seu artigo. Quase todos links de artigos publicados na Wikipedia. Gente, qualquer professor mais sério e de respeito, recusa trabalhos de alunos que façam citação de artigos da Wikipedia, porque ela não é fonte confiável, e é fortemente ideologizada. Apesar de ser aberta para edições, determinados temas como o Design Inteligente, apesar de os artigos serem editados, os editores da Wikipedia não acolhem as edições corrigindo as distorções sobre a TDI ali apresentadas. Sei dessa luta inglória há quase uma década! Só isso desqualifica o artigo de Tessler sobre a TDI – total descompasso com a verdade dos fatos.

Tessler segue os passos dos defensores da TDI como um agente secreto da NKVD de Béria. Seria influência de seu segundo nome Russovski? Na sua precisão de espião exercendo o patrulhamento ideológico da Nomenklatura científica, Tessler recorre às suas anotações de espionagem e, sarcasticamente intitula e comenta que entre 14 e 16 de novembro próximo ocorrerá no sofisticado hotel Royal Palm Plaza em Campinas o Segundo Primeiro Congresso Brasileiro de Design Inteligente.

Para salvaguardar sua integridade intelectual como cientista e dos seus leitores, Tessler afirma que não errou sobre a edição e nem o leitor leu errado. Mencionou o Primeiro Congresso Brasileiro de Design Inteligente anunciado em 10 e 11 de dezembro 2010 no mesmo local.

Tivesse sido um espião mais organizado e honesto, Tessler, você ficaria sabendo que tal evento não ocorreu. E é professor de Física na Unicamp? Sem o cuidado devido em verificar a verdade dos fatos que afirma? Isso é desonestidade acadêmica, Tessler! É que existe uma agenda ideológica maior por detrás de suas inquietações contra a TDI. Não são inquietações científicas...

Eu não entendo porque Tessler se ocupa tanto, e de modo evangelista e missionário, com a TDI. Afinal de contas Tessler é professor de universidade pública, precisa trabalhar para honrar o salário que ganha e que nós contribuintes pagamos regiamente. Mas vamos lá, nós da TDI defendemos a liberdade de expressão, não iríamos tolher o direito de desse Torquemada pós-moderno, zelota, chique e perfumado a la Dawkins de falar.

Para salvar a integridade científica de seu blog, Tessler destaca dois motivos porque deu espaço para o Congresso Brasileiro do Design Inteligente:

1. Ele se apresenta à sociedade como um congresso científico, mas como vou argumentar adiante ele é na verdade um evento pseudo-científico [SIC 1, Tessler está perdoado, mas como professor da Unicamp precisa saber regras básicas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 2009: grafa-se pseudocientífico. Desconto dado, pois somente será obrigatório escrever corretamente em 2016].

Tessler parece que nunca leu um livro dos teóricos do Design Inteligente. Eu creio que nunca leu. Tivesse lido não escreveria tanta bobagem sobre a TDI. Tessler, na sua ignorância maior, não sabe que as críticas levantadas contra a TDI são também direcionadas à teoria da evolução de Darwin, pois as duas teorias usam amesma metodologia: ciências de longo alcance histórico. A maioria dos darwinistas não sabe disso...

2. Mais grave, os organizadores pretendem divulgar o "Primeiro Manifesto público TDI-BRASIL sobre o ensino da evolução e do Design Inteligente em nossas escolas e universidades públicas". Ou seja, pretendem trazer ao Brasil o ensino de pseudo-ciência [SIC 2, Tessler, grafa-se pseudociência] como se fosse ciência, repetindo a tática que usaram e foi refutada nos Estados Unidos.

Tessler é o novo Nostradamus da Unicamp – já viu o conteúdo do manifesto da SBDI sobre o ensino da evolução e da TDI em nossas escolas e universidades públicas, e que estamos repetindo a tática usada e refutada nos Estados Unidos. Bem, como eu não sou Nostradamus a la Tessler, não sei o que vai ser decidido dia 16 de novembro de 2014. 

Contra o conhecimento rasteiro de Tessler, baseado na Wikipedia, esclareço: a TDI não é uma manifestação contemporânea do argumento teleológico, pois não supomos a existência de uma entidade inteligente no universo, baseado na percepção de supostas evidências para um projeto deliberado na natureza e no universo físico. Apenas afirmamos que existem sinais de inteligência na natureza. Que são empiricamente detectados. Tessler é um exemplo disso, mas...

A percepção de sinais de inteligência na TDI realmente envolve a complexidade irredutível e informação complexa especificada em sistemas biológicos. Os teóricos da TDI têm questionado a capacidade do processo evolutivo ser responsável por toda essa diversidade e complexidade biológica. Não poderia ter ocorrido por acaso, muito menos pela necessidade.

A literatura especializada, que eu saiba, revela que Darwin e discípulos, muito menos Tessler, explicaram como que através de processos lentos e graduais evolucionários surgiu a complexidade irredutível de sistemas biológicos, e a informação complexa especificada como a encontrada no DNA.

Tessler, o máximo da sapiência científica universal, demoniza os teóricos e proponentes da TDI, ao afirmar que tudo isso resulta na compreensão limitada e enviesada da Teoria da Evolução e da origem do universo, e de que escolhemos intencionalmente a Charles Darwin como nosso inimigo maior. Não escreva bobagem Tessler, foi a Wikipedia que lhe disse ser a evolução incompatível com a TDI? De que evolução você fala? Se é que Tessler sabe ter a evolução vários significados. De qual delas você fala? Qual delas é incompatível com a TDI?

Não é esta a primeira vez que eu demonstro Tessler estar em descompasso com a verdade sobre os teóricos da TDI, esta aqui é mais uma: não cansam de afirmar que a base da biologia contemporânea "é apenas uma teoria". Onde você viu isso na literatura da TDI? Mostre ou fica demonstrado que estar em descompasso com a verdade é useiro e vezeiro em Tessler!

Na sua ânsia voluptuosa, Tessler faz uma afirmação infundada de que há muitos anos o movimento TDI perdeu importância nos Estados Unidos, e que ganhamos muita visibilidade nos anos 1980 e 90. Lá, como aqui, cresce o interesse pelo Design Inteligente, e a grande preocupação com o avanço da TDI, não somente nos Estados Unidos, mas no mundo. Coreia do Sul que o diga...

Tessler, leia um pouco mais de História dos Estados Unidos antes de escrever bobagem sobre o assunto. O ensino do criacionismo nas escolas públicas americanas não se deu como uma alternativa ao modelo científico das origens do universo e da vida: o criacionismo era ensinado nas escolas públicas americanas antes de existir a teoria da evolução. 

Quanto à decisão da Suprema Corte Edward vs. Aguillard, pasmem, Tessler é encontrado em compasso com a verdade. Mas logo em seguida, Tessler, contumaz que é em estar em descompasso com a verdade, afirma que o criacionismo voltou aos bancos escolares na forma de TDI. Nada mais falso! Tessler, onde está a sua lógica como físico? Se criacionismo é proibido de ser ensinado em escolas públicas, como voltou a ser ensinado sob a forma de TDI? Tessler, fica aqui o desafio: diga qual escola pública americana ensina TDI? Ou então sofra as consequências de ser processado por perjúrio e danos morais...

Adeptos da TDI são cientistas e afirmam ser científica sua teoria. Mais uma vez, Tessler se ancora na Wikipedia para a definição do que é e não é científico. A TDI segue o método científico muito mais rigorosamente do que muitas ciências. O método científico geralmente é descrito como um processo de quatro etapas envolvendo:  observações, hipóteses, experimentos, e conclusão.

A TDI começa com a observação de que agentes inteligentes produzem informação complexa e especificada (ICE). Em seguida, os teóricos fazem hipóteses que, se um objeto natural tem design intencional, ele conterá altos níveis de ICE. Os cientistas então realizam testes experimentais sobre os objetos naturais para determinar se eles contêm informação complexa e especificada. Uma forma de ICE fácil de ser testável é a complexidade irredutível, que pode ser testada e descoberta fazendo, experimentalmente, a engenharia reversa de estruturas biológicas através de experiências de silenciamento genético. O propósito disso é determinar se elas exigem que todas as suas partes funcionem. Quando os pesquisadores experimentais descobrem a complexidade irredutível em biologia, eles concluem que tais estruturas têm design intencional.

Tessler talvez não saiba, talvez por causa dos antolhos impostos por sua agenda filosófico-naturalista, não existe método científico. Existem métodos científicos, pois são diversas as áreas científicas. Aprendeu, Tessler? Seu método científico rigoroso em Física não se aplica em Biologia, especialmente Biologia Evolucionária...

O caso do Distrito de Dover, Pennsilvânia, Kitzmiller vs Dover Area District, tinha a ver com a leitura de uma nota antes de começar as aulas de Biologia, de que os alunos deveriam tomar conhecimento das lacunas e problemas na teoria da evolução, e de outras teorias da evolução, mas não limitada ao design inteligente. Ao saber disso, o Discovery Institute foi contra, e alertou aos pais de que eles corriam risco de um processo judicial, mas essa verdade não interessa Tessler divulgar.

Os teóricos do DI foram chamados a testificar amicus curiae sobre a questão. Em 2005 foi o juiz Jones III que decidiu juridicamente, e não cientificamente, que a TDI é uma forma disfarçada de religião e não deve ser ensinado como ciência nas escolas públicas. A versão do Movimento do Design Inteligente sobre esse episódio é muito bem contado neste artigo Intelligent Design will survive Kitzmiller vs Dover.

Tessler continua com sua argumentação falaciosa sobre a TDI. Destaca aos seus leitores que artigos usando argumentos de TDI nunca foram aceitos para publicação nos periódicos científicos mais prestigiosos. Como publicar nesses periódicos mais prestigiosos, Tessler, se há pareceristas como você, servindo de guarda-cancelas, impedindo que ideias, hipóteses e teorias novas contrariando o paradigma sejam publicadas???

Tessler parece nunca ter lido A Estrutura das Revoluções Científicas, de Thomas Kuhn. Se leu, nem se deu conta de que como os paradigmas colapsantes são defendidos com unhas e dentes pela Nomenklatura científica. Este blogger entende Tessler assim... Um Rotweiller de Darwin!!!

Tessler deveria saber mais sobre filosofia da ciência. Ele não sabe que a publicação por revisão por pares é, num certo sentido, irrelevante como exigência para a ciência. Fosse assim, Darwin não teria publicado sua opus magnum Origem das Espécies, e nem Einstein o seu artigo sobre a teoria da relatividade. Stephen Jay Gould e outros cientistas de mais peso científico que Tessler afirmaram:

“The quality of a scientific approach or opinion depends on the strength of its factual premises and on the depth and consistency of its reasoning, not on its appearance in a particular journal or on its popularity among other scientists”.

“A qualidade de uma abordagem ou opinião científica depende do poder de suas premissas factíveis e na profundidade e consistência de seu raciocínio, não no seu aparecimento de uma publicação científica em particular ou na sua popularidade entre outros cientistas”.


Além disso, Tessler, ignorante que é da TDI, não menciona aos seus leitores que existem vários artigos com revisão por pares sobre algum aspecto da TDI publicados em algumas publicações científicas.

Onde então Tessler, as características da TDI são de pseudo-ciência [SIC]: ideias não-científicas ou anti-científicas [SIC] apresentadas com roupagem científica? Quais as características da TDI são pseudociência? Tessler não as menciona. Quais ideias da TDI não são científicas ou anticientíficas? Tessler não as arrola.  Argumentar que se os nossos argumentos fizessem sentido ou trouxessem uma explicação melhor para a evolução do que o existente, a TDI seria atualmente aceita nos meios científicos, é demonstrar mesmo que, se leu, não entendeu A Estrutura das Revoluções científicas. A TDI não é aceita porque atinge o âmago do naturalismo filosófico que posa como se fosse ciência, e na aceitação a priori de alguns paradigmas colapsantes no contexto de justificação teórica.

O Tessler cientista, dá lugar agora ao Tessler sociólogo de botequim, ao afirmar que no Brasil o movimento de TDI se confunde com o relato de criação cristão e por uma leitura literal do Novo Testamento, intimamente ligado ao crescimento das religiões protestantes, e a uma forma particular de pregação religiosa, e aterroriza seus leitores, pois vê nisso graves consequências na política, nos meios de comunicação e obviamente na sociedade como um todo. Caracas, Tessler, como a sua mente delirante é pródiga em criar factoides dignos do Apocalipse???

Desconhecendo a história do Movimento e da Teoria do Design Inteligente no Brasil, Tessler demoniza entidades e pessoas que buscam legitimar a TDI no meio acadêmico brasileiro. Que a Universidade Presbiteriana Mackenzie organizou eventos para "discutir" o darwinismo hoje, é verdade.

Todavia, dizer que esses eventos foram um palco para os adeptos do TDI mostrar suas ideias em uma universidade e que nunca um especialista em evolução esteve entre os palestrantes, Tessler mais uma vez é encontrado em descompasso com a verdade histórica dos fatos e, pasmem, desqualificou academicamente os especialistas em evolução de universidades públicas e privadas brasileiras que foram convidados, expuseram e defenderam a posição evolucionária: Prof. Dr. Aldo Mellender de Araújo (UFRGS), Prof. Dr. Gustavo Caponi (UFSC), Prof. Dr. Diogo Meyer (USP) e Prof. Dr. Henrique Paprocki (PUC-MG, Belo Horizonte). Que falta de colegialidade!!!

Tessler enxerga nessa iniciativa do Mackenzie, como uma má estratégia para uma universidade protestante privada brasileira buscar ganhar prestígio científico com a promoção de eventos em que ideias são consideradas. Ué, mas a universidade não é o lugar de se debater ideias? Se não for, é onde? No mercado? No supermercado? No shopping center? E quem disse que o Mackenzie depende da TDI para ser reconhecida como uma universidade de ponta? A preocupação do Tessler com a iniciativa do Mackenzie é outra: ele, o Torquemada pós-moderno, não quer que a TDI chegue a ser debatida academicamente. Chegou tarde, Tessler, ela já foi debatida, não somente no Mackenzie, mas até em universidades públicas brasileiras mais arejadas e abertas ao debate de ideias científicas.

Tessler, o guardião maior da ortodoxia científica se orgulha de ter ajudado a cancelar um evento sobre a TDI na Unicamp em 2013 que poderia trazer consequências simbólicas para a universidade. Nada mais falso. Mais uma vez Tessler está em descompasso com a verdade: o evento era sobre as filosofias da origem do universo e da vida. Nada sobre a TDI, teoria que não aborda essas questões de origem e evolução do universo e da vida.

Que eu saiba, questões sobre a origem e evolução do universo e da vida são questões científicas. Empenhar-se e impedir a realização de um evento que discuta isso, demonstra, não a racionalidade esperada de um cientista, mas a irracionalidade de um inquisidor e guarda-cancela rabioso.

Qual é o status científico da origem e evolução do universo e da vida? Paradigmas colapsantes que demandam uma profunda revisão ou simples descarte, pois o contexto de justificação teórica os mostrou desnudos.

O Congresso de TDI, em Campinas vai ser realizado fora da Unicamp. Ter sido acolhido e anunciado no portal, e não na lista de emails oficial da Unicamp, como "um evento histórico", causou furor e protestos. Tiraram rapidamente o anúncio do site da Unicamp. O mesmo também se deu com a página da Sociedade Brasileira de Química. Embora a Dra. Donna Blackmond seja uma das maiores autoridades mundiais no assunto, sua palestra sobre "A Origem da Homoquiralidade nos Seres Vivos", na 38ª Reunião Anual da SBQ, não respondeu ao enigma do por que é assim. Explicou??? Não explicou!!!

Ai, Tessler, o Torquemada da Unicamp, lista os sinais do Primeiro Congresso Brasileiro do Design Inteligente ser um encontro pseudo-científico [SIC]. Não satisfeito, Tessler, o Béria da Unicamp, sugere comparar através de busca na web de qualquer encontro científico sério para notar as diferenças:

1. Nosso Congresso só é noticiado em páginas religiosas, enquanto congressos científicos são anunciados em páginas de sociedades científicas, financiadoras da ciência e universidades sérias. Tessler, me ajude aqui, e explique se puder – o pessoal da TDI no Brasil anunciou seu congresso no portal da Unicamp e na Sociedade Brasileira de Química. Mediante pressão sua e de outros rotweillers da Nomenklatura científica, nosso congresso só pode ser acolhido nessas páginas. Tentar, nós tentamos, mas os Tesslers da vida não deixaram...

2. Quanto ao “Comitê Científico”, ele até pode corresponder a um Comitê de Programa, e como bem destacado por Tessler, formado por professores experientes e exponentes da pesquisa na indústria ou institutos sérios, e que decidiram o programa do evento. Qual a razão de apresentar seus currículos? É porque a Nomenklatura científica e a Galera dos meninos e meninas de Darwin dizem que não há cientistas sérios e de peso acadêmico que defendam e proponham a TDI no Brasil. Eles resolveram “sair do armário”, e isso incomoda ao Tessler et caterva, pois tem gente lá que é membro da Academia Brasileira de Ciências. E está aumentando cada vez mais. Quase 300, mas não há somente evangélicos, há católicos, adventistas, e pelo menos um ateu e agnóstico (a confirmar).

Tessler, você que é o cara que sabe de tudo, diz pra mim, como é que os membros do comitê científico poderiam ter em seu currículo publicações científicas sérias envolvendo a TDI quando pareceristas como você, são guarda-cancelas e impedem a publicação de nossas ideias em periódicos científicos sérios. A TDI, Tessler, não é pseudo-ciência [SIC].

3. Realmente, congressos científicos têm como patrocinadores as agências de fomento, universidades prestigiosas, fabricantes de equipamento relevante para o meio. Quando essas fontes financiadoras nos são vedadas, e Tessler sabe disso, onde arranjar apoio de patrocínio? Não nos envergonhamos desses fabricantes de esquadrias, dessas concessionárias de veículos, das fábricas de colchões e das universidades evangélicas pelo aporte financeiro dado. Pelo contrário, nos orgulhamos deles, pois estão dando a cara a tapa e colocando seus negócios e reputação acadêmica em risco por esse apoio a um grupo considerado como herege pela Nomenklatura científica.

Não entrarei na questão do documento que discutirá o ensino da evolução e da TDI nas escolas e no ensino superior público, pois esse documento será discutido no dia 16 de novembro de 2014. Quanto ao “ouvir todos os lados” e que os alunos sejam levados pelas evidências a fazer escolhas, faz parte dos métodos científicos, e não são somente argumentos de pessoas de boas intenções, com espírito democrático mas que conhecem ciência e o processo de pesquisa científica.

Concordamos 100% com Tessler – as teorias científicas não se impõem porque escritas em livros sagrados (desconheço os livros sagrados, pois Tessler, ateu, não mencionou), mas realmente porque são aquelas que melhor trazem as evidências e dão conta dos fatos.

Concordamos 100% com Tessler que ensinar religião como se fosse ciência nas escolas seria um enorme retrocesso para nossa educação. Todavia, nenhum cientista submisso ao rigor dos métodos científicos dirá, em sã consciência, que a ciência já tem todas as respostas fechadas sobre a realidade, e que não precisamos mais ser céticos de determinados paradigmas.

Realmente, é melhor deixar a ciência na escola, a religião nos templos, e o proselitismo naturalista-filosófico dos professores ateus como Tessler, fora das salas de aulas.

E aí Tessler, ainda vai me processar???