“Se outros não tivessem sido loucos… nós deveríamos sê-los.” William Blake (1757-1827). Com este provérbio, Blake, poeta britânico, entendeu nitidamente que os nossos juízos sobre a ‘loucura’ são inerentemente relativos.
O desprezo, o escárnio e as agressões retóricas sendo atualmente suportadas pelos teóricos do Design Inteligente – Michael Behe, William Dembski, Jonathan Wells et al, tão-somente por causa da ‘loucura’ pública de serem dissidentes do naturalismo darwiniano e parcialmente da teoria neodarwinista, têm tornado mais fácil a vida acadêmica para outros cientistas, e até para este blogger, expressarem a sua dissensão a Darwin.
Contudo, ainda há muitos na Academia no Brasil e mundo afora que não podem fazer isso publicamente temendo represálias dos agentes da KGB (chefes de departamentos, revisores, peer-reviewers é mais chic) que destruiriam suas carreiras científicas imediata e maquiavelicamente. São os ‘dissidentes silenciosos’, alguns deles abrigados em nosso pequeno, mas crescente Núcleo Brasileiro de Design Inteligente.
Mas, é bom saber que a nossa ‘loucura’ epistêmica denunciando as muitas insuficiências epistêmicas do neodarwinismo está encontrando alguns ouvidos no arraial de nhô Darwin. Exemplo bem recente disso é o trabalho de J. Scott Turner, biólogo da SUNY-Syracuse, cujo livro sobre as dificuldades do neodarwinismo acabou de ser lançado pela não menos famosa e insuspeita editora Harvard University Press.
NOTA BENE: Não é qualquer uma editora, não. É a Harvard University Press. Eu queria ver a cara dos ‘meninos de Darwin’ em Pindorama. Eles dirão: Ah, mas papel aceita tudo... Só que para escrever neste papel é preciso muito reconhecimento acadêmico.
http://tinyurl.com/2a42jb
Para uma descrição do próprio Turner sobre seu livro, vide:
http://www.esf.edu/EFB/turner/tinkerersaccomplice.htm
Professar lealdade ao dogma darwinista é uma atitude sábia para ficar bem distante dos cassetetes darwinistas:
“Hei, EU NÃO SOU UM DESSES CARAS, mas apesar disso, a persistência do antidarwinismo convida uma pergunta: Por que isso não desaparece? Ninguém precisa ser um defensor da teoria do Design Inteligente (EU NÃO SOU), nem precisa ser averso ao darwinismo (EU NÃO SOU) para ver que há algumas questões filosóficas interessantes em jogo, e que elas giram em torno da questão do design biológico: Por que as coisas vivas são tão adequadamente construídas para as coisas que elas fazem?”
(Vide o PDF acima da lista das resenhas:)
http://www.esf.edu/efb/turner/review%20articles.html
Para você que tenta respirar e sobreviver à ‘inquisição sem fogueira’ no Gulag de Huxley, viu qual é a tática sutil para ser considerado um ‘darwinista ortodoxo’? “EU NÃO SOU UM DESSES”. Esse é o bilhete que lhe garante milhagem, oops, oxigênio para poder continuar respirando e sobrevivendo em meio ao patrulhamento diário dessas hienas ideológicas sedentas por sangue inocente.
Os únicos que podem, devem e são atualmente execrados na Academia e publicamente na Grande Mídia, sem dó nem piedade, são os teóricos, proponentes e defensores do Design Inteligente. Turner, em seguida, atrás da linha de alcance das bordoadas dos pitbulls de Darwin, afirmou: “Eu? Eu estou fazendo somente algumas perguntas sensíveis sobre o neodarwinismo.”
Somente neste estilo orwelliano de Novilíngua, de beija-mão e beija-pé de Darwin, é que a liberdade acadêmica floresce nas universidades públicas e privadas lá e em Pindorama, mas mesmo assim, graças aos ‘loucos’ do Design Inteligente, ao ‘anta do Enézio’, que tem recebido pedradas defendendo a liberdade do debate das idéias, é que esse tipo de raciocínio científico objetivo está abrindo rachaduras na então considerada inexpugnável fortaleza filosófico-materialista que, posando como ciência, impediu o avanço do conhecimento em pelo menos duas décadas. Exemplo mais próximo desse impedimento: o considerar certas regiões do DNA como DNA lixo...
Enquanto isso, a Nomenklatura científica tupiniquim ficou em silêncio pétreo. O bom é que a solução biológica descrita por Kuhn [in A Estrutura das Revoluções Científicas, São Paulo, Perspectiva, 5ª. ed., 1998] está bem aí, mais próxima do que vocês imaginam – vocês da velha-guarda vão morrer, e uma nova geração de biólogos vai surgir podendo fazer e responder as muitas perguntas até aqui proibidas. Não vou falar, não vou falar, não vou falar. Vou falar: Não sentiremos saudades de vocês, muito pelo contrário. Seremos fortes, não choraremos, oops, choraremos sim – lágrimas de crocodilos... RIP [Requiescat in pace]
E quem levantou esta lebre aqui no Brasil em 1998? A turma do DI e o ‘anta do Enézio’, ‘simples professor do ensino médio’, ‘tradutor científico’, ‘os crentes da Terra plana’, e otras cositas mais. Na História da Ciência tupiniquim deste período, por favor, não se esqueçam de mim – especialmente pela minha coragem em desafiar a Nomenklatura científica em Pindorama, demonstrando que Darwin está nu, e que há algo de podre no reino da fantasia epistêmica.
Joguem bastante pedra na Geni, oops, no DI que a verdade científica sobre a necessidade de uma nova teoria da evolução vai prevalecer. Não há como esconder o Sol das evidências das insuficiências do neodarwinismo com a peneira furada de apressadas teorias ad hoc. Não se põe remendo epistêmico do século 21 num pano teórico esgarçado do século 19. Se colocado, o pano se rompe. Quem viver, verá – a nova teoria da evolução que está sendo urdida intramuros para ser divulgada tão-somente após as celebrações de culto à personalidade de Darwin em 2007 e 2009 na Grande Taba Internacional.
Pano bem rápido que o neodarwinismo vai cair de podre sozinho, mais dia menos dia...
P.S. 1: Eu queria mudar o meu estilo literário, mas não consigo – como pode o leopardo mudar suas pintas? Eu pensei em ‘evoluir’, pois a minha inspiração é o Barão de Itararé, o único e verdadeiro intelectual tupiniquim. O ‘espécime’ moderno mais aproximadamente ‘evoluído’ é o Diogo Mainardi, da VEJA, mas ele já está sendo ‘adorado’ pelo público. Vou continuar em ‘estase’ literária por longas eras... (Macaco Simão, Folha de São Paulo).
P.S. 2: Pesquisando em renomada universidade em São Paulo em 2006, achei um artigo sobre o porquê de o Positivismo tupiniquim ter ido pras cucuias – houve na mídia daquela época jornalistas mais corajosos do que hoje, que escreveram artigos sobre o Positivismo tupiniquim em tom jocoso. Isso teria desacreditado August Comte no Brasil.
Qualquer semelhança com este blogger não é mera coincidência. Eu tive uma professora naquela universidade que nos ensinou sobre o riso como um poderoso instrumento crítico de pensamentos dominantes. Isso desacreditará Darwin no Brasil? A tese é meio esdrúxula, mas mesmo assim eu faço a minha parte: eu ouso rir de Darwin. Sem remorsos!