A IBM ‘falou e disse’: o DNA não codificante é ‘muito mais complexo do que a Nomenklatura científica imaginava’

quinta-feira, maio 04, 2006

Alô galera ultradarwinista fundamentalista e Nomenklatura científica tupiniquins. Novamente sou portador de más notícias para vocês. Eu faço isso com o maior prazer (não adianta querer entender, pois nem Freud explica!), mas vocês vão ter que ir aonde for dar as evidências.

A mais nova má notícia é: o conceito de “DNA lixo” está desaparecendo de vez da literatura científica. “Uma análise matemática do genoma humano sugere que o tão-chamado “DNA lixo” pode não ser tão inútil assim”, noticiou Paul Rincon para o programa BBC News. O título da foto diz: “O genoma pode possuir muito mais complexidade do que se imaginava”.

Não foram biólogos que fizeram tal descoberta. Nem poderia ser, pois os biólogos estão sendo há muito tempo treinados em biologia usando ‘óculos epistemológicos’ [ou ideológicos] impedindo-os de ver e detectar design intencional na natureza. Isso foi promovido com tenacidade canina pela Nomenklatura científica [Crick e Dawkins] no século 20:

“Os biólogos devem constantemente ter em mente que o que eles vêem não tem design intencional, mas evoluiu”. (Crick, F. H. C., in “What Mad Pursuit: A Personal View of Scientific Discovery”, [1988], Penguin Books: Londres, 1990, p. 138.

“A biologia é o estudo das coisas complexas que dão a impressão de ter um design intencional”. DAWKINS, Richard, in “O Relojoeiro Cego”, São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 18.

Como os biólogos são ‘proibidos’ veemente pela Nomenklatura científica de ‘detectarem design’ na natureza, outros cientistas e teóricos podem se aventurar nessa área. Os engenheiros são os mais capacitados para essa tarefa. Não deu outra. Uma equipe da IBM descobriu padrões envolvidos na regulação dos genes. Esses padrões mostraram uma relação entre as áreas funcionais dos genes e aquelas previamente consideradas não-funcionais. Essas estruturas codificam os silenciadores de RNA que ‘ligam’ e ‘desligam’ os genes de modos complexos, mesmo após um gene ter sido traduzido.

“Essas regiões podem, na verdade, conter estrutura que nós não tínhamos visto antes [sic]”, disse o Dr. Isodore Rigoutsos. “Se na verdade um deles corresponder a um elemento ativo que esteja envolvido em algum tipo de processo, então a extensão do processo regulador da célula que ocorre realmente está muito além de qualquer coisa que nós vimos na última década [sic]”. O artigo de Rigoutsos et al. foi publicado no PNAS.1

A biologia genética teria avançado muito mais se tivesse dado mais atenção à turma de engenheiros da IBM do que ao mais famoso ‘contador de estórias da carochinha’ – Dawkins. “O laboratório comum não tem os recursos para provar ou não isso, desse modo, vai precisar de bastante esforço por muitas pessoas”, disse o Dr. Rigoutsos.

Por que a turma de Tecnologia de Informação – a poderosa IBM, é muito melhor equipada para entender os códigos? Não é somente porque este tipo de design intencional pode ser detectado na natureza. É porque esses códigos funcionam e têm aplicabilidade tecnológica: $$$. E ainda dizem que o Design Inteligente não é ciência. Realmente, não é ciência, é ciência e tecnologia!

A turma do DI sempre afirmou que o ‘DNA lixo’ não era lixo! É teleologia pura!

Fui! Novamente matando a cobra e mostrando o pau!

1. Rigoutsos et al., “Short blocks from the noncoding parts of the human genome have instances within nearly all known genes and relate to biological processes,” Proceedings of the National Academy of Sciences.

Published online before print April 24, 2006, 10.1073/pnas.0601688103.