O mistério da extrema conservação não codificante

sexta-feira, novembro 22, 2013

Segunda-feira, 18 de novembro de 2013


Sem especulações plausíveis

A evolução é única em que, embora seja bem conhecida entre os evolucionistas como sendo um fato, as suas predições frequentemente se demonstram falsas. Considere este novo artigo de Royal Society sobre “The mystery of extreme non-coding conservation” [O mistério da extrema conservação não codificante] que tem sido encontrada através de muitos genomas. 

Anos atrás um professor de evolução me disse, defendendo a assertiva de que a evolução é falseável, que se sequências de DNA altamente semelhantes e funcionalmente livres fossem encontradas em espécies diferentes, então a evolução seria falsa. Há apenas alguns anos mais tarde foi exatamente isso que foi descoberto. 

Na verdade, as sequências de DNA eram extremamente similares e até idênticas em espécies diferentes, e quando elas foram removidas do rato, não houve diferença perceptível. Centenas de testes revelaram nenhuma diferença significante entre os ratos com e sem esses longos trechos de sequências de DNA. 

O professor concordou que a evolução é falsa? De jeito nenhum. Pois o fato da evolução vai muito mais fundo do que as descobertas científicas e predições fracassadas. Apesar disso, dez anos mais tarde, permanece o mistério da extrema conservação do DNA.

Como o artigo explica, no momento não existe “nenhum mecanismo ou função conhecidos que explicasse este nível de conservação nas distâncias evolucionárias observadas.” Este fracasso nos força recorrer aos típicos mecanismos explanatórios. A evolução dessas sequências extremamente conservadas devem ter sido abruptas e rápidas, ocorrendo em “pequenos surgimentos.”

E desde que algumas dessas sequências são encontradas em uma ampla gama de espécies diferentes, as sequências, e quaisquer forças seletivas as preservaram, devem ter estado presentes muito cedo na história evolucionária. Por outro lado, muito dessas sequências apontam para a nemesis da evolução, biologia linhagem específica.

Algumas dessas sequências são extremamente conservadas dentro das linhagens, mas não por entre as linhagens. Isso nos força concluir que a sequência ancestral, surgiu primeiro, de algum modo do ancestral comum, e mais tarde evoluiu independentemente em linhagens diferentes que surgiram, tornaram-se completamente diferentes naqueles linhagens diferentes, e depois finalmente em cada uma dessas sequências diferentes, nas respectivas linhagens, de algum modo se tornaram essencialmente imutáveis.

Como é típico do genre da evolução, tudo isso é expresso em termos teleológicos. Eis um parágrafo do artigo que é carregado com as tendências de evolução aristoteliana:

"Lowe et al. proposed that, within vertebrates, there have been three distinct periods of CNE [conserved non-coding element] recruitment around specific groups of genes. They suggest that this pattern is the result of regulatory innovations, which led to important phenotypic changes during vertebrate evolution. Prior to the divergence of mammals from reptiles and birds, it appears that CNEs were preferentially recruited near TFs and their developmental targets. This was followed by a gradual decline in recruitment near these genes, accompanied by [a recruitment] increase near proteins involved in extracellular signalling, and then [a recruitment] increase in placental mammals near genes responsible for post-translational modification and intracellular signalling. An analysis of CNE gain in the primate and rodent lineage has found that CNEs are either recruited near genes which have not previously been associated with CNEs, or are added near genes which are already flanked by CNEs. The interpretation was that the first set of genes is enriched in functions pertaining to nervous system development, whereas the latter contains genes involved in transcriptional regulation and anatomical development."

Este exemplo de linguagem teleológica ilustra também como que o compromisso com uma teoria pode resultar em uma perda de parcimônia. Isto é, a fim de acomodar novas e contraditórias descobertas, explicações adicionais devem ser adicionadas à teoria. Ela se torna mais complicada e menos parcimoniosa. Eis como o artigo resume essas descobertas de sequência de conservação extrema:

"… despite 10 years of research, there has been virtually no progress towards answering the question of the origin of these patterns of extreme conservation. A number of hypotheses have been proposed, but most rely on modes of DNA : protein interactions that have never been observed and seem dubious at best. As a consequence, not only do we still lack a plausible mechanism for the conservation of CNEs—we lack even plausible speculations."

Especulação razoável e até soluções para a sequência de conservação extrema pode vir no futuro. Mas para a ciência de 
hoje, destaca novamente o status único da evolução.

Postado por Cornelius Hunter 18 de novembro de 2013