Evolution News & Views 7 de março de 2012 9:12 PM | Permalink
Didier Raoult, o "microbiologista mais produtivo e influente na França" de acordo com a Science e conhecido como um crítico cândido de Darwin, está parecendo mais interessante todo o tempo. Outro dia nós destacamos um perfil dele e de seu trabalho. Isto aqui é de uma entrevista que ele deu ao Le Point:
"A visão da vida passando por um refinamento hoje é mais nietzschiano do que darwiniano. Por um lado, há Apolo, lindo, racional e organizado, e por outro lado, há Dionísio, provocando desordem, caos, o que não é previsto, com a recombinação seguindo o bacanal. Transferências verticais de genes dentro de uma espécie, com mudanças progressivas selecionadas pelo ambiente, lembram o mundo apolíneo. Transferências laterais entre espécies diferentes via micróbios evoca, por sua brutalidade, o universo radical de Dionísio."
Sob certos aspectos, isto é uma coisa muito radical para se dizer porque é a expressão da opinião de que nesta etapa de pesquisa, nós não temos esquema melhor pelo qual entender a vida do que esses fornecidos pelos mitos antigos de agência e ação.
Por outro lado, é uma coisa muito conservadora dizer porque a fim de dar vida cientificamente àqueles mitos, Raoult se vê obrigado a voltar a algumas ideias muito familiares envolvendo a transferência lateral e vertical de genes. É como se um homem fosse uma descrição de um grande exército em movimento estritamente em termos contábeis - trezentos dólares para os boinas vermelhas, mil e cem dólares para clips de papel, e onde mesmo estão os recibos para o óleo de metralhadora?
O mínimo que se pode dizer, este é um homem e um cientista que está pensando e que é sensível ao fato de que as questões que ele acha interessante têm uma história longa no pensamento filosófico (e literário). Elas não são questões fáceis de se perguntar e ainda mais difíceis de se responder.
Se ele passar muito tempo nos Estados Unidos [Nota deste blogger: e no Brasil também), ele deve ficar surpreso pela estreiteza, intolerância e asquerosidade do pensamento darwinista predominante, seu tom desprezível de sarcasmo escarnecedor. Evidentemente não existem Nick Matzkes na França, nem Larry Morans, tampouco Donald Protheros, muito menos PZ Myers. Só isso faz da França um lugar muito legal de se trabalhar.
"A visão da vida passando por um refinamento hoje é mais nietzschiano do que darwiniano. Por um lado, há Apolo, lindo, racional e organizado, e por outro lado, há Dionísio, provocando desordem, caos, o que não é previsto, com a recombinação seguindo o bacanal. Transferências verticais de genes dentro de uma espécie, com mudanças progressivas selecionadas pelo ambiente, lembram o mundo apolíneo. Transferências laterais entre espécies diferentes via micróbios evoca, por sua brutalidade, o universo radical de Dionísio."
Sob certos aspectos, isto é uma coisa muito radical para se dizer porque é a expressão da opinião de que nesta etapa de pesquisa, nós não temos esquema melhor pelo qual entender a vida do que esses fornecidos pelos mitos antigos de agência e ação.
Por outro lado, é uma coisa muito conservadora dizer porque a fim de dar vida cientificamente àqueles mitos, Raoult se vê obrigado a voltar a algumas ideias muito familiares envolvendo a transferência lateral e vertical de genes. É como se um homem fosse uma descrição de um grande exército em movimento estritamente em termos contábeis - trezentos dólares para os boinas vermelhas, mil e cem dólares para clips de papel, e onde mesmo estão os recibos para o óleo de metralhadora?
O mínimo que se pode dizer, este é um homem e um cientista que está pensando e que é sensível ao fato de que as questões que ele acha interessante têm uma história longa no pensamento filosófico (e literário). Elas não são questões fáceis de se perguntar e ainda mais difíceis de se responder.
Se ele passar muito tempo nos Estados Unidos [Nota deste blogger: e no Brasil também), ele deve ficar surpreso pela estreiteza, intolerância e asquerosidade do pensamento darwinista predominante, seu tom desprezível de sarcasmo escarnecedor. Evidentemente não existem Nick Matzkes na França, nem Larry Morans, tampouco Donald Protheros, muito menos PZ Myers. Só isso faz da França um lugar muito legal de se trabalhar.