Eugene V. Koonin 'falou e disse': a Síntese Evolutiva Moderna já era

terça-feira, novembro 23, 2010

Eugene V. Koonin (center/centro)

The Origin at 150: Is a new evolutionary synthesis in sight?

Trends in Genetics, 25(11), November 2009, pp. 473-475.

Abstract: 

The 200th anniversary of Charles Darwin and the 150th jubilee of the On the Origin of Species could prompt a new look at evolutionary biology. The 1959 Origin centennial was marked by the consolidation of the modern synthesis. The edifice of the modern synthesis has crumbled, apparently, beyond repair. The hallmark of the Darwinian discourse of 2009 is the plurality of evolutionary processes and patterns. Nevertheless, glimpses of a new synthesis might be discernible in emerging universals of evolution.

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Darwinian evolution in the light of genomics.

Nucleic Acids Research, 37(4), 2009, pp. 1011-1034.

ABSTRACT: 

Comparative genomics and systems biology offer unprecedented opportunities for testing central tenets of evolutionary biology formulated by Darwin in the Origin of Species in 1859 and expanded in the Modern Synthesis 100 years later. Evolutionary-genomic studies show that natural selection is only one of the forces that shape genome evolution and is not quantitatively dominant, whereas non-adaptive processes are much more prominent than previously suspected. Major contributions of horizontal gene transfer and diverse selfish genetic elements to genome evolution undermine the Tree of Life concept. An adequate depiction of evolution requires the more complex concept of a network or 'forest' of life. There is no consistent tendency of evolution towards increased genomic complexity, and when complexity increases, this appears to be a nonadaptive consequence of evolution under weak purifying selection rather than an adaptation. Several universals of genome evolution were discovered including the invariant distributions of evolutionary rates among orthologous genes from diverse genomes and of paralogous gene family sizes, and the negative correlation between gene expression level and sequence evolution rate. Simple, non-adaptive models of evolution explain some of these universals, suggesting that a new synthesis of evolutionary biology might become feasible in a not so remote future.

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Para dirimir dúvidas de alguns cientistas da Nomenklatura científica sobre se realmente a Síntese Evolutiva Moderna é uma teoria científica morta que posa como ortodoxia somente em livros didáticos desonestamente aprovados pelo MEC/SEMTEC/PNLEM, e apagar de vez o facho histérico da Galera dos meninos e meninas de Darwin quando ficam sabendo de coisas assim, esclareço que Koonin é evolucionista convicto, não é simpático às teses da teoria do Design Inteligente, e tem uma invejável carreira acadêmica e interesses científicos:

Eugene V. Koonin


Senior Investigator
National Center for Biotechnology Information (NCBI)
National Library of Medicine (NLM)
National Institutes of Health (NIH)
Bldg. 38A, Room 5N503
8600 Rockville Pike
Bethesda, MD 20894, USA
Tel: (301) 435-5913
Fax: (301) 435-7794 or (301) 480-9241
e-mail: koonin@ncbi.nlm.nih.gov

Principal Research Interests

We are interested in understanding the evolution of life. To obtain glimpses of such understanding, we employ existing and new methods of computational biology to perform research in several major areas.
  1. Empirical comparative and evolutionary genomics: comparison of prokaryotic and eukaryotic genomes with the aim of predicting gene functions, constructing evolutionary scenarios for particular gene families and functional categories, and deciphering general evolutionary trends. An evolutionary phenomenon we are particularly interested in is horizontal gene transfer between diverse organisms, in particular, from prokaryotes to eukaryotes and vice versa. One of the important outcomes of research in this area is the system of Clusters of Orthologous Genes (COGs).
  2. Exploration of the "Phylogenetic Forest": comparative analysis of phylogenetic trees for individual genes and identification of common trends between them. Development of more comprehensive approaches to the representation of genome evolution that combine tree-like and net-like trends.
  3. Exploitation of genome comparisons, particularly, those between relatively close genomes, for addressing fundamental issues of evolutionary biology such as the nature and intensity of adaptation and selection in different categories of genes and different organismal lineages.
  4. Classification and evolutionary analysis of protein domains and domain architectures. An important dimension in this type of research is discovery of "new" domains that are shared by many diverse proteins but have not been defined previously.
  5. Origin and evolution of viruses.
  6. General physical principles of evolution.

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NOTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:

Quando denunciei no Observatório da Imprensa que havia uma relação incestuosa da Grande Mídia Tupiniquim (GMT) com a Nomenklatura científica sobre a não abordagem das insuficiências fundamentais da teoria da evolução através da seleção, a tropa de choque da KGB veio descendo o cacete no então simples professor do ensino médio (tenho orgulho disso, pois na ocasião era este Davi contra Golias).

"Não damos espaço", uma atitude bem arrogante e ditatorial expressa por Marcelo Leite no encerramento de uma conferência sobre evolução na USP, tem sido desde então o comportamento da GMT, apesar deste blog diariamente reportar sobre a fragilidade da Síntese Evolutiva Moderna no contexto de justificação teórica: Darwin não fecha as contas, pois acertou no varejo e e errou no atacado. E chamam isso de uma grande revolução no pensamento científico. Imagina o resto então... 

E o que vemos na GMT: um silêncio pétreo sobre essas questões. Quando a questão é Darwin, é tutti cosa nostra, capice? É a síndrome ricuperiana: O que Darwin tem de bom a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde!!! A VEJA não viu. A Superinteressante ficou Superchata. A Galileu, xi nem honra o nome. A Scientific American Brasil pouco tem de jornalismo científico objetivo. A Folha de São Paulo virou Folhetim de São Paulo. Enfim, uma grande mídia anã e estrábica.


Isso sem falar do silêncio cômodo do JC E-Mail e do boletim eletrônico da FAPESP, do Ciência Hoje da SBPC, que nada publica sobre esta importante questão científica. Tudo como dantes no quartel de Down, oops de Abrantes. e nas universidades também. Ué, mas a universidade não é para se debater ideias científicas? Se precisarem de informação, é só consultar este blog. Uma mina diária de informações que não são publicadas e nem debatidas por causa da mão de ferro da Nomenklatura científica.

Senhores, ao debate civil e público sobre essas e outras questões teóricas. Não dá mais para tapar o Sol das dificuldades fundamentais da teoria da evolução pela seleção natural com uma peneira furada de teorias ad hoc e demonização dos críticos e oponentes. Ciência e mentira não andam de mãos dadas. 

Eu? Eu já disse adeus a Darwin em 1998. Sem medo de ser feliz!!!