Café WIKIPÉDIA
super requentado: réplica ingênua, desatualizada e pífia contra o Design
Inteligente
“Toda verdade passa por três estágios. Primeiro, ela é ridicularizada.
Segundo, ela é violentamente resistida. Terceiro, ela é aceita como sendo autoevidente”.
Arthur Schopenhauer, filósofo alemão (1788-1860)
Eu lamento muito, mas Menegídio e Rosseti perderam
tempo tentando replicar meu artigo “O
ouro de tolo”, edição 835, replicando o artigo “Transformando
ignorância em sabedoria”, de Felipe A. P. L Costa. Razão? Meu
artigo é “um exemplo de uma defesa vazia e total subversão de alguns fatos para
se validar uma cosmovisão não científica”. Por que gastaram tempo precioso rebuscando
infundadas críticas respondidas há quase duas décadas? Café WIKIPÉDIA super
requentado, réplica ingênua, desatualizada e pífia contra o Design Inteligente
(DI). Uma colcha de retalhos de argumentos não originais com os críticos: copy,
cut and paste! Um samba do crioulo doido de falácia genética (atacar a origem
de um argumento em vez da evidência do argumento)! Um smorgasbord literário!
Eu não ia responder a esses críticos intrometidos
em disputa alheia, pois Felipe A. P. L. Costa tem capacidade acadêmica suficiente
para se defender. Reitero – Costa demonizou o design inteligente utilizando
“termos pejorativos e demonizantes” – como desenho inteligente ou projeto
inteligente – e utilizou “termos não acolhidos na nomenclatura de artigos
científicos para falar mal da TDI”. NOTA BENE 1: nomenclatura de artigos científicos, e não de livros básicos sobre
o DI.
Diz um antigo texto de sabedoria
oriental que, quem se intromete em questões alheias é como pegar um cão pelas
orelhas! A réplica Defendendo o indefensável é um título
pomposo e intimidante, e os autores imaginaram ficaria sem resposta. Quem
disse ser o artigo deles indefensável ou que a TDI seja cientificamente injustificável?
Ledo engano. Assim como Thomas Huxley foi o buldogue de Darwin na Inglaterra,
este Autor, ex-ateu e ex-evolucionista de carteirinha, é o pitbull do movimento
do DI (MDI) no Brasil. Não é assim que alguns me chamam no ciberespaço?
Por razões
cronológicas das traduções brasileiras daqueles livros, destaco a fundação do
movimento do Design Inteligente no Brasil – Agosto de 1998, na Unimep, em
Piracicaba, SP, após leitura e discussões sobre o livro A Caixa Preta da Darwin, de Michael Behe. NOTA BENE 2: Agosto de 1998.
Ao contrário do afirmado, eu não desconheço a
literatura básica sobre o design inteligente traduzida e publicada no Brasil, tais
como o livro Como derrotar o evolucionismo com mentes abertas, de
Phillip E. Johnson, professor emérito de Direito, da Universidade da
Califórnia-Berkeley, com o termo Inteligente
design mal traduzido por “Projeto Inteligente”. NOTA BENE 3: traduzido em
2000.
O então incipiente MDI – não enchia uma Kombi em
2000, não tinha controle sobre o que era traduzido e publicado, e nem tem hoje,
apesar de sermos mais de 350 (professores, pesquisadores e alunos de graduação
e pós-graduação de universidades públicas e privadas), pois são os autores que
negociam a tradução e publicação de seus livros com os editores. Porventura somos
nós agora responsáveis sobre tudo o que é dito, discutido, escrito sobre a TDI
no Brasil?
Ignorância extrema, má fé, ou evidência pragmaticamente pinçada, é
confundir “nomenclatura de artigos científicos sobre o Design Inteligente” com termos
mal traduzidos nas edições brasileiras de livros – até o A caixa preta de
Darwin como “Planejamento Inteligente” e “Objeções a um Planejamento
Inteligente”, respectivamente. Meus jovens críticos confundiram alhos com
bugalhos. NOTA BENE 4: traduzido em 1997.
Em nenhuma dessas traduções, ninguém do Núcleo Brasileiro de Design
Inteligente (NBDI) participou. Má fé de Menegídio e Rosseti, pois como
especialistas em literatura do DI deixaram de fora o único livro que alguém do NBDI
traduziu: Darwin no banco dos réus,
de Phillip Johnson (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2008) com o termo intelligent design corretamente
traduzido por design inteligente. Por
que essa evidência diferente na
literatura básica sobre o DI não foi mencionada? Eu sei que meus críticos leram
este livro!
Pior ainda, Menegídio e Rosseti, evolucionistas e ateus, não mencionam
Richard Dawkins, in O relojoeiro cego,
livro de cabeceira dos ateus, agnósticos, céticos e quejandos: “a biologia é o
estudo das coisas complexas que dão a impressão de ter um design intencional”. (DAWKINS 2001:18). E isso um ano após o livro
de Johnson, Como derrotar o evolucionismo com mentes abertas, ter sido
traduzido! Não creio que esses evolucionistas ateus desconheçam o que Dawkins
disse em inglês e português. Muito conveniente e pragmática omissão...
O MDI no Brasil agradeceu a Laura Teixeira Motta pela tradução da
palavra ‘design’ no seu uso universal: manteve a grafia de ‘design’, apesar da
nota às págs. 9-10. Não existe curso universitário de “Planejamento”, [a não
ser em Economia e outras áreas] mas o curso de “Design” em Engenharia e
Arquitetura, é “Design” com todas as letras. Dawkins, muito obrigado pelo seu design intencional em português – nós não
poderíamos ser outra coisa: Design Inteligente!
Na defesa da existência de controvérsia cientifica, eu apresentei o
documento “A Scientific Dissent from Darwinism”, como um
marco indicador de uma controvérsia. Realmente o documento não menciona a TDI,
e quem assinou apenas concordou: “Nós somos céticos das afirmações da
capacidade da mutação aleatória e da seleção natural explicarem a complexidade
da vida. Um exame cuidadoso da evidência a favor da teoria darwinista deve ser
encorajado.”, e que está explícito que: “[...] os cientistas estão simplesmente
concordando com a afirmação como está escrito. A assinatura da declaração não
indica concordância ou discordância com qualquer outra teoria científica”.
Eu deveria ter destacado que essa dissensão é positiva, pois além de ter
contribuído para a produção de novos conhecimentos científicos – verificar ou
não a capacidade da seleção natural qua
mecanismo evolucionário, ele estabeleceu um marco histórico: existe uma controvérsia científica sobre a
teoria da evolução de Darwin motivada por questões estritamente científicas.
Aspecto esse que Menegídio e Rosseti não mencionaram, pois é inconveniente e
academicamente perigoso para evolucionistas abordar o que está fora do
Catecismo de Down. Darwin locuta causa
finita! Pode isso em ciência, produção?
Eu mencionei o documento porque a maioria dos signatários (alguns ateus,
agnósticos, céticos e teístas), se perguntados, responderá concordar com a TDI
e discordar de alguns aspectos da teoria da evolução. Onde a falácia? Onde o
negacionismo da teoria da Evolução (TE)? Menegídio e Rosseti, e muita gente não
sabe, mas a TE e a TDI, devidamente compreendidas, não são excludentes! De que
evolução estamos falando? Há pelo menos seis definições de evolução. Definam os
termos, senhores!
Ficou patente na réplica deles, uma profunda ignorância sobre o status
da atual teoria da evolução – a Síntese Evolutiva Moderna, no contexto de
justificação teórica, de sua fragorosa falência epistêmica nos séculos 20 e 21,
pois eles, intencionalmente evitaram responder o que está sendo debatido na
literatura especializada, e entre evolucionistas, teóricos e defensores da TDI.
Reproduzo para destacar a fuga pragmática da dupla evolucionista xiita para o
que realmente interessa em ciência:
“... se a teoria da evolução de Darwin
através da seleção natural e n mecanismos evolucionários (de A a Z, vai que um falhe...) é
capaz de explicar a diversidade e complexidade das coisas vivas e a sua
história evolucionária? Qual é a origem da informação genética? O design é uma
ilusão ou pode ser empiricamente detectado na natureza? Mutações aleatórias
podem gerar a informação genética requerida para estruturas irredutivelmente
complexas? O surgimento abrupto de espécies no registro fóssil (explosão
cambriana) apoia ou detona a evolução lenta e gradual preconizada por Darwin? A
biologia moderna produziu uma “Árvore da Vida”? A evolução convergente apoia o
darwinismo ou destrói a lógica por detrás da ancestralidade comum? As
diferenças entre os embriões de vertebrados apoiam ou contradizem as predições
de ancestralidade comum? O neodarwinismo explica satisfatoriamente a
distribuição biogeográfica de muitas espécies? O neodarwinismo fez predições
exatas sobre os órgãos vestigiais e o DNA “lixo”? Por que os humanos mostram
muitos comportamentos e capacidades cognitivas que, aparentemente, não oferecem
nenhuma vantagem de sobrevivência? Esses argumentos e contra-argumentos não
foram até hoje respondidos satisfatoriamente pelos darwinistas. Não são
cientificamente importantes para o estabelecimento de uma teoria que se propõe
explicar a origem das espécies???”
Menegídio e Rosseti são evolucionistas jovens sob o tacape da Velha
Guarda Darwinista e tacão da Nomenklatura científica, escolheram ignorar a
seriedade do questionamento científico sobre o poder explicativo da TE. Em epistemologia,
questões evitadas indicam, pelo menos duas coisas: elas indicam a inadequação
teórica e/ou varrer as dificuldades para debaixo do tapete. As duas se aplicam
aqui... Eles saberiam dizer então quais são os fatores que permitiram a
evolução da vida na Terra? Alguém aí se habilita? Felipe A. P. L Costa? Alguém
mais? Síndrome da avestruz? Desistam, hoje, somos todos profundamente ignorantes
desses fatores...
Uma
espécie inusitada de dissidentes de Darwin – cientistas evolucionistas
Vários cientistas foram mencionados por eles – Motoo Kimura, Lynn
Margulis, Stephen Jay Gould e Eva Jablonka como exemplos de cientistas buscando
novos mecanismos para explicar eventos específicos da Evolução Biológica, mas que
não se tornaram negacionistas. Só faltaram pedir aplausos para esses críticos
responsáveis! O que não mencionaram de suma importância, é que as proposições teóricas
desses cientistas deixaram de ser estritamente evolucionistas qua Darwin. Eles são evolucionistas
dissidentes de Darwin! QED: Negacionistas! Eis aqui alguns exemplos desses negacionistas de Darwin...
Kimura escreveu o livro The
Neutral Theory of Molecular Evolution (1983), consolidando as ideias
desenvolvidas no fim dos anos 1960s: a nível molecular, a evolução é
completamente estocástica e, se de algum modo proceder, procede por deriva
juntamente com modelos evolucionários antigos e atuais. Suas proposições deixaram
o surgimento de estruturas biológicas complexas um enigma, e demonstraram, para
grande desconforto dos evolucionistas, que os modelos matemáticos sob os quais
a “síntese moderna” fora fundada, estavam fundamental e fatalmente errados!
Margulis, uma ferrenha crítica dos neodarwinistas, disse em uma
entrevista: “É esta a pendenga que eu tenho com os neodarwinistas: Eles ensinam
que o que está gerando novidade [evolucionária] é a acumulação de mutações
aleatórias no DNA, em uma direção estabelecida [sic] pela seleção natural. Se
você quiser ovos maiores, você continua selecionando as galinhas que colocam os
maiores ovos de todos, e você vai ter ovos cada vez maiores. Mas, você também
obtém galinhas com penas defeituosas e pernas trôpegas. A seleção natural elimina,
e talvez mantenha, mas não cria... Os neodarwinistas afirmam que novas espécies
surgem quando as mutações ocorrem e modificam um organismo. Eu fui ensinada
diversas vezes que o acúmulo de mutações aleatórias resultava em mudança
evolucionária – resultava em novas espécies. Eu acreditava nisso, até que eu
procurei pelas evidências." Lynn Margulis Says She's Not Controversial,She's Right, Discover Magazine, p. 68, Abril de 2011.
Gould (juntamente com Niles Eldredge propuseram, contra Darwin, uma
teoria evolucionária saltacionista nos anos 1970s) afirmou em 1980:
“Eu me lembro muito bem como a teoria sintética me iludiu com seu poder
unificador quando eu era um aluno de pós-graduação na metade dos anos 1960s.
Desde então eu a tenho observado revelar lentamente como sendo uma descrição
universal da evolução. Primeiro veio o assalto molecular, seguido rapidamente
por atenção renovada de teorias de especiação não ortodoxas e por desafios no
próprio nível de macroevolução. Eu tenho sido relutante em admitir isso – pois
a ilusão é, frequentemente para sempre – mas, se a caracterização de Mayr da
teoria sintética estiver exata, então aquela teoria, como uma proposição geral,
está efetivamente morta, apesar de sua persistência como ortodoxia de livro didático”
(GOULD 1980:120).
A caracterização de Ernst Mayr questionada por Gould é a dos proponentes
da teoria sintética da evolução – toda evolução resulta do acúmulo de pequenas
mudanças genéticas, guiadas (sic) pela seleção natural, e a evolução trans-específica
nada mais é do que a extrapolação e ampliação dos eventos que ocorrem dentro
das populações e espécies.
Jablonka e Lamb no Evolução em
quatro dimensões e artigos trabalharam com alguns aspectos biológicos e
moleculares relacionados à dirigibilidade (contra o processo cego e aleatório
de Darwin) que devem ser reconsiderados na Síntese Evolutiva Ampliada/Estendida.
Todavia, eu não apresentei o trabalho delas como “algo negativo à Teoria
Sintética da Evolução”: mencionei apenas que a proposta de incorporar aspectos
teóricos neolamarckistas parece mais uma tentativa teórica ad hoc para livrar a cara de Darwin de redundante fracasso na
explicação da origem das espécies. Vide “Evolução
em quatro dimensões: por que se faz necessária uma reforma teórica em Biologia
evolutiva?”.
No artigo Soft inheritance:Challenging the Modern Synthesis, Genetics and Molecular Biology, 31, 2,
389-395, 2008, Jablonka e Lamb apresentaram
alguns dos mais recentes desafios à Síntese Evolutiva Moderna – especialmente a
herança soft (variação que se origina
no desenvolvimento e pode ser herdada – efeitos do ambiente, do uso e desuso
etc.), podendo em algumas situações resultar em mudanças saltacionais
reorganizando o epigenoma.
Menegídio e Rosseti, evolucionistas ortodoxos, devem saber – essas
proposições são completamente incompatíveis com a Síntese Evolutiva Moderna – ela
nega quaisquer papeis significantes para os processos saltacionais de Gould e
Eldredge, e os neolamarckianos propostos por Jablonka e Lamb. O neutralismo de
Kimura nem se fala...
Além disso, é importante destacar que Jablonka faz parte de um novo
grupo de cientistas evolucionistas propondo a Terceira Via (Third Way). Conforme o site, esse grupo de dissidentes científicos do neodarwinismo surgiu
porque a atual teoria evolucionária ignora
muita evidência molecular contemporânea, e invoca
uma série de pressuposições não substanciadas sobre a natureza acidental da
variação hereditária, especialmente os processos
evolucionários não darwinistas como a simbiogênese, transferência
horizontal de DNA, ação do DNA móvel, e as modificações epigenéticas.
A reação desses dissidentes é mais do que cientificamente justa, pois a
maioria dos evolucionistas elevou a seleção natural como a força criadora exclusiva que resolve todos os problemas
evolucionários difíceis sem nenhuma base empírica. São muitos os cientistas que no século 20 apontaram a necessidade de profunda e mais
completa revisão de todos os aspectos da atual teoria da evolução. Muita
retórica, e quase nada de evidência corroborando a teoria da evolução de Darwin
no contexto de justificação teórica.
Meus críticos afirmaram que eu não noto a Síntese Ampliada/Estendida ser
uma atualização da Teoria Sintética da Evolução, com maior peso experimental,
empírico e acadêmico, e que ela se firma respeitando os limites epistemológicos
do método científico. Indago – como eu posso notar algo que ainda está sendo
elaborado e será apresentado, se for, somente em 2020? Eu esperava para 2010...
Será que eles têm alguma informação privilegiada que nós, meros mortais, não
temos? Bola de cristal? Cartas de Tarô? Búzios? Entranhas de animais? Que eu
saiba, ciência se faz com teorias e evidências.
O que eu posso falar hoje sobre a Síntese Evolutiva Ampliada/Estendida
ser incorporada ao corpus teórico evolucionário atual, é que isso é uma patente
demonstração da incapacidade epistêmica da Síntese Evolucionária Moderna
resolver as anomalias surgidas em biologia do desenvolvimento, e mais o que se
descobriu nas recentes pesquisas empíricas e teóricas de questões como a
capacidade de evoluir, modularidade e auto-organização.
Ora, se não responde as anomalias, a Síntese Evolutiva
Ampliada/Estendida será mais uma teoria ad
hoc livrando Darwin do vexame de quem disse explicar a origem das espécies em
1859 e até hoje não demonstrou. Sendo a biologia do século 21 uma ciência de
informação, se a Síntese Evolutiva Ampliada/Estendida não incorporar a origem
da informação genética, ela será uma teoria científica natimorta... Pobre
ciência.
Quanto às demarcações, não são apenas os proponentes do Design
Inteligente que deploram e consideram o demarcacionismo limitante, mas
entendemos que:
“Não existe uma linha de demarcação entre a ciência e a não ciência, ou
entre a ciência e a pseudociência, que ganhe o assentimento da maioria dos
filósofos [de ciência].” (LAUDAN 1996:210).
Ao contrário do afirmado por Menegídio e Rosseti, por razões
científicas, eu considero a atualização, a descoberta e a inserção de diversos
novos mecanismos evolutivos, não somente uma melhoria do paradigma científico
vigente, mas a demonstração patente de que a verdade científica evolucionária de
Darwin de ontem está sendo demonstrada falsa hoje. Eu considero a epigenética
um fenômeno contrariando a visão de mecanismo evolucionário qua Darwin. E aqui
a pergunta: afinal de contas, a evolução é darwinista ou lamarckista??? Darwin kaput e Lamarck redivivus???
Pereça tal pensamento científico infame... Só em 2020 saberemos. Será?
Meus críticos jovens ficaram pasmos sobre eu ter mencionado que a controvérsia
entre o design inteligente e a darwinismo/evolução tem quase 25 anos, e de que
Costa está em descompasso com a verdade da literatura científica especializada quando
afirmou a inexistência dessa controvérsia científica. Destacaram que eu não
apresentei “sequer uma literatura como referência, mesmo citando que existem
várias publicações e conferências científicas”.
Pergunta insolente deste Autor – em quais universidades/escolas eles estudaram/lecionam/pesquisam?
Em tempos de Google Scholar, busquei por the
intelligent design vs darwinism controversy e tive um retorno de mais de
25.000 citações... Meninos, não se esqueçam, façam o dever de casa!
A
Estratégia da Cunha – E daí? Tu quoque,
Darwin?
Menegídio e Rosseti me imputaram ignorância histórica total do MDI ao tentar
separá-lo do seu suposto ancestral, o criacionismo científico, mencionando
vários livros básicos de Phillip Johnson – Darwin on Trial, Reason in the
Balance: The Case Against Naturalism in Science, Law and Education e The
Wedge of Truth: Splitting the Foundations of Naturalism,
especialmente o Como derrotar o evolucionismo com mentes abertas, em que
Johnson teria deixado nítida a semelhança dos dois movimentos.
Convém mencionar que Johnson é cristão evangélico, presbiteriano, e como
tal escreveu para uma audiência leiga e cristã, expôs seu posicionamento
ideológico contra o materialismo filosófico que posa como ciência, mas em
nenhum momento afirmou ser a TDI semelhante ao criacionismo científico. Um
momento de contraposição – Richard Dawkins, além de zoólogo evolucionista, é ateu
militante, autor de vários livros defendendo o Darwinismo, declarou no seu
livro O relojoeiro cego: “penso
igualmente que, antes de Darwin, o ateísmo até poderia ser logicamente
sustentável, mas que só depois de Darwin é possível ser um ateu
intelectualmente satisfeito” (DAWKINS 2001:24-25).
Menegídio e Rosseti, ateus militantes, destacaram a subjetividade
religiosa de Johnson representando a TDI como filhote do criacionismo, mas nada
mencionaram sobre a subjetividade ideológica de Dawkins mencionada em um livro
para leigos como sendo representativa de uma teoria científica. Uma
subjetividade ateísta escancarada dessas pode? A de Johnson, não? Dois pesos,
duas medidas?
Quanto a Johnson ser negacionista
(eita palavrinha besta que está em moda!) da ancestralidade comum, meus
críticos evolucionistas fundamentalistas deveriam saber melhor – dentro da
comunidade científica, muitos cientistas também têm dificuldades com esta
hipótese científica, e hipótese em ciência é diferente de fato científico, e
como tal deve ser escrutinizada e testada rigorosamente. A literatura
científica demonstra que Johnson está certo em ser “negacionista” da
ancestralidade comum:
PATTERSON, C. et al., Congruence Between Molecular and Morphological
Phylogenies, Annual Review of Ecology and
Systematics, Vol. 24: 153-188 (1993). “Como morfologistas com grandes
esperanças da sistemática molecular, nós terminamos esta busca com as nossas
esperanças diminuídas. A congruência entre as filogenias moleculares é tão elusiva
quanto é na morfologia e quanto é entre as moléculas e a morfologia.”
WOESE, C., The universal ancestor, Proceedings
of the National Academy of Sciences USA, Vol. 95: 6854-6859 (June, 1998). “As
incongruências filogenéticas podem ser vistas em toda a parte na árvore universal,
desde a sua raiz até as principais ramificações dentro e entre os vários taxa
até ao arranjo dos próprios grupos primários.”
CAO, Y. et al., Conflict Among Individual Mitochondrial Proteins in
Resolving the Phylogeny of Eutherian Orders, Journal of Molecular Evolution, Vol. 47:307-322 (1998). Nesta
pesquisa, o DNA mitocondrial foi usado para construir uma árvore filogenética
para muitas ordens de mamíferos, mas os resultados entraram em choque com as
expectativas do que a árvore filogenética deveria parecer. Tais conflitos entre
árvores filogenéticas baseadas em moléculas são comuns e representam um desafio
para a expectativa darwinista de que a vida se encaixaria em árvores
hierárquicas nítidas.
MUSHEGIAN, A. R. et al., Large-Scale Taxonomic Profiling of Eukaryotic
Model Organisms: A Comparison of Orthologous Proteins Encoded by the Human,
Fly, Nematode, and Yeast Genomes, Genome
Research, Vol. 8:590-598 (1998). MUSHEGIAN et al explicam: “proteínas diferentes
geram árvores filogenéticas diferentes” quando alguém considera várias árvores
evolucionárias hipotetizadas para as principais relações de grupos de animais.
LEIPE, D. D. et al., Did DNA replication evolve twice independently?, Nucleic Acids Research, Vol. 27(17):
3389-3401 (1999). Sendo o DNA importante para a vida, é surpreendente o fato de
vários tipos de organismos diferentes usarem enzimas muito diferentes para
replicar o DNA. A maquinaria que permite a replicação do DNA evoluiu duas vezes?
Por causa da pressuposição de ancestralidade comum de todos os organismos vivos
foi que os autores chamaram esta descoberta de surpreendente.
LEE, M. S. Y., Molecular phylogenies become functional, Trends in Ecology and Evolution, Vol. 14(5):
177-178 (May, 1999). “A perfeição mecânica dos organismos representa evidência
convincente de evolução por seleção natural, mas pode confundir simultaneamente
as tentativas de inferir relações evolucionárias”.
DOOLITTLE, W. F., Phylogenetic Classification and the Universal Tree, Science, Vol. 284:2124-2128 (June 25,
1999). “Os filogenistas moleculares terão fracassado em descobrir a ‘árvore
verdadeira’, não porque seus métodos sejam inadequados ou porque eles
escolheram os genes errados, mas porque a história da vida não pode ser
representada apropriadamente como uma árvore”.
DOOLITTLE, W. F., Uprooting the Tree of Life, Scientific American (February, 2000). A base da “Árvore da Vida”
não pode ser representada como uma árvore porque a distribuição dos genes não
se dá em forma de árvore: “não teria existido uma única célula que pudesse ser
chamada de último ancestral comum universal”.
DOOLITTLE, W. F.; BAPTESTE, E., Pattern pluralism and the Tree of Life
hypothesis, Proceedings of the Biological
Society of Washington USA, Vol. 104 (7):2043–2049 (February 13, 2007). “Darwin
afirmou que um padrão único e inclusivamente hierárquico de relações entre
todos os organismos baseado em suas semelhanças e diferenças [a Árvore da Vida ]
era um fato da natureza, pelo qual a evolução, e em particular um processo de
ramificação de descendência com modificação, era a explicação. Todavia, não
existe nenhuma evidência independente que a ordem natural seja uma hierarquia inclusiva,
e a incorporação de procariotas na Árvore da Vida é especialmente problemático.
As únicas séries de dados dos quais nós podemos construir uma hierarquia universal
incluindo os procariotas, as sequências de genes, frequentemente discordam e
dificilmente podem ser provadas como concordantes. A estrutura hierárquica
sempre pode ser imposta ou extraída de tais séries de dados por algoritmos planejados
para realizar isso, mas na sua base, a Árvore da Vida repousa em uma
pressuposição não comprovada sobre padrão que, considerando-se o que nós
conhecemos sobre processo, é improvavelmente que seja amplamente verdadeira”.
LOPEZ, P.; BAPTESTE, E., Molecular phylogeny: reconstructing the forest,
Comptes Rendus Biologies,
doi:10.1016/j.crvi.2008.07.003 (2008). Eles abandonam a caracterização da vida
como uma “árvore” darwiniana por uma metáfora de “floresta”: “em vez de
focalizar em uma árvore universal elusiva, os biólogos agora estão considerando
toda a floresta correspondente aos múltiplos processos de herança, tanto vertical
e horizontal. Isso se constitui o principal desafio à biologia evolucionária
para os próximos anos”.
BENTON, M. J., Finding the tree of life: matching phylogenetic trees to
the fossil record through the 20th century, Proceedings
of the Royal Society of London B., Vol. 268:2123-2130 (2001).
SALZBERG, S. L. et al., Microbial Genes in the Human Genome: Lateral
Transfer or Gene Loss?, Science, Vol.
292:1903-1906 (June 8, 2001).
WILLS, M. A., The tree of life and the rock of ages: are we getting
better at estimating phylogeny, Bioessays,
Vol. 24:203-207 (2002).
GRAUR, D.; MARTIN, W., Reading the entrails of chickens: molecular
timescales of evolution and the illusion of precision, Trends in Genetics, Vol. 20(2):80-86 (February 2004).
GLAZKO, G. et al., Eighty percent of proteins are different between
humans and chimpanzees, Gene, Vol.
346:215-219 (2005).
DAVISON, J. A., A Prescribed Evolutionary Hypothesis, Rivista di Biologia/Biology Forum, Vol.
98: 155-166 (2005).
NEWMAN, S. A., The Developmental Genetic Toolkit and the Molecular
Homology-Analogy Paradox, Biological
Theory, Vol. 1(1):12-16 (2006).
E eu poderia listar outras pesquisas científicas apoiando o
“negacionismo” de Johnson, professor emérito de Direito da Universidade da
Califórnia-Berkeley que, há duas décadas, percebeu – as noções hipotéticas tradicionais
da árvore da vida darwiniana estavam sendo abandonadas por falta de
substanciação evidencial. A ignorância nesta área de Menegídio e Rosseti, dois biólogos
evolucionistas, e dos evolucionistas em geral, é inadmissível, abominável,
execrável. Ou é uma ignorância pragmática? Esses artigos podem ser lidos
gratuitamente por professores, pesquisadores e alunos de universidades públicas
e privadas com acesso ao CAPES/Periódicos.
Antes de falecer, Carl Woese lamentou não ter derrubado a hegemonia
cultural de Darwin... (MAZUR 2015, cap. 15). Será que Woese era um cripto
signatário da Estratégia da Cunha? Outro negacionista de Darwin?
Na leitura dos livros básicos de Johnson que este Autor fez, ele somente
encontrou um tema – sua rejeição à hipótese da ancestralidade comum e nenhum
posicionamento expresso sobre a idade da Terra. Embora Menegídio e Rosseti
desconheçam, mas Johnson e outros teóricos e defensores da TDI (este Autor
inclusive), consideram que o universo e a Terra têm bilhões de anos. Behe crê
na hipótese da ancestralidade comum. Está lá no seu livro A Caixa preta de Darwin... E isso não causa arrepio nenhum no MDI.
No livro The Wedge of Truth:
Splitting the Foundations of Naturalism, Johnson detalhou como rachar os fundamentos do
naturalismo/materialismo filosófico, mas a “Estratégia da Cunha” (1998), não
foi escrita por ele. O Center for the Renewal of Science and Culture (hoje
Center for Science and Culture...), fundado em 1996 tem os seguintes objetivos:
“A missão do CRSC é o de avançar o entendimento de que os seres humanos
e a natureza são o resultado de design inteligente em vez de um processo cego e
não dirigido. Nós buscamos uma mudança científico-cultural de longo termo através
de pesquisa científica de ponta e de erudição acadêmica; educação e treinamento
de jovens líderes; comunicação ao público em geral; a defesa da liberdade
acadêmica e liberdade de expressão para os cientistas, professores e estudantes”.
O documento “Estratégia da Cunha” tem que ser lido tendo por pano de
fundo o levantamento de recursos financeiros para (1) apoiar as pesquisas de cientistas
e outros acadêmicos críticos do neodarwinismo e por aqueles que estavam
desenvolvendo a emergente teoria do Design Inteligente; e (2) explorar, de
diversas maneiras, as múltiplas conexões entre a ciência e a cultura. Vide
resposta detalhada: The Wedge Document –So what?
Menegídio e Rosseti, ignoram
completamente os reais motivos que levaram Darwin elaborar sua teoria da
evolução – a maioria dos biólogos evolucionistas também desconhece. Ronald Numbers,
ex-criacionista e ex-adventista, historiador de ciência, da Universidade da
Califórnia-Berkeley, cita que um dos principais objetivos de Darwin era “derrubar
o dogma das criações separadas” e “por mais que nós queiramos isso, nós
dificilmente podemos acompanhar o Professor Asa Gray nas suas crenças em
‘evolução divinamente guiada’”. (NUMBERS 1992:4).
Convoquemos Darwin para
dizer suas reais intenções em elaborar sua teoria da evolução: “Eu tive dois
objetivos distintos em vista; primeiramente, demonstrar que as espécies não
tinham sido criadas separadamente, e em segundo lugar, que a seleção natural
tinha sido o principal agente de mudança [evolucionária]… Se eu errei… em ter
exagerado seu poder [da seleção natural]… eu, pelo menos, como espero, fiz um
bom serviço em ajudar a derrubar o dogma das criações separadas”. (DARWIN
1871). The descent of man, and selection
in relation to sex.
Fica patentemente claro que Darwin tinha objetivos em mente: o primeiro,
religioso, o segundo, científico. Tu
quoque, Darwin?
“Huxley, Lubbock, and Half a Dozen Others”: Professionals and
Gentlemen in the Formation of the X Club, 1851-1864; ‘An Influential Set of Chaps’: The X-Club and Royal Society
Politics 1864–85, ambos de Ruth Barton.
Barton
afirma que o X-Club tinha por objetivos comuns não somente o avanço da ciência,
mas também a infiltração e o controle das instituições e sociedades científicas
importantes como a Royal Society, e a proposta de minar a autoridade cultural
do clero anglicano. Objetivos nobres para o avanço da ciência ou do
materialismo filosófico?
E
o que fazer do uso da teologia por Darwin no Origem das Espécies? Vide Charles Darwin’s use of theology in the
Origin of Species, de Stephen Dilley.
Darwin fez amplo uso de argumentação teológica em quase todo seu livro Origem das Espécies: Caps. 2, 4, 5, 6,
8, 9, 11, 12, 13, 14 e 15. Nada mal para um livro que se propunha explicar
cientificamente a origem das espécies.
E o que fazer do papel da
teologia na argumentação evolucionária contemporânea? Vide The role of theology in current evolutionary reasoning, de Paul A.
Nelson.
“A nossa inclinação em aceitar as afirmações científicas que vão contra
o senso comum é a chave para o entendimento da verdadeira luta entre a ciência
e o sobrenatural. Nós ficamos do lado da ciência apesar do absurdo patente de
alguns de seus construtos, apesar de seu fracasso em cumprir muitas de suas
promessas extravagantes de saúde e vida, apesar da tolerância da comunidade científica
para infundadas estórias da carochinha, porque nós temos um compromisso
anterior, um compromisso ao materialismo. Não é que os métodos e as instituições
da ciência de algum modo nos obriguem a aceitar a explicação material do mundo
dos fenômenos, mas, ao contrário, que nós somos forçados pela nossa adesão a
priori a causas materiais para criar um aparato de investigação e uma série de
conceitos que produzem explicações materiais, não importa quão contraintuitivo,
não importa quão mistificador para o não iniciado. Além disso, aquele
materialismo é absoluto, pois nós não podemos permitir um pontapé divino na
porta.”
Menegídio e Rosseti, ateus materialistas, desde quando o materialismo é
igual a ciência? Questionar motivos em vez de evidências a favor ou contra uma
teoria científica tem disso: os evolucionistas também têm seus rabos ideológicos
presos! Mas desavergonhadamente à mostra...
As complexidades irredutível e especificada: Darwin
kaput!
Menegídio e Rosseti mencionaram ipsis litteris apenas pontos que identificam
o criacionismo, mas intencionalmente deixaram de fora pontos distintos do
Design Inteligente, e escolheram dois expoentes proponentes da TDI no Brasil –
Marcos Eberlin (o segundo cientista brasileiro mais citado em publicações
científicas e membro da Academia Brasileira de Ciências) [1, 2] e Adauto Lourenço [1, 2] que, baseados nas suas
subjetividades religiosas e interpretações das evidências científicas apresentam
o dilúvio bíblico global como fato científico, negam a ancestralidade comum e o
tempo geológico em bilhões de anos. Criacionistas da Terra jovem.
Menegídio e Rosseti estão procurando chifre em
cavalos, pois a TDI não aborda essas questões no seu arcabouço teórico, e nem
patrulha a subjetividade religiosa e ideológica de seus membros. Isso nem faz
parte do referencial heurístico da TDI. Eles ignoram que no guarda-chuva
epistemológico da TDI nós temos ateus (Bradley Monton), agnósticos (David
Berlinski), céticos, teístas (judeus, muçulmanos, cristãos e outras religiões)
e até evolucionistas (Richard Sternberg). Para arrepiar a dupla – pelo menos
dois cientistas agraciados com prêmio Nobel foram, em vida, simpatizantes da
TDI: Richard Smalley (Nobel em Química, 1996) e Charles Townes (Nobel em
Física, 1964).
Este fenômeno de subjetividades religiosas e ideológicas também ocorre
entre os evolucionistas. Por exemplo, Kenneth Miller e Francis Collins, um
católico e o outro protestante, são teístas evolucionistas. Se Michael Behe é
chamado de criacionista pelos evolucionistas, como deveriam ser chamados Miller
e Collins? Criacionistas teístas evolucionistas da Terra antiga???
O que me leva apresentar uma defesa apaixonada dos principais conceitos
que validam a existência de design inteligente é, entre outras, a afirmação de
Dawkins: o design na natureza é uma ilusão. Ora, se a declaração negativa de
Dawkins é considerada científica, por que a afirmação de que o design é real na
natureza não é científica?
Quem fugiu da parada – Dembski,
Elsberry ou Shallit?
Menegídio e Rosseti serviram um café super
requentado na discussão entre Dembski, Elsberry e Shallit sobre o conceito de complexidade
especificada de Dembski: se um objeto natural for intencionalmente planejado,
ele conterá altos níveis de ICE que podem ser conhecidos contando-se os bits
utilizados na criação de um objeto, e que no ano de 2003, os teóricos da
informação Wesley Elsberry e Jeffrey Shallit apresentaram 8
desafios no site do National Center for Science
Education (NCSE) com relação a Complexidade Especificada de Dembski.
Entre os desafios, o mais simples e transparente:
apresentar o cálculo de ICE de um objeto conhecidamente criado – uma bola de
baseball, e outro proposto por Shallit com 5
questões sobre teoria da informação, que vão de encontro às premissas de
Dembski. Menegídio e Rosseti afirmaram que “nenhum dos dois desafios foram
respondidos por Dembski ou qualquer outro teórico da complexidade especificada”.
Será? Nada mais falso!
Dembski cansou de responder esses desafios de
Elsberry e Shallit através de réplicas públicas e de comunicações pessoais. Vide especialmente:
Outros defensores e
proponentes da TDI que refutaram Shallit em várias ocasiões:
Notem o silêncio de Elsberry e
Shallit – de 2003 a 2010. Estase epistemológica...
A ressurreição de Elsberry e Shallit contra Dembski se deu em 2011 com um café super requentado baseado no antigo artigo de 2003 que já
tinha sido replicado por Dembski!
Menegídio e Rosseti, especialistas em literatura do
DI, deixaram de mencionar o site com as pesquisas científicas de Dembski. Não
mencionaram por falta de competência acadêmica em lidar com as proposições
científicas de Dembski – matemática pura de alto nível.
O termo/conceito é meu, ninguém tasca, nem usa, eu vi primeiro!
Eles levantaram a questão da originalidade do termo
“complexidade especificada” por Leslie Orgel, pesquisador da origem da vida, distinguindo
as coisas vivas das não vivas, tentando demonstrar a apropriação indébita do
termo pelos teóricos do DI. Nada mais em descompasso com a verdade – já
tínhamos reconhecido isso: a complexidade especificada é um conceito derivado
da literatura científica e não é uma invenção dos teóricos do DI. E adianto –
nem a ideia de complexidade irredutível é original em Michael Behe – Fred
Hoyle o antecipou na sua discussão do complexo de proteína histonas. Vide seu
livro Mathematics of Evolution, de 1999.
Talvez Menegídio e Rosseti, e a maioria dos evolucionistas não saibam,
mas o princípio e o termo “seleção natural” não foram descobertos por Darwin,
mas por Patrick Matthew no seu livro On
Naval and Timber Aboration, baseado no seu conhecimento de árvores em 1831
– ano em que Darwin partiu da Inglaterra no HMS Beagle. Após ler uma resenha do
Origem das Espécies no Gardener’s Chronicle em 1860, ele enviou
uma carta ao editor destacando que a teoria da seleção natural de Darwin não
era novidade nenhuma, pois ele já tinha escrito quase que a mesma coisa em
1831. Darwin reconheceu o trabalho anterior e original de Matthew: ele “viu
distintamente... a força total do princípio da seleção natural” na 3ª. ed. do
Origem das Espécies (1861). Pelo critério de originalidade da dupla, Darwin se
apropriou indevidamente do termo e conceito da seleção natural. Darwin, seu
usurpador de termos e conceitos dos outros...
Gente, desde quando termos científicos não podem ser usados e seus
conceitos estendidos? Existe agora um copyright exclusivo de termos e
conceitos?
Um “design inteligente para ateus”. E daí?
Menegídio e Rosseti disseram que Orgel usou o termo
complexidade especificada para as
características biológicas que atualmente na ciência teriam surgidas através de
um processo evolutivo, e estabelecido alguns “requisitos necessários e
suficientes para qualificar uma estrutura como viva” (ORGEL 1973:164), e que ao
tratar a complexidade especificada no seu livro, ele a demonstrou ser compatível
e interligada com a Evolução Biológica.
Pergunta: se a complexidade especificada requer uma
sequência improvável e um arranjo funcional específico, quais processos
darwinistas deram origem à informação biológica? Orgel respondeu substanciando isso?
Menegídio e Rosseti se habilitam? Alguém se habilita?
Quanto ao uso posterior por Paul Davies, um físico,
diferentemente do afirmado por Menegídio e Rosseti, Davies falou sobre os organismos
vivos serem misteriosos não somente por causa de sua complexidade, mas por sua “complexidade
altamente especificada”. (DAVIES, 1999, p. 112). Bem próxima do uso consagrado
por Dembski no seu livro The Design Inference, Cambridge University Press, que os especialistas em
literatura da TDI omitiram ser obra com
revisão por pares! NOTA BENE 5: Revisão por pares! E pela Cambridge
University, não foi pela Universidade de Itaquera, não!
Dembski não realizou total subversão das ideias de
Orgel, antes transformou a análise qualitativa em análise quantitativa, pois
Orgel e Davies usaram o conceito de complexidade especificada de modo flexível.
Dembski, um matemático, a formalizou como um critério estatístico para identificar os efeitos da inteligência: complexidade especificada ou improbabilidade especificada. Matemática
demais na TDI, matemática de menos na TE de Darwin.
Falando em matemática, a biologia evolucionária desde
Darwin (1859) até hoje (2015) não é epistemologicamente matematizada:
“A honra da matemática requer que nós elaboremos uma teoria matemática
da evolução, e assim provar que Darwin estava errado ou certo.” (CHAITIN 2013]
Eis aqui, Menegídio e Rosseti, alguns detalhes
importantes sobre termos e conceitos na defesa do design inteligente. Num
delírio alucinante, eles atribuíram a Dembski a adoção do termo de Orgel, e somente
mudou sua conclusão para adequar à sua cosmovisão. Alguém me belisque: desde
quando complexidade/improbabilidade
especificada tem a ver com cosmovisão?
Meus críticos afirmaram ser “extremamente comum no
meio do movimento do design inteligente a ausência, ou o relaxamento de
delimitações no que se refere à conceituação de termos como: complexidade,
complexidade biológica, informação, informação genética, fluxo de informação,
algoritmos; todos apresentados sem referências cientificas, ou cujas
referências foram omitidas, por serem retiradas de modelos evolutivos
anteriores”.
Nossos especialistas em literatura da TDI não
apresentaram sequer um exemplo pontual onde isso ocorre. Puro delírio retórico
de desesperados, e em descompasso com a verdade. Somente citando Dembski: no livro The
Design Inference ele explora a natureza da complexidade especificada, e no No Free Lunch, ele definiu complexidade
especificada: “A coincidência da informação conceitual e física, onde a
informação conceitual é tanto identificável independentemente da informação
física e também da informação complexa.” (p. 141).
Menegídio e Rosseti, especialistas em literatura do
DI se queixam de que não há “delimitação de quem ou o que seria o designer
inteligente”. Mas isso é ontologia, e nenhuma teoria científica aborda questões
ontológicas. Ou aborda? E qual é a “amplitude conceitual” da TDI? Eles confundiram alhos com bugalhos: a TDI é
uma teoria científica minimalista sobre sinais de inteligência serem detectados
na natureza. A TDI não trata de aspectos ontológicos, mas de ação inteligente. Quer
mais delimitação teórica do que isso? Além disso, a questão da identidade do designer
permanece em aberto, assim como a causa do Big Bang permanece aberta há várias
décadas. E ninguém questiona a cientificidade do modelo do Big Bang? Por que?
Se a TDI pode deixar, e tem deixado criacionistas
plenamente satisfeitos, relembro aqui a Menegídio e Rosseti, ateus convictos, o
que Dawkins falou sobre a teoria da evolução de Darwin:
“penso igualmente que, antes de Darwin, o ateísmo
até poderia ser logicamente sustentável, mas que só depois de Darwin é possível
ser um ateu intelectualmente satisfeito” (DAWKINS 2001:24-25).
A TE pode ter implicações ateístas? Pode! Depende disso para se estabelecer como
teoria científica? Não! A TDI pode ter implicações teístas? Pode! Depende disso
para se estabelecer como teoria científica? Também não!
Quanto ao movimento
raeliano ser apresentado como um tipo de “design
inteligente para ateus”, meus críticos podem espernear à vontade – se ateus
conseguem enxergar sinais de inteligência, quem somos nós para impedi-los? Se
ateus como Dawkins afirmam que esses sinais de inteligência são ilusão, por que
outros ateus não podem discordar de ateus como Dawkins, Menegídio e Rosseti?
assim falou sobre a evolução neodarwinista e o
design inteligente:
“Como eu já disse, dúvidas sobre o relato reducionista
da vida vai contra o consenso científico dominante, mas aquele consenso
enfrenta problemas de probabilidade que eu creio não são considerados
seriamente o suficiente, tanto no que diz respeito à evolução das formas de
vida através da mutação acidental e da seleção natural e a que diz respeito à formação
a partir de matéria morta de sistemas físicos capazes de tal evolução. Quanto
mais nós aprendemos sobre a complexidade do código genético e do seu controle
desses processos químicos da vida, por mais difíceis que esses problemas pareçam...
Pensando sobre essas questões, eu tenho sido
estimulado pelas críticas ao quadro científico mundial predominante de um
endereço muito diferente: o ataque ao Darwinismo montado em anos recentes a
partir de uma perspectiva religiosa [sic] pelos defensores do design inteligente.
Muito embora escritores como Michael Behe e Stephen Meyer sejam motivados, pelo
menos em parte, por suas crenças religiosas, os argumentos empíricos que eles
oferecem contra a possibilidade de que a origem da vida e sua história evolucionária
possam ser totalmente explicadas pela Física e Química são, em si, de grande
interesse. Outro cético, David Berlinski, tem apresentado esses problemas vividamente
sem referência à inferência de design. Mesmo que alguém não seja atraído para a
alternativa de uma explicação pelas ações de um designer, os problemas que
esses iconoclastas colocam para o consenso científico ortodoxo devem ser
considerados seriamente.”
A quem interessa saber quem pariu Mateus?
A questão de originalidade e pertencimento de
conceitos e termos abordados por Menegídio e Rosseti é linguisticamente
interessante, mas a quem interessa saber quem pariu Mateus? Já vimos que Darwin
não foi original com o termo e o conceito de seleção natural. Mas o termo ganhou projeção e destaque com Darwin.
Tanto o conceito e o termo de complexidade
irredutível não pertencem a Michael Behe, e embora eles não saibam, isso
sempre foi reconhecido por Behe e os demais teóricos e defensores da TDI. O que
importa não é tanto a originalidade de nomear, mas o que o conceito de
complexidade irredutível trás de dificuldades para a evolução darwinista – não
explica a origem de um “simples” flagelo bacteriano, e tem capacidade de
explicar toda a diversidade e complexidade das formas biológicas? Tem? Há
controvérsia!
A ideia de complexidade irredutível de Behe não é
cópia do conceito apresentado por Hermann J. Muller, geneticista estadunidense,
Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1946. Segundo H. Allen Orr, Muller não usou
o termo complexidade irredutível de
Behe, mas irreversibilidade: você
pode adicionar algo extra porque é meramente vantajoso, e uma vez que se torna
essencial, você não pode removê-lo.
Na réplica de Behe à resenha de Orr, ele nem se
incomodou com essa “semelhança” de conceitos. Por que? Porque a diferença entre
os conceitos de Muller e Behe, é que o conceito de complexidade irredutível de
Behe é para sistemas que “desde o início” exigem múltiplas partes. Se uma das
partes exigidas estiver faltando, o sistema não teria funcionado “de jeito
nenhum” desde o início. Não é o caso do conceito de Muller onde uma “parte A” funciona
um pouquinho no início e depois alguma parte é adicionada, conforme descrito no
artigo Genetic Variablity, Twin Hybrids and Constant Hybrids, in a Case
of Balanced Lethal Factors, Genetics, Vol 3, Nº 5, Sept 1918.
Foi melhor para Orr não ter reivindicado a primazia
desse conceito de complexidade irredutível de Muller, mesmo não conflitando com
o processo evolutivo da Teoria Sintética da Evolução, pois ele é completamente
diferente do conceito apresentado por Behe em 1996. Ele teria pago o maior mico
de ter lido e não entendido o conceito de complexidade irredutível de Behe.
A falácia genética de criacionismo = TDI e otras cositas mais da
Wikipedia
Na apologética darwinista, especialmente a
amplamente divulgada na internet pela Galera dos meninos e meninas de Darwin, é
comum irem à WIKIPÉDIA para copy, cut, and paste, como foi o caso desta seção
do artigo de Menegídio e Rosseti.
Eles associam escritos de criacionistas,
especialmente os da Terra jovem como Henry M. Morris, por terem usados conceitos
similares aos da TDI com alguma variação: “Este espectro pode ser atacado
quantitativamente, usando princípios simples da probabilidade matemática. O
problema é simplesmente se pode um sistema complexo, no qual muitos componentes
funcionam unidos, e no qual cada componente é individualmente necessário para o
funcionamento eficiente do todo, ter surgido por processos aleatórios” (MORRIS
1974).
E que em 1981, Ariel Roth, defendendo a posição da “ciência da criação”
no caso de McLean vs. Arkansas, falou de “estruturas complexas integradas” não
poderiam “ser funcionais a menos que todas as partes estejam ali… Como estas
partes sobreviveram durante a evolução…?” (KEOUGH and GEISLER 1982:146). E daí?
Criacionistas não podem fazer ciência? Newton, entre muitos cientistas de ontem
e hoje, era criacionista...
Eles destacaram o que Cairns-Smith escreveu em 1986
sobre a interconexão: “Como pode uma colaboração complexa entre componentes
evoluir em pequenos passos?” Sua analogia da estrutura – centralização foi usada
para construir um arco, sendo removida depois: “Com certeza houve
‘centralização’. Antes que os múltiplos componentes da bioquímica atual possam
curvar-se sozinhos ela deve primeiro curvar-se sobre outra coisa” (CAIRNS-SMITH
1986:39, 59-64).
O argumento de Cairns-Smith é válido até certo
ponto – que a evolução gradual pode remover partes além de adicioná-las. Os
teóricos do DI perguntam – vocês podem nos dar um exemplo biológico análogo de
“arco” ou andaime? Estamos esperando desde 1986 Cairns-Smith fornecer este
exemplo. Quem sabe Menegídio e Rosseti fornecem um exemplo real e relevante
disso...
Para complicar mais ainda, é preciso considerar a
definição de complexidade irredutível de Behe: ela não somente requer apenas
uma parte, mas “diversas partes bem combinadas que interagem”. Mesmo que a
remoção de partes do andaime/apoio resulte em um sistema de complexidade
irredutível, seria necessário construir o andaime. Behe pergunta: como a
evolução não guiada constrói o andaime adicionando partes? Se Cairns-Smith não
respondeu, quem sabe Menegídio e Rosseti respondem...
Mencionarm também uma dissertação apoiando o criacionismo publicada em 1994 onde os flagelos bacterianos foram apresentados
como “componentes múltiplos e integrados”, onde “nada neles funciona a menos
que todos seus complexos componentes estejam juntos” e pediu ao leitor que
“imagine os efeitos da seleção natural nestes organismos que tenham
fortuitamente evoluído o flagelo… sem os mecanismos de controle concomitantes [sic]”
LUMSDEN 1994:13-22.
O que há de errado cientificamente com a observação
do pesquisador? E o fazer perguntas? Agora está proibido fazer perguntas em
ciência? Síndrome do soldadinho de chumbo – todo mundo pensando igual e ninguém
pensando em nada???
Continuando com a prática nefanda de copy, cut and
paste da WIKIPÉDIA, Menegídio e Rosseti, não satisfeitos, trouxeram à baila um
conceito anterior de sistemas irredutivelmente complexos de Ludwig von
Bertalanffy, um biólogo austríaco do século 20: sistemas complexos deveriam ser
examinados como sistemas completos e irredutíveis para se compreender seu funcionamento,
e que estendeu seu trabalho sobre
complexidade biológica em uma Teoria Geral de Sistemas (TGS) no livro General
System Theory (Teoria Geral de Sistemas), mas após James Watson
e Francis Crick terem publicado a estrutura do DNA no início da década de 1950,
a TGS perdeu muitos seguidores nas ciências físicas e biológicas, mas permaneceu
popular nas ciências sociais mesmo tendo sido abandonada nas ciências físicas e
biológicas. (VON BERTALANFY 1952:148).
Sinal que a complexidade irredutível já era visível
para alguns cientistas evolucionistas. O que poderia ter impedido o avanço
científico nesta área? A turma nefasta do DI que impede o avanço da ciência ou
dos darwinistas???
Para pôr um ponto final
nessa pendenga de quem pariu Mateus, oops quem cunhou a expressão/conceito de complexidade irredutível foi Michael J.
Katz, biólogo teórico, no seu livro Templets
and the explanation of complex patterns, pela Cambridge University Press,
de 1986:
“No mundo natural existem
muitos sistemas de montagens padrões para os quais não há uma simples
explicação. Existem explicações científica úteis para esses sistemas complexos,
mas os padrões finais que eles produzem são tão heterogêneos que eles não podem
efetivamente ser reduzidos a componentes predecessores cada vez menores ou
menos intricados. Como eu argumentarei nos caps. 7 e 8, esses padrões são, em
um sentido fundamental, irredutivelmente complexos...” (p. 26-27)
Um sistema “irredutivelmente complexo”: uma pedra no sapato de Darwin
Menegídio e Rosseti afirmaram, via WIKIPÉDIA,
que o argumento da complexidade irredutível de Behe foi apresentado pela
primeira vez em junho de 1993, na reunião do “grupo de professores
Johnson-Behe”, em Pajaro Dunes, Califórnia, nos primeiros dias do “movimento da
cunha”, sendo seu argumento publicado no livro criacionista Of Pandas
and People, na seção “Excursion Chapter 6: Biochemical Similarities”. E
daí? Ninguém pode contribuir com um capítulo para um livro?
Muller e Cairns-Smith nunca alegaram que suas
ideias eram evidências de algo sobrenatural ou a atuação de um designer, muito
menos os teóricos da TDI falam de sobrenatural e designer, mas de sinais
de inteligência.
Menegídio e Rosseti mencionaram o sistema de
coagulação sanguíneo, mas não atribuíram o autor. Eu presumo que eles se
basearam em Kenneth Miller, pois é muito semelhante a argumentação - o
maquinário molecular responsável pelo sistema de coagulação sanguíneo pode ser
entendido como resultado da evolução do sistema imunológico rastreado desde os
invertebrados, como acúmulo de genes homólogos com vertebrados, e por não ser
irredutivelmente complexo já que seu mau funcionamento não implica
necessariamente na morte do indivíduo, e que a melhor evidência são os tipos
relativamente comuns de Hemofilia, tipo A e B, que correspondem a deficiências
em fatores bioquímicos chaves da coagulação, e que podem ser explicados por
genética básica mendeliana.
Behe argumenta que vertebrados terrestres têm dois
caminhos diferentes pelos quais a cascata de coagulação sanguínea pode ser
iniciada – a via “intrínseca” e a via “extrínseca”. (Pode have alguma passagem entre
as duas vias) Os estágios finais da cascata de coagulação sanguínea podem
ocorrer após uma ou outra via alcançar o fator X, também chamado de fator de
Stuart. Esses estágios finais da cascata são os que Behe chama de “além da
bifurcação” ou “após a bifurcação”.
No livro A Caixa Preta de Darwin,
Behe especificamente declarou que seu argumento de complexidade irredutível
dizia respeito somente “após a bifurcação” onde as cascatas intrínseca e extrínseca
convergem:
“Deixando de lado o sistema antes da bifurcação na via antes da
bifurcação na via, etapa em que alguns detalhes são menos conhecidos, o sistema
de coagulação ajusta-se à definição de complexidade irredutível. … Os
componentes do sistema (depois da bifurcação) são o fibrinogênio, a protrombina,
o fator de Stuart, e a proacelerina. … na ausência de qualquer um dos componentes,
o sangue não coagula e o sistema entra em pane”. (BEHE 1997:92-93)
Assim sendo, Miller não refutou o argumento de Behe, pois Miller somente
apresentou evidências de alguns vertebrados (como golfinhos e peixes com
mandíbulas) que não têm certos componentes envolvidos na via intrínseca (fatores
XI, XII, e XIIA) encontrados em vertebrados terrestres.
Menegídio e Rosseti estão em descompasso com a
verdade (uma forma elegante de chamá-los de mentirosos) sobre Behe, ao ser
questionado pelo advogado Eric Rostchild no julgamento de Dover – sobre a
leitura de livros técnicos (sic) sobre a origem e evolução do sistema
imunológico, assume que não havia consultado tal literatura. Como mentira tem
pernas curtas, reproduzo o diálogo real entre Rotschild e Behe:
Rotschild: É esta a sua posição hoje de que esses
artigos (sic, não livros técnicos) não são bons o suficiente, que você precisa
de uma descrição passo a passo?
Behe: Esses artigos são artigos excelentes eu
presumo. Todavia, eles não abordam a questão que eu estou colocando. Então não
é que eles não sejam bons o suficiente. É simplesmente que eles são
direcionados para um assunto diferente.
A nova definição de Behe de complexidade
irredutível, Menegídio e Rosseti, os verdadeiros cientistas, sabem que em ciência
isso é normal, tem nada a ver com livrar-se das críticas apontadas por
Cavalier-Smith, mas devido à ambiguidade destacada por H. Allen Orr em resenha
citada na réplica deles. Antes, e para o arrepio dos darwinistas, a nova
definição é uma definição “evolucionária” a ser confirmada:
um
processo evolucionário de complexidade é aquele que contém uma ou mais etapas
não selecionadas (isto é, uma ou mais mutações necessárias, mas não
selecionadas). Com isso, o grau de complexidade irredutível é o número de
etapas não selecionadas no processo.
Esta nova definição, e Menegídio e Rosseti ficaram sabendo aqui, tem a
vantagem de promover pesquisas; de declarar nitidamente processos
evolucionários detalhados; medir os recursos probabilísticos; calcular as taxas
de mutação; determinar se uma determinada etapa é selecionada ou não. Além
disso, ela permite a proposição de qualquer cenário evolucionário que um darwinista
(ou outros) queira submeter, pedindo apenas que seja detalhado o bastante de
modo que parâmetros relevantes possam ser calculados.
Se a improbabilidade do processo exceder os recursos probabilísticos
disponíveis (aproximadamente o número de organismos ao longo do tempo relevante
no ramo filogenético relevante) então o Darwinismo será considerado uma
explicação improvável e o design inteligente uma explicação provável. Simples
assim, mas os especialistas em literatura do design inteligente desconheciam
completamente...
Eles dizem que me esqueci das novas críticas em diversos
artigos peer-reviewed, mas
Menegídio e Rosseti e nenhum evolucionista podem sequer mencionar apenas um
artigo na literatura científica apresentando um cenário darwinista detalhado ou
de experimentos que demonstrem como que a seleção natural ou quaisquer
mecanismos evolucionários puderam ter construído um sistema de complexidade
irredutível.
Jame A. Shapiro, um microbiologista evolucionista, da Universidade
de Chicago declarou: “Não existem relatos darwinistas detalhados para a
evolução de qualquer sistema fundamental bioquímico ou celular, somente uma
variedade de especulações fantasiosas.” (SHAPIRO 1996). Jerry Coyne, biólogo
evolucionista, também da Universidade de Chicago, afirmou: “Não há dúvida de
que os processos descritos por Behe são impressionantemente complexos, e a sua
evolução vai ser difícil de se desvendar... Nós podemos ser para sempre
incapazes de imaginar os primeiros protoprocessos.” (COYNE 1996).
Estamos em 2015, e o desafio de Behe para os
darwinistas é este: Escolha uma espécie de bactéria apropriada, silencie os
genes do seu flagelo, coloque a bactéria sobre pressão seletiva (de mobilidade,
digamos), e experimentalmente produza um flagelo – ou qualquer sistema complexo
idêntico – no laboratório. Afinal de contas, um flagelo bacteriano tem em média
30-40 genes, e seria muito fácil para a seleção natural reprojetar rapidamente.
Menegídio e Rosseti aceitem o desafio e assim derrubem de vez a complexidade
irredutível de Behe!
Apesar da crítica de Douglas Theobald (The Mullerian
Two-Step: Add a part, make it necessary or, Why Behe’s ‘Irreducible Complexity’
is silly, publicada em um site em 18 de julho de 2007), baseada em Muller, ser bastante conhecida, a solução dele com apenas
“dois passos básicos” para evoluir um sistema irredutivelmente complexo a la
Darwin, de adicionar uma parte, depois torne-a necessária, e que depois das
duas etapas, a remoção da parte vai destruir a função, e o sistema seria produzido
direta e gradualmente de um simples precursor funcional. Behe alega ser impossível isso.
Razões por
que a crítica de Theobald é irrelevante. Por várias razões. O exemplo dele é
teleologia pura – adicionar uma parte que antes não era necessária e depois se
torna necessária. Isso não é Darwinismo, isso é Design Inteligente. Vamos
detalhar as duas etapas mullerianas – um processo que aleatoriamente remove
tijolos de uma parede vai focar agora em uma ponte na mesma base que focou nos
outros tijolos. À medida em que o tempo passa, a probabilidade de a ponte ser
destruída aumenta.
Lembre-se, o
processo evolucionário darwinista supostamente
resulta em mais e mais sistemas serem criados com o passar do tempo. É como se
mais paredes surgissem plenamente formadas prontas para terem seus tijolos
removidos. Quanto mais complexidade irredutível for empilhada na parede, é
grande a probabilidade de que toda a estrutura irá desmoronar. Desde 2007
esperamos algum evolucionista apresentar esse sistema. O que parece uma grande
crítica, é na verdade, irrelevante. Menegídio e Rosseti conhecem algum sistema
biológico que corresponda à analogia da ponte de tijolos?
É improcedente a análise de que os dois principais
argumentos favor do DI tenham sido cooptados de conceitos existentes na
literatura científica e mudados nas suas conclusões adicionando-se um designer
inteligente. Esses especialistas na literatura do DI, estão adulterando o
corpus teórico da TDI que não fala em designer, mas em sinais de design
inteligente. Menegídio e Rosseti deliraram em afirmar que historicamente os
conceitos tinham total ligação com a evolução biológica, perdida com a
apropriação por criacionistas e posteriormente por proponentes do design
inteligente. Nada mais falso!
Menegídio e Rosseti disseram que na minha sede de
apresentar “pelo menos uma evidencia favorável a seu movimento”, cometi gafes e
demonstrei desconhecimento das publicações mais recentes na área científica que
tentei apresentar. Vamos verificar essa imputação espúria.
As pesquisas experimentais identificando mais de 30 proteínas
necessárias para o funcionamento pleno de um flagelo é MINNICH, Scott.
Transcript of Testimony of Scott Minnich, pp. 103-112, Kitzmiller et al. v.
Dover Area School Board, No. 4:04-CV-2688 (M.D. Pa., Nov. 3, 2005). O motor
flagelar não é o tipo de estrutura que alguém possa absolutamente vislumbrar
possa ser produzido de modo lento e gradual darwinista:
“Uma mutação, uma parte removida, ele não pode nadar. Ponha de volta
aquele gene e nós restauramos a mobilidade. A mesma coisa aqui. Nós colocamos,
removemos uma parte, colocamos de volta uma boa cópia do gene, e eles podem
nadar. Por definição, o sistema é irredutivelmente complexo. Nós fizemos isso
com todos os 35 componentes do flagelo, e nós obtivemos o mesmo efeito”
(MINNICH, 2005). Experiências feitas no flagelo bacteriano em E. coli S.
typhimurium.] e o artigo de Robert M. Macnab, “Flagella,” in Escheria
Coli and Salmonella Typhimurium: Cellular and Molecular Biology vol. 1, pp. 73-74, Frederick C. Neidhart, John L. Ingraham, K. Brooks Low,
Boris Magasanik, Moselio Schaechter, and H. Edwin Umbarger, eds., Washington
D.C.: American Society for Microbiology, 1987, dá suporte a isso.
Eu citei PALLEN e MATZKE 2006: “... a comunidade de
pesquisa do flagelo mal começou a considerar como que esses sistemas
evoluíram”, porque li, entendi o artigo deles, e sua extensa tabela, e foram
eles que disseram ser o atual status da comunidade científica em relação à
evolução do flagelo bacteriano. Sem dúvida que na extensa tabela
23
proteínas foram classificadas como indispensáveis para o funcionamento de um
flagelo “moderno”, (55%) de um total de 42 proteínas, e 15 proteínas são
únicas, sem homólogos conhecidos, e teríamos apenas 2 proteínas tidas como indispensáveis
e únicas no funcionamento do flagelo – 5% das 42 proteínas, e que isso seria um
quadro muito diferente do exibido pelos teóricos da TDI.
No meu artigo eu ignorei de propósito o abstract de
Pallen e Matzke (2006). “From
The Origin of Species to the origin of bacterial flagella” Nature
Reviews Microbiology, 4(10), 784-790. October 2006 [Link] porque queria que ele fosse percebido e mencionado na réplica de
Costa, que não veio, para destacar duas coisas:
“No recente
julgamento de Dover, e em outros lugares, o movimento do ‘Design Inteligente’
tem defendido o flagelo bacteriano como um sistema de complexidade irredutível
que, é reivindicado, não poderia ter evoluído através da seleção natural. Aqui
nós exploramos os argumentos em favor da opinião de considerar o flagelo
bacteriano como evoluído, em vez de entidades intencionalmente planejadas. Nós descartamos (sic) a necessidade de
quaisquer grandes saltos conceituais em criar um modelo de evolução flagelar e especulamos (sic) como que um programa
experimental focalizado neste tópico possa parecer.” (Ênfases deste Autor).
NOTA BENE 6: Descartamos a
necessidade de saltos conceituais e especulamos
como que um programa experimental possa parecer.
Que tipo de artigo Pallen e
Matzke escreveram? Foi um review article (fonte secundária, escrito sobre
outros artigos e não reporta pesquisa original do autor) em vez de um research
study (fonte primária reportando o método e os resultados de um estudo original
realizado pelos autores). Eles responderam ao desafio de Behe em 1996?
Behe afirmou – não existe
nenhum artigo com revisão por pares em quaisquer publicações científicas relevante
sobre uma explicação gradual darwinista explicando a evolução do flagelo
bacteriano. Pallen e Matzke mencionaram algum artigo no review article deles?
Nenhum. Nil. Zero! E depois de quase 10 anos os darwinistas conseguiram apenas
escrever um review article? Eles apenas propuseram como que um pesquisador deve
conduzir uma pesquisa sobre como a evolução poderia ter produzido a complexidade
irredutível de um flagelo bacteriano.
Enfim, o artigo de Pallen e
Matzke nada mais é do que a patente admissão de que Behe estava certo o tempo
todo. Quase uma década após o artigo deles, tempo suficiente para pesquisas
serem realizadas, e não existe nenhuma. Quem sabe esperar mais uma década,
daqui a cem anos, ou um milênio depois…
E para refutar a
complexidade irredutível basta que um cientista demonstre experimentalmente que
um flagelo bacteriano, ou quaisquer outros sistemas comparavelmente complexos
possa surgir pela seleção natural. Simples assim, mais complexo demais para Darwin e discípulos. Menegídio e Rosseti,
topam esse desafio? Antes, leiam este artigo:
A inegável e indefensável existência da
controvérsia entre evolução-design inteligente
Menegídio e Rosseti estão desatualizados na
literatura científica sobre a controvérsia evolução-design inteligente: ela não
é “baseada em reinterpretações de resultados de artigos científicos, textos
interpretados ao bel-prazer e apropriações de termos científicos muito bem
definidos que foram subvertidos para se adequar a uma resposta a priori”, mas nos diversos artigos escritos por
darwinistas, teóricos e defensores do design inteligente.
A controvérsia evolução-design inteligente não se
resumiu mencionar o documento A Scientific Dissent from Darwinism e
extrapolar seu foco: deveria ter mencionado que ele estabeleceu
um marco da existência de uma controvérsia sobre a teoria da evolução de Darwin
motivada por questões estritamente científicas que é amplamente negada pelos
darwinistas.
Menegídio e Rosseti, especialistas na literatura do Design Inteligente,
deveriam saber mais sobre esta controvérsia que ganhou as páginas de renomadas
publicações científicas como The American Biology Teacher, BIOS,
BioScience, Biosystems, Evolution, Genetics, Integrative and Comparative Biology, Integrative Physiological and Behavioral Science, Journal of Statistical Physics, Nature, Palaios, Philosophy of
Science, Physics in Perspective, Quarterly Review of Biology, Science, Trends in Ecology and Evolution entre outras, inclusive as citadas
por eles. Disfunção cognitiva ou retórica vazia? Essas publicações não estão a
soldo do Discovery Institute. E estão ao alcance de quaisquer pesquisadores com
acesso ao CAPES/Periódicos: mais de 37 mil periódicos.
As evidências para o design inteligente não são
simples apropriações e subversão de conceitos já usados por criacionistas e
evolucionistas, muito menos o repaginamento do relógio de Paley, pois quem
motivou Behe na busca pela complexidade irredutível de sistemas biológicos foi
Darwin:
“Se pudesse ser demonstrada a existência de
qualquer órgão complexo que não poderia ter sido formado por numerosas,
sucessivas e ligeiras modificações, minha teoria desmoronaria por completo.”
(DARWIN 1872).
Não tentei nublar diversas evidências sobre a
evolução biológica – Darwin acertou no varejo, e errou no atacado! E as evidências
concretas a favor do design inteligente foram claramente apresentadas: sinais
de inteligência são empiricamente detectadas na natureza quando encontrarmos complexidade especificada e complexidade irredutível. Exemplificar o
livro Como derrotar o evolucionismo com mentes abertas, de Phillip E. Johnson, como
ligação histórica do design inteligente com o criacionismo é cometer falácia
genética.
Concluo
com três citações, uma de David Berlinski, um agnóstico, matemático,
simpatizante da TDI, sobre os poderes transmutacionistas da teoria da evolução
de Darwin:
“Não é
impossível transformar uma barra de metal em ouro – é apenas muito difícil. Da
alquimia para a teoria atômica há uma progressão governada em parte por um
parâmetro deslizante, um medindo a dificuldade da transmutação atômica. Os
antigos achavam fácil, os modernos acham difícil. Na biologia evolucionária, é
ao contrário.”
Outra
de Thomas Huxley sobre Richard Owen, parodiando o texto de Dryden em que
Alexandre, o Grande, embriagado, luta novamente suas batalhas durante um
monólogo:
“E
três vezes ele derrotou todos os seus inimigos, e três vezes ele matou o morto”
– a vida é muito curta para alguém se ocupar em matar o morto mais do que duas
vezes.
E
finalmente, três linhas de um poema de Robert Frost (1874-1963), The Road Not
Taken (A estrada que não foi viajada)
Duas
estradas divergiam em uma floresta, e eu —
Eu
peguei a estrada menos viajada,
E isso
fez toda a diferença.
*****
Carpe
diem!
Enézio
E. de Almeida Filho é professor e pesquisador em História da Ciência, Mestre em
História da Ciência, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2008.
*****
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