Respondendo às
objeções da lista de dissensão ao Darwinismo
Casey Luskin 13 de março de 2015 3:05 AM | Permalink
Ontem
eu discuti a contenda
pelos defensores da evolução darwinista que afirmam não existir problemas
científicos legítimos com seu ponto de vista. Os defensores da teoria de Darwin
procuram frequentemente retratar aqueles que duvidam da evolução como sendo
movidos por motivações estritamente religiosas ou políticas. A Lista da
Dissensão Científica do Darwinismo mostra que muitas objeções à evolução
darwinista são baseadas cientificamente. Mas porque muitos ativistas pró-Darwin
não podem admitir isso, eles desenvolveram uma variedade de estratégias para atacar
a Lista de Dissensão Científica do Darwinismo.
Estratégia
1: Deturpam a Lista com o truque agora você, agora você não vê.
Uma
tática comum entre os críticos da lista é definir a evolução como sendo microevolução
(que eu chamei de Evolução #1) ou descendência comum universal (Evolução #2) e
depois afirmar que os signatários da Lista de Dissensão aceitam um ou as duas
daquelas definições, então eles realmente não duvidam da “evolução”, e não
pertencem na lista. A tática do truque agora você vê, agora você não vê, redefine o
termo “evolução” de um modo que não foi pretendido pela lista. Esta objeção
falaciosa reivindica indevidamente que alguns signatários da lista não desafiam
a definição de “evolução” que a lista nunca pretendeu usar.
A
Lista de Dissensão foi sempre chamada de “Uma dissensão científica do Darwinismo”
porque ela desafia o princípio mais básico da teoria darwinista moderna (também
chamada de “neodarwinismo”) – o ponto de vista que a mutação aleatória e a
seleção natural são as principais forças gerando a complexidade da vida. A lista
não sobre ceticismo em descendência comum ou microevolução. É sobre o ceticismo
concernente à suficiência dos mecanismos neodarwinistas de mutação e seleção.
Um
artigo do grupo lobista pró-Darwin, o National Center for Science Education
(NCSE), “Why Teach
Evolution?”, emprega essa abordagem agora você vê, agora você não vê. Ele
ataca a lista de Dissensão do Darwinismo ao remover o foco da mutação aleatória
e da seleção natural e colocando, em vez disso, na ancestralidade comum ou
outras forças menos importantes envolvidas no processo evolucionário.
Primeiro
é afirmado no artigo: “A evolução biológica é uma teoria cientificamente
estabelecida. Entre os cientistas, isso quer dizer que seu princípio fundamental
– a ancestralidade compartilhada dos organismos vivos – já venceu todos os
desafios científicos”. Esta afirmação promove o ponto de conversa padrão do
NCSE – não existe dúvidas científicas sobre a teoria evolucionária moderna.
Todavia, nós já temos visto que
isso é uma afirmação falsa. Além disso, ao colocar o foco na ancestralidade
comum, o NCSE puxou um argumento agora você vê, agora você não vê. Existem cientistas
que aceitam a ancestralidade comum, mas ainda duvidam o modelo neodarwinista de
evolução. A Lista de Dissensão Científica do Darwinismo mostra que existem
centenas de cientistas confiáveis que duvidam da evolução neodarwinista.
O
artigo do NCSE, aparentemente, está a par desse fato, porque eles citam a
declaração da Lista de Dissensão, e depois o atacam como abaixo:
“Esta
declaração é enganadora; ela implica que a teoria evolucionária é baseada meramente
em mutação aleatória e seleção natural. Nos últimos 140 anos, muitas fontes de
mudança biológicas têm sido identificadas e incorporadas à teoria evolucionária.
Primeiro, a declaração descreve incorretamente a teoria evolucionária. Depois
ela implica que ser cético da definição incorreta é o mesmo que ser cético
sobre a evolução biológica. Isso é um argumento clássico do “homem espantalho”.
Certamente
que o NCSE está correto de que há outras forças citadas na teoria evolucionária
moderna além da seleção natural e a mutação aleatória, mas a lista de Dissensão
nunca declarou o contrário. O que o NCSE perde de foco é que a maioria dos
cientistas evolucionários tem afirmado é que a seleção natural e a mutação
aleatória são as forças principais conduzindo a evolução nos organismos vivos e
construindo novas características complexas e adaptativas. Muitos biólogos têm
afirmado que a evolução neodarwinista é baseada, principalmente, na mutação
aleatória e seleção natural:
- O livro-texto Evolution, de Douglas Futuyma de 2005, define o “neodarwinismo” como “a crença moderna que a seleção natural, agindo aleatoriamente gerou variação genética, é uma causa principal, mas não a única causa de evolução.”1
- O livro-texto
Evolution, de Strickberger equiparam o “neodarwinismo” com a “síntese
moderna”, definindo-a como “uma mudança nas frequências dos genes introduzidos
pela mutação, com a seleção natural considerada como a mais importante,
embora não a única, causa para tais mudanças.”2
- Uma carta
assinada por cientistas publicada na mais importante publicação científica
do mundo, a Nature, declara: “Os dois elementos centrais da
evolução neodarwinista são pequenas variações aleatórias e a seleção natural.”3
- Um artigo por
dois cientistas na revista Science, a principal publicação
científica nos Estados Unidos, destaca: “De acordo com a teoria neodarwinista,
a mutação aleatória produz diferenças genéticas entre os organismos
enquanto que a seleção natural tende a aumentar a frequência dos alelos vantajosos.”4
Assim,
a Lista de Dissensão focaliza corretamente na mutação aleatória e seleção natural,
porque elas são afirmadas como sendo as principais forças conduzindo a evolução
e construindo a complexidade adaptativa nos organismos vivos. Em vez de
deturpar a teoria evolucionária moderna, a Lista de Dissensão focaliza nos
desafios para os mais importantes mecanismos biológicos embasando a moderna
teoria da evolução.
Estratégia
2: Exagerar o grau de apoio da evolução darwinista na comunidade científica.
Alguns
críticos da lista dizem que seus mais de 900 signatários representam somente uma
pequena porcentagem da comunidade científica, portanto mostrando que a evolução
darwinista deve ser correta. Contudo, tentativas para argumentar contra a Lista
de Dissensão desta maneira repousa sobre falsas premissas:
(1)
Esses argumentos assumem, erroneamente, que virtualmente todos, os mais de três
milhões de cientistas no mundo estão cientes da Lista de Dissensão Científica
do Darwinismo, e escolheram não assiná-la. Na verdade, nós não anunciamos proativamente
a Lista de Dissensão para os cientistas, de modo que, a vasta maioria dos cientistas,
provavelmente, nem saibam que a lista existe, e assim nunca fizeram qualquer decisão
sobre assiná-la ou não.
(2)
Esses argumentos assumem, erroneamente, que até entre aqueles que estão cientes
da Lista de Dissensão do Darwinismo, todos os que duvidam do Darwinismo
escolheram assinar a lista. A verdade é que muitos cientistas com PhDs, que
duvidam da teoria darwinista – especialmente os biólogos profissionais – nos
disseram que eles gostariam muito de serem capazes de assinar a lista, mas
temem fazer isso, porque têm medo que suas carreiras como cientistas poderiam
ser ameaçadas se eles assinassem a lista.
(3)
Esses argumentos assumem, erroneamente, que se a maioria dos cientistas aceita
uma ideia, então isso deve ser correto e você deve aceita-la. Isso não é
verdade. O “consenso” pode estar certo, mas a História da Ciência mostra que
isso também pode estar errado. Cada revolução científica começou como um ponto
de vista científico minoritário. Na verdade, tão recentemente como nos anos
1960s, o “consenso” defendia que os continentes eram fixos no lugar, mas hoje
nós podemos observar a deriva continental em tempo real. Em ciência, o que vale
não é o contar votos, mas a evidência.
Quando
defensores de Darwin citam o “consenso” ou insistem que a porcentagem de cientistas
que apoiam a evolução, o que eles estão querendo dizer é – “A maioria dos cientistas
apoia a evolução e, portanto, você também deve apoiar”. Isso deveria levantar
uma bandeira vermelha de alerta nas mentes dos pensadores independentes. O que
eles querem que você faça é parar de olhar para a evidência e parar de pensar
por si mesmo. Em outras palavras, eles querem que você pare de pensar e pare de
agir como um cientista.
Idealmente,
os cientistas nunca deveriam aceitar um ponto de vista simplesmente porque
outros cientistas aceitam. Eles aceitam (ou rejeitam) um ponto de vista porque
a evidência apoia (ou não apoia). Você deve fazer o mesmo.
Os
críticos perdem o ponto da Lista da Dissensão. Seu ponto não é dizer que
“muitos cientistas duvidam do Darwinismo e você deveria duvidar também”. Antes,
o propósito é refutar um argumento comum dos defensores da evolução – de que
não existe dissenção científica do Darwinismo confiável.
A
Lista de Dissensão fornece a evidência de um genuíno debate científico sobre a
evolução darwinista. Isso significa que você vai ter que olhar a evidência para
decidir quem está certo, em vez de simplesmente perguntar – “O que diz o
consenso?”
Estratégia
3: Negar a controvérsia científica e fazê-la parecer fora de moda duvidar do Darwinismo.
Outra
estratégia comum é jogar com as inseguranças pessoais sobre se duvidar do Darwinismo
é socialmente ou intelectualmente aceitável – isto é, se está ou não “em moda”.
Por exemplo, o artigo do NCSE, acima destacado, afirma: “A evolução biológica é
uma teoria cientificamente estabelecida” e que a oposição à evolução “resulta
de um pobre entendimento da teoria evolucionária e como que ela é aplicada nas ciências.”
Mas, como nós vimos, a Lista de Dissensão Científica do Darwinismo mostra que
muitos cientistas confiáveis e bem informados duvidam da evolução darwinista, e
que há razões científicas válidas para assim duvidar.
Um
livro-texto de Biologia, por exemplo, tomou essa abordagem. Ele devota metade
de uma página atacando a Lista de Dissensão Científica de Darwin, tentando bajular
o aluno como sendo um “Leitor esclarecido”, mas somente pede os estudantes para
“criticar” a Lista de Dissensão.5 O
propósito da seção “Leitor esclarecido” é para encorajar os alunos a aceitarem
os argumentos da autoridade em vez deles formarem suas opiniões após examinarem
a evidência.
Mas,
simplesmente concordar com o “consenso” enquanto desconsidera a evidência real
não é “esclarecimento”. Um estudante genuinamente esclarecido, ou qualquer
pessoa cheia de ideias, pesaria a evidência cuidadosamente, e faria um juízo independente
– se sobre a evolução ou qualquer assunto importante.
Seja qual for a opinião
que você tiver sobre a evolução, certifique-se de seguir o conselho de Darwin: “Um
resultado justo somente pode ser obtido por um completo estabelecimento e
balanço dos fatos e argumentos de ambos os lados de cada questão.”
Referências:
[1.] Douglas
J. Futuyma, Evolution, p. 550 (Sinauer, 2005).
[2.] Monroe W. Strickberger, Evolution, p. 649 (3d Ed., 2000).
[3.] C. M. Newman, J. E. Cohen, and C. Kipnis, "Neo-darwinian evolution implies punctuated equilibria," Nature, Vol. 315: 400-401 (May 30, 1985).
[4.] R.E. Lenski, J.E. Mittler, "The directed mutation controversy and neo-Darwinism," Science, Vol. 259: 188-194 (January 8, 1993).
[5.] Colleen Belk and Virginia Borden Maier, Biology: Science for Life, p. 251 (Benjamin Cummings, 3rd ed., 2010).
[2.] Monroe W. Strickberger, Evolution, p. 649 (3d Ed., 2000).
[3.] C. M. Newman, J. E. Cohen, and C. Kipnis, "Neo-darwinian evolution implies punctuated equilibria," Nature, Vol. 315: 400-401 (May 30, 1985).
[4.] R.E. Lenski, J.E. Mittler, "The directed mutation controversy and neo-Darwinism," Science, Vol. 259: 188-194 (January 8, 1993).
[5.] Colleen Belk and Virginia Borden Maier, Biology: Science for Life, p. 251 (Benjamin Cummings, 3rd ed., 2010).
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