Problema 2: Processos Químicos Não Guiados Não
Podem Explicar a Origem do Código Genético
Casey
Luskin 5 de janeiro de 2015 12:00 AM
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Nota
do Editor: Esta é a parte 2 de uma série de 10
baseado no capítulo de Casey Luskinr, "The Top Ten Scientific Problems
with Biological and Chemical Evolution," [Os dez principais problemas
científicos com a evolução biológica e química] no volume More than Myth [Mais do que mito] editado por Paul Brown e Robert
Stackpole (Chartwell Press, 2014). Quando a série estiver completa, o capítulo
inteiro será postado online. A primeira parte pode ser encontrada aqui: Problema 1. Quando
a série estiver completa, o capítulo inteiro será postado online.
Vamos presumir que o mar primordial cheio
de blocos construtores de vida que existiam na Terra primeva, e de alguma
maneira ele formou proteínas e outras moléculas orgânicas complexas. Teóricos
creem que o próximo passo na origem da vida é que – completamente ao acaso –
mais e mais moléculas complexas formaram até que algumas começaram a se autorreplicar.
A partir disso, eles creem que a seleção natural darwinista tomou controle,
favorecendo aquelas moléculas que eram mais capazes de fazer cópias de si
mesmas. Eventualmente, eles presumem, era inevitável que essas moléculas evoluiriam
maquinaria complexa – como aquela usada no código genético atual – para
sobreviver e reproduzir.
Os teóricos modernos da origem da vida
explicaram como aconteceu esta ponte crucial a partir de elementos químicos
para sistemas moleculares autorreplicantes? A hipótese mais proeminente para a
origem da primeira vida é chamada de "Mundo RNA." Em células vivas, a
informação genética é transportada pelo DNA, e a maioria das funções celulares
é feita pelas proteínas. Contudo, o RNA é capaz de tanto transportar a informação
genética e catalisar algumas reações bioquímicas. Como resultado, alguns
teóricos postulam que a primeira vida pode ter usado somente RNA para realizar
todas essas funções.
Mas, há muitos problemas com esta hipótese.
Em
primeiro lugar, as primeiras moléculas de RNA teriam que surgir por processos
químicos não biológicos não guiados. Mas sabe-se que o RNA não é capaz de se
agregar sem a ajuda de um químico de laboratório proficiente guiando
inteligentemente o processo. Robert Shapiro, químico da Universidade New York,
criticou os esforços daqueles cientistas que tentaram fazer RNA no laboratório,
dizendo: "O defeito está na lógica – que este controle experimental pelos
pesquisadores em um laboratório moderno estivesse disponível na Terra primitiva."15
Em
segundo lugar, embora tenha sido demonstrado que o RNA realiza muitos papéis na
célula, não existe nenhuma evidência que pudesse realizar todas as atuais
funções celular necessárias feitas pelas proteínas.16
Em terceiro lugar, a hipótese do mundo RNA
não explica a origem da informação genética.
Os
defensores do mundo RNA sugerem que, se a primeira vida autorreplicante fosse baseada
em RNA, teria sido necessário uma molécula entre 200 e 300 nucleotídeos de
comprimento.17 Contudo, não existem leis
químicas ou físicas conhecidas que ditar a ordem daqueles nucleotídeos.18 Para explicar o
ordenamento dos nucleotídeos na primeira molécula de RNA autorreplicante, os materialistas
precisam confiar no puro acaso. Mas as probabilidades de se especificar, por
exemplo, 250 nucleotídeos em uma molécula de RNA, ao acaso é aproximadamente 1
em 10150 – abaixo do limite de probabilidade universal,
ou eventos que são remotamente possíveis de ocorrer dentro da história do universo.19 Shapiro coloca o problema
dessa maneira:
A
aparição súbita de uma grande molécula autocopiável como o RNA era extremamente
improvável. ... [A probabilidade] é tão extremamente pequena que a sua
ocorrência, mesmo que seja uma só vez em qualquer lugar no universo visível,
isso contaria como uma peça de boa sorte excepcional.20
Em quarto lugar – e mais fundamentalmente
– a hipótese do mundo RNA não explica a origem do código genético. A fim de
evoluir na vida baseada em DNA/proteína que existe hoje, o mundo RNA precisaria
evoluir a capacidade de converter informação genética em proteínas.
Todavia, esse processo de transcrição e
tradução exige uma grande série de proteínas e máquinas moleculares – que em si
mesmas são codificadas por informação genética. Isso cria um problema ovo-galinha,
onde as enzimas essenciais e máquinas moleculares são necessárias para realizar
a própria tarefa que as constrói.
A
Galinha e o DVD
Para avaliarmos este problema, consideremos
a origem do primeiro DVD e leitor de DVD player. Os DVDs são ricos em informação,
mas sem a maquinaria de um leitor de DVD para ler o disco, processar sua informação,
e convertê-la em uma figura e som, o disco seria inútil. Mas, se as instruções
para construir o primeiro leitor de DVD somente fossem encontradas codificadas
em um DVD? Você nunca poderia tocar o DVD para aprender como construir um
leitor de DVD. Então, como surgiram o primeiro disco e leitor de DVD? A
resposta é óbvia: um processo dirigido para um objetivo – design inteligente –
é necessário para produzir tanto o leitor de DVD e o disco ao mesmo tempo.
Em células vivas, as moléculas que transportam
informação (ex.: DNA ou RNA) são como o DVD, e a maquinaria celular que lê
aquela informação e a converte em proteínas são como o leitor de DVD. Assim como
a analogia do DVD, a informação genética nunca pode ser convertida em proteínas
se a maquinaria adequada. Ainda assim, nas células, as máquinas necessárias
para o processamento da informação genética no RNA ou DNA são codificadas por
aquelas mesmas moléculas genéticas – elas realizam e dirigem a própria tarefa
que as constrói.
Este sistema não pode existir a menos
que, tanto a informação genética e a maquinaria de transcrição/tradução estejam
presentes ao mesmo tempo e que ao menos as duas falem a mesma língua. O biólogo
Frank Salisbury explicou este problema em um artigo no American Biology Teacher,
não muito tempo depois que os funcionamentos do código genético foram
descobertos pela primeira vez:
É legal falar sobre as moléculas replicadoras
de DNA surgindo em um mar de sopa, mas nas células modernas esta replicação
exige a presença de enzimas adequadas. ... O elo entre o DNA e a enzima é um
elo altamente complexo, envolvendo o RNA e uma enzima para sua síntese em um DNA
molde; ribossomos; enzimas para ativar os aminoácidos; e as moléculas transfer-RNA.
... Como, na ausência da enzima final, poderia a seleção agir sobre o DNA e
todos os mecanismos para replicá-lo? É como se tudo deva acontecer de uma vez: o
sistema inteiro deva passar a existir como uma unidade, ou ele é imprestável. Podem
até existir meios de como sair desse dilema, mas eu não os vejo no momento.21
Apesar
de décadas de trabalho, os teóricos da origem da vida ainda estão perdidos
quanto a explicar como que esse sistema surgiu. Em 2007, George Whitesides,
químico da Universidade Harvard, ganhou a Medalha Priestley, a mais alta premiação
da American Chemical Society [Sociedade Americana de Química]. Durante seu
discurso recebendo o prêmio, ele ofereceu esta seguinte análise forte, republicada
no respeitável journal, Chemical and Engineering News:
A
Origem da Vida. Este problema é um dos maiores problemas na ciência. Ele começa
colocando a vida, e nós, no universo. A maioria dos químicos creem, como eu
creio, que a vida surgiu espontaneamente de misturas de moléculas na Terra prebiótica.
Como? Eu não faço a menor ideia.22
Semelhantemente,
o artigo no Cell Biology International acima
mencionado concluiu: "Novas abordagens para investigar a origem do código
genético são necessárias. As restrições da ciência histórica são tais que a origem
da vida talvez nunca seja entendida."23 Isto é, elas talvez nunca
sejam entendidas a menos que os cientistas queiram considerar explicações
científicas dirigidas a um objetivo tipo design inteligente.
Mais existe um problema muito mais
profundo com as teorias da evolução química, bem como com a evolução biológica.
Isso diz respeito não somente na capacidade para processar informação genética
através de um código genético, mas a origem daquela informação.
Referências:
[16.] Vide Stephen C.
Meyer, Signature in the Cell: DNA and the Evidence for Intelligent Design,
p. 304 (New York: HarperOne, 2009).
[17.] Jack
W. Szostak, David P. Bartel, e P. Luigi Luisi, "Synthesizing
Life," Nature, 409: 387-390 (18 de janeiro
de 2001).
[18.] Michael Polanyi,
"Life's Irreducible Structure," Science, 160 (3834):
1308-1312 (21 de junho de 1968).
[19.] Vide William A.
Dembski, The Design Inference: Eliminating Chance through Small
Probabilities (Cambridge University Press, 1998).
[20.] Robert Shapiro,
"A Simpler Origin for Life," Scientific American,
p. 46-53 (Junho de 2007).
[21.] Frank B. Salisbury,
"Doubts about the Modern Synthetic Theory of Evolution," American Biology Teacher, 33: 335-338 (Setembro de 1971).
[22.] George M. Whitesides,
"Revolutions In Chemistry: Priestley Medalist George M. Whitesides'
Address," Chemical and Engineering News, 85:
12-17 (26 de março de 2007).
[23.] J.T. Trevors e D.L.
Abel, "Chance and necessity do not explain the origin of life," Cell Biology International, 28: 729-739 (2004).