O que é o Design Inteligente e como nós deveríamos defendê-lo.
Casey Luskin
3 de dezembro de 2021, 1:55 PM
Figura 1. Qual dessas duas montanhas tem uma forma que nos permite detectar o design intencional? O Monte Rainier (esquerda) tem uma forma improvável (complexa), mas não é especificada, então não detectamos design intencional. Em contraste, o Monte Rushmore (à direita) tem uma forma complexa e especificada, então detectamos o design intencional.
Usando o método científico
Além disso, podemos ver que o DI é ciência e não religião porque o DI usa o método científico para fazer suas afirmações. O método científico é comumente descrito como um processo de quatro etapas envolvendo observação, hipótese, experimento e conclusão. O DI usa este método preciso:
- Observações: Os teóricos do DI começam observando que os agentes inteligentes produzem altos níveis de ICE.
- Hipótese: Os teóricos do DI levantam a hipótese de que, se um objeto natural tiver design intencional, ele conterá alto ICE.
- Experimento: Os cientistas realizam testes experimentais em objetos naturais para determinar se eles contêm alto ICE. Por exemplo, testes de sensibilidade mutacional mostram que as enzimas são ricas em ICE: elas contêm ordenações altamente improváveis de aminoácidos que correspondem a um padrão de sequência preciso necessário para a funcionar. 1 Outra forma facilmente testável de ICE é a complexidade irredutível, em que um sistema requer um certo conjunto central de partes interativas para funcionar. Experimentos de nocaute genético mostram que algumas máquinas moleculares são irredutivelmente complexas. 2
Conclusão: Quando pesquisadores de DI encontram alto ICE em DNA, proteínas e máquinas moleculares, eles concluem que tais estruturas têm design intencional.
Muito mais amplo que a biologia
Ao contrário das concepções populares, no entanto, o DI é muito mais amplo do que a biologia. As leis da física e da química mostram evidências de design porque são afinadas para permitir que a vida exista (veja os capítulos 20, 21, 22, 23 para detalhes). As leis universais são complexas na medida em que exibem configurações improváveis - os cosmólogos calcularam que nosso universo é incrivelmente ajustado para a vida em menos de uma parte em 1010^123. 3 (Isso é 1 em 10 elevado ao expoente de 1010^123; nem temos palavras ou analogias para transmitir números tão pequenos!) No entanto, essas leis são especificadas porque correspondem a uma faixa extremamente estreita de valores e configurações necessárias para a existência de vida. Isso novamente é alto ICE e indica design intencional. Como observou o Prêmio Nobel Charles Townes:
O design inteligente, visto do ponto de vista científico, parece ser bastante real. Este é um universo muito especial: é notável que tenha saído assim. Se as leis da física não fossem exatamente como são, nós não estaríamos aqui. 4
Uma fonte conhecida
Resumindo, as descobertas científicas do século passado mostraram que a vida é fundamentalmente baseada em:
- Uma grande quantidade de ICE codificado digitalmente em uma linguagem bioquímica em nosso DNA.
- Um sistema de processamento de informações semelhante a um computador onde a maquinaria celular lê, interpreta e executa os comandos programados no DNA para produzir proteínas funcionais.
- Máquinas moleculares irredutivelmente complexas compostas por proteínas finamente afinadas.
- Requintado ajuste fino de leis e constantes universais.
De onde, em nossa experiência, vem o código digital baseado em linguagem, programação semelhante a computador, máquinas e outras estruturas de alto ICE? Eles têm apenas uma fonte conhecida: inteligência.
O argumento para o design intencional brevemente esboçado aqui é inteiramente baseado empiricamente. Oferece evidências positivas para o design intencional ao encontrar, na natureza, os tipos de informação e complexidade que sabemos, por experiência, derivar de causas inteligentes. (Esse caso positivo para o design intencional é mais elaborado no capítulo 16.) Pode-se discordar das conclusões do DI, mas não se pode alegar razoavelmente que esse argumento é baseado em religião, fé ou política. É baseado na ciência.
Notas
Douglas D. Axe, “Extreme Functional Sensitivity to Conservative Amino Acid Changes on Enzyme Exteriors,” Journal of Molecular Biology, 301 (2000), 585-595; Douglas D. Axe, “Estimating the Prevalence of Protein Sequences Adopting Functional Enzyme Folds,” Journal of Molecular Biology 341 (2004), 1295-1315.
Transcrição do depoimento de Scott Minnich, Kitzmiller v. Dover (M.D. Pa., PM Testimony, November 3, 2005), 103-112; Robert M. Macnab, “Flagella,” in Escherichia Coli and Salmonella Typhimurium: Cellular and Molecular Biology, Vol. 1, eds. Neidhardt et al. (Washington, DC: American Society for Microbiology, 1987), 73-74.
Roger Penrose e M. Gardner, The Emperor’s New Mind: Concerning Computers, Minds, and the Laws of Physics(Oxford, UK: Oxford University Press, 2002).
Bonnie Azab Powell, “‘Explore as much as we can’: Nobel Prize winner Charles Townes on evolution, intelligent design, and the meaning of life,” UC Berkeley News Center (June 17, 2005), https://www.berkeley.edu/news/media/releases/2005/06/17_townes.shtml (acessado em 17/04/2022).