O que há de errado em chamar o design inteligente de "antievolução"?

segunda-feira, março 29, 2021


Casey Luskin

26 de março de 2021, 8:18 AM



O termo “antievolução” tem sido usado por décadas, repetidamente, por um número incontável de defensores de Darwin e críticos da teoria do design inteligente. Eugenie Scott intitulou um ensaio de 1997 na Annual Review of Anthropology de “Antievolution and creationism in the United States” (Antievolução e criacionismo nos Estados Unidos), usando o termo cerca de 50 vezes. Ela dificilmente foi a primeira. Em 1985, um artigo na Perspectives in Biology and Medicine citou o "movimento antievolução" e uma carta de 1977 no The American Biology Teacher, do fundador do National Center for Science Education, Stanley Weinberg, e mencionou o “Arkansas anti-evolution statute” (Estatuto antievolução de Arkansas). Isso se seguiu a uma carta de 1971 no mesmo jornal que lamentava "polêmicas antievolucionistas".

Portanto, esse tipo de retórica vem de muito tempo. E é usado com frequência entre os estudiosos como se fosse um termo acadêmico exato.

O que há de errado com o termo, pelo menos no que se refere ao design inteligente (DI)? Bem, é uma caracterização vaga e ambígua que busca manchar o DI como se o DI fosse contra todas as formas de evolução. No entanto, o design inteligente não é contra todas as formas de evolução.

Três Definições de “Evolução”

Existem três definições gerais de evolução usadas na literatura científica:

Evolução # 1: Mudança ao longo do tempo: mudanças em pequena escala em uma população de organismos.

Evolução # 2: descendência comum universal: a visão de que todos os organismos são relacionados e descendem de um único ancestral comum.

Evolução # 3: Seleção natural: a visão de que um processo não guiado de seleção natural agindo sobre a mutação aleatória tem sido o mecanismo primário que conduz a evolução da vida.

Todos concordam que o DI é compatível com Evolução # 1 e Evolução # 2. Todos também concordam que a Evolução # 1 é verdadeira. Há uma diversidade de pontos de vista dentro do campo do DI sobre a Evolução # 2. Mas todos os proponentes do design concordam que, como teoria científica, o DI é pelo menos potencialmente compatível com alguma forma de descendência comum. Se a evidência suporta descendência comum é uma questão separada.

Todos os proponentes do DI também concordam que a Evolução # 3 tem algum mérito e explica pelo menos algumas características da natureza. A grande maioria dos proponentes do DI sustentaria que a Evolução # 3 tem limites explicativos, o que significa que há muitas características complexas da biologia não passíveis de explicações neodarwinianas, nem explicação por outros mecanismos cegos relacionados (por exemplo, mutações neutras, deriva genética, etc. ) Mas todos concordam que a seleção natural e a mutação aleatória são forças reais na natureza com pelo menos algum poder explicativo. Todos nós concordaríamos que a evolução neutra também ocorre.

Porque os proponentes do DI (a) concordam com certas definições de evolução e/ou (b) concordam que certas definições de evolução são verdadeiras, usar o termo “antievolução” contra o DI representa-nos erroneamente. O DI não é “antievolução” e, de fato, dependendo de como você define evolução, o DI pode se sentir bastante confortável com a evolução. Dependendo de como você vê o DI, ele pode até formar um tipo de teoria da evolução.

“Antievolução” e “Anticiência”

Há uma última razão pela qual devemos rejeitar a pecha de "antievolução": como Paul Nelson sugeriu, isso tenta pintar o DI sob uma luz negativa, como puramente "anti" algo, uma oposição automática, como, de fato, “Anticiência”. Se o DI é anti qualquer coisa, ele é anti respostas pressupostas. O que explica a complexidade e a diversificação da vida? Se a resposta for evolução (em uma ou mais de suas várias definições), ótimo - a comunidade DI quer saber disso. De minha parte, fiz ou fui Professor Assistente em mais de uma dúzia de cursos que cobrem a evolução tanto na graduação quanto na pós-graduação. Fiz isso porque queria aprender e estudar a evolução. Não sou antievolução - quero saber mais sobre o que a evolução pode e não pode explicar!

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NOTA DESTE BLOGGER:

ESTA É A POSIÇÃO OFICIAL DA TEORIA DO DESIGN INTELIGENTE: 

NÃO É CRIACIONISMO TEÍSTA OU CIENTÍFICO!