Dorvillé, em vez de publicar sobre a tensão ciência-religião, que tal abordar a falência epistêmica da teoria da evolução de Darwin no contexto de justificação teórica?

domingo, junho 26, 2016

Luís Fernando Marques Dorvillé na sua tese de doutorado Religião, escola e ciência: Conflitos e tensões nas visões de mundo de alunos de uma licenciatura em ciências biológicas (2010), e no seu artigo Criacionismo: transformações históricas e implicações para o ensino de ciências e biologia (2016), onde os termos identificando a teoria do Design Inteligente (TDI) e a Sociedade Brasileira de Design Inteligente foram inapropriadamente usados: desenho inteligente.

Na sua tese de doutorado na Universidade Federal Fluminense, o termo inadequado "desenho inteligente" foi usado 50 vezes. Na página 120, ele usou corretamente o termo "design inteligente" identificando este blogger como então coordenador do NBDI (Núcleo Brasileiro de Design Inteligente) que, posteriormente, deu origem à SBDI (Sociedade Brasileira do Design Inteligente). Além dessa menção, mais três foram devidamente mantidas. Repare a data mencionada no texto dele: 1998. Desde lá a nomenclatura acolhida é "design inteligente" e não desenho inteligente. Razão? Desconhecemos nas faculdades públicas e privada um curso de Design ser rotulado de Desenho. Pode indicar-me uma? Nem perca seu tempo, Dorvillé - não existe uma assim faculdade de Design assim designada!

No seu artigo recente - Criacionismo: transformações históricas e implicações para o ensino de ciências e biologia, o termo "desenho inteligente" foi usado 11 vezes, e na página 486, a SBDI foi erroneamente mencionada como Sociedade Brasileira do Desenho Inteligente, quando o correto é Sociedade Brasileira do Design Inteligente. Ao mencionar a data - 2014, ele teve acesso a algum documento sobre o evento que a Grande Mídia reportou corretamente. Não seguir a designação correta, mostra uma indisposição intencional em descaracterizar um movimento científico.

Tanto na sua tese como no artigo percebe-se uma nítida aversão pelos cristãos evangélicos, quando em nosso movimento nós temos ateus, agnósticos, sem religião, e cristãos, e isso não aparece destacado em sua obra. Mais sofrível ainda é encontrar na bibliografia de sua tese de doutorado somente, NOTA BENE, somente um livro de autor ligado ao Design Inteligente: Michael Behe. Há outros autores, e o mais expoente - William Dembski, filósofo e matemático, ficou de fora. Numa tese de doutorado, é de suma importância "ouvir o outro lado" e reportar suas teses como expostas pelos seus teóricos e defensores, e daí concordar, discordar e criticar suas afirmações. Não se vê isso na tese de Dorvillé, que se apoiou exclusivamente em literatura crítica à TDI - quer dizer, informação de segunda mão, que não cabe numa tese de doutorado. E o orientador nem se deu conta disso? E a banca que aprovou a tese nem percebeu uma lacuna bibliográfica dessa monta?

Dorvillé, a TDI não é criacionismo, e segundo Ronald Numbers, um dos autores amplamente usado por ele, e crítico do DI, afirmou que o termo “criacionismo” é inexato quando se refere ao movimento do DI. Então por que a insistência em nos rotular assim? Segundo Numbers, é porque os críticos e oponentes pensam que tais afirmações são a forma mais fácil em desacreditar o DI. A TDI é uma teoria científica minimalista que afirma existir sinais de inteligência na natureza que são empiricamente detectados, tais como complexidade irredutível de sistemas biológicos e informação complexa especificada, e isso derivado do que foi encontrado na natureza, e não em relatos de criação de livros considerados sagrados pelos crentes de subjetividades religiosas.

Fique despreocupado, Dorvillé, nós do movimento do Design Inteligente, somos contra o ensino da TDI nas escolas e universidades públicas e privadas, não somente no Brasil, mas no mundo inteiro, enquanto ela não for amplamente debatida e aceita pela comunidade científica. Vide abaixo o nosso manifesto a respeito. E não dependemos da falência epistemológica da teoria da evolução de Darwin para que a nossa teoria seja cientificamente estabelecida. 

Enquanto isso não se dá, expomos sim a falência epistemológica das teorias da evolução no contexto de justificação teórica porque Dorvillé e os demais que praticam ciência normal não ousam fazê-lo, e isso é compreensível: o que vale é o paradigma, as evidências contrárias que se danem! E há uma carreira a preservar, por que correr o risco de desafiar a Nomenklatura científica, não é Dorvillé?

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MANIFESTO PÚBLICO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DO DESIGN INTELIGENTE -TDI BRASIL- SOBRE O ENSINO DA TEORIA DA EVOLUÇÃO E DA TEORIA DO DESIGN INTELIGENTE NAS ESCOLAS E UNIVERSIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS

"A TDI-BRASIL declara, como sua política educacional, não ser favorável, na atual conjuntura acadêmica, ao ensino da Teoria do Design Inteligente (TDI) nas escolas e universidades brasileiras públicas e privadas, como também nas confessionais.
Nossa posição se fundamenta na opinião atual da Academia, que ainda não acata em sua maioria a TDI e o seu ensino, posição essa que nós da TDI BRASIL, como acadêmicos, devemos acatar.

Outro fundamento de nossa posição contrária ao ensino da TDI nas escolas é a não existência, no quadro educacional atual, de professores capacitados para corretamente ensinar os postulados da TDI.

Entendemos, porém, que os alunos têm o direito constitucional de ser informados que há uma disputa já instalada na academia entre a teoria da evolução (TE) e a TDI quanto à melhor inferência científica sobre nossas origens. Inclusive há outras correntes acadêmicas, além da TDI, que hoje questionam a validade da TE oferecendo uma terceira via.

Quanto ao ensino da TE, a TDI BRASIL defende que este ensino seja feito, porém, de uma forma honesta e imparcial, tanto nos livros didáticos quanto na exposição dos professores em salas de aula. Defendemos que sejam eliminados exemplos fraudulentos ou equivocados atualmente presentes em livros didáticos, e que sejam expostas as deficiências graves que a TE apresenta, e que se agravam a cada dia frente às descobertas científicas mais recentes - o que hoje não ocorre.

Quanto ao criacionismo, na sua versão religiosa e filosófica, por causa de seus pressupostos filosóficos e teológicos, entendemos que deva ser ensinado e discutido, junto com as evidências científicas que porventura o corroborem, em aulas de filosofia e teologia, dando a estas disciplinas o seu devido valor no debate sobre as nossas origens."