“A Fisiologia está detonando
os fundamentos da Biologia Evolucionária”: outro artigo com revisão paritária
critica o Neodarwinismo
Casey Luskin 31
de março de 2015 4:38 AM | Permalink
Um artigo no periódico Experimental
Physiology pelo distinto biólogo britânico Denis Noble tem o título
provocador – “Physiology
is rocking the foundations of evolutionary biology”. Ele argumenta que "a
‘Síntese Moderna’ (Neodarwinismo) é uma visão genecêntrica da evolução, da
metade do século 20, baseada em mutações aleatórias se acumulando para produzir
mudança gradual através da seleção natural", mas agora nós sabemos que
esta visão está errada porque “a mudança genética está longe de ser aleatória e
frequentemente não é gradual”.
Quanto ao ponto de vista neodarwinista, Noble
não mediu palavras:
“Não é somente os pontos de
vista padrões da genética molecular do século 20 que estão em questão. A teoria
evolucionária mesma está em um estado de fluxo (Jablonka & Lamb, 2005;
Noble, 2006, 2011; Beurton et al. 2008; Pigliucci & Muller, 2010; Gissis
& Jablonka, 2011; Shapiro, 2011). Neste artigo, eu demonstrarei que todas
as premissas centrais da Síntese Moderna (frequentemente também chamada de neodarwinismo)
foram refutadas”.
Então Noble relata essas
premissas: (1) que “a mudança genética é aleatória”, (2) que “a mudança genética
é gradual”, (3) que “após a mudança genética, a seleção natural resulta em
variantes particulares de genes (alelos) aumentando em frequência dentro da
população”, e (4) que “a herança de características adquiridas é impossível”. Então
ele cita exemplos que refutam cada uma dessas premissas, focalizando especificamente
em novos exemplos descobertos de herança de características adquiridas. Sobre
esta última premissa, ele destaca:
- Um complexo de interruptor endócrino pode “induzir estados de doenças transgeracionais ou anormalidades que são herdadas em pelo menos quatro gerações em ratos”. O mecanismo é provavelmente “a marcação do genoma ou a transmissão do RNA” na linhagem germinativa.
- “Uma pesquisa feita na Escandinávia claramente
mostra o efeito transgeracional da disponibilidade de alimentação nos avós
influenciando a longevidade dos netos”.
- Mudanças epigenéticas herdadas,
induzidas pelo comportamento, tais como “em ninhadas de ratos, onde o
comportamento de acariciar e lamber seus filhotes resulta em marcação epigenética
de genes relevantes no hipocampo que predispõe os filhotes a demonstrar o
mesmo comportamento quando se tornarem adultos”.
- Em C. elegans, uma infecção induziu
a formação de um silenciador de RNA que “é robusto por mais de gerações”.
- Paramutações que são “a interação entre
dois alelos em um só locus” podem “induzir mudanças epigenéticas permanentes
em organismos desde o milho até ratos”.
Após rever esses e outros exemplos,
Noble concluiu:
“O fluxo de artigos durante
os últimos 5 anos mostrando a herença não mendeliana está, contudo, se tornando
agora uma enxurrada de evidências. ... Esses exemplos de robusta herança de
características adquiridas revelam uma vasta gama de mecanismos pelos quais tal
herança pode ser atingida. A natureza parece trabalhar através das rachaduras,
como se fosse, da visão genecêntrica. Essas rachaduras foram agora descobertas
como sendo grandes fissuras, através das quais ocorrem mudanças hereditárias
funcionalmente significantes. Tais mecanismos não podiam ter sido previstos por
ocasião em que a Síntese Moderna fora formulada, ou até uma década atrás. Para
o comentário de Maynard Smith ('é difícil conceber um mecanismo pelo qual isso
pudesse ocorrer'), a resposta deve ser que alguns desses mecanismos foram agora
encontrados e eles são robustos.
Depois ele propõe um novo
modelo radical de biologia chamado de “Síntese Integrativa”, onde os genes não
comandam o show e todas as partes de um organismo – o genoma, a célula, o plano
corporal, tudo – é integrado. Ele
explica:
“Uma característica central
da Síntese Integrativa é a revisão radical do conceito de causalidade em biologia. A
priori não há um nível privilegiado de causação. Este é o princípio
que eu tenho chamado de teoria da relatividade biológica. Como bem disse Werner,
‘todos os níveis têm um valor igual de contribuição’. Portanto, o controle é distribuído,
parte dele é herdado independentemente das sequências de DNA. A revisão do
conceito também irá reconhecer as formas diferentes de causalidade. As sequências
de DNA são melhor vistas como causas passivas, porque elas são usadas somente
quando as sequências relevantes são ativadas. O DNA em si mesmo não faz nada. As
causas ativas estão dentro das redes de controle das células, tecidos e órgãos
do corpo”.
Isso, é claro, é uma
abordagem de biologia
de sistemas. E embora Noble provavelmente não defenda
esta conclusão, isso é muito mais consistente com o design inteligente do que
com um modelo baseado estritamente em mecanismos evolucionários não guiados.
Imagem: © sparky / Dollar Photo Club.
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NOTA DESTE BLOGGER:
A Nomenklatura científica e a Galera dos meninos e meninas de Darwin sempre afirmaram: a teoria da evolução é a teoria científica mais corroborada de todas as teorias científicas, tão cientificamente comprovada como a lei da gravidade, foi a maior ideia que toda a humanidade já teve, e não há crise na teoria da evolução, e quem a critica faz apenas por razões de suas subjetividades religiosas, nunca por razões científicas, y otras cositas mais.
Desde 1998 este blogger vem expondo junto às editorias de ciência e com alguns jornalistas científicos de renome, sobre a fragorosa falência epistêmica da teoria da evolução de Darwin através da seleção natural e n mecanismos evolucionários (de A a Z. vai que um falhe...), e isso verificado no contexto de justificação teórica. A Nomenklatura científica silenciou completamente após a reunião dos 16 de Altenberg. A Galera dos meninos e meninas de Darwin ficou sem pai nem mãe teóricos, pois vem aí uma nova teoria geral da evolução, a SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA/ESTENDIDA, que não será selecionista, e deverá incorporar esses aspectos teóricos neolamarckistas. Ela somente será anunciada em 2020...
Pergunta causticante: A ciência não abomina o vácuo teórico assim como os aviões abominam o vácuo? Então como está sendo biologia evolucionária? Abracadabra? Entranhas de animais? Horóscopo? Cartas de Tarô? Mágica??? E isso continua sendo ensinado em nossas salas de aula de ciência como se nada tivesse ocorrido em detrimento à robustez epistemológica da teoria da evolução de Darwin? O nome disso, senhores é DESONESTIDADE ACADÊMICA! 171 EPISTÊMICO!!!
Fui, nem sei por que, mais uma vez vindicado por um cientista evolucionista HONESTO!!!