Artigo no PNAS admite entender que a origem das características celulares é uma "Lacuna Notável" em Biologia Evolucionária
Casey Luskin 10 de dezembro de 2014 1:48 PM | Permalink
Em 2001, o bioquímico Franklin Harold escreveu em uma monografia da Oxford University Press que “...não existem, atualmente, relatos darwinistas detalhados da evolução de qualquer sistema bioquímico ou celular, somente uma variedade de anseios especulativos.” Mês passado, um novo artigo no Proceedings of the National Academy of Sciences, "Evolutionary cell biology: Two origins, one objective" [Biologia de célula evolucionária: duas origens, um objetivo] admitiu muito da mesma coisa. O artigo afirma (ênfase adicionada):
“Todos os aspectos da diversificação biológica, em última análise, remontam a modificações evolucionárias em nível celular. Este papel central das células formular as questões básicas de como as células funcionam e como as células chegam a ser o que são. Embora essas duas linhas de pesquisa residem respectivamente dentro da proveniência tradicional da biologia celular e da biologia evolucionária, uma síntese abrangente do pensamento evolucionista e biológico celular está faltando. ... Porque todo a mudança evolucionária, em última instância, requer modificações em nível celular, questionando e compreendendo como que as características celulares surgem e se diversificam devem ser um ponto central de pesquisa em biologia evolucionária. Todavia, se há uma lacuna notável nesta área, é a ausência predominante do pensamento biológico celular. Apesar da onda de interesse em níveis molecular, genômico, e de desenvolvimento, a maior parte das atuais pesquisas da evolução está apenas moderadamente concentrada com as características celulares, talvez devido à falta de apreciação de sua ampla variação entre os taxa. Contudo, uma compreensão totalmente mecanicista dos processos evolucionários nunca será atingido sem uma elucidação de como as características celulares se estabelecem e são modificadas.”
Artigo escrito por alguns expoentes biólogos evolucionistas que também são críticos do paradigma padrão neodarwinista, o artigo sugere que os biólogos evolucionistas e celulares precisam focalizar em “preencher a lacuna” entre suas duas áreas. Todavia, embora os autores não sejam necessariamente neodarwinistas, eles retêm o ponto de vista evolucionário materialista de que os processos biológicos produzem características toscas, evidência de uma ausência de design. Eles querem entender como que a “contingência histórica” e o “processo oportunista de ‘descendência com modificação’” produziram sistemas vivos. Assim, eles pegam uma máquina molecular eficiente como a ATP sintase e consideram a possibilidade que ela seja uma solução pobre para o problema de geração de ATP:
“Um exemplo extraordinário de como a história continua a influenciar a biologia celular atual é o uso quase universal da ATP sintase como um mecanismo de geração de energia. Incorporado nas membranas superficiais das bactérias e das membranas organelas eucariotas, esta máquina molecular complexa usa a energia potencial de um gradiente de próton para gerar uma força rotacional que converte o ADP em ATP, muito parecida com uma turbina que converte a energia potencial de um gradiente de água em eletricidade. Contudo, o gradiente de próton não vem de graça: as células primeiro usam energia derivada do metabolismo para bombear prótons para fora dos compartimentos ligados à membrana, criando o gradiente necessário para reentrada através da ATP sintase. Mesmo admitindo que a produção de ATP é um requisito essencial para a origem da vida, de modo algum é claro que o caminho escolhido para a conversão de ADP em ATP seja a única possibilidade.”
Todavia, eles reconhecem que a seleção não explica tudo:
“Uma posição comumente aceita, mas incorreta, é que essencialmente tudo da evolução é uma simples consequência da seleção natural. Não deixando espaço para a dúvida no processo, esta visão estreita deixa a impressão que somente os aspectos desconhecidos na biologia evolucionária são as identidades dos agentes seletivos operando em característica específicas. Contudo, os modelos de população genética deixam claro que o poder da seleção natural para promover mutações benéficas e para remover as mutações deletérias é fortemente influenciado por outros fatores. O mais notável entre esses fatores é a deriva genética aleatória, que impõe ruído no processo evolucionário devido aos números finitos de indivíduos e da arquitetura cromossômica.”
Onde a seleção falha, eles propõem forças como a deriva neutra. Mas, como eu expliquei aqui, sob a deriva genética aleatória, as características surgem totalmente devido a fatores aleatórios. Pelo menos a seleção natural oferece alguma explicação sobre como as características benéficas são preservados.
Se a seleção tem problema em construir características complexas, a deriva aleatória pareceria ainda mais inadequada. Assim, incrivelmente, os autores do artigo argumentam que as máquinas moleculares complexas evoluíram apesar do fato de elas não teriam produzido um benefício:
“Certamente, as células de hoje não podem sobreviver sem tais máquinas moleculares. Todavia, a existência de características celulares complexas não precisam implicar que cada miríade de mudanças que esculpiram tais estruturas ao longo do tempo evolucionário foi adaptativa por ocasião do estabelecimento.
Parece duvidoso que nós possamos explicar a origem de algumas das características da vida mais complexas, fundamentais e tipo máquinas eficientes, apelando para fatores aleatórios tais como deriva genética aleatória, recombinação randômica, e mutação aleatória. Isso é dificilmente diferente de dizer que as máquinas moleculares surgiram por nenhuma razão.”
Seja como for, a admissão deles de explicar a origem das características celulares é uma “lacuna notável” demonstra que isso permanece como um grande problema para o pensamento evolucionário, mesmo sob um modelo adaptacionista ou neutralista. Embora eles não tenham colocado tão sem rodeios como Franklin Harold, e mensagem deste artigo não é menos potente: a biologia evolucionária moderna não tem explicações para a origem das máquinas moleculares.
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Professores, pesquisadores e alunos de universidades públicas e privadas com acesso ao site CAPES/Periódicos podem ler gratuitamente este artigo do PNAS e de mais 30.000 publicações científicas.
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NOTA DESTE BLOGGER:
Uma teoria científica que não explicações sobre a origem das máquinas moleculares e se arroga explicar a origem da diversidade e complexidade da vida?
É preciso questionar cada vez mais esta teoria tida como tão cientificamente demonstrada como a lei da gravidade, que a Terra gira em torno do Sol, pois suas dificuldades no contexto de justificação teórica revelam que Darwin acertou no varejo e errou no atacado!
A teoria da evolução não é assim uma Brastemp e nem está com toda essa Coca-Cola toda para explicar a origem e evolução das espécies.
Fui, nem sei por que, rindo da cara de muitos amigos cientistas evolucionistas e da Galera dos meninos e meninas de Darwin, cada vez mais sem pai nem mãe...