Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, descobriram que os répteis da família Alligatoridae, da qual fazem parte os aligatores norte-americanos e os jacarés sul-americanos, respiram de forma semelhante às aves. O estudo foi publicado na edição desta sexta-feira (15/1) da revista Science
Os pesquisadores observaram que o ar nos pulmões de aligatores segue em um único sentido, e não em fluxos para dentro e para fora, em dois sentidos. Esse tipo de estrutura pulmonar tem sido geralmente considerado exclusivo de aves, que precisam de grandes quantidades de oxigênio enquanto voam.
O novo estudo sugere que esse método de respiração deve ter surgido na história evolucionária dos vertebrados em ancestrais comuns aos aligatores e aves. Isso teria ocorrido há mais de 246 milhões de anos com os primeiros répteis, ou arcossauros, grupo presente no período Triássico.
Collen Farmer e Kent Sanders analisaram os padrões de circulação de ar e água nos pulmões de aligatores norte-americanos, tanto em animais vivos como em pulmões extraídos e ventilados artificialmente. A dupla observou que o fluxo de ar no réptil é unidirecional e extremamente parecido com o encontrado nas aves.
Nos pulmões de humanos e de outros mamíferos, na inalação o ar se move por numerosas filas de passagens cada vez menores, os brônquios, até chegar a pequenas câmaras, os alvéolos, onde o oxigênio entra na circulação sanguínea e o dióxido de carbono se move do sangue para os pulmões, no sentido oposto.
Os pesquisadores não sabem como o aligator consegue respirar dessa forma sem os sacos aéreos comuns às aves. Segundo eles, o padrão teria surgido com os arcossauros e teria permanecido com seus descendentes, entre os quais os dinossauros, os crocodilianos e as aves.
Os autores do estudo sugerem que esse tipo de estrutura pulmonar pode ter dado a alguns dos primeiros grupos de arcossauros uma vantagem ao torná-los mais capazes de realizar movimentos vigorosos em período no qual a atmosfera tinha muito menos oxigênio do que atualmente.
O artigo Unidirectional airflow in the lungs of alligators (10.1126/science.1180219), de Collen Farmer e Kent Sanders e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
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Professores, pesquisadores e alunos de universidades públicas e privadas com acesso ao site CAPES/Periódicos podem ler gratuitamente este artigo da Science e de mais 15.000 publicações científicas.
Collen Farmer e Kent Sanders analisaram os padrões de circulação de ar e água nos pulmões de aligatores norte-americanos, tanto em animais vivos como em pulmões extraídos e ventilados artificialmente. A dupla observou que o fluxo de ar no réptil é unidirecional e extremamente parecido com o encontrado nas aves.
Nos pulmões de humanos e de outros mamíferos, na inalação o ar se move por numerosas filas de passagens cada vez menores, os brônquios, até chegar a pequenas câmaras, os alvéolos, onde o oxigênio entra na circulação sanguínea e o dióxido de carbono se move do sangue para os pulmões, no sentido oposto.
Os pesquisadores não sabem como o aligator consegue respirar dessa forma sem os sacos aéreos comuns às aves. Segundo eles, o padrão teria surgido com os arcossauros e teria permanecido com seus descendentes, entre os quais os dinossauros, os crocodilianos e as aves.
Os autores do estudo sugerem que esse tipo de estrutura pulmonar pode ter dado a alguns dos primeiros grupos de arcossauros uma vantagem ao torná-los mais capazes de realizar movimentos vigorosos em período no qual a atmosfera tinha muito menos oxigênio do que atualmente.
O artigo Unidirectional airflow in the lungs of alligators (10.1126/science.1180219), de Collen Farmer e Kent Sanders e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
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