A duplicação de gene é uma explicação viável para a origem da informação e complexidade biológica?

sábado, janeiro 01, 2011

Is gene duplication a viable explanation for the origination of biological information and complexity?

Joseph Esfandiar Hannon Bozorgmehr

Complexity

Article first published online: 22 DEC 2010

DOI: 10.1002/cplx.20365

Keywords: gene duplication; biological complexity; evolutionary divergence; compensatory mutation; conservation of information



All life depends on the biological information encoded in DNA with which to synthesize and regulate various peptide sequences required by an organism's cells. Hence, an evolutionary model accounting for the diversity of life needs to demonstrate how novel exonic regions that code for distinctly different functions can emerge. Natural selection tends to conserve the basic functionality, sequence, and size of genes and, although beneficial and adaptive changes are possible, these serve only to improve or adjust the existing type. However, gene duplication allows for a respite in selection and so can provide a molecular substrate for the development of biochemical innovation. Reference is made here to several well-known examples of gene duplication, and the major means of resulting evolutionary divergence, to examine the plausibility of this assumption. The totality of the evidence reveals that, although duplication can and does facilitate important adaptations by tinkering with existing compounds, molecular evolution is nonetheless constrained in each and every case. Therefore, although the process of gene duplication and subsequent random mutation has certainly contributed to the size and diversity of the genome, it is alone insufficient in explaining the origination of the highly complex information pertinent to the essential functioning of living organisms. 

© 2010 Wiley Periodicals, Inc. Complexity, 2011

+++++

Professores, pesquisadores e alunos de universidades públicas e privadas com acesso ao site CAPES/Periódicos podem ler gratuitamente este artigo da Complexity e de mais 22.440 publicações científicas.

+++++

NOTA DEVASTADORA DESTE BLOGGER:

Leiam cum grano salis a afirmação de Bozorgmehr:

"Therefore, although the process of gene duplication and subsequent random mutation has certainly contributed to the size and diversity of the genome, it is alone insufficient in explaining the origination of the highly complex information pertinent to the essential functioning of living organisms."

Traduzindo para a grande periferia que não fala inglês:

"Portanto, embora o processo de duplicação de gene e a subsequente mutação aleatória têm, certamente, contribuído para o tamanho e a diversidade do genoma, isso sozinho é insuficiente na explicação da origem da informação altamente complexa pertinente para o funcionamento essencial dos organismos vivos."

Traduzindo em miúdos para a Galera dos meninos e meninas de Darwin: a duplicação de gene e a mutação aleatória não explicam a história evolucionária das formas biológicas.

Traduzindo em graúdos para a Nomenklatura científica: a hipótese de duplicação de gene como mecanismo evolucionário é muito frágil na sua capacidade heurística.

Traduzindo SIC ULTRA PLUS: o autor destaca que a seleção natural, longe de ser a propalada e louvada varinha mágica evolucionária, fica restrita no seu papel de melhorar e ajustar o que já existe. Ué, embora não seja o único mecanismo evolutivo, mas segundo Darwin, o mais importante, é só isso que a seleção natural faz -- melhora e ajusta o que já existe? E a origem das espécies cumé que fica???

Caracas, mano, e ainda têm a cara de pau de dizer que esta é a maior ideia que toda a humanidade já teve, que é a teoria científica tão certa assim como a lei da gravidade, assim como a Terra gira em torno do Sol, e que Darwin provocou uma revolução no pensamento biológico? Sem explicar a origem da informação e complexidade biológica? Mas não foi isso que Darwin tentou explicar com o Origem das espécies (1859)...

Vão caçar sapos de botas epistêmicas na lagoa de Down... E ainda vamos ter que esperar uma década para que os mandarins da Nomenklatura científica elaborem uma nova teoria geral da evolução -- a SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA que, por essas e outras evidências científicas, NÃO PODE e NEM DEVE SER SELECIONISTA. 


Ué, eu aprendi na universidade que a ciência odeia o vácuo epistemológico. Sob qual paradigma estamos fazendo ciência normal? Sem radar? Sem bússola epistêmica evolucionária? Sem GPS epistemológico? Não abordar isso nos livros didáticos de Biologia do ensino médio aprovados pelo MEC/SEMTEC/PNLEM é uma abominável desonestidade acadêmica: 171 EPISTÊMICO.


Popper, Kuhn, Feyerabend, Lakatos, Bunge, ora pro nobis. 


Pobre ciência... not even wrong!!!