Revista Pesquisa Fapesp publica reportagem especial sobre Crodowaldo Pavan

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

JC e-mail 3953, de 22 de Fevereiro de 2010.

15. Revista Pesquisa Fapesp publica reportagem especial sobre Crodowaldo Pavan

Texto mostra a contribuição marcante do geneticista, falecido em abril do ano passado, para o avanço da ciência no Brasil

Em 2009 o Brasil perdeu um de seus mais destacados cientistas. Vítima de falência múltipla de órgãos e sistemas, causada por um câncer e um infarto anteriores, o biólogo e geneticista Crodowaldo Pavan morreu no dia 3 abril, aos 89 anos, no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), na qual fez a maior parte de sua bem-sucedida carreira.

Nascido em Campinas, graduado em história natural pela USP em 1941, Pavan foi um dos fundadores da genética no Brasil. Ao longo de uma trajetória científica de mais de meio século, realizou descobertas importantes, que resultaram em trabalhos publicados com repercussão internacional, além de ter formado dezenas de pesquisadores no Brasil e nos Estados Unidos e dirigido algumas das instituições científicas mais prestigiadas do país - foi presidente da SBPC por três mandatos, de 1981 a 1987.

Para o geneticista Francisco Salzano, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a história de Pavan, que foi seu orientador no doutorado, em 1955, está intimamente associada à da genética no Brasil.

"É impossível falar de uma sem recorrer à outra", diz Salzano, que assumiu, em dezembro do ano passado, a cátedra Crodowaldo Pavan do Instituto Mercosul de Estudos Avançados, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), localizada em Foz do Iguaçu (PR). "Mas ele também contribuiu marcantemente para o desenvolvimento da genética em nível mundial, por meio de pesquisas das mais importantes."

Leia a reportagem completa no link.

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Na reportagem especial da Revista Fapesp sobre Crodowaldo Pavan e Dobzhansky, faltou mencionar que durante as pesquisas com as moscas Drosophilas os alunos da USP mencionaram a Dobzhansky que as evidências que tinham encontrado nas pesquisas não se encaixavam com a teoria. Resposta de Dobzhansky: "As evidências? Ora, que se danem as evidências, o que vale é a teoria..." Pavan poderia confirmar isso, mas morreu, e nós ficamos esperando que um dos sobreviventes, se testemunhou o episódio, confirme o que muitos historiadores de ciência já sabem, mas não podem mencionar porque os vivos não querem confirmar.