Molusco com superarmadura

quinta-feira, janeiro 21, 2010


21/1/2010
Agência FAPESP – Os coletas à prova de bala e as armaduras dos soldados do futuro poderão ser baseados em um molusco com menos de 5 centímetros de comprimento que vive nas profundezas oceânicas.
A novidade está em artigo que será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
“Exoesqueletos biológicos, em particular aqueles com propriedades multifuncionais e inusitadamente robustas, têm potencial enorme para o desenvolvimento de materiais protetivos e mais resistentes”, destacaram os autores.
Christine Ortiz, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, e colegas estudaram o molusco da espécie Crysomallon squamiferum, descoberto recentemente próximo a fossas abissais no Oceano Índico.
O grupo analisou em nanoescala as propriedades mecânicas das camadas individuais da carapaça do molusco, que é muito rica em ferro, e usaram os dados para montar um modelo computacional do exoesqueleto do animal.





Descoberto recentemente próximo a fossas abissais no Oceano Índico, molusco com concha altamente resistente de três camadas poderá inspirar o desenvolvimento de armaduras para humanos


Simulações feitas em computador dos sistemas protetivos encontrados na natureza permitem a pesquisadores e engenheiros explorar como os animais se defendem ao mesmo tempo que mantêm os movimentos e a regulação das funções corporais.
Os autores examinaram como a concha protege o molusco contra ataques de predadores e verificaram que cada uma das suas três camadas é responsável por um aspecto particular da eficiência da armadura natural. A camada do meio é mais flexível e está localizada entre duas mais resistentes.
A camada mais externa leva mais ferro em sua composição e tem cerca de 30 micrômetros de espessura. A camada média, que chamaram de orgânica, tem até 150 micrômetros. A camada interna é mais espessa, com 250 micrômetros, e é altamente calcificada.
A análise mostrou que o arranjo por camadas, a combinação de diferentes materiais e as microestruturas e geometrias peculiares resultam em um conjunto que protege de forma notadamente eficiente contra a penetração, além de melhorar a dissipação de energia e resistir a dobras e fraturas.
O artigo Protection mechanisms of the iron-plated armor of a deep-sea hydrothermal vent gastropod, de Christine Ortiz e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em www.pnas.org.
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NOTA UFANISTA DESTE BLOGGER:

Já blogamos a respeito disso.

Dizem que o design encontrado na natureza é apenas uma ilusão. Nós da teoria do Design Inteligente afirmamos que o design é REAL e empiricamente detectado na natureza. Se o design é uma ilusão, por que aplicar isso num colete à prova de balas e nas armaduras dos soldados do futuro???

A biomimética é outra área da ciência que se utiliza dos designs encontrados na natureza e tenta replicá-los em benefício da humanidade. E o que esses cientistas estão fazendo? Fazendo ciência usando o design inteligente como referencial teórico, sem querer, querendo (Essa foi boa, Chaves!). E ainda dizem que a teoria do Design Inteligente impede o avanço da ciência. Me engana que eu gosto...