CENSURA EDITORIAL: o que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde

domingo, dezembro 13, 2009

Li cum grano salis o texto "A ameaça", de Jânio de Freitas, Folha de São Paulo, 13/12/2009 [Requer assinatura da FSP ou do UOL] sobre a censura judicial imposta ao jornal O Estado de São Paulo.

Eu me lembrei que Claudio Weber Abramo falou de uma certa 'censura' praticada nas redações em artigo publicado no Observatório da Imprensa. Sendo assim, eu reproduzo abaixo o texto original do Jânio de Freitas, e em seguida alterado:

"Proibição de divulgar chama-se censura, sem distinção de sua autoria. E, se procedente do Judiciário, a adjetivação cabível é mesmo a de censura judicial. Não há filigranice jurídica que ludibrie a associação de vernáculo e senso comum."

Quando a questão é Darwin, o comportamento bovino da Grande Mídia Tupiniquim, especialmente a editoria de ciência da Folha de São Paulo traduz muito bem a Síndrome ricuperiana: "O que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde."

Eu vou chamar agora este 'comportamento bovino' de Censura editorial a la Abramo:

"Proibição de divulgar chama-se censura, sem distinção de sua autoria. E, se procedente da editoria de ciência, a adjetivação cabível é mesmo a de censura editorial. Não há filigranice editorial que ludibrie a associação de vernáculo e senso comum."

Traduzindo em graúdos: "NÃO DAMOS ESPAÇO!", Marcelo Leite (Folha de São Paulo), no encerramento de conferência sobre a teoria da evolução na Fac. de Medicina da USP, 2006.

Jânio de Freitas, muito obrigado por esta pérola sobre a censura, mesmo você trabalhando para a Folha de São Paulo, um jornal que há muito tempo deixou de ser um jornal confiável.